sábado, 27 de julho de 2024

O que é um milagre? Como acontece um milagre?

Um milagre é um ato sobrenatural de Deus, quando Ele age fora das leis naturais que governam nosso mundo. Milagres acontecem quando essa é a vontade de Deus, para revelar Seu poder de maneira especial. Assim como Deus fez milagres nos tempos da Bíblia, Ele tem poder para fazer milagres hoje em dia.

Muitas vezes chamamos atos extraordinários ou altamente improváveis de milagres. Também há situações em que Deus usa as coisas naturais do mundo de maneira tão específica que só pode ter sido intervenção divina. Mas aqui vamos falar sobre atos sobrenaturais, que são impossíveis de acordo com as leis da natureza, como reverter uma doença irreversível, multiplicar comida, ou até ressuscitar mortos.

A Bíblia relata vários exemplos de grandes milagres realizados por Deus ao longo da História. Através dos profetas, dos apóstolos e, principalmente, de Jesus, Deus fez maravilhas à vista de muitas pessoas. Os milagres serviam para:

  • Mostrar o poder de Deus 
  •  Livrar e abençoar pessoas
  •  Confirmar a mensagem de profetas ou enviados de Deus
  •  Levar pessoas a crer no evangelho

 Pela própria definição, milagres não eram acontecimentos muito comuns, que aconteciam todos os dias. Em algumas épocas, e com certas pessoas, aconteciam mais milagres, mas continuavam a ser eventos extraordinários e surpreendentes. Na maior parte do tempo, as leis naturais do mundo continuavam em vigor. Na Bíblia também havia milagres que eram mais raros que outros. Há vários relatos de pessoas sendo curadas, mas poucos de mortos sendo ressuscitados.

Além disso, as pessoas na Bíblia que recebiam dons de cura e outros milagres não podiam usar esses dons em todas as situações. Por exemplo, o apóstolo Paulo curou muitos doentes, mas não foi curado de sua própria doença nem curou as dores de estômago frequentes de seu amigo Timóteo (2 Coríntios 12:7-9; 1 Timóteo 5:23). Todo milagre depende da vontade de Deus, e não apenas da vontade dos homens.

 

Milagres ainda acontecem hoje?

Sim, milagres ainda acontecem nos dias atuais. O poder de Deus não mudou. Ele continua agindo de maneira sobrenatural no mundo hoje, revelando sua glória à humanidade.

Os milagres de Deus não se limitaram ao tempo em que a Bíblia estava sendo escrita. Jesus disse que alguns dos sinais que acompanhariam quem crê seriam milagres (Marcos 16:17-18). Além disso, o Novo Testamento dedica algum espaço a explicar como lidar com profecias e milagres de maneira ordenada, que glorifica a Deus e edifica a igreja. A única data limite para essas instruções é a segunda vinda de Cristo, no fim dos tempos (1 Coríntios 13:8-10).

Os milagres não são o mais importante do evangelho. A mensagem central do evangelho é a salvação do pecado, a reconciliação com Deus e a promessa da vida eterna, através da fé em Jesus. Querer ser cristão só para receber milagres é errado. A função dos milagres é confirmar a mensagem de salvação e fortalecer a fé de algumas pessoas. O maior milagre de todos é a conversão de um pecador em santo, pelo poder de Jesus.

 

Como posso receber um milagre de Deus?

O fator mais decisivo é a vontade de Deus. Um milagre só pode acontecer quando Deus quer. A vontade de Deus é sempre suprema e não podemos “obrigar” Deus a fazer um milagre quando Ele não quer. Por isso, devemos sempre procurar a vontade de Deus em todas as coisas (Mateus 6:9-10).

Algumas pessoas recebem o dom de fazer milagres, mas isso não significa que somente essas pessoas poderão receber um milagre de Deus. Todos podemos orar por milagres (Tiago 5:14-16). Orar, pedindo a Deus com fé, é o primeiro passo para receber um milagre.

