A genealogia de Jesus na Bíblia mostra que ele era descendente do rei Davi, da tribo de Judá, do povo de Israel. Com isso, Jesus cumpriu várias profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, o salvador do mundo. Jesus era, na verdade, filho de Deus, mas sua genealogia oficial foi considerada a partir de seus pais terrenos.
Os evangelhos de Mateus e Lucas registram a genealogia de Jesus, mostrando que ele era o salvador prometido. O evangelho de Mateus traça a linhagem de Jesus desde Abraão, a quem Deus prometeu que todos os povos da terra seriam abençoados por meio de sua descendência (Gênesis 12:1-3). Os descendentes de Abraão, que herdaram a promessa de Deus, se tornaram o povo de Israel.
O evangelho de Lucas traça a linhagem de Jesus mais longe, até Adão, chamado de filho de Deus (Lucas 3:38). Deus criou Adão, o primeiro homem, e Jesus, como descendente dele, estava se identificando com toda a humanidade. Ao mesmo tempo, o fim da genealogia de Lucas ressalta o lado divino de Jesus.
As duas genealogias também mostram que Jesus era descendente de Davi, o rei de Israel (Mateus 1:1). Deus Prometeu a Davi que sua descendência iria reinar para sempre. Alguns séculos depois, Israel deixou de ter um rei, mas essa profecia se cumpriu em Jesus, que é o rei eterno (2 Samuel 7:16).
Deus escolheu José e Maria para serem os pais adotivos de Jesus para cumprir as profecias do Antigo Testamento. Como descendente de Davi, ele tinha direito ao trono por herança. Sua genealogia é uma prova que ele é o salvador prometido por Deus.
Por que Jesus tem duas genealogias diferentes na Bíblia?
A Bíblia não explica por que as duas genealogias de Jesus são diferentes. As genealogias de Mateus e Lucas estão em acordo de Abraão a Davi, mas têm registros diferentes depois do rei Davi. A genealogia de Mateus traça os antepassados de Jesus através da linhagem real, dos descendentes de Salomão, herdeiro do trono de Davi. Mas a genealogia de Lucas traça sua descendência através de Natã, outro filho de Davi.
Algumas pessoas acham que isso é um erro da Bíblia. No entanto, famílias e genealogias podem se tornar muito complicadas. Existem várias teorias credíveis que podem explicar essa diferença. As três principais são:
Genealogias do pai e da mãe
Uma teoria muito popular é que uma das genealogias é de José e outra é de Maria. A genealogia de Jesus em Lucas diz que José era filho de Eli. Talvez aqui o significado de “filho” seja genro, visto que as mulheres raramente eram contadas em genealogias. Como marido de Maria, José poderia ser considerado filho do pai dela. Assim, a genealogia em Lucas seria na verdade a genealogia de Maria.
Adoção
Outra possibilidade é que José foi adotado. Nessa época, havia formas de adotar alguém oficialmente como filho. Se, por exemplo, o pai de José tivesse morrido quando ele era novo, ele pode ter sido adotado por outro parente distante. Assim, ele seria filho biológico de um homem mas filho legal de outro. As duas genealogias estariam corretas, porque ele teria direito à herança do pai biológico mas também a parte da herança do pai legal.
Casamento de levirato
Existe ainda a possibilidade que aconteceu um casamento por levirato. Segundo a lei judaica, se um homem morresse sem deixar filhos, um parente seu deveria casar com sua viúva (Deuteronômio 25:5-6). O filho que nascesse desse casamento seria considerado filho legal do homem morto e receberia sua herança. Se José fosse filho de um casamento por levirato, aconteceria como no caso da adoção: seria filho biológico de um pai mas filho legal de outro.
De qualquer forma, as duas genealogias de Jesus mostram que ele era descendente de Davi e cumpria as profecias sobre o salvador prometido.
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