sexta-feira, 27 de março de 2020

SÍMBOLOS CRISTÃOS


Quais são os símbolos do cristianismo?

O peixe é um simbolo dos cristãos primitivos.

Os símbolos nos ajudam a compreender um conceito ou uma ideia e fazem parte da construção de uma identidade. No cristianismo temos alguns símbolos que nos ajudam a entender as próprias bases da fé cristã.

Apesar dos inúmeros símbolos relacionados à nossa fé, vale salientar que nenhum deles deve ser objeto de culto e adoração. Cultuar símbolos é idolatria e devemos nos afastar dessa prática (1 Cor 10,14)
Devemos compreender a importância dos símbolos, mas ser cautelosos, pois Deus está acima de qualquer forma de representação humana.
A Cruz
cruz crista
A cruz é o símbolo principal do cristianismo. Seu significado é simples e direto: representa a crucificação de Jesus. A cruz aponta para o sacrifício do Filho de Deus por nós.
A cruz pode ser representada de várias formas e estilos, a forma mais comum é a cruz latina: que tem a parte horizontal curta e a reta vertical alongada. Na Igreja Católica é comum o uso do símbolo da cruz com a imagem de Jesus, chamado de crucifixo.
Os protestantes e evangélicos não fazem uso do crucifixo, pois defendem que a cruz vazia aponta para vitória de Cristo sobre a morte. Apesar de o símbolo ser utilizado de diversas formas - nas igrejas e nas instituições - a cruz não é um objeto de culto e nem de adoração.   
A cruz de Cristo faz parte da mensagem central da Bíblia: a salvação pela fé em Jesus. Sem a morte de Jesus na cruz não haveria perdão dos pecados nem salvação para ninguém. A cruz representa o preço que foi pago para nos salvar.
A cruz onde Jesus morreu não tinha nenhum poder em si mesmo. Quando falamos sobre a importância da cruz, falamos sobre o que aconteceu lá, não sobre o objeto em si. Assim, a cruz nos lembra do que Jesus fez por nós, mas não deve ser adorada.
No tempo de Jesus, a cruz era um instrumento de tortura, que representava maldição e sofrimento. Ser condenado à cruz era o pior tipo de morte possível, reservado apenas para pessoas que tinham feito coisas terríveis. Além disso, entre os judeus, ser pendurado de uma árvore era sinal de maldição (Dt 21,22-23). Para receber esse castigo, a pessoa devia ter feito algo muito ruim.
Na cruz Jesus levou a maldição do pecado
Jesus é o Filho de Deus, perfeito e sem pecado. Ele não merecia castigo nenhum, muito menos uma morte na cruz! Sua morte também não foi apenas uma triste injustiça. Seus inimigos conspiraram para matá-lo, mas, se ele quisesse, Jesus poderia ter acabado com eles com apenas uma palavra, porque ele tinha todo o poder de Deus. Jesus foi voluntariamente para a cruz (Jo 10,17-18).
Toda a missão de Jesus culminou na cruz. Ele veio para nos salvar do castigo e da maldição do pecado, trazendo a oportunidade de receber o perdão de Deus. Mas, para haver justiça, o pecado ainda tinha de ser castigado. Foi por isso que Jesus se ofereceu para levar o castigo em nosso lugar.
Na cruz, a maldição do nosso pecado foi colocado sobre Jesus (Gl 3,13). Assim, toda a ira de Deus contra o pecado foi derramada sobre ele. O castigo foi totalmente pago. Agora, todos que se arrependem de seus pecados e crêem em Jesus como seu salvador têm seus pecados perdoados. A maldição é removida.
A morte de Jesus na cruz nos dá vida
Sem a cruz, não teríamos a esperança da vida eterna. Jesus provou que seu sacrifício na cruz foi completo para pagar por todos os nossos pecados quando ressuscitou, três dias depois. A morte é conseqüência do pecado (Rm 6,23). Mas, como estava tudo perdoado, Jesus não podia continuar morto! Ele ressuscitou, ganhando vitória total sobre o pecado e a morte.
Graças à vitória de Jesus na cruz, cada pessoa que crê nele recebe uma vida nova, livre da escravidão e da maldição do pecado. Quando cremos em Jesus, nossa velha vida morre lá na cruz e nós ressuscitamos espiritualmente (1Pe 2,24).
A cruz também nos mostra que a morte não é o fim. Por piores que as coisas podem ficar, se cremos em Jesus, um dia vamos ressuscitar, tal como ele fez. Quando isso acontecer, iremos morar com ele na glória, para sempre!
O Peixe
peixe simbolo cristao