Às vezes o milagre acontece logo, mas outras vezes precisamos ter paciência e continuar orando. Ainda em outras situações, precisamos parar e confiar que Deus sabe o que está fazendo. Não existe uma fórmula mágica e cada um deve seguir a orientação de Deus.

 

Não receber um milagre é sinal de falta de fé?

Algumas vezes sim, outras vezes não. A Bíblia conta que em certa cidade Jesus não pôde fazer muitos milagres por causa da incredulidade das pessoas (Mateus 13:57-58). Essas pessoas se recusaram a crer que ele era o salvador prometido por Deus e essa falta de fé teve consequências. Jesus também se recusou a fazer um milagre para seus inimigos, que só queriam pô-lo à prova. Mas nem sempre a falta de milagre vem da falta de fé.

Não se deve acusar um cristão de falta de fé quando não recebe o milagre que pediu. Muitas pessoas com uma fé incrível ficam sem ver um milagre. Isso é porque nem sempre é da vontade de Deus conceder o milagre que foi pedido.

Para nós, que não sabemos todas as coisas, pode parecer estranho ou até injusto, mas Deus sabe mais que nós (Isaías 55:8-9). Ele sabe quando um milagre precisa acontecer e quando não precisa. As leis naturais, estabelecidas por Deus, são a norma. Um milagre é uma bênção muito especial, pelo qual devemos ser gratos. São a exceção à regra, que Deus usa como e quando quer. Com ou sem milagre, a verdadeira prova de fé é aceitar a vontade de Deus.

 

O diabo pode fazer milagres?

Sim, o diabo pode fazer alguns sinais milagrosos, mas são “falsificações”. Servem para fazer as forças do diabo parecerem muito grandes e enganar as pessoas a se desviarem de Deus (2 Tessalonicenses 2:9-10). Os milagres que alguns seguidores do diabo conseguem fazer não têm o mesmo poder que os milagres de Deus e vêm com um preço muito alto: o inferno.

A Bíblia nos avisa sobre falsos profetas e servos do diabo que fazem milagres para nos enganar (Marcos 13:22). Embora pareçam às vezes incrivelmente poderosos, serão completamente destruídos por Deus. Não há força nenhuma que pode desafiar o poder de Deus. Ele é invencível e castigará quem se entrega ao diabo e ao pecado.

Por isso, é muito importante avaliar com cuidado os milagres e as profecias que vemos e ouvimos, para não sermos enganados. Alguns critérios para distinguir o que vem de Deus do que vem do diabo são:

 

·         A mensagem - o milagre leva pessoas a darem glória a Deus, dedicando suas vidas a servir Jesus? Se qualquer outra pessoa ou coisa recebe mais glória que Deus, cuidado!

·         A vida da pessoa - a vida de quem fez o milagre reflete serviço a Deus, sinceridade e amor ao próximo?

·         A Bíblia - nenhum milagre vindo de Deus servirá para estabelecer um ensino novo, que não está na Bíblia. Se a mensagem contradiz a Bíblia, é mentira do diabo!

 

Como em tudo, devemos analisar todas as coisas, guardar o que é bom e afastar-nos do mal (1 Tessalonicenses 5:20-22).

Todos são filhos de Deus?

 


A Bíblia diz que todos somos criados por Deus e amados por Deus, mas nem todos são filhos de Deus. Jesus é o único filho de Deus. Somente através de Jesus podemos receber a adoção como filhos de Deus.

A Bíblia diz que Deus tem um único filho: Jesus (João 3:16). Ele é a revelação de Deus em forma humana, a expressão exata de quem Deus é. Assim como o filho reflete seu pai que o gerou, Jesus reflete a glória de Deus, mas de forma perfeita (Hebreus 1:3).

