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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ESTUDO DO SALMO 04


Tema – Alegria pela proteção e pela paz de Deus. Podemos co0locar nossa confiança em Deus, porque Ele ouvirá quando clamarmos.

Autor – Davi.

1 Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
2 Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira?
3 Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele.
4 Irai-vos e não pequeis; consultai com o vosso coração em vosso leito, e calai-vos.
5 Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor.
6 Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Levanta Senhor, sobre nós a luz do teu rosto.
7 Puseste no meu coração mais alegria do que a deles no tempo em que se lhes multiplicam o trigo e o vinho.
8 Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.

COMENTARIO

4,1ss – Talvez esse Salmo tenha sido escrito após Davi  pedir que seus inimigos reconsiderassem o apoio a Absalão. Outros vêem este Salmo como uma oração pelo livramento de uma calamidade, como uma estiagem (ver v. 7). É provável que tenha sido composto logo depois do Salmo 03.

4,3 – “Piedoso” é aquele que é fiel e dedicado a Deus. Davi sabia que Deus o ouviria e responderia quando clamasse. Nós também podemos ter a confiança de que Deus ouve as nossas orações e as responde. As vezes pensamos que o Senhor não nos ouvirá, porque não atingimos seus altos padrões em relação a uma vida santificada. Mas se confiarmos em Cristo e em sua salvação. Deus nos perdoará e nos ouvirá.  Quando você sentir que suas orações não estão “passando do teto”, lembre-se de que, como um cristão, você foi escolhido e separado por Deus; Ele o ama, ouve e responde suas orações, embora as respostas possam não ser o que você esperava. Olhe para os seus problemas à luz do poder de Deus em vez de olhar para Deus a sombra dos seus problemas.

4,5 – Na época de Davi, a adoração incluía sacrifícios de animais por parte dos sacerdotes no Tabernáculo. O sangue do cordeiro cobria os pecados de pessoas que o oferecia. Existiam regras especifica para a oferta dos sacrifícios, mas o que era realmente importante para deus, mais do que a cerimônia, era a atitude de submissão e obediência do ofertante (1 Sm 15,22-23). Hoje, os “sacrifícios da justiça” agradável a Deus, ainda são os mesmos. Ele que a nossa obediência e o nosso louvor como oferta (Hb 13,15) entregue a Deus seu sacrifício de obediência total e de louvor sincero!
4,7 – Dois tipos de alegria são contrastados aqui: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultados de circunstancias agradáveis. A primeira será constante se confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível. A alegria espiritual derrota o desânimo; a circunstancial apena o encobre.

Marco Antonio Lana

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

JESUS ALERTA CONTRA OS LIDERES RELIGIOSOS – Mc 12,38-40; Lc 20,45-47


Mt 23,1-12

1. Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse:
2. Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés.
3. Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem.
4. Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo.
5. Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos.
6. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.
7. Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens.
8. Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos.
9. E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10. Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo.
11. O maior dentre vós será vosso servo.
12. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado.

COMENTÁRIO

23,2-3 – As tradições dos fariseus, bem como a interpretação e a aplicação de suas leis tornaram-se para eles tão importantes quanto a Lei de Deus. As leis farisaicas não eram totalmente más, algumas eram até benéficas, mas problemas surgiam quando os lideres religiosos:
  1. Sustentavam a idéia d que as leis elaboradas por homens eram iguais as criadas por Deus;
  2. Recomendavam a todos que obedecessem as suas leis, porem eles mesmos não as respeitavam;
  3. Obedeciam às leis não para honrar a Deus, mas para terem uma aparência de homens justos geralmente não condenou o que os fariseus ensinavam. Mas a hipocrisia deles.

23,5 – esses homens levavam tiras de couro que continham versículos das Escrituras. As pessoas muito religiosas atavam-nas à testa  ou aos braços, a fim de obedecerem literalmente à recomendação em Dt 5,8; Ex 13,9.16.   Mas essas tiras, que eram muito grandes haviam se tornado mais importantes pelo prestigio que conferiam aos que a usavam do que pela verdade que continham.

23,5-7 – Jesus expõe novamente as atitudes hipócritas dos lideres religiosos, que conheciam a escritura, mas não viviam de acordo com elas. Não se preocupavam em ser santos, apenas em aparecer santos, a fim de serem admirados e louvados pelo povo.
Atualmente, assim como os fariseus muitas pessoas afirmam conhecer a Bíblia, mas não permitem que a Palavra de Deus modifique sua vida. Afirmam seguir a Jesus, mas não vivem de acordo com seus padrões de amor. Devemos assegurar-nos de que nossos atos estão de acordo com nossa crença.