O peixe é um símbolo que foi adotado pelos cristãos nos primeiros séculos da igreja, para identificar outros cristãos. As iniciais de uma declaração de fé cristã formam a palavra “peixe” no grego antigo. O peixe não tem um simbolismo especial na Bíblia mas vários episódios do ministério de Jesus envolveram peixe. O peixe era um símbolo muito comum na antiguidade, porque fazia parte da alimentação de muitos povos.
Em grego antigo, a palavra “peixe” era ichthys. Os cristãos usaram a palavra para formar um acróstico, um conjunto de palavras cujas iniciais começam com cada parte de ichthys:
·         I - Iesous – Jesus
·         Ch - Christous – Cristo
·         Th - Theou – Deus
·         Y - Yios – Filho
·         S - Soter - Salvador
Assim, a expressão significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. O uso desse acróstico pode ter começado como uma forma de memorizar mais facilmente alguns dos pontos principais da fé cristã sobre Jesus. Ainda hoje, acrósticos são muito usados no ensino.
Com o tempo, por causa desse acróstico, o peixe se tornou um símbolo do cristianismo. De acordo com uma tradição antiga, no tempo da perseguição romana, os cristãos usavam o desenho do peixe para identificar outros cristãos. As pessoas que não eram cristãs não iriam dar importância ao desenho do peixe, mas outros cristãos iriam saber que estavam na presença de um irmão em cristo.
O peixe na Bíblia
O peixe era um alimento muito comum na antiguidade. No tempo de Jesus, a pesca era uma parte importante da economia da região da Galileia, onde ele passou grande parte de sua vida. O mar da Galileia produzia muito peixe, que era secado e exportado para outras partes do império romano. Por isso, Jesus usava cenas comuns da pesca para explicar seus ensinamentos (Mt 13,47-50).
Pelo menos quatro dos apóstolos eram pescadores de profissão: Pedro, André, Tiago e João. Esses quatro tinham uma pequena empresa ou cooperativa de pesca. Quando Jesus os chamou, ele disse que, em vez de serem pescadores de peixe, seriam pescadores de homens.
Das duas vezes que Jesus multiplicou comida, ele multiplicou pão e peixe, que eram dois alimentos básicos da região. Jesus também fez duas vezes o milagre de encher as redes de pescadores com peixes (Lc 5,4-6). Pedro encontrou uma moeda para pagar o imposto do templo dentro de um peixe, como Jesus tinha predito (Mt 17,25-27) e, quando Jesus ressuscitou, ele preparou um churrasco de peixe para alguns de seus discípulos.
Um cristão pode usar o símbolo do peixe?
Sim, um cristão pode usar o símbolo do peixe cristão. Mas esse símbolo não oferece proteção nem tem nenhum tipo de poder. É apenas um símbolo e não se deve confiar nele. Isso é superstição e idolatria.
Nenhuma imagem tem poder. Somente Jesus nos salva e protege. O símbolo do peixe pode ser usado como decoração ou forma de se identificar como cristão, mas não tem outra função. Se você se sente tentado a usar o peixe como amuleto ou ídolo, é melhor não usar.

A Pomba
pomba

 

O Espírito Santo é representado por uma pomba porque, quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre ele na forma de uma pomba. A pomba é também um símbolo de paz.

 

No início de seu ministério, Jesus foi batizado por João Batista. Quando saiu da água, o Espírito Santo desceu sobre ele como uma pomba (Lc 3,21-22). Esse era o sinal que João Batista esperava para saber quem era o Cristo, o salvador prometido. Depois disso, Jesus começou a pregar cheio do poder do Espírito Santo.

 

Por que o Espírito Santo apareceu como uma pomba?

 

Desde o tempo de Noé, a pomba tem sido símbolo da paz e do perdão de Deus.

 

No dilúvio, quando a chuva parou, Noé abriu a janela da arca e soltou uma pomba para procurar por terra seca. Da primeira vez, a pomba voltou sem achar lugar para pousar. Da segunda vez, a pomba voltou com um ramo de oliveira, mostrando que as   águas estavam descendo (Gn 8,10,11). Da terceira vez, a pomba não voltou mais! Assim Noé soube que podia sair da arca em segurança. Através da pomba, Deus mostrou que Sua ira já tinha passado e a família de Noé estava salva.

 

Ao longo da Bíblia, a pomba é apresentada como uma ave bonita e dócil. Jesus disse que seus discípulos precisavam ser “sem malícia como pombas” (Mt 10,16). A pomba representa a pureza e a bondade.