De certa forma, todos nós refletimos um pouco da glória de Deus, porque todos fomos criados por Ele, à Sua imagem e semelhança. Mas isso não nos torna filhos de Deus. O pecado nos separa de Deus, não nos deixando pertencer à Sua família. Na verdade, a Bíblia diz que quem vive debaixo do pecado é filho do diabo, porque pertence ao diabo e faz o que o diabo quer! - João 8:44; 1 João 3:8

Ao longo da Bíblia, somente quem faz parte do povo de Deus é chamado de filho de Deus. Os israelitas eram considerados filhos de Deus, porque foram escolhidos por Ele para serem seu povo especial. Mas muitos israelitas se portaram como filhos rebeldes e não eram filhos de verdade. Os verdadeiros filhos são aqueles que permanecem fiéis ao Pai.

 

Como se tornar filho de Deus?

A boa notícia é podemos ser adotados como filhos de Deus! Foi por isso que Jesus veio à terra (João 1:12-13). Na cruz, Jesus pagou o castigo por nossos pecados. Por causa de sua morte e ressurreição, podemos voltar a ter comunhão com Deus, com nossos pecados todos perdoados.

Quando nos arrependemos de nossos pecados e cremos em Jesus como nosso salvador, recebemos a adoção como filhos de Deus. Já não pertencemos ao diabo, separados de Deus e de Seu amor. Agora somos parte da família de Deus. O Espírito Santo passa a morar dentro de nós e nos convence que somos filhos de Deus (Romanos 8:14-16).

 

As bênçãos de ser filho de Deus

Ser adotado como filho de Deus é um grande privilégio! O filho adotado tem os mesmos direitos que o filho natural. Assim, nós somos herdeiros do reino de Deus, junto com Jesus (Romanos 8:17). Ele é o rei supremo sobre toda a criação mas os salvos também têm o direito de desfrutar da herança do Céu.

Como filhos, podemos nos aproximar de Deus sem medo. Ele é nosso Pai e nos ama! Ele está sempre pronto para nos ouvir e ajudar, tal como um pai cuida do filho. Deus também nos ensina e disciplina, para nos ajudar a crescer e andar no caminho certo (Hebreus 12:7-8).

O filho reflete o pai. Nossa missão, enquanto filhos de Deus, é ser mais parecidos com Deus, seguindo nos passos de Jesus. Ele nos ajuda a vencer o pecado e a viver de maneira correta, refletindo Sua luz e Seu amor no mundo. Essa é a grande marca de quem é um verdadeiro filho de Deus (1 João 3:9-10).

sexta-feira, 26 de julho de 2024

A origem do pecado: Quando e Como Surgiu o Pecado?

 Uma das perguntas mais difíceis feita pela mente humana se relaciona com a presença e origem do pecado: De onde veio o pecado? Como ele penetrou no Universo?

Primeiro, precisamos afirmar claramente que Deus não pecou e não deve ser culpado pelo pecado.

O pecado se achava no mundo muito antes de a Bíblia ser escrita.

Se a Bíblia jamais tivesse sido escrita, ou se não fosse verdadeira, mesmo assim sua presença entre nós seria notada.

As Escrituras Sagradas, veredicto final em questão doutrinária e espiritual, nos informam que o pecado não ocorreu na terra, mas, sim no céu.

O céu foi, portanto, manchado antes de a terra ter sido maculada pela sua odiosa presença.

 

A existência pré - adâmica do mal

Quando o mal ocorreu nas esferas materiais, ele já havia, antes, ocorrido no Universo.

O mal apenas “entrou no mundo” (Rm 5.12) e, com ele, a morte, mas não surgiu naquele momento.

Seus efeitos apenas se fizeram sentir agora em outra esfera, a física.

Adão foi apenas uma porta e não uma fonte, pois, a fonte antecedia a sua existência.

As Escrituras falam, pelo menos em duas passagens, sobre a rebelião de um querubim ungido que teria almejado o lugar de Deus nas regiões celestes.

As duas passagens retratam detalhadamente a mesma coisa: uma revolta contra Deus por causa de um desejo de poder e uma consequente punição por tal atitude.