As pessoas desejam alcançar posições de liderança não apenas nos negócios seculares, mas também na Igreja.  É muito perigoso quando o amor a uma posição se torna maior do que a lealdade a Deus. Foi isso que aconteceu com os fariseus e com os doutores da lei.

Jesus não é contra todos lideres; é contra os que servem apenas a si mesmos e não aos outros.

Precisamos de lideres que sejam verdadeiramente cristãos.

23,11-12 – Jesus desafiou as normas da sociedade. Para Ele a grandeza vem do serviço da doação de si mesmo para servir a Deus e aos semelhantes. Servir nos mantém consciente das necessidades dos outros e nos impede de enfocar apenas as nossas. Jesus veio como servo. E você, que espécie de grandeza busca?

MEDITAÇÃO

a)     Retomar palavras ou expressões que chamaram a atenção.
b)     Por que Jesus nos fala para obedecer às autoridades, mas não fazer o que eles fazem?
c)      Quem é o verdadeiro Pai e o verdadeiro Mestre?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SARA




Sara foi à esposa de Abraão e a mãe de Isaque. Junto com Abraão, ela se tornou a matriarca do povo judeu. Sara ficou conhecida por sua fé em Deus e seu apoio a Abraão.

 

Quando Abraão obedeceu a Deus e deixou a sua cidade para ir para a terra prometida, ele levou sua esposa Sara com ele. Naquele tempo eles se chamavam Abrão e Sarai. Mesmo tendo 65 anos de idade, Sarai aceitou a decisão de seu marido e o acompanhou, passando a viver em tendas para o resto de sua vida.

 

Uma mulher muito bonita

 

Sarai era muito bonita e, quando foram para o Egito, Abrão ficou com medo que os egípcios o matassem para ficar com sua esposa. Por isso fingiram que eram irmãos (Gênesis 12:11-13). O faraó gostou de Sarai e a levou para seu palácio mas Deus revelou ao faraó que ela era a esposa de Abraão. O faraó não gostou de ter sido enganado e mandou Abrão e Sarai embora do Egito.

 

Anos mais tarde, eles fizeram a mesma coisa entre o povo de Gerar. Abimeleque, o rei de Gerar, tomou Sara para ser sua esposa, mas, mais uma vez, Deus lhe revelou que ela era a esposa de Abraão. Abimeleque censurou Abraão por ter mentido e quase trazido desgraça sobre seu povo (Gênesis 20:9). Abimeleque não tocou em Sara e ela voltou em segurança para seu marido.

 

Um filho para Abrão

Dez anos depois que Deus tinha prometido pela primeira vez uma terra e muitos descendentes a Abrão, Ele repetiu a promessa, garantindo que Abrão teria um filho. Mas Deus não tinha dito nada sobre Sarai ser a mãe. Por isso, Sarai achou que deveria providenciar outra esposa para Abrão ter um filho, segundo o costume da época (Gênesis 16:1-3).

 

Sarai entregou sua escrava Hagar para se casar com Abrão e Hagar engravidou. Mas Hagar passou a desprezar Sarai e, em resposta, Sarai maltratou Hagar (Gênesis 16:5-6). Sarai não encontrou a alegria que esperava em Ismael, filho de Hagar.

 

Sara se torna mãe

 

Quando Abrão tinha 99 anos, Deus falou com ele novamente e lhe disse que seu herdeiro seria filho de Sarai, que agora seria chamada Sara (que significa princesa). Um pouco mais tarde, Deus repetiu essa promessa, quando três anjos do Senhor apareceram perto de sua tenda. Sara, que estava por perto ouviu e se riu, pensando que isso era impossível (Gênesis 18:12-14). Mas Deus garantiu que ela teria um filho e, na primavera seguinte, ela deu à luz Isaque.

 

Sara ficou muito feliz por ser mãe depois de tanto tempo (Gênesis 21:6-7). Mas quando ela viu o adolescente Ismael rindo de Isaque, ela não gostou e quis mandar Ismael e sua mãe embora. Abraão não queria expulsar seu filho mas Deus lhe disse para atender ao pedido de Sara, porque Isaque seria seu herdeiro. Mas Deus prometeu cuidar de Ismael.

