sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

PAIS NA BÍBLIA - MARIA – Mãe exemplar



Maria é um nome digno de ser lembrado sempre, com o exemplo de fé, temor e obediência a Deus.

Maria tinha algo especial, “Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus” (Lc 1,30). A qual outra mulher a Bíblia se refere assim? Deus conhecia Maria – “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15).

Estando noiva de José, certamente Maria andava às voltas com os preparativos para o casamento. Então recebe uma visita inesperada de um anjo enviado de Deus – “Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre à casa de Jacó, e o seu reino não terá fim (Lc 1.31-33). O diálogo que se segue é bonito e comovente. É apenas compreendendo que Deus precisava dela, submeteu-se à vontade de Deus – “Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lc 1.38). Desde aquele momento, todas as gerações passaram a conhecê-la como a mãe do filho de Deus, o Salvador do mundo – “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma [virgem] conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14).

OBEDIÊNCIA E ALEGRIA:

Talvez mais tarde Maria  tinha pensado  no que diria a seu noivo. Como ele reagiria? Será que acreditaria nela?

Analisando friamente a situação, diria que Maria estava entrando numa fria. Mas ela acreditou no anjo. Não questionou sobre o transtorno que esta gravides traria para ela. Apenas questionou como isto aconteceria – “Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão? Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. (Lc 1.34-35). O que ela fez? Cantou um Cântico – se eu posso dizer assim – de Louvor a Deus! “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”; (Lc 1.46-47).

Maria obedeceu a Deus com o coração cheio de alegria, mesmo diante de uma gravidez tão inesperada.

Uma das virtudes mais impressionante de Maria é sua obediência a Deus. E não era uma obediência pesarosa, obrigatória, mas genuína e feliz.


Deus dotou a mulher com a graça de ser mãe. Acontece que muitas vezes esse privilégio se torna um enfado, e muitas mães reclamam da gravidez e dos filhos. Talvez porque tenha ficado grávida sem planejar ou porque as circunstancias não estivessem favoráveis à chegada de um bebê. No entanto, é preciso entender que a concepção de uma criança é um milagre de Deus, e seu nascimento um presente divino. E, sendo assim, a criança deve ser gerada com amor e, ao nascer, recebida com alegria.

Deus providenciou tudo para Maria. Um anjo foi enviado ao seu noivo, José, que acreditou em tudo, se casou com ela e recebeu o pequenino menino que nasceu como seu filho – “E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo; ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco. E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher”; (Mt 1.19-24).

MÃE CUIDADOSA

Vejo o cuidado que Maria teve para com seu filho Jesus desde o início, no estábulo onde nasceu – “Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lc 2.6-7); ao ser levado aos 40 dias  de vida, para ser consagrado ao Deus no  templo – “Terminados os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor” (Lc 2.22); quando o procuraram por ocasião da festa da Páscoa – “Quando Jesus completou doze anos, subiram eles segundo o costume da festa ....... Quando o viram, ficaram maravilhados, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que procedeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos (Lc 2. 39-48); ao ensiná-lo a ser um filho submisso – “Então, descendo com eles, foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração” (Lc 2.51); quando, já no início da sua vida pública, ela esteve ao lado do filho – “Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus ......... Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias” (Jo 2.1-12); e também na cruz – “Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena” ( Jo 19.25). Desde o nascimento até a morte de seu filho. Maria esteve preocupada com ele.

Quando uma mãe ama seu filho, não importa o lugar ou condições em que ele nasça, não importa as dificuldades em educá-lo de acordo com a Palavra de Deus, não importa as dificuldades das fases de idade que ele passe, não importa as escolhas e decisões que esse filho faça, ela sempre irá cuidar dele o melhor que ela puder, sempre vai estar a seu lado para ser amiga, conversar, aconselhar e orar.

MATERNIDADE E HUMILDADE

Até onde vai a influencia e interferência de uma mãe na vida de seu filho? Há limites?

Por ocasião da festa de casamento em Caná da Galiléia reconheceu à condição de mãe, quando ele deixou bem claro que só agiria na hora em que ele achasse melhor – “Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada há minha hora” (Jo 2.4). Mas ela intercedeu em nosso nome – “Fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo 2.5).

Deus conhecia o coração submisso de Maria e Ele conhece nosso coração também. Será que ele escolheria uma mulher hoje para uma missão tão sublime quanto à de Maria? Penso que Deus não escolheria mulheres que não sabem dar independência aos filhos, que tem dificuldades de “cortar o cordão umbilical”, que mantém um vínculo tão forte com os filhos que eles tem dificuldades em dar continuidade à própria vida, mesmo quando adultos.

Deus tinha planos perfeitos para Maria e para Jesus. Deus tem planos perfeitos para nós e nossos filhos. As mães devem saber criar seus filhos de maneiras que eles possam ser responsáveis e levar adiante o plano de deus para suas vidas.
VOCÊ CONHECE SEU FILHO?

“Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração. Então, descendo com eles, foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração” (Lc 2.19 e 51).

Maria observava seu filho crescer e ia conhecendo-o.

Com esta mãe também aprendemos que devemos conhecer nossos filhos, conhecer sua personalidade, seu jeito de ser. Certamente Maria via em seu filho uma pessoa muito especial. Nossos filhos também são especiais – pois são criaturas de Deus. Eles nascem e crescem pela vontade de Deus. Conhecer nossos filhos é importante para sabermos como nos relacionar com eles.

UM OLHAR ESPECIAL

Maria foi uma boa mãe, e por conseqüência, foi recompensada. Pouco antes de morrer, na cruz, do Calvário, Jesus olhou de uma maneira especial para ela, viu seu sofrimento, desamparo e providenciou o que ele precisava – um filho que a amparasse e assistisse. Jesus entregou aos cuidados de seu amoroso discípulo, João – “Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19. 26-27).

Duas preciosas lições tiramos daqui. Primeiro Jesus olha a mãe de maneira especial e providencia aquilo que ela necessita: paciência, amor, sabedoria, ensinamentos, consolo, abrigo, etc. Segundo, o filho que ama e valoriza a sua mãe procura cuidar dela e honrá-la, e isto tem muito haver com a maneira como uma mãe cria seu filho, pois a Palavra de Deus adverte: “pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6.7b)”.