 

Vejamos então, tais textos:

 

Ezequiel 28.12-17

“Ó sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabelecí; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem”. Outro profeta complementa a revelação de Deus, expondo os motivos que levaram este ser exaltado a cometer tal aspiração.

 

Isaías 14.12-15

“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo”.

Deus nos permitiu saber a verdadeira origem do mal:

  • Rebelião;
  •  Revolta;
  •  Iniquidade;
  •  Soberba.

Os primeiros pecados do Universo foram realizados por um ser perfeito que estava na presença de Deus antes mesmo de o homem ser criado.

Sabemos que, durante a criação da terra, os anjos já estavam presentes, como se deduz do texto que segue:

“Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” (Jó 38.4-7).

A Bíblia fala muito pouco sobre as consequências do pecado ocorrido no reino espiritual, exceto as consequências geradas para o próprio autor do pecado e seus legionários.

 

A origem do pecado na raça humana

De acordo com as Escrituras, o homem é, agora, repugnante para Deus e para si mesmo, além de uma criatura mal adaptada ao Universo, não porque Deus o tenha criado assim, mas porque ele próprio se fez assim por abusar do livre–arbítrio.

O terceiro capítulo de Gênesis oferece os pontos fundamentais para se entender a origem do pecado na terra:

  • A tentação;
  •  A culpa;
  •  O juízo;
  •  E a redenção.

Muito tem sido feito para retirar qualquer sentido literal desse acontecimento.

Poucos são aqueles que acreditam em um sentido literal da narrativa, antes, atribuem à mesma um valor mitológico.

Se o fazem, porém, é sem qualquer respaldo bíblico, pois a Bíblia entende ser Adão um ser concreto, um indivíduo com existência real e único.

Adão possui uma genealogia, como qualquer outro.

Ele possui descendência e seu nome se liga a outros indivíduos dos quais jamais se questiona a existência real.

O Novo Testamento assume tal posição e toda a referência a Adão é a um personagem histórico, como os demais.

Algumas dificuldades, como o fato do diálogo entre Eva e a serpente, ou a localização do jardim do Éden, são alegações comuns.

Geralmente, não é considerado que este tempo longevo se perde na história e não há nenhum outro registro que se encaixe melhor com os dilemas da existência humana.

A ciência histórica, com todo o seu avanço, não consegue ir além de uns três milhares de anos antes de Cristo.

Para quem crê na Bíblia e faz uma interpretação adequada da mesma, Adão faz todo o sentido.

O acontecimento é rico em verdades espirituais.

A origem da morte, o primeiro ato de desobediência, a entrada do pecado e suas consequências e a desordem universal resultante.

Por todos esses motivos, nos capítulos iniciais de Gênesis encontramos, portanto, a base teológica para a origem do pecado na terra, bem como a doutrina da redenção



sábado, 20 de julho de 2024

Jesus e a Serpente de bronze - João 3:14-15

Esboço de Pregação em João 3:14-15 – Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.

Como a serpente [de bronze] de cobre representa Jesus?

1* A serpente era um “símbolo do pecado”: Jesus se fez pecador por nós para que desta forma nós pudéssemos estar livres do pecado – II Coríntios 5:21

2* A serpente foi levantada acima em uma haste: Jesus foi levantado acima em uma haste -João 3:14 – 15

3* Livramento era recebido pelo doente quando olhava para serpente: O doente recebe livramento olhando para Jesus – Mateus 8:17; I Pedro 2:24; Isaias 53

4* Aqueles que olharam para a serpente continuaram a viver: Aqueles que olham a Jesus viverão eternamente – João 3:14 – 16

5* A serpente era o ÚNICO remédio para a vida física: Jesus é o ÚNICO remédio para a vida eterna. – Atos 3:16; Atos 4:12; Romanos 10:9 – 10

6* A fé e a atitude era requerida para a cura: A fé e atitude é requerida em Jesus hoje – Efésios 2:8 – 9

7* O poder da cura era a força invisível de Deus atrás da serpente na haste: E é também em relação com salvação através de Jesus – Mateus 1:21; Romanos 1:16; Col. 2:12-13

8* A serpente na haste trouxe a paz e a reconciliação com Deus: Assim é também com Jesus – Col. 1:20-21

9* O Confissão do pecado e da oração para Deus foi necessário para o livramento: Assim também é para obter os benefícios de Jesus na haste (do sacrifício do cordeiro de Deus) – Romanos 10:9 – 10; I João 1:9

Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.

