Quais são os símbolos do cristianismo?
Os
símbolos nos ajudam a compreender um conceito ou uma ideia e fazem parte da
construção de uma identidade. No cristianismo temos alguns símbolos que nos
ajudam a entender as próprias bases da fé cristã.
Apesar
dos inúmeros símbolos relacionados à nossa fé, vale salientar que
nenhum deles deve ser objeto de culto e adoração. Cultuar símbolos é
idolatria e devemos nos afastar dessa prática (1 Cor 10,14)
Devemos compreender a importância dos símbolos, mas
ser cautelosos, pois Deus está acima de qualquer forma de representação humana.
A Cruz
A cruz é o símbolo principal do cristianismo. Seu significado é simples e direto:
representa a crucificação de Jesus. A cruz aponta para o sacrifício do Filho de
Deus por nós.
A cruz pode ser representada de várias formas e
estilos, a forma mais comum é a cruz latina: que tem a parte horizontal curta e
a reta vertical alongada. Na Igreja Católica é comum o uso do símbolo da cruz
com a imagem de Jesus, chamado de crucifixo.
Os protestantes e evangélicos não fazem uso do
crucifixo, pois defendem que a cruz vazia aponta para vitória de Cristo sobre a
morte. Apesar de o símbolo ser utilizado de diversas formas - nas igrejas e nas
instituições - a cruz não é um objeto de culto e nem de adoração.
A cruz de Cristo faz parte da mensagem
central da Bíblia: a salvação pela fé em Jesus. Sem a morte de Jesus na cruz
não haveria perdão dos pecados nem salvação para ninguém. A cruz representa o
preço que foi pago para nos salvar.
A cruz onde Jesus morreu não tinha
nenhum poder em si mesmo. Quando falamos sobre a importância da cruz, falamos
sobre o que aconteceu lá, não sobre o objeto em si. Assim, a cruz nos lembra do
que Jesus fez por nós, mas não deve ser adorada.
No
tempo de Jesus, a cruz era um instrumento de tortura, que representava maldição
e sofrimento. Ser condenado à cruz era o pior tipo de morte possível, reservado
apenas para pessoas que tinham feito coisas terríveis. Além disso, entre os
judeus, ser pendurado de uma árvore era sinal de maldição (Dt 21,22-23). Para
receber esse castigo, a pessoa devia ter feito algo muito ruim.
Na cruz Jesus levou a
maldição do pecado
Jesus
é o Filho de Deus, perfeito e sem pecado. Ele não merecia castigo nenhum, muito
menos uma morte na cruz! Sua morte também não foi apenas uma triste injustiça.
Seus inimigos conspiraram para matá-lo, mas, se ele quisesse, Jesus poderia ter
acabado com eles com apenas uma palavra, porque ele tinha todo o poder de Deus.
Jesus foi voluntariamente para a cruz (Jo 10,17-18).
Toda
a missão de Jesus culminou na cruz. Ele veio para nos salvar do castigo e
da maldição do pecado, trazendo a oportunidade de receber o perdão de Deus.
Mas, para haver justiça, o pecado ainda tinha de ser castigado. Foi por isso
que Jesus se ofereceu para levar o castigo em nosso lugar.
Na
cruz, a maldição do nosso pecado foi colocado sobre Jesus (Gl 3,13). Assim,
toda a ira de Deus contra o pecado foi derramada sobre ele. O castigo foi
totalmente pago. Agora, todos que se arrependem de seus pecados e crêem em
Jesus como seu salvador têm seus pecados perdoados. A maldição é removida.
A morte de Jesus na
cruz nos dá vida
Sem
a cruz, não teríamos a esperança da vida eterna. Jesus provou que seu
sacrifício na cruz foi completo para pagar por todos os nossos pecados quando
ressuscitou, três dias depois. A morte é conseqüência do pecado (Rm 6,23). Mas,
como estava tudo perdoado, Jesus não podia continuar morto! Ele ressuscitou,
ganhando vitória total sobre o pecado e a morte.