Que Maria seja exemplo a ser seguido, bem de perto, por todas as mães!

sábado, 22 de dezembro de 2012

PAIS NA BÍBLIA - DAVI – Um grande rei, mas como pai é outra historia.



Se há um personagem na Bíblia que podemos admirar por sua coragem, devoção a Deus e fidelidade a um chamado especial ‘e sem duvida Davi. Em nenhum lugar da Bíblia, Jesus ‘e chamado “filho de Abraão”, ou “filho de Jacó”, mas “filho de Deus”. Sem duvida ‘e o personagem mais famoso antes de Cristo. Se Davi foi um homem reverenciado por seus atos enquanto esteve a frente do povo de Israel, o  mesmo não podemos dizer de sua vida enquanto  marido e pai. A Bíblia em parte alguma procura disfarçar os pecados ou defeitos de caráter dos filhos de Deus. O propósito bíblico ao relatar os defeitos e pecados de Davi e de tantos outros pais e mães ‘e para nos divertir por meio de seus exemplos negativos.

Sua família:

Davi foi bisneto de Rute e Boaz, neto de Obede e filho de Jesse (Rt 4.21-22). Seu pai teve nove filhos sendo Davi o mais jovem. Teve, segundo os registros bíblicos, 19 filhos (2Sm 3-5), de Bate-Seba, nasceram Salomão, Samua, Sobabe e Nata (1Cr 3.5). Das concubinas foram vários (2Sm 5.14-16). De Mical não tem registro que tenha nascido filhos.

Uma família problemática.

Na historia de vida familiar de Davi, encontramos a presença de adultério, poligamia, incesto, assassinato, perseguição entre filhos.

Sua grande área vulnerável era realmente a família. Vejamos em que Davi errou como pai.

Mau exemplo no relacionamento conjugal.

Embora a poligamia tenha sido, em alguns lugares do Oriente ainda seja, uma pratica adotada. Davi errou nesta área da vida. Como homem conhecedor das leis de Deus para seu povo, Davi errou em não passar para os filhos o exemplo de monogamia. O que vemos ‘e a sua descendência seguir o mesmo caminho do pai, especialmente na vida de Salomão. O escritor do livro de Reis declarou que Salomão, seu filho com Bate-Seba teve 700 mulheres e 300 concubinas! A Bíblia afirma que: “Tinha ele setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração” – 1Rs 11.3. O próprio Salomão declarou ter concubinas em grandes números: “Ajuntei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, concubinas em grande número” – Ecl 2.2.

Se quisermos ajudar os nossos filhos a construírem famílias que serão bênçãos no futuro devemos ensiná-los através de bons exemplos em nossa vida conjugal. Se vivermos bem no casamento, com certeza nossos filhos desejarão  se casar, constituir famílias e serem felizes nessa área.

Falta de limite.

Um dos relatos mais tristes da historia de Davi como pai esta em 1Rs 1.6. O texto diz que: “Ora, nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fizeste assim?”.

Davi tinha serias dificuldades em chamar seus filhos a responsabilidade. Não colocava limites, não disciplinava seus filhos. O mesmo aconteceu quando Amnon cometeu incesto com Tamar. Davi, ao saber do acontecido, apenas se irou, mas não tomou nenhuma atitude disciplinadora contra Amnon: “Quando o rei Davi ouviu todas estas coisas, muito se lhe acendeu a ira” – 2Sm 13.21.

Os filhos precisam saber claramente que Deus, ao colocar os pais na família, deu-lhes a tarefa de disciplinar, instruir: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” – Ef 6.4. Os filhos precisam de disciplina, de correção, de limites. Pais que não colocam disciplina, com medo de  entristecer os filhos, estão falhando seriamente. Devemos mostrar claramente o que ‘e certo e o que ‘e errado, mesmo que isto lhes aborreça por algum tempo.

Se não colocarmos limites em nossos filhos, com certeza colheremos tristezas no futuro. Muitos pais estão chorando porque não comunicaram para seus filhos o que ‘e certo e o que ‘e errado. Que precisamos respeitar as fronteiras nos relacionamentos  interpessoais.

Falhas em promover o perdão e a paz na família.

Outra historia triste acontecida na família de Davi foi o caso de incesto de Amnon e Tamar. A historia esta registrada em 2Sm 13.1-22. Após a se efeiçoar a sua irmã, Amnon arma um plano para se relacionar sexualmente com sua irmã. Tendo conseguido o que queria, Tamar ‘e desprezada e humilhada: “Então ela lhe respondeu: Não há razão de me despedires; maior seria este mal do que o outro já me tens feito. Porém ele não lhe quis dar ouvidos, mas, chamando o moço que o servia, disse-lhe: Deita fora a esta mulher, e fecha a porta após ela. Ora, trazia ela uma túnica talar; porque assim se vestiam as filhas virgens dos reis. Então o criado dele a deitou fora, e fechou a porta após ela. Pelo que Tamar, lançando cinza sobre a cabeça, e rasgando a túnica talar que trazia, pôs as mãos sobre a cabeça, e se foi andando e clamando” – 2Sm 13.16-19. Abssalao, seu irmão, assim que ficou sabendo da historia, logo arquitetou um plano para vingar Amnon do seu feito pecaminoso. E assim fez. Após tramar um plano diabólico, Amnon foi assassinado. A reação de Davi? Mais uma vez a Bíblia diz que foi omisso. Nenhuma condenação a atitude de Absalao.


Analisando esta triste historia, vemos consecutivos erros nas atitudes de Davi para com seus filhos. Não mostrou a Amnon que o que fizera era um pecado: “A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai, a qual é tua irmã, não a descobrirás” – Lv 18.11. Não consolou Tamar. Não promoveu o perdão e reconciliação entre os filhos. Sua omissão levou Absalão a tomar atitudes erradas e também pecaminosas.