 

Depois que voltou para o Céu, Jesus enviou o Espírito Santo para unir todos os que crêem nele com Deus. É através da ação do Espírito Santo que o sacrifício de Jesus transforma o coração de quem crê (2Cor 1,21-22). Assim, o Espírito Santo traz a paz e o perdão de Deus para a vida de cada pessoa.

 

O Espírito Santo purifica e ajuda a entender as coisas de Deus (1Cor 2,11-12). Ele não tem maldade e é bondoso com os filhos de Deus.

 

Na Bíblia, o Espírito Santo também apareceu como línguas de fogo no Pentecoste (At 2,2-4). A pomba não é o único símbolo que representa o Espírito Santo na Bíblia e pode ter outros significados em outros contextos.


Alfa e Ômega
simbolo omega alfa

“Eu sou o alfa e o ômega” significa que Deus é eterno, o princípio e o fim de tudo (Ap 1,8). Alfa e ômega são letras gregas. Essa expressão indica que Deus está no controle de tudo e vive para sempre.

O significado de alfa e ômega

Alfa é a primeira letra do alfabeto grego. Ômega é a última letra. Em português, o equivalente à expressão “eu sou o alfa e o ômega” seria “eu sou o A e o Z”. O alfa e o ômega representam o início e o fim. Jesus disse que é o alfa e o ômega porque ele é o Deus eterno, o início e o fim de todas as coisas (Ap 22,12-13).

Deus, o alfa e ômega

Deus é eterno. Ele sempre existiu e sempre vai existir. Ele não muda e não existe outro Deus além dele (Is 44,6). Deus criou tudo que existe e determina quando tudo começa e acaba. Tudo está em Suas mãos. Ele está no início e no fim de tudo; Ele é o alfa e o ômega de tudo.

Toda a vida começa e acaba em Deus. Ele nos dá a vida e nos forma com amor e cuidado (Sl 139,13-14). Ele também determina quanto tempo de vida temos e a hora de nossa morte. No fim da vida teremos de prestar contas a Deus por tudo que fizemos.
Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas, porque Ele nos dá a vida e nos ama. Ele é o único que merece nossa adoração. Deus também tem a última palavra sobre tudo que acontece no mundo. Nós temos liberdade para fazer escolhas mas Deus usa tudo que fazemos para cumprir Seus propósitos. No fim, os planos de Deus sempre se cumprem (Pv 19,21)

O Cordeiro
simbolo cordeiro

Jesus é chamado o Cordeiro de Deus porque ele se ofereceu como sacrifício pelos nossos pecados. No Antigo Testamento, um cordeiro era oferecido por quem se arrependia de seus pecados. O cordeiro tomava o lugar dessa pessoa. Quando morreu na cruz, Jesus tomou nosso lugar, como o cordeiro sacrificado.
O cordeiro no Antigo Testamento
A conseqüência do pecado é a morte e a separação de Deus (Rm 3,23; Rm 6,23). Essa é a punição justa. Todos pecaram, mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance de ficar com Ele. Sendo justo, Ele ainda tinha de exigir pagamento. Por isso, Ele permitiu que quem se arrependesse usasse um cordeiro sem defeito como seu substituto. O cordeiro morria em seu lugar para que voltasse a ter comunhão com Deus.
Essa substituição está presente na primeira Páscoa, no Egito. O anjo da morte ia passar pelo Egito e matar o primeiro filho de cada família, por causa dos pecados desse povo. Mas Deus mandou o povo de Israel sacrificar um cordeiro por cada família, em substituição do primeiro filho. Os israelitas passaram o sangue dos cordeiros nos umbrais das portas de suas casas. Assim, quando o anjo da morte passou por suas casas, viu que já tinha havido morte lá e não tocou neles (Êx 12,21-23).
Mas a morte de um cordeiro era um sacrifício imperfeito. Afinal, era só um cordeiro, não podia mudar a natureza pecaminosa da pessoa. Sempre que a pessoa pecava, ficava novamente em dívida. Por isso, cordeiros tinham de ser sacrificados regularmente. O sacrifício do cordeiro era um sinal de fé de um sacrifício maior que um dia iria ser feito (Hb 10,1-4).
Jesus, o Cordeiro
Todo sacrifício que podíamos fazer seria sempre imperfeito. Por isso, Deus preparou o sacrifício perfeito: Ele mesmo. Ele se tornou um homem e passou por tudo que nós passamos, mas sem pecar (Hb 2,14-15). Ele se tornou o sacrifício perfeito pelos nossos pecados.
João Batista chamou Jesus de “o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Jesus se ofereceu para morrer em nosso lugar. Ele foi como um cordeiro: sem defeito.
Como Jesus nunca pecou e era Deus, seu sacrifício foi muito maior que um cordeiro. Ele pagou um preço tão alto que pode cobrir os pecados de todos que o aceitam como seu salvador. Jesus foi o grande sacrifício que Deus fez por nós, o Cordeiro de Deus.