Graças
à vitória de Jesus na cruz, cada pessoa que crê nele recebe uma vida nova,
livre da escravidão e da maldição do pecado. Quando cremos em Jesus, nossa
velha vida morre lá na cruz e nós ressuscitamos espiritualmente (1Pe 2,24).
A
cruz também nos mostra que a morte não é o fim. Por piores que as coisas podem
ficar, se cremos em Jesus, um dia vamos ressuscitar, tal como ele fez. Quando
isso acontecer, iremos morar com ele na glória, para sempre!
O Peixe
O peixe é um símbolo que foi
adotado pelos cristãos nos primeiros séculos da igreja, para identificar outros
cristãos. As iniciais de uma declaração de fé cristã formam a palavra “peixe”
no grego antigo. O peixe não tem um simbolismo especial na Bíblia mas vários
episódios do ministério de Jesus envolveram peixe. O peixe era um símbolo muito
comum na antiguidade, porque fazia parte da alimentação de muitos povos.
Em grego antigo, a palavra “peixe” era ichthys.
Os cristãos usaram a palavra para formar um acróstico, um conjunto
de palavras cujas iniciais começam com cada parte de ichthys:
·
I - Iesous – Jesus
·
Ch - Christous – Cristo
·
Th - Theou – Deus
·
Y - Yios – Filho
·
S - Soter - Salvador
Assim, a expressão significa “Jesus Cristo,
Filho de Deus, Salvador”. O uso desse acróstico pode ter começado como uma
forma de memorizar mais facilmente alguns dos pontos principais da fé cristã
sobre Jesus. Ainda hoje, acrósticos são muito usados no ensino.
Com o tempo, por causa desse acróstico, o peixe se
tornou um símbolo do cristianismo. De acordo com uma tradição antiga, no tempo
da perseguição romana, os cristãos usavam o desenho do peixe para identificar
outros cristãos. As pessoas que não eram cristãs não iriam dar importância ao
desenho do peixe, mas outros cristãos iriam saber que estavam na presença de um
irmão em cristo.
O peixe na Bíblia
O peixe era um alimento muito comum na antiguidade.
No tempo de Jesus, a pesca era uma parte importante da economia da região da
Galileia, onde ele passou grande parte de sua vida. O mar da Galileia produzia
muito peixe, que era secado e exportado para outras partes do império romano.
Por isso, Jesus usava cenas comuns da pesca para explicar seus ensinamentos (Mt
13,47-50).
Pelo menos quatro dos apóstolos eram pescadores de
profissão: Pedro, André, Tiago e João. Esses quatro tinham uma pequena empresa
ou cooperativa de pesca. Quando Jesus os chamou, ele disse que, em vez de serem
pescadores de peixe, seriam pescadores de homens.
Das duas vezes que Jesus multiplicou comida, ele
multiplicou pão e peixe, que eram dois alimentos básicos da região. Jesus
também fez duas vezes o milagre de encher as redes de pescadores com peixes (Lc
5,4-6). Pedro encontrou uma moeda para pagar o imposto do templo dentro de um
peixe, como Jesus tinha predito (Mt 17,25-27) e, quando Jesus ressuscitou, ele
preparou um churrasco de peixe para alguns de seus discípulos.
Um cristão pode usar o símbolo do peixe?
Sim, um cristão pode usar o símbolo do peixe
cristão. Mas esse símbolo não oferece proteção nem tem nenhum tipo de
poder. É apenas um símbolo e não se deve confiar nele. Isso é
superstição e idolatria.
Nenhuma imagem tem poder. Somente Jesus nos salva e
protege. O símbolo do peixe pode ser usado como decoração ou forma de se
identificar como cristão, mas não tem outra função. Se você se sente tentado a
usar o peixe como amuleto ou ídolo, é melhor não usar.
A Pomba
O Espírito Santo é representado
por uma pomba porque, quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre
ele na forma de uma pomba. A pomba é também um símbolo de paz.