Como pai, Davi deveria ser um ministro da paz, da harmonia e do perdão. Não o foi. E isso ficou registrado em sua historia familiar como algo negativo.

Falha em não se relacionar amigavelmente com o filho.

Após cometer assassinato. Absalão foge e fica três anos exilado: “38 Tendo Absalão fugido para Gesur, esteve ali três anos” – 2Sm13.38. Ao sentir saudades de seus filhos Absalão, Davi planeja com Joabe um plano para trazê-lo de volta a Jerusalém – 2Sm 14.1-22. Voltando a Jerusalém, Davi ao invés de receber Absalão de pronto, manda-o para a sua casa: “E disse o rei: Torne ele para sua casa, mas não venha à minha presença. Tornou, pois, Absalão para sua casa, e não foi à presença do rei” – 2 Sm 14.24. “Assim ficou Absalão dois anos inteiros em Jerusalém, sem ver a face do rei” – 2 Sm 14.28. Durante este tempo os netinhos de Davi nasceram: “Nasceram a Absalão três filhos, e uma filha cujo nome era Tamar; e esta era mulher formosa à vista” – 2 Sm 14.27. Durante este tempo, Absalão ordenou que toda a plantação de Joabe fosse queimada: “Pelo que disse aos seus servos: Vede ali o campo de Joabe pegado ao meu, onde ele tem cevada; ide, e ponde-lhe fogo. E os servos de Absalão puseram fogo ao campo” – 2 Sm 14.30. Era uma forma de chamar a atenção de seu pai. Passados os dois anos, Davi ordenou que chamassem Absalao ao palácio. Ao invés de se ter uma reconciliação real de pai e filho, o que vemos ‘e um encontro formal, não de pai com um filho que carecia de amor, mas de um rei com um súdito: “Foi, pois, Joabe à presença do rei, e lho disse. Então o rei chamou Absalão, e ele entrou à presença do rei, e se prostrou com o rosto em terra diante do rei; e o rei beijou Absalão” – 2 sm 14.33. O que vem depois ‘e só tristeza, rivalidade, lagrimas e morte. Davi ‘e exilado e perseguido pelo próprio filho. A batalha final ‘e digna de uma peca dramática. Davi com seu poderoso exercito luta com o de Absalão. Mesmo recomendando não matar seu filho, Joabe o mata: “Então disse Joabe: Não posso demorar-me assim contigo aqui. E tomou na mão três dardos, e traspassou com eles o coração de Absalão, estando ele ainda vivo no meio do carvalho” – 2 Sm 18.14. Ao saber da morte do filho, o choro de Davi ‘e comovente: “Pelo que o rei ficou muito comovido e, subindo à sala que estava por cima da porta, pôs-se a chorar; e andando, dizia assim: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!”. – 2 Sm 18.33.

Esta historia do relacionamento de Davi nos mostra um pai distante do filho. Um pai que não soube administrar os conflitos entre os irmãos, de um pai que se distancia, não somente fisicamente, mas acima de tudo, emocionalmente. Um pai que teve uma oportunidade de se reconciliar com o filho, mas o tratou como mais um dos seus súditos. Creio que ao chorar a morte de Absalão, Davi chorou pela impossibilidade de jamais se reconciliar com o filho.

Davi não foi pai digno de imitação. Seus erros nos mostram que muitas vezes somos grandes para os de fora, mas tremendamente falhos para os de casa. Só pela graça de Deus ‘e que Davi, mesmo com todas as suas faltas, ficou conhecido como sendo “um homem segundo o coração de Deus”.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PARÁBOLA - A CORUJA E O FALCAO


Certa vez um homem observou uma coruja que estava junto à janela.  Ela caiu e o distraiu da oração, mas ele não deu muito importância a ela. Nos outros dias, ele observou que a coruja permanecia naquele lugar e parece que se estabelecera ali.
     Dia após dia ele pôs-se a observar aquela coruja.  Notou que ela quase não se movia. Começou a incomodar-se com aquela ave.  Ela ocupava mais tempo de sua atenção que a oração.  Como veio parar ali, se não comia e uma vez até chegou a mexer com ela para ver se realmente era uma coruja de verdade.  De tanto observar, notou que a ave era cega e isso encheu mais ainda sua cabeça de perguntas.
     Até que um dia, notou que um falcão entrava na igreja com algo entre os bicos.  Eram algumas minhocas ou algum inseto e que servia de alimento para a coruja.
     Ele maravilhou-se com o que viu e chegou a coçar os olhos para ver se enxergava direito: O falcão entrava na igreja para alimentar a coruja, da mesma forma como faria com um de seus filhotes.
     Imediatamente o piedoso homem começou a louvar o Senhor e a se perguntar a razão de tamanho milagre. Jesus diz que Deus cuida até dos pássaros com o cuidado de um pai.
Sentiu enorme consolação ao pensar em um Deus amoroso, que coloca um falcão para cuidar de uma mísera coruja.
     O que não faria Deus por ele?
     Sentiu o coração vibrar ao perceber que Deus também cuidava dele com o mesmo carinho com que cuidava daquela ave.
     No entanto sua consolação também lhe trouxe a moção interior de que Deus lhe revelava algo único. Refletiu e decidiu vender tudo o que tinha e colocar-se ao único cuidado do Senhor. Ponderou que era apegado demais aos seus bens e que Deus o chamava para viver uma vida de pobre, dependendo unicamente da providência divina, pois ele valeria mais que milhões de coruja. Saiu de sua casa e colocou-se como mendigo na porta da mesma igreja que costumava freqüentar.
     No entanto começou a ter dificuldades. As pessoas o tinham conhecido como rico comerciante e não entendiam porque ele estava ali.  Alguns achavam que tinha endoidecido; não lhe davam esmolas e ele começou a passar fome. Desolado e entristecido, pensava que Deus o tinha abandonado.  Renunciara a tudo para viver da providência de Deus e Deus não aceitou sua renúncia.  Revelou sua desolação e procurou um pastor. Ao que o pastor lhe perguntou:
– Você tem certeza que foi Deus quem lhe pediu para viver como mendigo?
– Claro, a experiência com a coruja me mostrou que Deus sempre cuida de quem precisa, eu não tinha como duvidar! – Respondeu convicto.
     O pastor o encarou serenamente e com muita compaixão lhe perguntou:
– Você tem certeza que Deus o chamava a ser coruja?  Não lhe estaria chamando a ser falcão?
     Muitos agem como verdadeiros fariseus abdicando de tudo que tem para viver uma vida pobre que aguça a compaixão das pessoas. Deus nos tem chamado para sermos falcões, libertando pessoas, levando amor, consolo e sustento.