O Pão e o Vinho
simbolo pao e vinho

A Santa Ceia representa o sacrifício de Jesus por nós na cruz. Jesus mandou tomar a Ceia para lembrar o que Ele fez por nós. Quem toma a Ceia do Senhor está mostrando que aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus pecados.
É fácil esquecer o milagre de Jesus no cotidiano. A Santa Ceia é um momento para lembrar de novo que Ele morreu por você. É um tempo para refletir e agradecer Seu sacrifício e colocar as coisas em perspectiva.
Alguns versículos na Bíblia sobre a Ceia
“Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”. Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lucas 22:19-20).
“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha” (1 Coríntios 11:26).
“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3:20).
“Jesus lhes disse: “Eu digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa” (João 6:53-57).
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (João 6:51).
“Pessoas virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocuparão os seus lugares à mesa no Reino de Deus. De fato, há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos”(Lucas 13:29-30).
“Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si mesmo e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram”(1 Coríntios 11:27-30).
“Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não” (1 Coríntios 11:20-22).
“Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Coríntios 10:21).
“Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for darei instruções a vocês” (1 Coríntios 11:33-34).
Quais os símbolos da Ceia do Senhor? 

Os símbolos da Ceia do Senhor são o pão e o vinho. Jesus pegou em coisas simples e fáceis de encontrar, para não tornar a Ceia num ritual muito complicado. O pão e o vinho não se tornam mesmo na carne e no sangue de Jesus, são só símbolos. O importante não é a comida em si mas o que representa.

  • Pão – Jesus disse que o pão simboliza Seu corpo, que foi quebrado por nós. Na cruz Ele sofreu muita dor, tudo por amor a nós. Ele sofreu a dor que nós merecemos, em nosso lugar (Lc 22,19).
  • Vinho – representa a nova aliança entre você e Deus. No Velho Testamento, uma aliança era selada com um sacrifício, onde o sangue de um animal era derramado. O sangue de Jesus, que foi todo derramado quando morreu, ao mesmo tempo pagou nossos pecados e estabeleceu uma nova aliança entre nós e Deus (Lc 22,20).

Quando você come o pão e bebe o vinho, você mostra ao mundo que Cristo morreu por você (1 Cor 11,26). O sacrifício de Jesus pagou o preço por seus pecados e agora Ele vive dentro de você. Simbolicamente, é como se você tivesse morrido na cruz e ressuscitado com Jesus.
Atenção: Jesus não deu indicações específicas sobre o tipo de pão ou vinho que se deve usar, nem os tamanhos das porções, nem a melhor forma de partilhar e comer a comida, nem a freqüência com que se deve tomar. Tudo isso é secundário e fica ao critério de cada igreja como fazer. O mais importante é o que a Ceia representa, não a forma exata como se toma.
Quem pode tomar a Ceia?
Se você aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador e é batizado, você pode tomar a Ceia. É importante compreender o que Jesus fez por você, a Ceia é para quem é salvo. Não tem sentido tomar se você não acredita ou não aceitou Jesus, porque a Ceia é mostrar que você já aceitou Jesus. Tomar sem crer é desrespeitar Jesus; a Bíblia diz que é errado. Por isso, é importante se examinar antes de tomar a Ceia.
Quem estava com Jesus na última Ceia?
Conforme o relato nos evangelhos, na última ceia, Jesus se põe à mesa com os apóstolos (Lc 22,14). Mateus e Marcos reforçam: "Ele pôs-se à mesa com os Doze" (Mateus 26:20; Marcos 14:17).