 

Sara cometeu alguns erros em sua vida, mas ela cria em Deus e foi sempre fiel a seu marido. Ela acompanhou Abraão em suas viagens e o tratava com respeito (1 Pedro 3:5-6). Depois da dúvida inicial, Sara creu que Deus lhe daria um filho. Mesmo sendo estéril, Abraão amava Sara muito e não a abandonou. Quando Sara morreu, Abraão e Isaque ficaram muito tristes. A única propriedade que Abraão comprou na sua vida foi o lugar para sepultar sua querida esposa Sara (Gênesis 23:19-20).







SIGNIFICADO


Significado: A princesa.
Origem: Hebraico





PONTOS FORTES E EXITOS

  • Foi intensamente leal ao seu único filho;
  • Torno-se mãe de uma nação e uma antecessora de Jesus;
  • Foi uma mulher de fé, a primeira citada na galeria da Fé, em Hb 11.





FRAQUEZAS E ERROS


  • Teve dificuldade em crer nas promessas de Deus para sua vida;
  • Tentou resolver os problemas por si mesma, sem consultar a Deus;
  • Tentou encobrir suas falhas culpando outros.





LIÇÕES DE VIDA

  • Deus responde a fé, mesmo em meio a falhas;
  • Deus não se limita aos acontecimentos comuns; Ele pode alargar os limites e realizar proezas nunca antes vistas.







INFORMAÇÕES ESSENCIAIS

  • Locais: casou-se com Abraão em Ur dos Caldeus. E depois se mudou para Canaã com Abraão;
  • Ocupação: esposa, mãe e administradora do lar;
  • Familiares:
Ø      Pai – Terá;
Ø      Marido – Abraão;
Ø      Meios irmãos – Naor e Harã
Ø      Sobrinho – Ló;
Ø      Filho – Isaque.







VERSÍCULOS - CHAVE



“Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido.” Hb 11,11



terça-feira, 25 de outubro de 2011

LEVITICO



 
Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1445 a.C.

Autor

O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT atribuídos a Moisés. Em 1.1, o texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.

Data

Os sábios datam o Livro de Levítico da época das atividades de Moisés (datando mais antigamente no séc. XV aC e a última alternativa no séc. XII aC) até a época de Esdras, durante o retorno (séc.VI aC). A aceitação da autoria mosaica para Levítico dataria sua escrita por volta de 1445 aC. O livro descreve o sistema de sacrifícios e louvor que precede a época de Esdras e relembra a instituição do sistema de sacrifícios. O livro contém pouca informação histórica que forneceria uma data exata.

Contexto Histórico

A teologia do Livro de Levítico liga a idéia de santidade à vida cotidiana. Ela vai além do assunto de sacrifício, embora o cerimonial do sacrifício e a obra dos sacerdotes sejam explicados com grande cuidado. O conceito de santidade afeta não somente o relacionamento que cada indivíduo tem com Deus, mas também o relacionamento de amor e respeito que cada pessoa deve ter com o seu próximo. O código de santidade permeia a obra porque cada indivíduo deve ser puro, pois Deus é puro e porque a pureza de cada indivíduo é a base da santidade de toda a comunidade do concerto. O ensinamento de Jesus Cristo—”Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12)- reflete o texto de Lv 19.18, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Conteúdo

Em hebraico, o Livro de Levítico recebeu o nome de Vayikra, que significa “E ele chamou”. O título hebraico é tirado da primeira palavra do livro, que era uma forma costumeira de dar nome às obras antigas. O título “Levítico “ é derivado da versão grega da obra e significa “assuntos pertencentes aos levitas”. O título é um pouco enganoso, uma vez que o livro lida com muito mais assuntos relacionados à pureza, santidade, todo o sacerdócio, a santidade de Deus e a santidade na vida cotidiana. A palavra “santo” aparece mais de oitenta vezes no livro.

Algumas vezes, o Livro de Levítico tem sido encarado como uma obra de difícil compreensão; entretanto, de acordo com a tradição primitiva, foi o primeiro livro a ser ensinado para as crianças na educação judaica. Ele lida com o caráter e a vontade de Deus especialmente em assuntos de santidade, que os sábios judeus consideravam de importância primária. Eles sentiram que, antes de proceder a outros texto bíblicos, as crianças deveriam, antes de mais nada, ser educadas sobre a santidade de Deus e a responsabilidade de cada indivíduo pra viver uma vida santa. A Santidade (hebr. Kedushah) é uma palavra-chave em Levítico, descrevendo a santidade da presença divina. A santidade está sendo separada do profano, e santo é oposto do comum ou secular.