As 3 Forças das Tempestades

As Tempestades da vida nos ensinam muitas coisas e de tantas podemos extrair 3 forças para a nossa trajetória!

E diante de uma forte tempestade, o Senhor Jesus reage de maneira surpreendente com a fé sobrenatural:

“E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.”

Mateus 8:23-26

Vamos agora extrair nessa passagem bíblica, 3 forças das tempestades.

As 3 Forças das Tempestades:

  1. Força da Confiança
  2. Força do Medo
  3. Força da Autoridade

1. Força da Confiança

Quem confia não se desespera!

Em meio a grande tempestade Jesus dormia, pois confiava plenamente de que independente da tempestade que atravessassem chegariam no outro lado do Mar da Galileia.

Quando estiver em meio a uma forte tempestade, nunca deixe de confiar na segurança de Deus em sua vida!

Pois tudo está no controle de Suas Mãos!

2. Força do Medo

O Medo atrofia a sua fé!

Jesus enxergou neles uma fé pequena naquele momento devido à força do medo presente em seus corações.

Sentir medo é algo que todo ser humano estará sujeito, mas sentir é totalmente diferente de ser refém desse sentimento.

Muitos dominados pelo medo deixam de agir como deveriam, seja no relacionamento amoroso, na criação dos filhos, no trabalho, etc.

3. Força da Autoridade

A Autoridade usada muda qualquer situação!

Orar é diferente de usar a autoridade, pois quando oramos estamos falando com Deus, quando usamos da autoridade estamos nos dirigindo diretamente contra a situação que está à nossa frente!

Conclusão

Estamos sujeitos a enfrentar muitas tempestades em nossas vidas, isso não é novidade, mas precisamos estar preparados para enfrentá-las.

Muitos por não estarem com sua fé preparada para as tempestades acabam reagindo muito mal e perdem a oportunidade de ver Jesus agir!

Você está enfrentando tempestades agora na sua vida?

Confie de verdade em Deus, não permita a força do medo te dominar e use da autoridade da fé, que certamente essa tempestade irá cessar!


sábado, 13 de julho de 2024

Hebreus

Os hebreus foram um povo da Antiguidade que se estabeleceu na região de Canaã e disputou com outros povos, como cananeus e filisteus, o domínio daquela terra.

 

Os hebreus são um povo de origem semita que, segundo a narrativa bíblica, estabeleceu-se em Canaã por meio do patriarca Abraão. Ao longo de sua história, os hebreus migraram para o Egito, retornaram a Canaã, reconquistaram a terra dos cananeus e filisteus e, depois de serem conquistados por uma série de povos, passaram a fugir da região por conta da violência romana.

 

Tópicos deste estudo

    1 - A história hebraica e as fontes históricas

    2 - De onde vieram os hebreus?

    3 - Ida ao Egito

    4 - Retorno e conquista de Canaã

    5 - Monarquia hebraica

    6 - Diáspora

 

A história hebraica e as fontes históricas

A história hebraica é bastante peculiar, porque muitas pessoas a identificam pela grande força da tradição judaico-cristã na formação religiosa do Brasil. Sabemos que os hebreus eram um povo seminômade que se fixou em Canaã, na Antiguidade, e uma parte da história desse povo é narrada na Bíblia, o livro sagrado dos cristãos.

A Bíblia, assim como outros documentos oriundos da Antiguidade, é tratada pelos historiadores como fontes históricas. Isso não significa, entretanto, que tudo o que está na Bíblia é considerado impreterivelmente como verdade histórica, uma vez que existe todo um trabalho de apreciação para comprovar a veracidade dos eventos mencionados.