A Bíblia
Simbolo livro aberto
A figura de um livro aberto é utilizada para simbolizar a Palavra de Deus. A figura da Bíblia está presente em muitos símbolos de instituições cristãs. A representação deste ícone enfatiza a importância do que contêm na Bíblia e em que a instituição ou igreja está fundamentada.
Existem algumas formas de utilizar este ícone: o livro aberto representa a revelação da verdade. A outra maneira é na forma de pergaminho, que remete ao Antigo Testamento.
Com ênfase parecida, também podemos encontrar em instituições governamentais a representação das Tábuas da Lei - os Dez Mandamentos - como um sinal de parâmetro moral e ético.
O Fogo
simbolo fogo

O fogo é freqüentemente utilizado em símbolos de igrejas avivadas, renovadas ou pentecostais. O fogo - que pode ser representado de várias formas - simboliza o avivamento e o foco no batismo do Espírito Santo.
João Batista quando profetizou sobre a vinda de Jesus disse que "aquele que viria depois dele não batizaria por água, mas com Espírito Santo e fogo" (Mt 3,11-12).
O derramar do Espírito Santo ocorreu depois da Ressurreição, quando os discípulos estavam reunidos no dia de Pentecostes, assim como Jesus Cristo tinha orientado (Jo 14,16-17). Naquele dia o Espírito Santo desceu como fogo sobre as cabeças dos discípulos e todos ficaram cheios do poder de Deus (At 2,2-4).
Desde então o fogo é utilizado como elemento para identificar as igrejas que têm o batismo no Espírito Santo como base doutrinária ou que passaram por um movimento de avivamento.
O Arco-íris
simbolo arco iris
O arco-íris intitulado por Deus como arco-da-aliança, simboliza a promessa que o Senhor fez com a humanidade de nunca mais destruir a terra com um dilúvio (Gn 9,14-16).
O arco-íris representa a bondade, a misericórdia e a fidelidade de Deus. Esta definição também é adotada pelos judeus e muçulmanos. Algumas igrejas utilizam o arco-íris como identidade das suas instituições, como a Igreja Pentecostal Deus É Amor.

O Candelabro
simbolo candelabro

O candelabro - ou castiçal de sete velas - é um símbolo judaico que foi adotado por algumas igrejas evangélicas neopentecostais. Chamado em hebraico de menorah, foi instituído por Deus como um utensílio no Templo do Senhor edificado por Moisés (Êx 25,39).
Na interpretação cristã, o castiçal também aponta para Cristo e sua igreja que é a luz do mundo (Mt 5,14-16). É um símbolo muito importante para os judeus e faz parte do escudo do Estado de Israel.
Devido à apropriação de símbolos judaicos por parte das igrejas neopentecostais, o candelabro tem sido largamente utilizado e se popularizado no meio evangélico.


A estrela de Davi
simbolo estrela de davi

A estrela de Davi - ou escudo de Davi - é um símbolo do povo judeu. Este símbolo não está presente em nenhuma parte da Bíblia. Apesar de fazer parte do judaísmo, a estrela de Davi foi muito difundida em outras religiões como o cristianismo, ubanda e o misticismo.
Segundo a tradição antiga, a estrela fazia parte do escudo do rei Davi, uma espécie de símbolo pessoal. A estrela de Davi também está presente na bandeira do Estado de Israel.
Devido à popularização dos símbolos judaicos dentro do movimento evangélico, a estrela de Davi tem se tornado comum em muitas igrejas.
O Leão de Judá
simbolo leao

Jesus é o leão da tribo de Judá. No meio cristão, esta expressão se trata de uma referência direta a Jesus.
Jesus Cristo fazia parte da linhagem de Davi que era originário da tribo de Judá. Segundo a promessa de Jacó, Judá seria como um leão, por isso o vinculo da tribo de Judá com o "rei da selva" (Gn 49,9-10).
A referência de Jesus como o Leão de Judá fica clara na passagem de Ap 5,5: "Então um dos anciãos me disse: ‘Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos’."
Chi Rho
chi ro

Chi Rho é um símbolo do inicio do cristianismo. É uma abreviação grega da palavra Cristo. Trata-se da sobreposição das duas primeiras letras da palavra Cristo em grego, ΧΡΙΣΤΟΣ, a letra X (chi) e a letra P (rho).
Era um símbolo muito comum dos cristãos no século I e se tornou ainda mais popular depois do imperador Constantino. Segundo a história, depois de um sonho, o imperador pediu que colocasse o símbolo em todos os escudos dos soldados na batalha da Ponte Mílvia.
O símbolo ainda é bastante comum no catolicismo e na igreja ortodoxa. Em algumas composições a abreviação Chi Rho é colocada entre as letras alfa e ômega.
A Âncora
simbolo ancora

