Maria é um nome digno de ser lembrado sempre, com o exemplo de fé, temor e obediência a Deus.
Maria tinha algo especial, “Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus” (Lc 1,30). A qual outra mulher a Bíblia se refere assim? Deus conhecia Maria – “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15).
Estando noiva de José, certamente Maria andava às voltas com os preparativos para o casamento. Então recebe uma visita inesperada de um anjo enviado de Deus – “Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre à casa de Jacó, e o seu reino não terá fim (Lc 1.31-33). O diálogo que se segue é bonito e comovente. É apenas compreendendo que Deus precisava dela, submeteu-se à vontade de Deus – “Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lc 1.38). Desde aquele momento, todas as gerações passaram a conhecê-la como a mãe do filho de Deus, o Salvador do mundo – “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma [virgem] conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14).
OBEDIÊNCIA E ALEGRIA:
Talvez mais tarde Maria tinha pensado no que diria a seu noivo. Como ele reagiria? Será que acreditaria nela?
Analisando friamente a situação, diria que Maria estava entrando numa fria. Mas ela acreditou no anjo. Não questionou sobre o transtorno que esta gravides traria para ela. Apenas questionou como isto aconteceria – “Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão? Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. (Lc 1.34-35). O que ela fez? Cantou um Cântico – se eu posso dizer assim – de Louvor a Deus! “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”; (Lc 1.46-47).
Maria obedeceu a Deus com o coração cheio de alegria, mesmo diante de uma gravidez tão inesperada.
Uma das virtudes mais impressionante de Maria é sua obediência a Deus. E não era uma obediência pesarosa, obrigatória, mas genuína e feliz.
Deus dotou a mulher com a graça de ser mãe. Acontece que muitas vezes esse privilégio se torna um enfado, e muitas mães reclamam da gravidez e dos filhos. Talvez porque tenha ficado grávida sem planejar ou porque as circunstancias não estivessem favoráveis à chegada de um bebê. No entanto, é preciso entender que a concepção de uma criança é um milagre de Deus, e seu nascimento um presente divino. E, sendo assim, a criança deve ser gerada com amor e, ao nascer, recebida com alegria.
Deus providenciou tudo para Maria. Um anjo foi enviado ao seu noivo, José, que acreditou em tudo, se casou com ela e recebeu o pequenino menino que nasceu como seu filho – “E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo; ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco. E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher”; (Mt 1.19-24).
MÃE CUIDADOSA
Vejo o cuidado que Maria teve para com seu filho Jesus desde o início, no estábulo onde nasceu – “Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lc 2.6-7); ao ser levado aos 40 dias de vida, para ser consagrado ao Deus no templo – “Terminados os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor” (Lc 2.22); quando o procuraram por ocasião da festa da Páscoa – “Quando Jesus completou doze anos, subiram eles segundo o costume da festa ....... Quando o viram, ficaram maravilhados, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que procedeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos (Lc 2. 39-48); ao ensiná-lo a ser um filho submisso – “Então, descendo com eles, foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração” (Lc 2.51); quando, já no início da sua vida pública, ela esteve ao lado do filho – “Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus ......... Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias” (Jo 2.1-12); e também na cruz – “Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena” ( Jo 19.25). Desde o nascimento até a morte de seu filho. Maria esteve preocupada com ele.
Quando uma mãe ama seu filho, não importa o lugar ou condições em que ele nasça, não importa as dificuldades em educá-lo de acordo com a Palavra de Deus, não importa as dificuldades das fases de idade que ele passe, não importa as escolhas e decisões que esse filho faça, ela sempre irá cuidar dele o melhor que ela puder, sempre vai estar a seu lado para ser amiga, conversar, aconselhar e orar.
MATERNIDADE E HUMILDADE
Até onde vai a influencia e interferência de uma mãe na vida de seu filho? Há limites?
Por ocasião da festa de casamento em Caná da Galiléia reconheceu à condição de mãe, quando ele deixou bem claro que só agiria na hora em que ele achasse melhor – “Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada há minha hora” (Jo 2.4). Mas ela intercedeu em nosso nome – “Fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo 2.5).
Deus conhecia o coração submisso de Maria e Ele conhece nosso coração também. Será que ele escolheria uma mulher hoje para uma missão tão sublime quanto à de Maria? Penso que Deus não escolheria mulheres que não sabem dar independência aos filhos, que tem dificuldades de “cortar o cordão umbilical”, que mantém um vínculo tão forte com os filhos que eles tem dificuldades em dar continuidade à própria vida, mesmo quando adultos.
Deus tinha planos perfeitos para Maria e para Jesus. Deus tem planos perfeitos para nós e nossos filhos. As mães devem saber criar seus filhos de maneiras que eles possam ser responsáveis e levar adiante o plano de deus para suas vidas.
VOCÊ CONHECE SEU FILHO?
“Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração. Então, descendo com eles, foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração” (Lc 2.19 e 51).
Maria observava seu filho crescer e ia conhecendo-o.
Com esta mãe também aprendemos que devemos conhecer nossos filhos, conhecer sua personalidade, seu jeito de ser. Certamente Maria via em seu filho uma pessoa muito especial. Nossos filhos também são especiais – pois são criaturas de Deus. Eles nascem e crescem pela vontade de Deus. Conhecer nossos filhos é importante para sabermos como nos relacionar com eles.
UM OLHAR ESPECIAL
Maria foi uma boa mãe, e por conseqüência, foi recompensada. Pouco antes de morrer, na cruz, do Calvário, Jesus olhou de uma maneira especial para ela, viu seu sofrimento, desamparo e providenciou o que ele precisava – um filho que a amparasse e assistisse. Jesus entregou aos cuidados de seu amoroso discípulo, João – “Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19. 26-27).
Duas preciosas lições tiramos daqui. Primeiro Jesus olha a mãe de maneira especial e providencia aquilo que ela necessita: paciência, amor, sabedoria, ensinamentos, consolo, abrigo, etc. Segundo, o filho que ama e valoriza a sua mãe procura cuidar dela e honrá-la, e isto tem muito haver com a maneira como uma mãe cria seu filho, pois a Palavra de Deus adverte: “pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6.7b)”.
Que Maria seja exemplo a ser seguido, bem de perto, por todas as mães!
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