No início de seu ministério,
Jesus foi batizado por João Batista. Quando saiu da água, o Espírito Santo desceu sobre ele como uma pomba (Lc 3,21-22). Esse era o sinal que João
Batista esperava para saber quem era o Cristo, o salvador prometido. Depois
disso, Jesus começou a pregar cheio do poder do Espírito Santo.
Por
que o Espírito Santo apareceu como uma pomba?
Desde o tempo de Noé, a pomba tem sido símbolo da paz e do
perdão de Deus.
No dilúvio, quando a chuva parou,
Noé abriu a janela da arca e soltou uma pomba para procurar por terra seca. Da
primeira vez, a pomba voltou sem achar lugar para pousar. Da segunda vez, a
pomba voltou com um ramo de oliveira, mostrando que as águas
estavam descendo (Gn 8,10,11). Da terceira vez, a pomba não voltou mais! Assim
Noé soube que podia sair da arca em segurança. Através
da pomba, Deus mostrou que Sua ira já tinha passado e a família de Noé estava
salva.
Ao longo da Bíblia, a pomba é
apresentada como uma ave bonita e dócil. Jesus disse que seus discípulos
precisavam ser “sem
malícia como pombas” (Mt 10,16). A pomba representa a pureza e a bondade.
Depois que voltou para o Céu,
Jesus enviou o Espírito Santo para unir todos os que crêem nele com Deus. É
através da ação do Espírito Santo que o sacrifício de Jesus transforma o
coração de quem crê (2Cor 1,21-22). Assim, o Espírito Santo traz a paz e o perdão de Deus para a vida
de cada pessoa.
O Espírito Santo purifica e ajuda
a entender as coisas de Deus (1Cor 2,11-12). Ele não tem maldade e é bondoso
com os filhos de Deus.
Na Bíblia, o Espírito Santo
também apareceu como línguas de fogo no Pentecoste (At 2,2-4). A pomba não é o
único símbolo que representa o Espírito Santo na Bíblia e pode ter outros
significados em outros contextos.
Alfa e Ômega
“Eu sou o alfa e o
ômega”
significa que Deus é eterno, o princípio e o fim de
tudo (Ap 1,8). Alfa e ômega são letras gregas. Essa expressão
indica que Deus está no controle de tudo e vive para sempre.
O
significado de alfa e ômega
Alfa é a primeira letra do
alfabeto grego. Ômega é a última letra. Em português, o equivalente à expressão
“eu sou o alfa e o ômega” seria “eu sou o A e o Z”.
O alfa e o ômega representam o início e o fim. Jesus disse que é o alfa e o
ômega porque ele é o Deus eterno, o início e o fim de todas as coisas (Ap
22,12-13).
Deus,
o alfa e ômega
Deus é eterno. Ele sempre existiu e sempre vai existir. Ele
não muda e não existe outro Deus além dele (Is 44,6). Deus criou tudo que
existe e determina quando tudo começa e acaba. Tudo está em Suas mãos. Ele está
no início e no fim de tudo; Ele é o alfa e o ômega de tudo.
Toda
a vida começa e acaba em Deus. Ele nos dá a vida e nos forma com amor
e cuidado (Sl 139,13-14). Ele também determina quanto tempo de vida temos e a
hora de nossa morte. No fim da vida teremos de prestar contas a Deus por tudo
que fizemos.
Deus
deve estar em primeiro lugar em nossas vidas, porque Ele nos dá a
vida e nos ama. Ele é o único que merece nossa adoração. Deus
também tem a última palavra sobre tudo que acontece no
mundo. Nós temos liberdade para fazer escolhas mas Deus usa tudo que fazemos
para cumprir Seus propósitos. No fim, os planos de Deus sempre se cumprem (Pv
19,21)
O Cordeiro
Jesus
é chamado o Cordeiro de Deus porque ele se ofereceu como sacrifício pelos
nossos pecados. No Antigo Testamento, um cordeiro era oferecido por quem
se arrependia de seus pecados. O cordeiro tomava o lugar dessa pessoa. Quando
morreu na cruz, Jesus tomou nosso lugar, como o cordeiro sacrificado.