A âncora foi adotada como um dos primeiros símbolos cristãos da antiguidade. Seu significado apontava para a convicção em Cristo e na ressurreição dos salvos.
No mar, a âncora é o último recurso em uma situação de tempestade (At 27,29). Por isso, a âncora era usada como figura de linguagem para designar certeza e esperança em Cristo (Hb 6,19-20).
Em uma época de perseguição aos cristãos, a âncora era uma forma de disfarçar o símbolo da cruz cristã. Era comum nas catacumbas o sinal da "âncora-cruz" para identificar um cristão. Com o tempo o uso da âncora como símbolo do cristianismo foi caindo em desuso e outros ícones foram adotados.
 Por Marco Antonio Lana (teólogo)

quinta-feira, 26 de março de 2020

Eu Sou a Videira Verdadeira - Jo 15,1-11


A Videira Verdadeira João 15 - Carlos Eduardo - Medium


A Videira e os Ramos

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta. Todo ramo que dá fruto, ele poda, para que produza ainda mais”. - João 15,1-2

Jesus se apresenta como a Videira verdadeira. Essa é uma das alegorias mais conhecidas da Bíblia, geralmente intitulada “A Videira e os Ramos”. O significado principal desse ensino aponta para o nosso relacionamento com Cristo, e a dependência que temos dele. Cristo é a Videira verdadeira, e nós somos os ramos.

Se Jesus é a Videira verdadeira, o Pai é o lavrador. Ele é quem cuida dos ramos. Estes ramos são classificados em dois grupos: 

  • Os ramos produtivos e 
  • Os ramos improdutivos.


Os ramos representam todos aqueles que entram com contato com Cristo e seu Evangelho. Dentre estes, o Agricultor cuida de limpar aqueles que dão frutos a fim de que possam produzir ainda mais frutos. Por outro lado, Ele também corta aqueles que não dão frutos. Os ramos improdutivos secam, são juntados e lançados no fogo.

Por que Jesus disse “Eu sou a Videira verdadeira”?

Jesus utilizou a figura de uma videira devido ao seu grande significado simbólica. A nação de Israel no Antigo Testamento, por diversas vezes era representada por uma videira (Salmos 80,8-16; Jeremias 2,21).  

Por isso os discípulos poderiam facilmente entender o ensinamento de Jesus ao dizer: “Eu sou a Videira verdadeira”. Também é notável o contraste estabelecido nessa passagem. Diferentemente de Israel, um tipo de videira que falhou e foi julgado pela sua falta de fruto, Jesus cumpriu efetivamente o simbolismo que Israel simplesmente tipificava.

Quando Jesus contou a alegoria da Videira e os Ramos?

O contexto dessa passagem é muito importante em sua interpretação. Muito provavelmente o Senhor Jesus contou essa alegoria na noite em que instituiu o sacramento da Ceia do Senhor. Nessa mesma noite Ele foi traído.

Isso significa que aquela era a última oportunidade de Jesus advertir seus discípulos antes de ser preso. Então Jesus lhes falou sobre a diferença entre o ramo que dá fruto e o ramo que não dá fruto. Tal diferença está fundamentada claramente sobre o conceito de “permanecer nele”. O ramo que dá fruto é aquele que permanece nele, ao contrário do infrutífero que é cortado, juntado e lançado no fogo.

Qual é a explicação da alegoria da Videira e os Ramos?

Ao mesmo tempo em que Jesus disse ser a Videira verdadeira; Ele também estabeleceu um contraste muito grande entre os ramos produtivos e os ramos improdutivos. Por isso a explicação da alegoria da Videira e os Ramos passa pela resposta da seguinte pergunta: 

Quem são os ramos improdutivos? 

Diferentes interpretações tentam responder essa pergunta. Já dissemos que os ramos em geral são todas as pessoas que demonstram ter algum relacionamento com Cristo. Mas quem são exatamente os ramos que recebem a terrível sentença de serem queimados no fogo? Os estudiosos costumam responder esta pergunta de diferentes maneiras. Vejamos nas interpretações alternativas abaixo.

1.    Os ramos improdutivos são crentes verdadeiros que perdem a salvação

Há quem entenda que estes ramos improdutivos são cristãos verdadeiros. Esses cristãos deixaram de produzir e apostataram sua fé. Conseqüentemente, eles são cortados definitivamente, juntados e lançados no fogo.

O problema com essa interpretação é que a segurança da salvação parece repousar na capacidade dos ramos em produzir frutos. Além do mais, devemos nos lembrar de que pouco antes o mesmo Senhor já havia falado sobre a maravilhosa promessa de que suas ovelhas jamais se perderiam (João 10,11). Será que Ele teria mudado de idéia? Definitivamente não!

2.    Os ramos improdutivos são crentes verdadeiros que são disciplinados por Deus.

Outros defendem que todos os ramos, produtivos e improdutivos, são cristãos verdadeiros. Mas diferente da interpretação acima, o fato de serem cortados não implica na perda da salvação. Esse corte seria um tipo de disciplina que Deus aplica aos ramos improdutivos.

