Cantares 2,15
'Peguem todas as raposas, as raposinhas, antes que destruam o vinhedo do amor, pois as videiras estão em flor!' - Ct 2,15
OBJETIVO: - Ensinar que a vida do cristão sempre será rodeada de pragas e parasitas do pecado, as quais deve ter o cuidado de eliminar.
INTRODUÇÃO: Parasitas são muito comuns em nossos jardins. Assim como existem parasitas em jardins, também podem existir parasitas em nossa vida pessoal que podem minar nossas forças e deformar nosso caráter.
CONTEXTO: O Livro de Cantares, segundo o Dr. Campbell Morgan: ‘era, indubitavelmente, um canto de amor terrestre, mas muito puro e muito lindo... Para aqueles que vivem vida simples, estes cânticos são cheios de formosura e expressam a linguagem do amor humano’. Pergunta-se qual a analogia entre a religião e o livro de Cantares de Salomão. Tudo parece demonstrar que seja um cântico erótico de amor sem referência à religião ou fé em Deus. No entanto, foi considerado sagrado como alegoria do relacionamento amoroso entre Israel e o Senhor da aliança; e como tal era lido anualmente pela nação por ocasião da Páscoa, quando o povo comemorava a libertação do Egito e o seu novo relacionamento com Yahweh, o Deus da Aliança. A alegoria muitas vezes é encontrada na narrativa escriturística para transmitir a mensagem do amor e do cuidado de Deus por seu povo.
TRANSIÇÃO: Hábitos não próprios a fé fazem parte de sua vida? Pecados ainda não arrancados pela raiz ainda insistem em te seduzir? Nesta oportunidade quero refletir sobre RAPOSINHAS QUE DEVASTAM A VINHA.
I – CONHECENDO AS ‘RAPOSINHAS’.
a – Raposas: animais ou plantas parasitas.
1. Plantas parasitas:
– ‘Rapozinhas’ é o nome dado a certas plantas que nascem junto da videira, que tem o aspecto semelhante a ela, mas que são altamente danosas e até mortais a plantação de uvas, impedem o crescimento sadio da videira, levando-a à esterilidade. – Por serem parecidas com a parreira são difíceis de identificar, sendo preciso a ajuda de um viticultor experiente. Se não forem arrancadas infestam toda a plantação, sufocando a videira e acabando com ela!
2. Animais:
São vários os tipos dessas raposinhas:
a) Raposa Vermelha gera de 4 a 9 filhotes;
b) Raposa Cinzenta tem de 1 a 10 filhotes;
c) Raposa do Ártico pode ter de 5 a 11 filhotes;
d) Raposa-ligeira tem de 3 a 6 filhotes;
e) Raposa-orelhuda, tem de 4 a 7 raposinhas.
f) Raposa-do-Cabo mede de 45 a 61 cm. Tem de 3 a 5 filhotes;
g) Raposa Vulpes mede de 50 a 75 cm. Tem de 4 a 8 crias.
A - Características das raposas.
a) A raposa é resistente e com capacidade de adaptação, podendo adaptar-se a novos territórios, desde que estes tenham comida em abundância.
b) O fato de ser um predador muito astuto torna-se também fácil a sua adaptação a qualquer tipo de floresta.
c) A raposa é um animal de hábitos crepusculares e noturnos;
d) Vive em toca abandonada, buracos em tronco de árvore, arbustos densos, cavernas pouco profundas. Se a fêmea não achar um esconderijo, ela cavará um.
e) Por ser muito esperta, só se vê normalmente a sua característica cauda desaparecendo por entre a vegetação. A raposa é esperta, faz de conta que não quer nada. Vai entrando...
f) Consome cerca de 500 gr de alimento por dia. O que não come no próprio dia esconde para consumo posterior. Chega a ter 20 esconderijos de comida, conseguindo facilmente decorar todos eles.
g) Em zonas rurais, às vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em excesso.
h) São perigosas para as plantas porque destroem as raízes. E sem raízes, as plantas morrem.
B – O pecado, essa velha raposa.
2. O pecado não pertence à nova natureza do cristão, pois o mesmo nasceu de novo, contudo o pecado continua rondando e assediando cada cristão, tirando-lhe o viço e a beleza da nova vida em Cristo.