Outro tema principal do Livro de Levítico é o sistema sacrificial. Os holocaustos (hebr.olah) referem-se ao único sacrifício que é totalmente consumido sobre o altar e, portanto, algumas vezes é chamado de oferta queimada. As ofertas de manjares (hebr. Minchah) são uma oferta de tributo feita a fim de garantir ou manter o favor divino, indicando que os frutos do trabalho de uma pessoa devem ser dedicados a Deus. Os sacrifícios de paz ou das graças (hebr.shelamim) são designados para fornecer expiação e permitem que a pessoa que faz a oferta como da carne do sacrifício. Isso costumava acontecer em ocasiões de alegria. O sacrifício pelos erros (hebr.chatta’t) é empregado para tirar a impureza do santuário. O sacrifício pelo sacrilégio (hebr. Asham), também conhecido como oferta pela culpa ou oferta de compensação, é preparado para a violação da santidade da propriedade de Deus ou de outras pessoas, normalmente pelo uso de um falso testemunho. Os erros profanaram a santidade de Deus e é exigida uma oferta.


Além dos sacrifícios, o calendário litúrgico tem uma posição significativa no Livro de Levítico. O Ano de Descanso refere-se à emancipação dos escravos israelitas e pessoa endividadas, bem como à redenção da terra (ver também Ex 21.2-6; 23.10,11; Dt 15.1-18). O Ano de Jubileu refere-se ao fato de que as terras de Israel, bem como o povo, pertencem a Deus e não a qualquer indivíduo. As terras, portanto, devem ter um descanso depois de cada período de quarenta e nove anos (Lv 25.8-17), o que ensina o domínio de Deus, a santidade de seu caráter e a necessidade de a congregação se aproximar dele com pureza de coração e mente.
Cristo Revelado

Cristo não é especificamente mencionado em Levítico. Entretanto, o sistema de sacrifícios e o sumo sacerdote no Livro de Levítico são tipos que retratam a obra de Cristo. O Livro de Hebreus descreve Cristo como o sumo sacerdote e usa o texto de Levítico como base para ilustrar a sua obra. Alguns usaram formas extremas de alegoria do Livro de Levítico a fim de revelar Cristo, entretanto, esse método de interpretação bíblica deve ser cautelosamente usado a fim de garantir que o significado original histórico e cultural sejam preservados. O Livro de Levítico enfoca a vida e o louvor do antigo povo de Israel.

O Espírito Santo em Ação

Apesar de o termo “Espírito Santo” nunca ser mencionado no Livro, a presença de Deus é sentida em todo o livro. A santidade do caráter de Deus é constantemente mencionada na designação de santidade às ações e louvor do povo. Ele não é visto como nos cultos pagãos da época em que os ídolos eram venerados, mas está no meio das pessoas, à medida que elas o louvam. Elas devem ser santas como Ele é santo.

Esboço de Levítico

I. A descrição do sistema de sacrifícios 1.1-7.38
Os holocaustos 1.1-17
As ofertas de manjares 2.1-6
Os sacrifícios de paz ou das graças 3.1.17
A Expiação do pecado 4.1-5.13
O sacrifício pelo sacrilégio 5.14-6.7
Outras instruções 6.8-7.38


II. O serviço dos sacerdotes no santuário 8.1-10.20
A ordenação de Arão e seus filhos 8.1-36
Os sacerdotes tomam posse 9.1-24
O pecado de Nadabe e Abiú 10.1-11
O pecado de Eleazar e Itamar 10.12-20


III. As leis das impurezas 11.1-16.34
Imundícias dos animais 11.1-47
Imundícias do parto 12.1-8
Imundícias da pele 13.1-14.57
Imundícias de emissão 15.1-33
Imundícias morais 16.1-34


IV. O código de Santidade 17.1-26.46
Matando por alimento 17.1-16
Sobre ser sagrado 18.1-20.27
Leis para sacerdotes e sacrifícios 21.1– 22.33
Dias santos e festas religiosas 23.1-44
Leis para elementos sagrados de louvor 24.1-9
Punição para blasfêmia 24.10-23
Os Anos do Descanso e do Jubileu 25.1-55
Bênçãos por obediência e punição por desobediência 26.1-46