domingo, 16 de dezembro de 2012

PAIS NA BÍBLIA - Jó – Um sacerdote no lar



A vida de Jó é um exemplo não somente em sua fidelidade para com Deus, mas também em sua maneira de viver a fé no ambiente familiar.  

O que deixaremos para nossos filhos


O escritor do livro de Jó, que alguns acreditam ter sido Moises, não se preocupou, em primeiro lugar, em descrever suas riquezas materiais, mais acima de tudo, sua integridade moral e seu relacionamento com Deus. Diz o texto: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó. Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e se desviava do mal”. – Jó 1,1. Jó era um homem rico – “Possuía ele sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, tendo também muitíssima gente ao seu serviço; de modo que este homem era o maior de todos os do Oriente”. – Jó 1,3. Se os seus filhos não morressem tão prematuramente – “Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho; e eis que sobrevindo um grande vento de além do deserto, deu nos quatro cantos da casa, e ela caiu sobre os mancebos, de sorte que morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova”. – Jó 1,18-19, deixaria uma grande herança, mas o melhor bem que deixaria, sem duvida, seria um legado.

Muitos pais se preocupam em deixar para os filhos heranças, bens materiais, mas o que eles precisam acima de tudo ‘e de um legado, um exemplo de vida. O legado que o papai Jó estava deixando era de uma vida de honestidade, justiça, temor a Deus e um desejo constante de se desviar das coisas m’as. Os bens materiais podem sumir em meio a uma crise econômica, mas o legado, o exemplo de vida que passamos para as gerações futuras, jamais sucumbira.  O papai Jó estava deixando para os seus filhos um legado de honestidade. Sua riqueza, com certeza não fora constituída por meio de falcatruas, corrupção e injustiça para com os mais pobres – “(pese-me Deus em balanças fiéis, e conheça a minha integridade)”; - Jó 31,6. Estava transmitindo aos seus filhos um legado espiritual, de temos a Deus. Ele cultivava no seu coração um desejo constante de reconhecer a soberania de Deus em todos os momentos de sua vida – “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor”.  – Jó 1,20-21. Um outro tipo de legado era de uma vida santa, sem pecado. Podemos constatar esta marca mais adiante, quando em uma das suas declarações ele afirma que jamais olhou com cobiça para outras mulheres – “Fiz pacto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? Se o meu coração se deixou seduzir por causa duma mulher, ou se eu tenho armado traição à porta do meu próximo, então moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela”. – Jó 31,1;9-10.


Gordon Macdonald, em seu livro Segredo do Coração de um Homem”, conta que certa vez, no Japão, observou um homem bem idoso cuidando carinhosamente de mudas de arvores. Aquele idoso não veria aquelas arvores crescida e frondosa. O seu anfitrião então comentou: “Ele sabe que não ira ver as arvores plenamente desenvolvidas. Ele não as esta plantando para si mesmo, mas para os seus netos”.

Uma herança, muitas vezes, não passa de duas ou três gerações. Mas um legado de vida, isto com certeza ‘e transmitido de geração a geração.


Um pai sacerdote em seu lar.

Jó teve 20 filhos. Os dez primeiros foram mortos, vitimas de um furacão – “Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho; e eis que sobrevindo um grande vento de além do deserto, deu nos quatro cantos da casa, e ela caiu sobre os mancebos, de sorte que morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova”. – Jó 1.2,18-19, como parte de sua aprovação. Os outros dez, já tendo sido aprovado “Também teve sete filhos e três filhas”. – Jó 42,13. A Bíblia mostra um retrato de como viviam os dez primeiros filhos de Jó. Pelo que podemos extrair dos textos sagrados, seus filhos já tinham vida independente, pois cada um vivia em sua própria casa. Eram alegres, pois gostavam de festas. E também unidos – “Iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs para comerem e beberem com eles”. – Jó 1,4. O texto não indica que os filhos de Jó faziam festas profanas, com bebedeiras e imoralidades. Indica uma vida feliz, jovial e plena.  A Bíblia não faz nenhuma menção de coisas erradas praticadas pelos filhos de Jó. Simplesmente eram alegres e unidos. Eles cultivam uma coisa muito importante para a saúde da família: as tradições familiares.

As festas eram tradicionais na família de Jó – “E sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava; e, levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; pois dizia Jó: Talvez meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente”. – Jó 1,5. Vemos neste versículo o cuidado de Jó para com a vida espiritual de seus filhos. Ele os chamava uma responsabilidade espiritual diante de Deus. Possivelmente ele conversa com seus filhos sobre o que acontecia naquelas festas. Mostrava-lhes que podiam se divertir, e que isto não representava um pecado, mais jamais usar o prazer e a alegria para se afastarem de Deus e agirem em desacordo com os seus ensinos – “Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e anime-te o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo”. – Ecl 11,9. Pais piedosos devem ensinar seus filhos a temer a Deus e a observar seus princípios. No seu coração estava presente também o sentimento de responsabilidade diante de Deus pelos filhos. Diz o texto bíblico “levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles”.

Que exemplo de responsabilidade paterna pela saúde espiritual de seus filhos! Jó em cada sacrifício orava por um dos filhos. Diz a Bíblia que esta era a pratica constante de Jó. Apresentava-os, nome por nome, ao trono da graça de Deus. O papai Jó era um verdadeiro sacerdote no seu lar. Deus deseja que cada homem, que cada pai, seja um sacerdote no seu lar. Os pais não devem transferir esta responsabilidade para outros, como por exemplo, para a Igreja. A Igreja nos ajudam na formação espiritual dos nossos filhos, mas a responsabilidade primeira ‘e dos pais.