II Cor. 5,17 ‘Logo, todo aquele que está em Cristo se tornou nova criação. A velha vida acabou, e uma nova vida teve início!'
3. Como as raposinhas que devastam e destroem o viço e a beleza das vinhas, o pecado traiçoeiramente também destrói a vida do cristão que não se cuida em sua santificação.
II – CONHECENDO SOBRE A ‘VINHA’.
a – A vinha é o povo de Deus.
1. O AT. apresenta o povo de Israel como a vinha do Senhor.
1.1 – Is. 5.1-7 ‘’Agora, cantarei a meu amado uma canção sobre seu vinhedo: Meu amado tinha um vinhedo numa colina muito fértil. Ele arou a terra, tirou as pedras e plantou as melhores videiras. No meio do vinhedo, construiu uma torre de vigia e, junto às rochas, fez um tanque de prensar. Então esperou pela colheita de uvas doces, mas o vinhedo só produziu uvas amargas. Agora, habitantes de Jerusalém e Judá, julguem entre mim e meu vinhedo. O que mais poderia ter feito por meu vinhedo que já não fiz? Por que, quando esperava uvas doces, ele produziu uvas amargas? Agora lhes digo o que farei com meu vinhedo: Removerei suas cercas e deixarei que seja destruído. Derrubarei seus muros e deixarei que seja pisoteado. Farei dele um lugar desolado, onde as videiras não são podadas e a terra não é capinada, um lugar cheio de espinhos e mato. Darei ordem às nuvens para que não derramem chuva sobre ele. A nação de Israel é o vinhedo do Senhor dos Exércitos, o povo de Judá é seu jardim agradável. Ele esperava colher justiça, mas encontrou opressão. Esperava colher retidão, mas ouviu gritos de angústia.
1.2 – Is. 27.2 ‘’.“Naquele dia, cantem sobre a videira frutífera.
1.3 – Sl. 80.14 ‘’Ó Deus dos Exércitos, suplicamos que voltes! Olha dos céus e vê a nossa aflição. Cuida desta videira
2. O N.T. apresenta a Igreja substituindo o Israel nação.
2.1 – Rm. 9.6-8 ‘’.Acaso Deus deixou de cumprir sua promessa a Israel? Não, pois nem todos os descendentes de Israel pertencem, de fato, ao povo de Deus. Só porque são descendentes de Abraão não significa que são, verdadeiramente, filhos de Abraão. Pois as Escrituras dizem: “Isaque é o filho de quem depende a sua descendência”. Isso significa que os descendentes físicos de Abraão não são, necessariamente, filhos de Deus. Apenas os filhos da promessa são considerados filhos de Abraão.
2.2 – I Pe. 2.9-10 ‘’. Vocês, porém, são povo escolhido, reino de sacerdotes, nação santa, propriedade exclusiva de Deus. Assim, vocês podem mostrar às pessoas como é admirável aquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz. “Antes vocês não tinham identidade como povo, agora são povo de Deus. Antes não haviam recebido misericórdia, agora receberam misericórdia de Deus.”
b – Cada cristão faz parte desta vinha.
1. As Escrituras falam fartamente que somos lavoura de Deus, somos sua possessão, e Ele como o viticultor cuida de sua vinha.
2. A mais bela das figuras desta vinha está em João 15 onde o Senhor Jesus ensina que o Pai é o viticultor que cuida de sua vinha, onde todos estamos implantados.
III – APANHE AS RAPOSINHAS EM SUA ‘VINHA’.
a – Raposinhas são qualquer espécie de pecado parasita.
1. Essas raposas e raposinhas para nós, hoje, são um símbolo de tudo o que vem para nos roubar a comunhão com o amado de nossas almas, Jesus Cristo!
2. As raposinhas são um símbolo daquilo que parece inofensivo, bonitinho, mas que no futuro nos trarão desgostos.
3. Ilustração: Quando uma raposa, adulta ou filhote, adentrava a uma vinha em flor, os prejuízos eram certos. As flores precedem os frutos. O alvo das raposas é a raiz das vinhas.
