TEXTO ÁUREO
"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho
e fêmea os criou." (Gn 1.27)
VERDADE PRÁTICA
A doutrina da criação do ser humano revelada nas Escrituras Sagradas, em
que a distinção dos sexos é o padrão, não pode ser relativizada.
LEITURA BÍBLICA - Isaías 5.18-24
18 Ai dos que puxam a iniquidade com cordas de vaidade, e o pecado com
tirantes de carro!
19 E dizem: Avie-se, e acabe a sua obra, para que a vejamos; e
aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
20 Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz,
e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si
mesmos!
22 Ai dos que são poderosos para beber vinho, e homens de poder para
misturar bebida forte;
23 Dos que justificam ao ímpio por suborno, e aos justos negam a
justiça!
24 Por isso, como a língua de fogo consome a palha, e o restolho se
desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se
esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos, e
desprezaram a palavra do Santo de Israel.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
- Explicar Ideologia de Gênero;
- Arrazoar a respeito das consequências da Ideologia de Gênero;
- Mostrar o ideal divino quanto aos sexos.
INTRODUÇÃO
Teorias sociais, que nascem em laboratórios de ciências sociais das
principais universidades do mundo, ensinam que as diferenças entre os sexos são
resultados da relação histórica de opressão e preconceito entre homem e mulher.
A este entendimento dá-se o nome de "ideologia de gênero". Os
defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os
princípios cristãos. Apesar de cada época apresentar desafios diferentes à fé
cristã, as Escrituras advertem aos cristãos o viver em santidade em todas as
épocas e culturas (1Pe 1.15,23-25).
I - A IDEOLOGIA DE
GÊNERO
1. Definição de
Ideologia.
O termo foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836). O
conceito foi amplamente usado pelos alemães Karl Marx e Fredrich Engels,
autores do Manifesto Comunista (1848). A palavra é composta pelos vocábulos
gregos eidos, que indica "ideia", e logos com o sentido de "raciocínio".
Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar
o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual, ou
seja socialmente. Em sentido amplo, a ideologia se apresenta como o que seria
ideal para um determinado grupo.
2. Ideologia de
Gênero.
A palavra "gênero" tem origem no grego genos e significa
"raça". Na concepção da Lógica, o termo indica "espécie".
Usualmente deveria indicar o "masculino" e o "feminino",
como ocorre na Gramática. Nesse sentido, a expressão é inofensiva; porém, na
sociedade pós-moderna tal significado é relativizado e distorcido em
"ideologia de gênero". Essa ideologia também é conhecida como
"ausência de sexo". Esse conceito ignora a natureza e os fatos
biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Os ideólogos
afirmam que os gêneros — masculino e feminino—são construções
histórico-culturais impostas pela sociedade.
3. Marxismo e
Feminismo como fonte dessa ideologia.
Nos escritos marxistas a ideologia deixa de ser apenas "o
conhecimento das ideias" e passa a ser um "instrumento" que
assegura o domínio de uma classe sobre outra. O marxismo exerceu forte
influência no feminismo, especialmente o livro "A Origem da família, a
propriedade privada e o Estado" (1884), onde a família patriarcal é
tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo a ideia
central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de
Beauvoir autora da obra "O Segundo Sexo" (1949), onde é afirmado que
"não se nasce mulher, torna-se mulher". Assim, do contexto social
marxista, que deu origem à "luta de classes", surgiu a ideologia
culturalista como sendo "luta de gêneros", ou seja, uma fantasiosa
"luta de classes entre homens e mulheres". Nesse aspecto, a Ideologia
de Gênero pretende desconstruir os papéis masculinos e femininos na sociedade
atual.
II- CONSEQUÊNCIAS
DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
1. Troca de papéis
entre homens a mulheres.
A ideologia de gênero propaga que os papéis dos homens e das mulheres
foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa
posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante
para a definição dos papéis sociais do homem e da mulher. Entretanto, as
Escrituras Sagradas ensinam com clareza a distinção natural dos sexos (Gn
2.15-25; Pv 31.10-31).