Um pai órfão.

Quando um filho perde o pai e chamado de “órfão”. E quando os pais perdem seus filhos? Seriam “pais-órfãos”? Se decidirmos chamar assim, Jó foi um “pai-orfao”. Um dos livros mais tocantes que retrata a dor da perda de um filho foi escrito por Nicholas Wolterstorff, cujo titulo ‘e “Lamento por um filho”. Ele perdeu seu filho que aos 25 anos morreu num acidente de alpinismo na Áustria. Assim, escreveu num dos capítulos: est’a errado, profundamente errado, um filho morrer antes dos pais. ‘E bastante duro sepultar nossos pais, ma isso n’os esperamos. Eles pertencem ao nosso passado. Nossos filhos, ao nosso futuro. Nos não enxergamos nosso futuro sem eles. Como eu posso sepultar meu filho, meu futuro? Ele estava destinado a me sepultar!”.

Jó experimentou esta dor. Se ‘e difícil perder um filho, imagine perder, de uma só vez, todos os dez filhos! Que dor Jó sentiu! Que angustia experimentou ao receber a triste noticia de que todos os seus filhos tinham morrido de uma só vez! Mas ali estava um pai temente e fiel a Deus. Um pai, um homem sabedor da eterna sabedoria de Deus sobre sua vida e de sua família! Num ato de adoração, prostrado em terra exclamou: - “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor”. – Jó 1,21. Com estas palavras, Jó nos ensina que os filhos não são nossos, são de Deus! Ele nos da para sermos mordomos – “Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão”. – Sl 127,3. ‘E verdade que há dor, sofrimento, lagrimas, mas ‘e verdade também que nos momentos mais difíceis da vida em família temos um Deus para nos consolar e estender o seu braço e nos escolher.

O ultimo capitulo.

Depois de todas as tribulações, Deus abençoou Jó, restituindo-lhe não somente a saúde, os bens materiais, mas sua família. Eram outros filhos, ‘e claro. Insubstituíveis, também ‘e verdade. Deus sabia que nada poderia completar sua alegria, enquanto não lhe desse filhos. Deus então encheu novamente a casa de Jó com filhos e filhas. Suas três filhas eram as mais lindas daquelas bandas! – “Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da primeira Jemima, e o nome da segunda Quezia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque. E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos”. – Jó 42,13-15. Deus o presenteou não somente com filhos e filhas, mas de netos e bisnetos e trinetos – “Depois disto viveu Jó cento e quarenta anos, e viu seus filhos, e os filhos de seus filhos: até a quarta geração” – Jó 42,16.

No final de sua vida, eu imagino os seus netinhos sentado debaixo de uma palmeira ouvindo o vovô Jó contar a quanto vale a pena ser fiel a Deus.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PAIS NA BÍBLIA - ELI - A história de um líder que deixou a desejar como pai





Você conhece algum líder que tenha sido uma benção na obra do evangelho, mas que tenha também um filho ou uma filha afastado (a) dos caminhos de Deus? Com certeza, se você tiver certo tempo de vida cristã, poderá responder positivamente.

Eli era um sacerdote zeloso mas teve amarga experiência em  relação aos seus filhos, acima de tudo, no encaminhamento da vida espiritual dos mesmos. Jamais devemos nos esquecer de Eli.  Muitas vezes lembramos desse personagem bíblico somente quando recordamos a história da chamada de Samuel para o sacerdócio – “De ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli” – 1Sm 1,3. Mais nada nos é dito sobre à casa de Eli.

Se não temos informações dos ascendentes de Eli, nem o nome de sua esposa, o que sabemos, segundo os relatos Bíblicos, nos leva a profundas reflexões para nós, pais e mães de hoje.

A vida religiosa dos filhos:

A principio, podemos imaginar que Eli estava vivendo uma boa velhice, vendo seus filhos serem sacerdotes em Siló. Qual o pai que dedica os seus filhos a Deus, não ficaria feliz em saber que os filhos também estavam exercendo tão importante cargo na estrutura religiosa de seu povo?

Mas se continuarmos nossa leitura sobre a vida de Eli e seus filhos, podemos extrair uma importante lição para nós hoje. O texto diz: “Ora, os filhos de Eli eram homens ímpios; não conheciam ao Senhor” – 1Sm 2,12.

A lição é clara: Não podemos nos iludir, pensando que  uma pessoa envolvida num trabalho religioso seja uma pessoa comprometida e fiel a Deus.

Devemos levar nossos filhos à Igreja, procurar envolvê-los nos trabalhos de Deus, mas jamais nos esquecer de conscientizá-los que o que Deus quer, acima de qualquer coisa, é Ter um relacionamento profundo e intimo com cada um de nós.

Muitos pais erram porque pensam que envolvimento no serviço religioso é sinônimo de uma fé pessoal em Jesus e de um relacionamento íntimo com Deus. Como pais, devemos sempre conversar com os nossos filhos sobre a fé em Jesus, sobre o relacionamento com Deus, e mostra que o que Ele deseja, em primeiro lugar, é adoração e comunhão. O trabalho religioso é importante, mas não podemos cair no erro de pensar que pelo fato de uma pessoa se envolver nesta área, sua relação com Deus esteja boa.

Omissão e demora em disciplinar:

O pecado que Hofni e Finéias cometiam era muito grave – “Era, pois, muito grande o pecado destes mancebos perante o Senhor, porquanto os homens vieram a desprezar a oferta do Senhor” – 1Sm 2,17.