4. Salomão sabia das coisas. Por observação e informação, sabia que o grande inimigo de um vinhedo não era grande: era pequeno.
5. Quando enveredamos por uma vida de coisas erradas, raramente começamos por cometer um grande erro. Na maioria das vezes, vícios e dependência encontram seu início em desvios bem sutis, sem grandes estardalhaços. As raposas fazem estragos, porque são pequenas.
b – Cuide de sua vida pessoal como vinha preciosa do Senhor.
1. Sua vinha está em flor e há um potencial tremendo de frutos gloriosos para Deus que poderão ser produzidos em sua vida!
2. Porém, as raposas do mundo estão à espreita. É possível que agora mesmo algumas delas estejam roendo as raízes da sua vinha.
– Elas representam a nossa conformidade com os sistemas deste mundo, com os valores mundanos e profanos, especialmente na vida do cristão que, passado o primeiro amor, torna-se mais acomodado, complacente
– São os resquícios de antigos pensamentos e desejos pecaminosos.
– São as buscas de prazeres fúteis e vazios.
– São os pequenos desvios da verdade ou quaisquer outras coisas “inofensivas” mas que nos roubam a comunhão com Jesus.
Vamos dar
nomes a estas raposinhas
Apelidos desdenhosos: geralmente são ligados a animais
grandes... Seu cavalo, sua anta, sua vaca, seu porco... E por ai vai... Revelam
um desrespeito enorme e causam frustração.
Linguagem ofensiva: Quando a comunicação está contaminada
com certa ironia irritante. Ex.: Só podia ser você...; Eu te avisei, mas você
nunca me ouve, bem feito; Você nunca aprende. Entre outras frases que sempre
causam desconforto.
Amizades sem os devidos limites: Há cônjuges que insistem em manter a
vida de solteiro e se recusam de impor limites nas amizades. Outros são tão sem
noção que tentam manter até “amizades” com pessoas do sexo oposto.
Palavras desmotivadoras: Você nunca vai conseguir ser. Você
não tem jeito; Esquece este sonho, você não tem capacidade pra conseguir isso.
Tempo excessivo no celular: Hoje virou febre... A maioria possui
celulares com dezenas de funções, e muitos não têm controle sobre o tempo que
ficam com os olhos fixados na telinha, mesmo quando estão conversando o que
gera muita irritação.
Silêncio punitivo; Após um deslize ou um
desentendimento. Muitos estabelecem o amargo chá de silêncio, até que o outro
não agüente e peça desculpas. Parece funcionar algumas vezes... Mas, acredite
isso vai desgastando o relacionamento.
Grosseria: No inicio para conquistar muitos
escondem a falta de educação, o problema é que só escondem até conquistar.
Outros passam a ser grosseiros, para forçar o outro a ceder aos seus desejos.
Indiferença: É fazer de conta que o outro não
existe, é não se importar com os sentimentos do outro. Isso acaba afetando a auto-estima do
outro, desmotivando a retribuir com amor.
Desprezo: É tratar o outro com desamor, como se
fosse um objeto e não como uma pessoa a quem você fez um compromisso de amar
por toda a vida.
Ficar na defensiva: é escutar com 5 pedras na mão. Isso
fortalece os desentendimentos.
Critica: é observar e ressaltar os pontos
negativos com ou sem a intenção de ajudá-lo;
Falta de elogios: Não reconhecer as boas atitudes,
conquistas ou características.
Solidão:
Interferências da família:
Estresse:
Mágoas: Guardar mágoa é o mesmo que tomar um
copo de veneno na expectativa que o outro morra. Quem guarda mágoa, não
consegue expressar amor e acaba tentando tornar a vida do outro um
inferno.
Culpar:
Tentar adivinhar: em vez de procurar entender os fatos
em uma conversa honesta, ficam tentando adivinhar imaginando sempre o pior.
Isso causa muita frustração, pois não dá direito ao outro de se explicar.
CONCLUSÃO: Em sua vida há pecados de estimação, parasitas que se recusam a serem depostos de seus lugares de mando e domínio?
É hora de vir aos pés da cruz e buscar novo momento de consagração.
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