Sendo assim, algumas das passagens bíblicas sobre a história dos hebreus são entendidas como míticas e não necessariamente como verdades e acontecimentos históricos. Essas considerações são parte do ofício dos historiadores, uma vez que a história moderna possui métodos de comprovação dos acontecimentos. De toda forma, essa prática de historiadores também é encontrada na Antiguidade, e historiadores, como Tucídides, já procuravam diferenciar acontecimentos reais de testemunhos míticos.

Outro fato que deve ser levado em consideração é que os hebreus começaram a registrar a sua história somente depois que se tornaram o povo mais poderoso de Canaã. Sendo assim, muitos dos relatos foram feitos a posteriori de quando de fato aconteceram. Por isso, na história, é importante tratar os relatos históricos da Bíblia com certa ressalva.

A Bíblia é um documento importante no estudo da história hebraica, mas não é a única fonte de estudo da história dos hebreus. Os historiadores trabalham com outras fontes, como vestígios arqueológicos, registros feitos por outros povos etc.

 

De onde vieram os hebreus?

Os relatos bíblicos contam que os hebreus são descendentes diretos de Abraão e vieram da Mesopotâmia para Canaã, por volta do século XX a.C. Nesse relato, Abraão era um pastor seminômade que morava em Ur, quando recebeu uma profecia de Deus que o fez abandonar a sua terra em busca de uma “terra prometida”.

A historiadora Karen Armstrong afirma que é difícil fazer a comprovação sobre muitos dos relatos sobre a história de Abraão, uma vez que foram escritos quase mil anos depois de terem ocorrido. Inclusive, existem historiadores que tratam os israelitas como um povo que surgiu no seio dos cananeus. De toda forma, no relato bíblico, vimos que os hebreus eram um povo estrangeiro que se estabeleceu em Canaã.

A fixação aconteceu no Vale do Rio Jordão, trecho conhecido por possuir terras mais férteis. Os hebreus ainda viviam uma vida de seminômade e tinham um contato frequente com os cananeus, povos originários da região. Esse contato fez com que muitos hebreus adotassem a adoração de Javé, o deus hebraico, mas de outros deuses também, como El, um deus cananeu.

Essa primeira fase da história hebraica é conhecida como período dos patriarcas, sendo Abraão, Isaque e Jacó os grandes patriarcas hebreus. Os hebreus sobreviviam da criação de animais, como ovelhas, e também cultivavam víveres. Existiam aqueles que moravam em regiões mais desérticas, bem como existiam aqueles que se instalavam em locais com solos férteis.

 

Ida ao Egito

A respeito desse período, a tradição bíblica ainda fala sobre a migração dos hebreus para a região do Egito, supostamente, por volta de 1700 a.C. Os motivos seriam uma escassez de alimentos que afetou toda a região de Canaã. O objetivo da mudança para o Egito seria o de estabelecer-se nas terras férteis das margens do Rio Nilo.

Essa ida ao Egito foi alvo de diversos questionamentos a começar pelo fato de que, novamente, o relato bíblico não responde a todas as perguntas dos historiadores e, portanto, é encarado mais como um mito de criação, um mito que mais deu certo sentido à história hebraica do que necessariamente verdade histórica. Karen Armstrong fala que a história do Êxodo é mais um mito que demonstra um surgimento do povo e da nação de Israel.

Não se sabe se essa migração aconteceu em grande número ou se apenas algumas tribos migraram. Acredita-se que a chegada dos hebreus ao Egito coincidiu com o momento em que os hicsos dominavam a região, o que garantiu uma boa recepção aos hebreus. Fala-se até de uma possível cooperação hebraica com os hicsos, e a expulsão deles acabou sendo prejudicial aos hebreus, uma vez que os egípcios supostamente teriam decidido vingar-se, escravizando todos os hebreus. Essa escravização teria se mantido até 1300 a.C., quando Moisés surgiu como libertador.