Segundo a lei cerimonial – “Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quem oferecer sacrifício de oferta pacífica ao Senhor trará ao Senhor a respectiva oblação da sua oferta pacífica. Com as próprias mãos trará as ofertas queimadas do Senhor; o peito com a gordura trará, para movê-lo por oferta de movimento perante o Senhor. E o sacerdote queimará a gordura sobre o altar, mas o peito pertencerá a Arão e a seus filhos. E dos sacrifícios das vossas ofertas pacíficas, dareis a coxa direita ao sacerdote por oferta alçada. Aquele dentre os filhos de Arão que oferecer o sangue da oferta pacífica, e a gordura, esse terá a coxa direita por sua porção; porque o peito movido e a coxa alçada tenho tomado dos filhos de Israel, dos sacrifícios das suas ofertas pacíficas, e os tenho dado a Arão, o sacerdote, e a seus filhos, como sua porção, para sempre, da parte dos filhos de Israel” – Lv 7,29-34, aquele que oferecia o sacrifício devia dar ao sacerdote a gordura da vítima, o peito, e as espáduas. A primazia do sacrifício era do Senhor, o resto do alimento era dos sacerdotes. O que os filhos de Eli faziam era retirar indiscriminadamente as porções que estavam nos caldeirões – “e o metia na panela, ou no tacho, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto a garfo tirava, o sacerdote tomava para si. Assim faziam a todos os de Israel que chegavam ali em Siló” – 1Sm 2,14. Caso alguém ousasse desobedecer às ordens de Hofni e Finéias, a força era empregada – “se lhe respondia o homem: Sem dúvida, logo há de ser queimada a gordura e depois toma quanto desejar a tua alma; então ele lhe dizia: Não hás de dá-la agora; se não, à força a tomarei” – 1Sm 2,16. Eles não levavam a sério o exercício do sacerdócio.

Eli sabia dos atos desprezíveis de seus filhos – “Porque já lhe fiz: saber que hei de julgar a sua casa para sempre, por causa da iniqüidade de que ele bem sabia, pois os seus filhos blasfemavam a Deus, e ele não os repreendeu” – 1Sm 3,13.

Além de cometer o pecado do desmazelo para com as coisas da religião, os filhos de Eli também eram impuros e aproveitadores. Diz o texto: - “Eli era já muito velho; e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e como se deitavam com as mulheres que ministravam à porta da tenda da revelação” – 1Sm 2,22.

Só bem idoso é que Eli tomou alguma atitude, mesmo assim de forma bem branda. Suas palavras: - “Por que fazeis tais coisas? Pois ouço de todo este povo os vossos malefícios. Não, filhos meus, não é boa fama esta que ouço. Fazeis transgredir o povo do Senhor. Se um homem pecar contra outro, Deus o julgará; mas se um homem pecar contra o Senhor, quem intercederá por ele? Todavia eles não ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor os queria destruir” – 1Sm 2,23-25, de tão sem impacto e quase de maneira burocrática, não surtiram nenhum efeito. O texto bíblico afirma: “Todavia eles não ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor os queria destruir” 1Sm 2,25. Era tarde demais. Deus já tinha um para puni-los

Esta passagem nos ensina que, como pais, não podemos adiar o exercício de nossa autoridade dada por Deus para fazer de nossos filhos homens e mulheres íntegros perante Deus e perante a sociedade. Não podemos adiar, às vezes uma palavra de reprovação por seus atos cometidos contra Deus e contra o próximo. Não podemos deixar de discipliná-los com vigor. Temos que chamá-los à responsabilidade. Se adiarmos para o dia seguinte, pode ser muito tarde e não surtirá o efeito desejado.

Deus acima de tudo e de todos:

Assim como apareceu um Natã na vida de Davi, um profeta, cujo nome não sabemos – “Veio um homem de Deus a Eli, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Não me revelei, na verdade, à casa de teu pai, estando eles ainda no Egito, sujeitos à casa de Faraó?” - 1Sm 2,27, se apresentou da parte de Deus e comunicou a sentença divina quanto a sua família. Alem de tirar-lhe a força, todos os seus descendentes morriam jovens. Não haveria idosos entre seus descendentes – “E tu, na angústia, olharás com inveja toda a prosperidade que hei de trazer sobre Israel; e não haverá por todos os dias ancião algum em tua casa” – 1Sm 2,32.

Mas algo mais tinha acontecido de que Deus não se agradara: Eli dava mais honra aos seus filhos do que a Deus. Afirma o texto: “Por que desprezais o meu sacrifício e a minha oferta, que ordenei se fizessem na minha morada, e por que honras a teus filhos mais de que a mim, de modo a vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo Israel?” – 1Sm 2,29. Que triste dura palavra profética!

Como nos faz refletir esta passagem Bíblica! A pergunta que nos leva a reflexão é a seguinte: Temos nós honrado mais aos nossos filhos do que a Deus? Temos colocado Deus em segundo plano? Quem é mais importante para nós: Deus ou nossos filhos? A quem honramos, valorizamos mais: Deus ou nossos filhos? Será que se Deus fizesse com Eli o que fez com Abraão, quando lhe pediu o seu filho, ele os levaria a um monte e ali os sacrificaria? Este texto nos mostra que Deus quer o primeiro lugar em nossa família. Por mais que amemos nosso cônjuge e filhos, Ele deve ocupar o primeiro lugar em honra e gloria!

A morte de Eli foi motivada por noticias tristes a respeito do seu povo e de seus filhos – “Então respondeu o que trazia as novas, e disse: Israel fugiu de diante dos filisteus, e houve grande matança entre o povo; além disto, também teus dois filhos, Hofni e Finéias, são mortos, e a arca de Deus é tomada” – 1Sm 4,17. Morreu com 98 anos, sendo que 40 como sacerdote em Israel. Morreu farto de dias, mas reprovado por não ter levado os seus filhos a viverem a vida religiosa que Deus gostaria.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DEUS



Descrição:

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Tempo para Deus

Quando Deus tira algo de seu alcance, lembre-se. Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor.

Concentre-se nesta frase... "A vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a
Graça de Deus não irá protegê-lo."

Alguma coisa boa vai acontecer com você hoje, algo que você tem esperado ouvir..
Por favor; Apenas 27 palavras.