V. Ofertas para o santuário 27.1-34

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ESTUDO DOS SALMOS - SALMO 03



Tema – Confiar em Deus traz proteção e paz.
Autor – Davi

1 Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! Muitos se levantam contra mim.
2 Muitos são os que dizem de mim: Não há socorro para ele em Deus. (Selá)
3 Mas tu, Senhor, és um escudo ao redor de mim, a minha glória, e aquele que exulta a minha cabeça.
4 Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde.
5 Eu me deito e durmo; acordo, pois o Senhor me sustenta.
6 Não tenho medo dos dez milhares de pessoas que se puseram contra mim ao meu redor.
7 Levanta-te, Senhor! Salva-me, Deus meu! Pois tu feres no queixo todos os meus inimigos; quebras os dentes aos ímpios.
8 A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção.

COMENTARIO

3,1-2 – Davi sentia-se com parte da minoria. Possivelmente havia um total de dês mil soldados a cercá-lo no referido momento (v 6). Os inimigos de Davi não apenas viam a vida de uma forma diferente, mas também procuravam causar-lhe danos. Como rei, Davi podia confiar em seu exercito para derrotar Absalão. Porem, em vez disso, Davi dependeu da misericórdia de Deus (v 4), e pode sentir paz a despeito dos resultados do conflito. Davi sabia que os propósitos de Deus prevaleceriam. Podemos superar o medo confiando que Deus nos protegerá em nossos momentos mais difíceis.

3,1-3 Davi não vivia sentando confortavelmente em seu trono ditando ordens a seus súditos; ele também tinha lutas por causa de um filho rebelde, Absalão, e uma hoste de traidores.

Quando as circunstancias nos são contrarias, somos tentados a pensar que Deus está contra nós. Deus ainda está conosco. Se as circunstancias se voltarem contra você, não culpe a Deus, busque-o!

3,2 – A palavra hebraica Selá aparece 71 vezes nos salmos e três vezes em Habacuque (Hac 3,3.9.13). Embora não se saiba exatamente para que foi empregada, é mais provável que fosse:
  1. Uma indicação musical, para os cantores e a orquestra tocarem forte ou crescendo;
  2. Um sinal para que as pessoas erguessem as mãos ou sua voz em adoração a Deus ou para o pastor proferisse uma benção;
  3. Um termo equivalente ao amem (“assim seja”) ou aleluia (“louvado seja o Senhor”).

3,4 – O “santo monte” de Deus era o monte Moriá em Jerusalém, o lugar o filho de Davi, Salomão, construiria o Templo (2Cr 3,1) Davi sabia que Deus não poderia ser limitado a qualquer espaço, mas escreveu poeticamente para expressar a confiança de que o Senhor o ouviria quando orasse. Deus nos responde quando oramos sinceramente a Ele!

3,5 – Durante uma crise, o sono não vem com facilidade. Davi poderia ter tido noites de insônia quando seu filho Absalão se rebelou contra ele e reuniu um exercito para matá-lo, mas, em vez disso, dormiu pacificamente. Por quê? Davi clamou ao Senhor, e Ele o ouviu. A certeza de uma oração respondida traz a paz e segurança. É fácil dormir bem quando temos a plena certeza de que Deus está no controle de tudo. Se você fica acordado de noite, preocupado com circunstancias que não pode mudar, derrame seu coração na presença de Deus e agradeça-lhe por estar no controle. Então o sono virá.

3,7 – O clamor de Davi a Deus, pedindo-lhe que agisse, revela o desejo da justiça do rei contra seus perseguidores. Davi foi esbofeteado e insultado, por isso pediu um tratamento igual para seus inimigos. Ele não sugeriu isto por motivo de vingança pessoal, mas por conhecer a justiça de Deus.

3,8 – Comprovamos  a humildade de Davi; ele percebeu que a fé na salvação do Senhor aquietava seus questionamentos e respeito do sucesso que os ímpios haviam injustamente alcançado.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

LIDERES RELIGIOSOS PERGUNTAM A JESUS SOBRE O GRANDE MANDAMENTO – (Mc 12,28-34)


Mt 22,34-40

34. Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se
35. e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova:
36. Mestre, qual é o maior mandamento da lei?
37. Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5).
38. Este é o maior e o primeiro mandamento.
39. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).
40. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas.