 

Retorno e conquista de Canaã

Uma vez libertos, os hebreus retornaram a Canaã, evento esse conhecido como Êxodo. Historicamente, é impossível comprovar se essa migração teve, de fato, o grande número de pessoas conforme consta no relato bíblico. Acredita-se que a migração hebraica aconteceu, mas que teria sido mitificada.

O retorno a Canaã contou com um breve período em que os hebreus viveram como nômades na Península do Sinai. Quando chegaram em Canaã, encontraram a região ocupada pelos cananeus e pelos filisteus. Foi iniciada, então, de acordo com a narrativa bíblica, a campanha de conquista dessa terra.

A Bíblia aponta para uma campanha verdadeiramente militar, mas os historiadores sugerem que essa retomada de Canaã aconteceu de maneira mais lenta e menos impactante. O escritor André Chouraqui, por exemplo, aponta que a penetração israelita foi bem mais sutil, uma vez que militarmente o impacto não surtiu grandes efeitos|4|.

Já Karen Armstrong fala que os historiadores apontam a não existência de indícios que comprovem uma invasão israelita em larga escala. Outras evidências apontam para o surgimento de aldeias por volta de 1200 a.C ao norte de Jerusalém. Outros historiadores sugerem que houve uma conquista, mas ela não foi total, e existem também historiadores que sugerem que Israel surgiu no interior da sociedade cananeia|1|.

Por fim, essa presença hebraica em Canaã resultou na criação de Israel. Esse foi o período dos juízes, uma vez que a grande autoridade dos hebreus era chefes militares conhecidos como juízes.

 

Monarquia hebraica

O último juiz hebreu teria sido Samuel, que, no final do século XI a.C., decidiu inaugurar a monarquia hebraica. A explicação para o surgimento da monarquia está relacionada com o enfraquecimento de assírios e egípcios. O enfraquecimento desses povos permitiu que outros povos se colocassem como ameaça aos hebreus, como os Amonitas e os moabitas, além dos filisteus.

Surgiu, dessa forma, a necessidade de uma liderança forte, e a monarquia, com a nomeação de um rei, foi a saída encontrada para garantir a proteção do povo hebreu. A monarquia hebraica teria três grandes reis:

·         Saul (1030-1010 a.C.)

·         Davi (1010-970 a.C.)

·         Salomão (970-930 a.C.)

Os destaques da monarquia hebraica são as conquistas militares realizadas por Saul, embora a grande conquista militar dos hebreus tenha sido realizada no reinado de Davi, por volta do ano 1000 a.C. A cidade de Jebus, capital dos jebuseus, foi conquistada e renomeada como Ir Davi. Não se sabe se a conquista de Jebus deu-se por meio de uma campanha militar ou por meio de um golpe palaciano. Atualmente, conhecemos essa cidade como Jerusalém.

Davi idealizou o Templo de Jerusalém um lugar sagrado para os hebreus, mas quem realizou a construção desse templo foi o rei Salomão. O reinado de Salomão é considerado um período de prosperidade para os hebreus, uma vez que eles gozavam de um comércio próspero e de uma grande segurança garantida pelos exércitos hebraicos.

Diáspora

Depois do reinado de Salomão, o Reino de Israel enfraqueceu-se e, dividido em dois reinos, Judá e Israel, foi conquistado por uma sucessão de povos:

·         assírios,

·         caldeus,

·         persas,

·         macedônios,

·         romanos.

A conquista pelos caldeus, por exemplo, resultou na primeira destruição do templo e na escravização dos hebreus na Babilônia.

A segunda destruição do templo aconteceu durante o domínio romano, uma vez que os hebreus nunca aceitaram a presença romana e constantemente rebelavam-se. A procura pela independência dos hebreus teria sido um dos grandes assuntos da Palestina durante os tempos de Jesus, e acredita-se que sua traição foi pelo fato de que ele não quis aderir a uma revolta contra os romanos.