Deus, nosso Pai, CAMINHE pela minha casa e leve embora todas as minhas preocupações e doenças, e POR FAVOR, vigia e cura a minha família em nome de Jesus... AMEM

Esta oração é muito poderosa.

Passe essa oração para o máximo de amigos não apenas para algumas pessoas, mas para todos. Todo mundo precisa de uma benção e agora nesse momento uma bênção está vindo para você na forma de um novo emprego, uma casa, o casamento, saúde ou financeiramente.

DOUTRINA DA IGREJA - LIÇÃO 14 – A MISSAO DA IGREJA





“Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jô 13,15).

             I.      INTRODUÇÃO.

Todos nós somos discípulos e compomos a Igreja do Senhor Jesus Cristo. A missão foi-nos confiada por Ele – “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas.” (Mt 1016); “Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.” (Jô 17,18;20,21), até Sua vinda nos ares. A esse encargo chamamos Missão da Igreja. Nós somos à Igreja, e não podemos deixar de cumprir nossa missão. Se não a cumprimos, as pedras clamarão em nosso lugar – “Ele respondeu: Digo-vos: se estes se calarem, clamarão as pedras!” (Lc 19,40), porque os planos de Deus não podem ser frustrados – “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.” (Jó 42,2), e Ele não ficará sem testemunha de Si mesmo – “Homens, clamavam eles, por que fazeis isso? Também nós somos homens, da mesma condição que vós, e pregamos justamente para que vos convertais das coisas vãs ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles há. Ele permitiu nos tempos passados que todas as nações seguissem os seus caminhos. Contudo, nunca deixou de dar testemunho de si mesmo, por seus benefícios: dando-vos do céu as chuvas e os tempos férteis, concedendo abundante alimento e enchendo os vossos corações de alegria.” (At 14,15-17).

A lição de hoje trata de quatro ações através das quais à Igreja tem condições de cumprir a missão, seguindo o exemplo de Jesus.

          II.      EVANGELIZAR  O MUNDO.

Evangelizar significa pregar boas-novas de salvação. Foi o que anjo fez quando anunciou o nascimento de Jesus – “Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.” (Lc 2,10-11), o Cristo que viria a ser salvador.

1.      O Salvador é a boa nova e pregou a boa nova – (Is 61,1ª; Lc 2,10-11; Lc 4,16-19)

Conforme a mensagem do anjo aos pastores, Jesus é a boa-nova. Jesus, já adulto, “percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.” (Mt 4,23).

2.      A igreja tem a boa-nova e deve pregá-la.

Foi uma ordem que Jesus deu à Sua igreja, aos Seus discípulos – “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15). Paulo entendeu bem esta questão quando a expressou da seguinte forma: “Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego.” (Rm 1,16) e “Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16).

Em Mateus 5,13-16, Jesus declara aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”.

       III.      CLORIFICAR O PAI CELESTIAL.

Glorificar significa honrar, homenagear. A natureza proclama a gloria do Seu Criador – “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Sl 19,1); toda a terra está cheia de glória do Senhor – “Suas vozes se revezavam e diziam: Santo, santo, santo é o Senhor Deus do universo! A terra inteira proclama a sua glória!” (Is 6,3), todos fomos criados para a gloria de Deus – “todos aqueles que trazem meu nome, e que criei para minha glória.” (Is 43,7); “O poder divino deu-nos tudo o que contribui para a vida e a piedade, fazendo-nos conhecer aquele que nos chamou por sua glória e sua virtude.” (2Pd 1,3).

1.      O Filho unigênito glorificou o Pai celestial.

  1. Consumando a obra que o Pai lhe confiou – “Presentemente, a minha alma está perturbada. Mas que direi?... Pai, salva-me desta hora... Mas é exatamente para isso que vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome! Nisto veio do céu uma voz: Já o glorifiquei e tornarei a glorificá-lo. Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele. Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer.” (Jô 12,27-28; 13,31; 17,4).

  1. Manifestando o nome do Pai aos homens – “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. Pois asseguro que Cristo exerceu seu ministério entre os incircuncisos para manifestar a veracidade de Deus pela realização das promessas feitas aos patriarcas. Quanto aos pagãos, eles só glorificam a Deus em razão de sua misericórdia, como está escrito: Por isso, eu vos louvarei entre as nações e cantarei louvores ao vosso nome (II Sm 22,50; Sl 18,49).” (Jô 17,6; Rm 15,8-9).

  1. Respondendo as orações de Seus discípulos – “E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” (Jô 14,3).

2.      Os filhos adotados devem glorificar o Pai celestial – (Rm 8,15-17; Gl 4,4-5; Ef 1,5-6).

  1. Frutificando para Deus – “Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.” (Jo 15,8).

  1. Testemunhando aos incrédulos – “Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome.”(Sl 18,49); “Caríssimos, rogo-vos que, como estrangeiros e peregrinos, vos abstenhais dos desejos da carne, que combatem contra a alma. Comportai-vos nobremente entre os pagãos. Assim, naquilo em que vos caluniam como malfeitores, chegarão, considerando vossas boas obras, a glorificar a Deus no dia em que ele os visitar.” (1Pd 2,11-12).

  1. Seguindo o exemplo de Jesus – “Cristo não se agradou a si mesmo; pelo contrário, como está escrito: Os insultos dos que vos ultrajam caíram sobre mim (Sl 69,9). Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para a nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança. O Deus da perseverança e da consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Jesus Cristo, para que, com um só coração e uma só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rm 15,3-6).

  1. Vivendo uma vida santa e pura – “Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,18-20); “Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome.” (1Pd 4,16).

  1. Vivendo e morrendo para Deus – “Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: Segue-me!” (Jo 21,19).

Está registrado em Efésios 3,21 – “A ele seja dada glória na Igreja, e em Cristo Jesus, por todas as gerações de eternidade. Amém.”. Isto quer dizer que tudo que é feito na igreja deve estar de acordo com a vontade revelada de Deus e ter a finalidade de glorificá-lo. Lembramos que o mesmo principio se aplica também à vida pessoal dos que confessam o Nome do Senhor  Jesus Cristo.