O cordeiro no Antigo
Testamento
A
conseqüência do pecado é a morte e a separação de Deus (Rm 3,23; Rm 6,23). Essa
é a punição justa. Todos pecaram, mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance
de ficar com Ele. Sendo justo, Ele ainda tinha de exigir pagamento. Por isso,
Ele permitiu que quem se arrependesse usasse um cordeiro sem defeito como seu
substituto. O cordeiro morria em seu lugar para que voltasse a ter
comunhão com Deus.
Essa
substituição está presente na primeira Páscoa, no Egito. O anjo da morte ia
passar pelo Egito e matar o primeiro filho de cada família, por causa dos
pecados desse povo. Mas Deus mandou o povo de Israel sacrificar um cordeiro por
cada família, em substituição do primeiro filho. Os israelitas passaram o
sangue dos cordeiros nos umbrais das portas de suas casas. Assim, quando o anjo
da morte passou por suas casas, viu que já tinha havido morte lá e não tocou
neles (Êx 12,21-23).
Mas
a morte de um cordeiro era um sacrifício imperfeito. Afinal, era só
um cordeiro, não podia mudar a natureza pecaminosa da pessoa. Sempre que a
pessoa pecava, ficava novamente em dívida. Por isso, cordeiros tinham de ser
sacrificados regularmente. O sacrifício do cordeiro era um sinal de fé de um
sacrifício maior que um dia iria ser feito (Hb 10,1-4).
Jesus, o Cordeiro
Todo
sacrifício que podíamos fazer seria sempre imperfeito. Por isso, Deus
preparou o sacrifício perfeito: Ele mesmo. Ele se tornou
um homem e passou por tudo que nós passamos, mas sem pecar (Hb 2,14-15). Ele se
tornou o sacrifício perfeito pelos nossos pecados.
João
Batista chamou Jesus de “o cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Jesus se ofereceu para morrer
em nosso lugar. Ele foi como um cordeiro: sem defeito.
Como
Jesus nunca pecou e era Deus, seu sacrifício foi muito maior que um cordeiro.
Ele pagou um preço tão alto que pode cobrir os pecados de todos que o aceitam
como seu salvador. Jesus foi o grande sacrifício que Deus
fez por nós, o Cordeiro de Deus.
O Pão e o Vinho
A Santa Ceia representa o
sacrifício de Jesus por nós na cruz. Jesus mandou tomar a Ceia para lembrar o que Ele fez por nós. Quem toma
a Ceia do Senhor está mostrando que aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus
pecados.
É fácil esquecer o milagre de
Jesus no cotidiano. A Santa Ceia é um momento para lembrar de novo que Ele
morreu por você. É um tempo para refletir e agradecer Seu sacrifício e colocar
as coisas em perspectiva.
Alguns versículos na Bíblia sobre
a Ceia
“Tomando
o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu
corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”. Da mesma forma,
depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu
sangue, derramado em favor de vocês” (Lucas 22:19-20).
“Porque,
sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do
Senhor até que ele venha” (1 Coríntios 11:26).
“Eis
que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei
e cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3:20).
“Jesus
lhes disse: “Eu digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem
e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo aquele que come a
minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no
último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira
bebida. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim
e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do
Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa” (João
6:53-57).
“Eu
sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para
sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (João
6:51).
“Pessoas
virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocuparão os seus lugares à
mesa no Reino de Deus. De fato, há últimos que serão primeiros e primeiros que
serão últimos”(Lucas 13:29-30).
“Portanto,
todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será
culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si
mesmo e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir
o corpo do Senhor come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre
vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram”(1 Coríntios 11:27-30).
“Quando
vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada um come sua
própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro
se embriaga. Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a
igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que direi? Eu os elogiarei por isso?
Certamente que não” (1 Coríntios 11:20-22).
“Vocês
não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem
participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Coríntios 10:21).