Para defender essa interpretação é levado em conta que o verbo grego traduzido como “cortar”, também pode ser traduzido como “suspender”, no sentido de “levantar”. Assim, ao invés da palavra “cortar”, a palavra “suspender” seria a tradução mais apropriada para se referir aos ramos improdutivos. Ao serem levantados, os ramos improdutivos poderão receber os cuidados necessários para que possam produzir.

É comum que nas videiras alguns ramos cresçam por baixo de outros. Eles acabam sendo privados da luz solar e de nutrientes essenciais para seu desenvolvimento. Como resultados disso, esses ramos ficam mirrados e improdutivos. Então o agricultor pode tratá-los, erguendo-os para cima para que eles possam receber a luz e os nutrientes necessários. Com isso, eles se tornaram ramos produtivos.

É justamente com base nesse raciocínio que alguns estudiosos que defendem essa interpretação. Eles alegam que Jesus está se referindo à disciplina que alguns cristãos verdadeiros são submetidos ao logo de suas vidas. Esses cristãos são levantados de uma posição rasteira a fim de que possam produzir frutos.

Apesar de parecer uma boa interpretação, o problema é que ela parece ter dificuldade em explicar a sentença do versículo 6: Quem não permanece em mim é jogado fora, como um ramo imprestável, e seca. Esses ramos são ajuntados num monte para serem queimados.

3.    Os ramos improdutivos são crentes nominais

Por fim, há quem defenda que os ramos produtivos e os ramos improdutivos se referem a dois grupos: os cristãos verdadeiros e os cristãos nominais. Isso significa que os ramos produtivos representam os genuínos seguidores de Cristo que verdadeiramente desfrutam de uma ligação intima com Ele. Justamente por isso eles produzem frutos.

Já os ramos improdutivos representam os impostores. Essas pessoas apenas professam uma fé histórica. Eles também seguem a Jesus e dizem estar nele, mas são incapazes de realmente produzir frutos. Estes ramos ruins e improdutivos são cortados de entre os ramos produtivos, e finalmente são ajuntados e lançados no fogo.

O contexto da alegoria da Videira e os Ramos.

Dissemos que o contexto em que Jesus pronunciou essas palavras é muito importante para sua interpretação. Naquela mesma noite, um de seus discípulos mais próximos haveria de traí-lo. Considerando isso, e se deparando com a insistente repetição do verbo “permanecer” que aparece nesse ensino, a figura de Judas, o traidor, se torna inesquecível.

Pouco antes de dizer ser a Videira verdadeira, Jesus também já havia dito que nem todos que o acompanhavam estavam realmente limpos (João 13). Obviamente essa era uma referência a Judas, o traidor: 

  • Ele havia estado tão perto de Jesus e desfrutado de uma relação tão próxima com Ele. 
  • Ele tinha sido instruído sobre a verdade do Evangelho. 
  • Ele presenciou e participou de obras incríveis que comprovavam que Jesus era o Filho de Deus.


Porém, mesmo diante de tudo isso, ainda assim Judas partiu rumo a sua própria destruição. Já os outros discípulos também tiveram o mesmo contato intimo com o Senhor. Eles escutaram as mesmas palavras, receberam os mesmos ensinos e presenciaram e participaram dos mesmos milagres.

Aparentemente não havia diferença alguma entre o traidor Judas e os onze restantes. Qualquer um visse Judas na noite em que ele saiu para trair o Senhor, facilmente diria: Eis aí um dos discípulos mais próximos daquele Jesus de Nazaré. Isso significa que aparentemente tanto Judas quanto os demais discípulos, eram ramos que estavam na Videira verdadeira.

Mas o Mestre sabia exatamente a diferença que existia entre esses dois tipos de ramos. Enquanto um possuía um relacionamento íntimo e verdadeiro com Ele, o outro possuía apenas um relacionamento externo e superficial. Estava na Videira verdadeira, mas não era frutífero.

Com base nesse contexto, as palavras de Jesus simplesmente se encaixam na advertência acerca do perigo em seguir o exemplo de Judas. Suas palavras trazem a importante admoestação sobre a necessidade de permanecer nele. Somente estando na Videira verdadeira é que um ramo pode produzir os frutos de obediência.

Qual o significado da alegoria da Videira e os Ramos?