        IV.      SUJEITAR-SE ÀS AUTORIDADES

Autoridade não é a mesma coisa que autoritarismo. A pessoa que é investida de autoridade é aquela a quem foi conferido poder para ordenar e tomar decisões, e o faz com justiça, considerando seus liderados. O autoritário é aquele que impõe suas idéias, agindo com arbitrariedade. A Bíblia diz que as autoridades são instituídas por Deus – “Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus.” (Rm13,1), mas cada um prestará contas das atribuições que lhe foram conferidas.

1.      O Senhor dos senhores se submeteu à autoridade.

  1. Do Pai Celestial – (Lc 22,42; Jo 4,34; 5,30; 6,38; Fl 2,5-8).

  1. De seus pais terrenos – “Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso.” (Lc 2,51).

  1. Das autoridades governamentais – (Mt 17,24-27; Mc 12,13-17; Jo 19,11).


2.      Os servos do Senhor devem ser submissos às autoridades – (Rm 13,1-7).

  1. As autoridades procedem de Deus e foram por Ele instituídas – “Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus.” (v 1);
  2. Quem se opõe à autoridade pode sofrer a punição do Estado – “Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação.” (v 2);
  3. O ministro de Deus age para o bem daquele que faz o bem – “Em verdade, as autoridades inspiram temor, não porém a quem pratica o bem, e sim a quem faz o mal! Queres não ter o que temer a autoridade? Faze o bem e terás o seu louvor. Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal.” (v 3-4).
  4. A sujeição à autoridade é um dever de consciência – “Portanto, é necessário submeter-se, não somente por temor do castigo, mas também por dever de consciência.” ( v 5).
  5. Como instituídos por Deus, devemos pagar-lhes o que lhes for devido – “É também por essa razão que pagais os impostos, pois os magistrados são ministros de Deus, quando exercem pontualmente esse ofício. Pagai a cada um o que lhe compete: o imposto, a quem deveis o imposto; o tributo, a quem deveis o tributo; o temor e o respeito, a quem deveis o temor e o respeito. (vs 6-7).

Diante dos lideres governamentais de nossos dias não é simples entendermos esse texto bíblico (Rm 13,1-7), mas precisamos crer que a revelação divina é para a Igreja em todas as épocas – “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (2Tm 3,16-17); “Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra. Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus.” (2Pd 1,19-21). “Deus estabeleceu e sustenta o principio do governo mesmo que certos governos não cumpram Seus desejos” (Bíblia Anotada). “Teologicamente, a doutrina e esta, que Igreja e Estado são fatores no reino de Deus, tendo cada qual sua função particular” (Novo Comentário da Bíblia). Isto quer dizer que os governos tem seu lugar nos propósitos de Deus e nenhum deles exerce controle alem do que Deus permite – “A árvore que viste crescer e tornar-se bela, cujo cimo tocava o céu e era avistada dos confins da terra. Tudo isso aconteceu ao rei Nabucodonosor. Diante dele nenhum habitante da terra tem importância; age como quer tanto em se tratando do exército celestial quanto em relação aos habitantes terrenos. Ninguém pode bater-lhe na mão e perguntar-lhe: Que fazeis aí?” (Dn 4,17.25.32). Portanto, a atitude saudável para a Igreja e para o crente é respeitá-los de acordo com os princípios bíblicos – “Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que é o sumo sacerdote. Pois está escrito: Não falarás mal do príncipe do teu povo (Ex 22,28).” (At 23,5).

Devemos lembrar que a palavra final em termos de autoridade é Deus. Em circunstancias onde a palavra das autoridades humanas contrarie a vontade de Deus (At 4,8.18-20; 5,29; ver Dn 3).

           V.      SER UMA COMUNIDADE TERAPEUTICA

Alguém já disse que “a igreja não é um museu de santos, mas um hospital de doentes (pecadores)”. Como comunidade, a igreja deve viver o que é comum entre seus membros, levando-os a se identificarem uns com os outros. E como comunidade terapêutica deve usar de meios adequados para aliviar e curar os doentes que por ela procuraram.

1.       O Médico dos médicos curou os doentes – “Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos.  Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males (Is 53,4).” (Mt 8,16-17).

Em Lc 4,16-21 Jesus lê e atribui a Si mesmo o cumprimento da profecia de Is 61,1-3, onde está escrito que Ele, Jesus, ungido pelo Espírito Santo de Deus, traria cura para as enfermidades:

·        Espirituais: “evangelizar os povos e proclamar libertação aos cativos”;
·        Físicas: ”restauração da vista aos cegos”;
·        Emocionais: “por em liberdade os oprimidos”.

Não há espaço para relatar tudo o que Jesus fez – “Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” (Jô 21,25). Algumas coisas estão relatadas nos Evangelhos – “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos. Grandes multidões acompanharam-no da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e dos países do outro lado do Jordão.”(Mt 4,23-25; ver Mt 8.16-17). Jesus não fez acepção de pessoas, nem tratou alguém com diferença, e nunca despediu quem O buscava sem antes resolver a questão.

2.       A igreja deve oferecer cura aos que necessitam.

Max Lucado, em seu livro “Derrubando Golias”, faz algumas referencias interessantes à igreja. Diz ele: “Adolescentes e grávidas, os de meia-idade e os arruinados, os velhos e os doentes... para onde os desesperados podem ir? Eles podem ir ao santuário de Deus, à igreja de Deus”. Citando Eugene Peterson, ele diz: “Um santuário é um lugar onde eu, como Davi, consigo pão e uma espada, força para o dia e armas para a batalha”. (Ambos referem-se a 1Sm 21,1-9).

        VI.      CONCLUSÃO

Jesus glorificou a Deus consumando a obra que Deus Lhe confiara – “Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer”. (Jo 17,4). A confiança de Deus está depositada agora em nós, a Sua igreja, para continuarmos ao que Jesus iniciou.

Que o Senhor nos ajude, como membros de uma igreja local, parte do Corpo de Cristo, a valorizar o presente que recebemos de Deus e nos capacite a cumprir a missão que nos foi deixada!