COMENTARIO

22,34 – Poderíamos imaginar que os fariseus ficaram muito contentes ao ver os saduceus emudecidos, pois Jesus havia respondido a pergunta que estes sempre utilizaram para confundi-los, mas os fariseus eram demasiadamente orgulhosos para se deixarem impressionar. A resposta de Jesus lhes dava uma vitoria teológica sobre os saduceus, porem os fariseus estavam mais interessados em derrotar Jesus d que em aprender a verdade.

22,35-40 – Os fariseus haviam elaborado mais de 600 leis e, freqüentemente, procuravam fazer uma distinção das mais importantes. Jesus respondeu com as citações em Dt 6,5 – “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.” – Lv 19,18 – “Não te vingarás; não guardarás rancor contra os filhos de teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” – e disse que quando uma pessoa obedece a estes dois mandamentos está obedecendo a todos os demais. Eles resumem os Dez Mandamentos  e todas as outras leis morais no AT.

22,37-40 – Jesus disse que, se realmente amarmos a Deus e ao próximo, naturalmente estaremos obedecendo aos mandamentos. Essa é uma forma de olhar positivamente para a s leis de Deus. Ao invés de preocuparmo-nos com o que não devemos fazer, devemos concentrar-nos em tudo aquilo que podemos fazer para demonstrar nosso amor a Deus e ao próximo.

MEDITAÇAO

a)     Retomar palavras ou expressões que chamaram a atenção.
b)     Quais são os dois principais mandamentos?
c)      Qual é a relação entre esses dois mandamentos?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ESBOÇO DO LIVRO DE NÚMEROS



 
Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1400 a.C.

Autor

Tradicionalmente, a autoria é atribuída a Moisés, a personalidade central do livro. Nm 33,2 faz uma referência especifica a Moisés, registrando pontos sobre a viagem no deserto.
O título em português Números é tirado de seu título (arithmoi) na tradução grega do AT (a septuaginta), seguido pela Vulgata (numeri). No texto hebraico, o nome do livro é No Deserto, tirado da linha de abertura. “Falou mais o senhor a Moisés, no deserto do Sinai”.

Data

Assumindo a autoria mosaica, provavelmente o livro tenha sido escrito por volta de 1400 aC., pouco antes de sua morte. Os acontecimentos deste livro ocorrem durante cerca de 40 anos, começando logo após o Êxodo, em 1400 aC.

Conteúdo

A divisão dos livros de abertura do AT em cinco livros ou pergaminhos (chamado “o Pentateuco”, significa “Cinco pergaminhos”) não deve obscurecer o fato de que cada um dos cinco livros é uma continuação do precedente. Moisés, cujo nascimento é contato no Ex 2 e cuja morte é narrada em Dt 34, é a figura que une a história do Êxodo até Deuteronômio.

O Livro de Número continua o relato do período mosaico, que se inicia com o Êxodo. Começa com Israel ainda no Sinai. A entrada dos israelitas no deserto do Sinai é registrada em Ex 19,1. Israel deixa o Sinai em Nm 10,11.

Número tem duas divisões principais:

1.      A seção contendo instruções enquanto ainda no Sinai (1.1-10.10);
2.      A viagem no deserto que cobre o itinerário do Sinai até as planícies de Moabe através do Jordão da Terra Prometida (10.11-36-13). As instruções no Sinai lidam com a preparação para a viagem, e o resto do livro conta a viagem em si.

As instruções no Sinai (1.1-10.10) cobrem uma variedade de tópicos, mas aqueles que lidam com o preparo da viagem dominam. Os caps. 1-4 lidam com uma série de instruções para numerar (fazer o censo de) vários grupos, seguido de um relatório de concordância com o mandamento. Os caps. 5-6 lidam com a imundície ritual, a infidelidade marital, e os nazireus. No cap. 7, os líderes do povo trazem ofertas para o tabernáculo. O cap. 8 fala da consagração dos levitas. O cap.9 lida com a Páscoa e a nuvem e o fogo; o motivo do preparo é reconsiderado em 10.1-10, onde são dadas instruções para que sejam feitos sinais com as trombetas.

A seção de Nm que lida com a viagem (10,11-36,13) tem duas partes principais. Em primeiro lugar, 10.11-25.18 descreve a destruição de geração que vivenciou a libertação do Egito por meio do Senhor. Os pontos-chave nesta parte são os relatos das queixas, rebeliões e desobediência da primeira geração, que levou à morte deles.