Outra consequência lógica dessa ideologia é que a determinação do sexo
de uma pessoa agora é definida pelo fator psicológico, bastando ao homem, ou à
mulher, aceitarem-se noutro papel. Além disso, faz-se apologia à prática do
homossexualismo e do lesbianismo. Tanto as Escrituras quanto a tradição
eclesiástica sempre confrontaram essa tendência humana de inverter os papéis
naturais (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33).
2. Confusão de
identidade para o ser humano.
Os adeptos desta ideologia afirmam que a sexualidade (desejo sexual) e o
gênero (homem e mulher) não estão relacionados com o sexo (órgãos genitais).
Desse modo, a identidade de gênero e a orientação sexual passam a ser moldadas
ao longo da vida. Por exemplo, a criança passa a decidir depois de crescida se
quer ser menino ou menina. É o aprofundamento dramático da distorção da
natureza humana relatada pelo apóstolo Paulo (Rm 1.26,27). Essa indefinição
acerca da própria identidade produz no ser humano um efeito destruidor e
provoca nele uma confusão de personalidade, gerando graves problemas de ordem
espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz ainda ao pior dos pecados: a
insolência da criatura de se rebelar contra o seu Criador (Rm 9.20).
3. Desvalorização
do casamento e da família.
A ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao sexo provoque um
impacto deletério sobre a família. A Ideologia de Gênero considera a atração
pelo sexo oposto, o casamento e a família estereótipos sociais previamente estabelecidos
pela sociedade. Nesse contexto, a primeira instituição amada pelo Criador (Gn
2.24) passa a ser constantemente desvalorizada, criticada e massacrada. Estes e
outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do
Senhor Jesus (2 Tm 3.1-5).
III- O IDEAL DIVINO
QUANTO AOS SEXOS
1. Criação de dois
sexos.
A Bíblia revela que Deus criou dois sexos anatomicamente distintos:
"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e
fêmea os criou" (Gn 1.27). Portanto, biologicamente o sexo está
relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os
seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem,
designado por Deus como macho, a mulher como fêmea. Por conseguinte, não
podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero. A
cultura humana permanece sob o julgamento de Deus (1Pe A.17-19).
2. Casamento
monogâmico e heterossexual.
Ao instituir o casamento Deus ordenou: "deixará o varão o seu pai e
a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24).
Isto significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual
(um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A
diferença dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: "nem
o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão" (1Co 11.11). Assim,
mudam-se as culturas e os costumes, mas a Palavra de Deus permanece inalterável
(Mt 24.35).
3. Educação dos
filhos com distinção dos sexos.
Educar não consiste apenas em suprir os meios de subsistência e
proporcionar o bem-estar necessário à família. Cabe também aos pais educar os
filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo no
lar (Ef 6.1,2). A família cristã não pode perder a referência bíblica na
educação de seus filhos. Por exemplo, explicar e orientá-los de que homens e
mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia diferente e
personalidades díspares é responsabilidade dos pais. Sigamos, pois, com
respeito às pessoas, não discriminando-as, mas se posicionando com toda firmeza
na distinção de homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de "luta
de gêneros" (Gn 1.27; 1Co 11.11,12; Ef 5.22-25).
CONCLUSÃO
A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao
cidadão o que deve ser considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não
esboça reação e o mal vem sendo propagado. No entanto, a igreja não pode fechar
os olhos para a inversão dos valores. Os cristãos precisam reagir e
"batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd v.3).
PARA REFLETIR
A respeito do tema "Ética Cristã e Ideologia de Gênero",
responda:
• O que significa ideologia?
Ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar
o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual ou
socialmente.
• O que os ideólogos afirmam sobre os gêneros masculino e feminino?
Os ideólogos afirmam que os gêneros — masculino e feminino — são
construções histórico-culturais impostas pela sociedade.
• Cite as três consequências da ideologia de gênero.
Troca de papéis entre homens e mulheres; confusão de identidade para o
ser humano; desvalorização do casamento e da família.
• Destaque quais elementos constituem o ideal divino quanto aos senos.
Criação dos dois senos; casamento monogâmico e heterossexual; Educação
dos filhos com distinção dos sexos.
• O que pretende a ideologia de gênero?
A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao
cidadão o que deve ser considerado ideal.
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