“Portanto, meus irmãos,
quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. Se alguém
estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não
resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for darei instruções a vocês” (1
Coríntios 11:33-34).
Quais os símbolos da Ceia do Senhor?
Os símbolos da Ceia do Senhor são o pão e o vinho.
Jesus pegou em coisas simples e fáceis de encontrar, para não tornar a Ceia num
ritual muito complicado. O pão e o vinho não se tornam mesmo na carne e no
sangue de Jesus, são só símbolos. O importante não é a comida em si mas o que
representa.
- Pão – Jesus disse que o pão simboliza Seu corpo, que foi quebrado por nós. Na cruz Ele sofreu muita dor, tudo por amor a nós. Ele sofreu a dor que nós merecemos, em nosso lugar (Lc 22,19).
- Vinho – representa a nova aliança entre você e Deus. No Velho Testamento, uma aliança era selada com um sacrifício, onde o sangue de um animal era derramado. O sangue de Jesus, que foi todo derramado quando morreu, ao mesmo tempo pagou nossos pecados e estabeleceu uma nova aliança entre nós e Deus (Lc 22,20).
Quando você come o pão e bebe o vinho, você mostra
ao mundo que Cristo morreu por você (1 Cor 11,26). O sacrifício de Jesus pagou
o preço por seus pecados e agora Ele vive dentro de você. Simbolicamente, é
como se você tivesse morrido na cruz e ressuscitado com Jesus.
Atenção: Jesus
não deu indicações específicas sobre o tipo de pão ou vinho que se deve usar,
nem os tamanhos das porções, nem a melhor forma de partilhar e comer a comida,
nem a freqüência com que se deve tomar. Tudo isso é secundário e fica ao
critério de cada igreja como fazer. O mais importante é o que a Ceia
representa, não a forma exata como se toma.
Quem pode tomar a Ceia?
Se você aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador e
é batizado, você pode tomar a Ceia. É importante compreender o que Jesus fez
por você, a Ceia é para quem é salvo. Não tem sentido tomar se você não
acredita ou não aceitou Jesus, porque a Ceia é mostrar que você já aceitou
Jesus. Tomar sem crer é desrespeitar Jesus; a Bíblia diz que é errado. Por
isso, é importante se examinar antes de tomar a Ceia.
Quem estava com Jesus na última Ceia?
Conforme o relato nos evangelhos, na última ceia,
Jesus se põe à mesa com os apóstolos (Lc 22,14). Mateus e Marcos
reforçam: "Ele pôs-se à
mesa com os Doze" (Mateus 26:20; Marcos 14:17).
A Bíblia
A figura de um livro aberto é utilizada para
simbolizar a Palavra de Deus. A figura da Bíblia está presente em muitos
símbolos de instituições cristãs. A representação deste ícone enfatiza a
importância do que contêm na Bíblia e em que a instituição ou igreja está
fundamentada.
Existem algumas formas de utilizar este ícone: o
livro aberto representa a revelação da verdade. A outra maneira é na forma de
pergaminho, que remete ao Antigo Testamento.
Com ênfase parecida, também podemos encontrar em
instituições governamentais a representação das Tábuas da Lei - os Dez
Mandamentos - como um sinal de parâmetro moral e ético.
O Fogo
O fogo é freqüentemente utilizado em símbolos de
igrejas avivadas, renovadas ou pentecostais. O fogo - que pode ser representado
de várias formas - simboliza o avivamento e o foco no batismo do Espírito
Santo.
João Batista quando profetizou sobre a vinda de
Jesus disse que "aquele que viria
depois dele não batizaria por água, mas com Espírito Santo e fogo" (Mt
3,11-12).
O derramar do Espírito Santo ocorreu depois da
Ressurreição, quando os discípulos estavam reunidos no dia de Pentecostes,
assim como Jesus Cristo tinha orientado (Jo 14,16-17). Naquele dia o Espírito
Santo desceu como fogo sobre as cabeças dos discípulos e todos ficaram cheios
do poder de Deus (At 2,2-4).
