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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A VOLTA DE CRISTO



A Segunda Vinda de Cristo

O Novo Testamento apresenta vasta cópia de previsões da Segunda Vinda de Cristo: cerca de 300 referências têm sido verificadas. A matéria tem dado margens ás mais variadas interpretações, oriundas em grande parte da tentativa de se entrosar as diferentes previsões umas com as outras como se fossem peças de um quebra-cabeça, e assim preparar uma espécie de catálogo bíblico do porvir, uma narrativa histórica escrita com antecipação.

Examinando o Novo Testamento, verificamos que a intenção divina das profecias é outra. Ao falar de sua volta, Jesus frisava:

“Vigiai! Porque não sabeis o dia nem a hora...” Seu intuito era o de incutir em seus discípulos a vigilância, para que fossem “semelhantes a homens que esperam” a volta do seu senhor (Lc 12,36).

Nesse caso, para que tantos pormenores nas previsões? 

Os cristãos deveriam lembrar as informações que seu Mestre lhes confiava, para que, quando vissem acontecer essas cousas, soubessem que estava próximo o reino de Deus (“Assim também, quando virdes que vão sucedendo estas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus.” Lc 21,31). As profecias não constituíam história escrita com antecedência, como que para satisfazer as curiosidades, e sim, motivo de estimulo à vigilância e confirmação da fé por ocasião de seu cumprimento.

Observado isso, vejamos o que realmente sabemos da futura vinda de Cristo.

a) Como e quando se dará sua Vinda?

1) Será pessoal, “como o vistes subir” (At 1,11);
2) Será visível e inconfundível (Mt 24,20.47; Ap 1,7);
3) Será repentina e inesperada (Mt 24,36-44; Lc 21,34; 1Cor 15,52);
4) Poderá dar-se muito breve (Mt 24,42.44; 25,13; Ap 22,20).

b) A que virá Cristo?

1) Paras separação dos homens (Mt 24,40-41). Sua primeira vinda trouxe divisão (Lc 12,51) e sua segunda vinda concretizará e efetivará essa separação;
2) Para a ressurreição dos mortos (Jo 5,28-29; Jo 6,39-40,44; 1Cor 15; 1Ts 4,13-17; Ap 20,13);
3) Para a reunião dos seus consigo no arrebatamento (1Ts 4,17; 2Ts 2,1);
4) Para a transformação dos seus (1Cor 15,50-54) à sua própria semelhança (1Jo 3,2; Fp 3,20-21);
5) Para a permanência dos seus consigo para sempre (1Ts 4,17b) e o estabelecimento do Seu Reino (Ap 20,1-7; Is 11);
6) Para o julgamento de todos, tanto dos remidos como dos condenados, de acordo com suas obras (Mt 25,31-46): aqueles para o galardão (1Cor 3,10-15; Rm 14,10.12; 2Cor 5,9-10); e estes. Para a execução da sentença já lavrada (Jo 3,18; 2Ts 2,12; Ap 20,11-15);
7) Para a destruição das cousas ora existentes e o estabelecimento de novos céus e nova terra (2Pe 3,10-13; Ap 21,22);

8) Para que, finalmente, “Deus seja tudo em todos” (1Cor 15,28).

Marco Antonio Lana (Teólogo)

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