A segunda subseção (26-36) narra a preparação da segunda geração para a entrada na Terra Prometida. Começa com um novo censo (comparar com o cap. 1), observando que toda a primeira geração, exceto Josué, Calebe e Moisés, morreu no deserto. Essa seção termina com a distribuição da terra entre as tribos depois de elas terem entrado na Terra Prometida.

Cristo Revelado

Jesus Cristo é retratado em Nm como aquele que provém. O Apóstolo Paulo escreve sobre Cristo que ele era a pedra espiritual que seguiu os israelitas pelo deserto e deu-lhes a bebida espiritual (1Cor 10.4). A pedra que deu água aparece duas vezes na história do deserto (cap 20; Ex 17). Paulo enfatiza a provisão de Cristo às necessidades de seu povo, a quem libertou do cativeiro.

A figura messiânica do rei de Israel é profetizada por Balaão em 24,17, “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel”. A tradição judaica interpretava este verso messianicamente, conforme atestado pelos textos de Qumran. Jesus Cristo é o Messias, de acordo com o testemunho uniforme do NT, e o verdadeiro rei sobre quem Balaão fala.

O Espírito Santo em Ação

Fala-se diretamente sobre o E. Santo no cap. 11. Lá o Espírito é retratado como realizando duas funções: ungido para a liderança e inspirando a profecia. No v. 16, Moisés está pedindo ajuda ao Senhor em seus deveres de liderança. A resposta é que o Senhor tomará o Espírito que está sobre Moisés (identificado no v. 29 como o Espírito do Senhor) e o passará para seus líderes. Mesmo um líder como Moisés era incapaz de fazer tudo e precisava de uma liderança doada pelo Espírito para a realização de sua tarefa.

Quando o Espírito é dado aos anciãos, ele causa a profecia (v. 25). Somente o setenta anciãos nomeados profetizam. Quando Josué se queixa que dois dos anciãos no acampamento também estão profetizando, Moisés expressa o desejo de que todo o povo de Deus também recebesse seu Espírito e profetizasse. Essa esperança de Moisés é retomada em Jl 2.28-32 e é definitivamente cumprida no Dia de Pentecostes (At 2.16-21), quando o Espírito foi derramado e tornou-se disponível a todos.

Esboço de Números

I. Instruções para a viagem do Sinai 1.1-10.10

Relato sobre a tomada do censo 1.1-4.9

1) Censo militar 1.1-2.34
2) Censo não militar: levitas 3.1-4.49


Instruções e relatos adicionais 5.1-10.10

1) Cinco instruções 5.1-6.27
2) Ofertas dos líderes 7.1-89
3) Levitas dedicados 8.1-26
4) Segunda Páscoa 9.1-14
5) Direção pela nuvem e fogo 9.15-23
6) As trombetas de prata 10.1-10


II. Relato da viagem do Sinai 10.11-36.13

Rebelião e punição da primeira geração 10.11-25.18

1)Relato da primeira marcha do Sinai 10.11-36
2) Queixas do povo 11.1-3
3) Ansiando por carne 11.4-35
4) Desafio para Moisés 12.1-16
5) Recusa a entrar na Terra Prometida 13.1-14.45
6) Instruções relacionadas às ofertas 15.1-41
7) Desafios à autoridade de Arão 16.1-18.32
8) Leis da purificação 19.1-22
9) A morte de Miriã e Arão 20.1-29
10) Do monte Hor às planícies do Moabe 21.1-35
11) Balaque e Balaão 22.1-25.18


Preparo da nova geração 26.1-36.13

1) Um novo censo 26.1-65
2) Instruções relacionadas à herança, ofertas e votos 27.1-30.16
3) Vingança sobre os midianitas 31.1-54
4) As tribos da Transjordânia 32.1-42
5) Itinerário do Egito até Moabe 33.1-49
6) Instruções para a ocupação de Canaã 33.50-36.13

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A CRUZ DE CRISTO - LIÇÃO 16 – O TÚMULO VAZIO VALIDA A CRUZ DE CRISTO.


I.                    A ENFIRMIDADE – MENTE BLOQUEADA.

Em inúmeras ocasiões Jesus havia dito aos discípulos que haveria de morrer mas que, com absoluta certeza, ressuscitaria. Porém, quando o Mestre foi capturado, torturado, julgado, condenado e morto, ninguém foram capazes de lembra-se daquelas palavras, ou nelas crer. Suas mentes estavam bloqueadas, entorpecidas pelas imagens recentes.
Que havia acontecido com eles.