O grande significado da alegoria da Videira e os Ramos é a verdade de que somente quem permanece em Cristo poderá dar frutos. Essa verdade também implica na condição de que é impossível um ramo estar na Videira verdadeira e ser definitivamente improdutivo, pois o Pai, como um agricultor, dispensa os cuidados necessários para que os ramos produzam.
A alegoria da Videira e os Ramos demonstra tanto a responsabilidade humana quanto a soberania de Deus. A responsabilidade humana pode ser vista claramente nas palavras: “Aquele que permanece em mim”. Por outro lado, no mesmo versículo, a soberania de Deus também é claramente expressa: “Porque sem mim nada podem fazer” (João 15,5).

Esse “nada” significa a incapacidade humana em fazer qualquer bem em relação a Deus. O homem definitivamente não pode contribuir para sua própria salvação. Isso significa que esse “nada” inclui não só a produção de frutos, mas o próprio ato de permanecer na Videira verdadeira.

Aqui qualquer idéia de auto-gratificação ou salvação por obras cai por terra. Se produzirmos frutos é porque estamos na Videira verdadeira. Se estivermos na Videira verdadeira é porque produzimos frutos segundo o bom cuidado do grande Agricultor. Esse Agricultor nos poda a cada dia para que possamos produzir mais e mais frutos.

Assim, não existem cristãos verdadeiros que não dão frutos. A frutificação distingue de forma definitiva e infalível quem está genuinamente em Cristo. Todos são ramos, e, aparentemente, todos parecem estar na mesma Videira. Porém, o Pai sabe quem precisa ser podado e quem precisa ser cortado. Ele nunca cortará um ramo produtivo, como também nunca deixará passar um ramo que não produz. Assim como a produção de mais frutos é o fim inevitável para o ramo produtivo, ser cortado e lançado no fogo também é o fim inevitável para o ramo improdutivo.

Que fruto é produzido pelos ramos da Videira verdadeira?

Os intérpretes discutem sobre que tipo de fruto os ramos produtivos da Videira verdadeira produzem. Alguns identificam esse fruto com o resultado da evangelização. No entanto, tal fruto não se resumem apenas à própria evangelização, antes, também a inclui.

Com base no contexto do próprio capítulo 15, percebemos que a analogia dos frutos está designando o fruto moral. Esse fruto é a conseqüência natural da obediência à Palavra de Deus expressa no caráter cristão daqueles que foram regenerados pelo Espírito Santo. Isso implica em todo um novo modo de vida. É justamente por isso que os ramos produtivos são somente aqueles que nasceram de novo.

Outra coisa interessante é que em nenhum lugar da ilustração da Videira verdadeira somos informados de que os ramos improdutivos um dia já produziram e pararam de produzir. A ilustração começa e termina com ramos infrutíferos e ramos frutíferos, apenas isto.

Quando relacionamos esse ensino de Jesus com o capítulo 5 da carta de Paulo aos Gálatas, onde lemos sobre as obras da carne e o fruto do Espírito; entendemos o porquê disso tudo. O apóstolo Paulo claramente nos alerta para o fato de que é somente pela ação e capacitação do Espírito Santo que podemos demonstrar as virtudes que nos levam a uma vida que agrada a Deus. Sem o novo nascimento o homem não passa de um ramo sem vida que é cortado e lançado no fogo.

A Videira verdadeira, os ramos e a soberania de Deus

Esse conceito também nos ajuda a entender a sentença do versículo 10: “Quando vocês obedecem a meus mandamentos, permanecem no meu amor”. Mais uma vez o foco aqui não está em nossa capacidade em guardar os preceitos divinos, mas no resultado da graça soberana de Deus. 

Se nós guardamos os preceitos de Cristo é porque nós o amamos (João 14,15), e se nós o amamos é porque Ele nos amou primeiro (1 João 4,19). A ação soberana de Deus sempre precederá a nossa ação, seu amor sempre precederá o nosso amor. Sua iniciativa sempre precederá nossa resposta.

Assim, qualquer coisa de bom que possamos fazer aos olhos de Deus, na verdade será simplesmente uma resposta de gratidão. Se produzirmos mais e mais frutos, a glória sempre será toda d’Ele (João 15,8). Sobre isso, o próprio Jesus mais à frente declara:

“Vocês não me escolheram; eu os escolhi. Eu os chamei para irem e produzirem frutos duradouros, para que o Pai lhes dê tudo que pedirem em meu nome”.  (João 15,16).

Diferentemente do que alguns alegam essas palavras definitivamente não se resumem apenas ao grupo dos discípulos que cercavam Jesus naquela noite. Essas palavras se estendem a todos os seus discípulos genuínos ao longo dos tempos. Para glória de Deus Pai, esses discípulos são ramos frutíferos que produzem mais e mais frutos por estarem na Videira verdadeira.