Páginas

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A CRUZ DE CRISTO - LIÇÃO 16 – O TÚMULO VAZIO VALIDA A CRUZ DE CRISTO.


I.                    A ENFIRMIDADE – MENTE BLOQUEADA.

Em inúmeras ocasiões Jesus havia dito aos discípulos que haveria de morrer mas que, com absoluta certeza, ressuscitaria. Porém, quando o Mestre foi capturado, torturado, julgado, condenado e morto, ninguém foram capazes de lembra-se daquelas palavras, ou nelas crer. Suas mentes estavam bloqueadas, entorpecidas pelas imagens recentes.
Que havia acontecido com eles.

Þ     Memória fraca – não podiam se lembrar das promessas de ressurreição. – "Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!" (Lc 24,25).
Þ     Olhos impedidos – A Bíblia fala que olhos maus põem todo o corpo em trevas. No caso destes dois discípulos a caminho de casa, havia um véu sobre seus olhos. O próprio Messias ressuscitado  estava diante deles e continuavam a lamentar Sua morte - "Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram". (Lc 24,16) – Ridículo! Ridículo, mas muito comum.
Þ     Raciocínios acorrentados ao passado – Lc 24,14-24.
·         Os dois discípulos só sabiam conversar sobre as tragédias ocorridas naquele final de semana com feriado – a Páscoa – "Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?" (Lc 24,18).
·         Os dois discípulos  tinham conhecimento dos fatos e de sua importância - "Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram". (Lc 24,20). Note os tempos verbais - "Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam". (Lc 24,21); os subjuntivos grifados refletem desencantos produzidos pela mente bloqueada.
·         Os dois discípulos não conseguiam levar em conta notícias contrárias às conclusões obtusas – “É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol; e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram.” (Lc 24,22-24) – “tumulo vazio”.

Þ     Emoções travadas.

Assim é aquele que só conhece a morte de Cristo, mas não experimentou o poder de sua ressurreição; suas emoções estão travadas. Os hinos não o alcançaram mais, os sermões em fogo não o retiram da mornidão. A renovação dos retiros não dura mais do que três ou quatro míseros dias.

II.                  O TRATAMENTO DO MÉDICO DOS MÉDICOS

Þ     Uma boa visita - "Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles". (Lc 24,29). “quem é vivo sempre aparece” – não é assim que a gente fala? Jesus aparece para promover fé em seus discípulos - "Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles". (Lc 24,15). Note: “o Próprio Jesus” – que delicia! Não apenas pelo caminho, mas também em sua casa.
Þ     Uma boa bronca - "Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!" (Lc 24,25) – nada possui um bom puxão de orelhas.
Þ     Um belo sermão - "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras". (Lc 24,27) – que sermão maravilhoso deveria ter sido aquele. Quando chegar ao céu pedirei uma cópia dele para escutar a sombra da Árvore da Vida. Que privilegio ouvir Cristo falando de Cristo; a Palavra Viva explicando a palavra Escrita. O poder de deus caminha na história através da palavra de Deus.
Þ     Um belo gesto - "Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho". (Lc 24,30) – alguns entre nós não valorizam a Ceia do Senhor e o Batismo com Água à altura do que de fato são. Mesmo mantendo as ordenanças no campo do testemunho, da simbologia, devemos procurar neles uma oportunidade de extrema comunhão. A ultima ação estratégica de Cristo para “curar” estes dois foi cear  com eles, Jesus tem um repertório infinito de gestos provocadores de luz e fé: a saliva no barro, uma ordem ao mar, um toque em um leproso ou em um morto, um colo para uma criança, um atraso sem explicação aparente, etc. Serão sempre gestos curadores, promotores de fé e visão espiritual.

CONCLUINDO

Olhos abertos e coração ardente -  o que mais um cristão precisa para manter-se no caminho estreito que conduz à salvação? Só um Jesus Vivo, como o nosso, é capaz de efetuar milagres como este em almas tão escurecidas por mentes tão adoecidas quanto as nossas, maculadas pelos efeitos do pecado.

Notou os sinais práticos de ressurreição nestes dois discípulos?

Þ     Olhos abertos - "Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapareceu". (Lc 24,31). Os discípulos nem precisavam mais da presença física do Mestre para nEle crer.
Þ     Fogo no coração – - "Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" (Lc 24,32). As emoções fazem parte da verdadeira vida cristã. Não são seu fundamento e alicerce, mas fazem parte: chorar, sorrir, ajoelhar-se, dobrar-se, levantar a voz, aquietar-se longamente, tremer, por a boca no pó. Há expressões emocionais por toda a Bíblia.
Þ     Prazer nas escrituras - “antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.” (Sl 1,2)
Þ     Prazer e disposição para as celebrações de crentes na ressurreição. (Lc 24,33-35).
·         Na mesma hora – não era o horário adequado para iniciar uma viagem.
·         Levantando-se, voltaram – o sentido de sua caminhada, antes da iluminação da ressurreição, era “sair”  de Jerusalém.
·         Ouviam e falavam – é assim que ficamos cheios do Espírito Santo – Ef 5,18-21.

Nenhum comentário:

Postar um comentário