Þ     Memória fraca – não podiam se lembrar das promessas de ressurreição. – "Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!" (Lc 24,25).
Þ     Olhos impedidos – A Bíblia fala que olhos maus põem todo o corpo em trevas. No caso destes dois discípulos a caminho de casa, havia um véu sobre seus olhos. O próprio Messias ressuscitado  estava diante deles e continuavam a lamentar Sua morte - "Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram". (Lc 24,16) – Ridículo! Ridículo, mas muito comum.
Þ     Raciocínios acorrentados ao passado – Lc 24,14-24.
·         Os dois discípulos só sabiam conversar sobre as tragédias ocorridas naquele final de semana com feriado – a Páscoa – "Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?" (Lc 24,18).
·         Os dois discípulos  tinham conhecimento dos fatos e de sua importância - "Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram". (Lc 24,20). Note os tempos verbais - "Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam". (Lc 24,21); os subjuntivos grifados refletem desencantos produzidos pela mente bloqueada.
·         Os dois discípulos não conseguiam levar em conta notícias contrárias às conclusões obtusas – “É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol; e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram.” (Lc 24,22-24) – “tumulo vazio”.

Þ     Emoções travadas.

Assim é aquele que só conhece a morte de Cristo, mas não experimentou o poder de sua ressurreição; suas emoções estão travadas. Os hinos não o alcançaram mais, os sermões em fogo não o retiram da mornidão. A renovação dos retiros não dura mais do que três ou quatro míseros dias.

II.                  O TRATAMENTO DO MÉDICO DOS MÉDICOS

Þ     Uma boa visita - "Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles". (Lc 24,29). “quem é vivo sempre aparece” – não é assim que a gente fala? Jesus aparece para promover fé em seus discípulos - "Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles". (Lc 24,15). Note: “o Próprio Jesus” – que delicia! Não apenas pelo caminho, mas também em sua casa.
Þ     Uma boa bronca - "Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!" (Lc 24,25) – nada possui um bom puxão de orelhas.
Þ     Um belo sermão - "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras". (Lc 24,27) – que sermão maravilhoso deveria ter sido aquele. Quando chegar ao céu pedirei uma cópia dele para escutar a sombra da Árvore da Vida. Que privilegio ouvir Cristo falando de Cristo; a Palavra Viva explicando a palavra Escrita. O poder de deus caminha na história através da palavra de Deus.
Þ     Um belo gesto - "Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho". (Lc 24,30) – alguns entre nós não valorizam a Ceia do Senhor e o Batismo com Água à altura do que de fato são. Mesmo mantendo as ordenanças no campo do testemunho, da simbologia, devemos procurar neles uma oportunidade de extrema comunhão. A ultima ação estratégica de Cristo para “curar” estes dois foi cear  com eles, Jesus tem um repertório infinito de gestos provocadores de luz e fé: a saliva no barro, uma ordem ao mar, um toque em um leproso ou em um morto, um colo para uma criança, um atraso sem explicação aparente, etc. Serão sempre gestos curadores, promotores de fé e visão espiritual.

CONCLUINDO

Olhos abertos e coração ardente -  o que mais um cristão precisa para manter-se no caminho estreito que conduz à salvação? Só um Jesus Vivo, como o nosso, é capaz de efetuar milagres como este em almas tão escurecidas por mentes tão adoecidas quanto as nossas, maculadas pelos efeitos do pecado.

Notou os sinais práticos de ressurreição nestes dois discípulos?

Þ     Olhos abertos - "Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapareceu". (Lc 24,31). Os discípulos nem precisavam mais da presença física do Mestre para nEle crer.
Þ     Fogo no coração – - "Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" (Lc 24,32). As emoções fazem parte da verdadeira vida cristã. Não são seu fundamento e alicerce, mas fazem parte: chorar, sorrir, ajoelhar-se, dobrar-se, levantar a voz, aquietar-se longamente, tremer, por a boca no pó. Há expressões emocionais por toda a Bíblia.
Þ     Prazer nas escrituras - “antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.” (Sl 1,2)
Þ     Prazer e disposição para as celebrações de crentes na ressurreição. (Lc 24,33-35).
·         Na mesma hora – não era o horário adequado para iniciar uma viagem.
·         Levantando-se, voltaram – o sentido de sua caminhada, antes da iluminação da ressurreição, era “sair”  de Jerusalém.
·         Ouviam e falavam – é assim que ficamos cheios do Espírito Santo – Ef 5,18-21.