Desde então o fogo é utilizado como elemento para
identificar as igrejas que têm o batismo no Espírito Santo como base
doutrinária ou que passaram por um movimento de avivamento.
O Arco-íris
O arco-íris intitulado por Deus como
arco-da-aliança, simboliza a promessa que o Senhor fez com a humanidade de
nunca mais destruir a terra com um dilúvio (Gn 9,14-16).
O arco-íris representa a bondade, a misericórdia e
a fidelidade de Deus. Esta definição também é adotada pelos judeus e
muçulmanos. Algumas igrejas utilizam o arco-íris como identidade das suas
instituições, como a Igreja Pentecostal Deus É Amor.
O Candelabro
O candelabro - ou castiçal de sete velas - é um
símbolo judaico que foi adotado por algumas igrejas evangélicas
neopentecostais. Chamado em hebraico de menorah, foi
instituído por Deus como um utensílio no Templo do Senhor edificado por Moisés (Êx
25,39).
Na interpretação cristã, o castiçal também aponta
para Cristo e sua igreja que é a luz do mundo (Mt 5,14-16). É um símbolo muito
importante para os judeus e faz parte do escudo do Estado de Israel.
Devido à apropriação de símbolos judaicos por parte
das igrejas neopentecostais, o candelabro tem sido largamente utilizado e se
popularizado no meio evangélico.
A estrela de Davi
A estrela de Davi - ou escudo de Davi - é um
símbolo do povo judeu. Este símbolo não está presente em nenhuma parte
da Bíblia. Apesar de fazer parte do judaísmo, a estrela de Davi foi
muito difundida em outras religiões como o cristianismo, ubanda e o misticismo.
Segundo a tradição antiga, a estrela fazia parte do
escudo do rei Davi, uma espécie de símbolo pessoal. A estrela de Davi também
está presente na bandeira do Estado de Israel.
Devido à popularização dos símbolos judaicos dentro
do movimento evangélico, a estrela de Davi tem se tornado comum em muitas
igrejas.
O Leão de Judá
Jesus é o leão da tribo de Judá. No meio cristão, esta expressão se trata de uma
referência direta a Jesus.
Jesus Cristo fazia parte da linhagem de Davi que
era originário da tribo de Judá. Segundo a promessa de Jacó, Judá seria como um
leão, por isso o vinculo da tribo de Judá com o "rei da selva" (Gn
49,9-10).
A referência de Jesus como o Leão de Judá fica
clara na passagem de Ap 5,5: "Então
um dos anciãos me disse: ‘Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de
Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos’."
Chi Rho
Chi Rho é um símbolo do inicio do
cristianismo. É uma abreviação grega da palavra Cristo. Trata-se da
sobreposição das duas primeiras letras da palavra Cristo em grego, ΧΡΙΣΤΟΣ,
a letra X (chi) e a letra P (rho).
Era um símbolo muito comum dos cristãos no século I
e se tornou ainda mais popular depois do imperador Constantino. Segundo a
história, depois de um sonho, o imperador pediu que colocasse o símbolo em
todos os escudos dos soldados na batalha da Ponte Mílvia.
O símbolo ainda é bastante comum no catolicismo e
na igreja ortodoxa. Em algumas composições a abreviação Chi Rho é colocada
entre as letras alfa e ômega.
A Âncora
A âncora foi adotada como um dos primeiros símbolos
cristãos da antiguidade. Seu significado apontava para a convicção em Cristo e
na ressurreição dos salvos.
No mar, a âncora é o último recurso em uma situação
de tempestade (At 27,29). Por isso, a âncora era usada como figura de linguagem
para designar certeza e esperança em Cristo (Hb 6,19-20).
Em uma época de perseguição aos cristãos, a âncora
era uma forma de disfarçar o símbolo da cruz cristã. Era comum nas catacumbas o
sinal da "âncora-cruz"
para identificar um cristão. Com o tempo o uso da âncora como símbolo do
cristianismo foi caindo em desuso e outros ícones foram adotados.