Os conflitos contra os romanos transformaram-se em guerras conhecidas como Guerras Romano-Judaicas. O Templo de Jerusalém passou pela sua segunda destruição em 70 d.C., e a repressão romana contra os judeus na Palestina foi tão grande que os hebreus começaram a fugir da região. Essa fuga recebeu o nome de diáspora.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

O que significa bom perfume de Cristo?

 


 Precisamos começar entendendo o verso de 2 Coríntios 2:14: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento”.

 

Nos versos anteriores (VV 12 e 13) Paulo fala um pouco de algumas dificuldades pontuais que passou em Trôade. Paulo, porém, enxerga que mesmo diante dessas dificuldades o reino de Deus avança triunfando.

 

Quando ele usa a expressão “sempre nos conduz em triunfo” está se referindo a algo conhecido em sua época, que era quando um general Romano, vencendo um inimigo, organizava um cortejo triunfal, onde andavam pelas ruas exibindo sua vitória e os inimigos como escravos conquistados.

 

Paulo usa essa figura para mostrar que os servos de Deus estão sendo conduzidos na liderança do Deus todo poderoso em um cortejo triunfal de vitória, pois os planos de Deus não podem ser frustrados!

 

Quando Paulo usa a palavra fragrância (odor, cheiro) pode estar se referindo em sua figura comparativa aos incensos aromatizantes que os exércitos queimavam nesse cortejo triunfal Romano, que tinham o objetivo de “agradar aos seus deuses” e mostrar a todos que estivessem ali e no caminho o “cheiro da vitória”.

 

Paulo pega essa figura muito conhecida e aplica à vitória que Deus vem dando aos Seus servos, mesmo diante de muita luta. Mas o cheiro dessa “fragrância” Paulo identifica como sendo o “conhecimento”.

 

Esse é o conhecimento de Cristo, o evangelho pregado para cumprir os propósitos do general (Cristo). Ou seja, nós, como servos de Deus, temos e espalhamos esse conhecimento em todo lugar. 

 

Feitas essas explicações, agora conseguiremos entender melhor sobre o bom perfume de Cristo:

 

A seguir temos o versículo central da nossa análise aqui: “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem” (2 Coríntios 2:15).

 

Enquanto estamos em nossa missão como servos de Deus, estamos em nossa caminhada triunfal liderada pelo Senhor Jesus Cristo. A fragrância (cheiro), que está em nós e que espalhamos, é o conhecimento que aprendemos e cremos e que agora ensinamos através da pregação da palavra.

 

Sendo assim, esse bom perfume de Cristo está na vida dos servos de Deus e é espalhado por esses servos do Senhor e tem efeitos em dois grupos de pessoas: 

 

Os que são salvos e os que se perdem. Os que são salvos são aqueles que fazem parte do exército do Deus vitorioso, os que creram Nele. Os que se perdem são aqueles do exército inimigo, que não creram e foram condenados por resistir a Deus. Ambos sentem a “fragrância” do conhecimento de Deus, porém, só os salvos creem nela. 

 

Os que se perdem a rejeitam! Quando os servos de Deus fazem seu trabalho eles são como um perfume que agrada a Deus. Temos aqui uma ligação com os sacrifícios e ofertas do Antigo Testamento que exalavam um cheiro que agradava a Deus:

 

“Da oferta de manjares tomará o sacerdote a porção memorial e a queimará sobre o altar; é oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR” (Levítico 2:9)

 

Assim, concluímos essa linda figura usada por Paulo sobre sermos o bom perfume de Cristo. Nosso Deus é um Deus de triunfo, Ele está triunfando, ainda que nós, Seus servos, estejamos passando por lutas e batalhas que parecem indicar que não seremos vitoriosos!

 

No final, cada um de nós, servos do exército de Deus, cumprimos a nossa missão de sermos o bom perfume de Cristo, de espalharmos o conhecimento de Deus onde quer que estejamos.

 

Assim, a vitória do Senhor será completa e plena sobre os inimigos. E a salvação de Seus servos também será plena, com cheiro de vitória aos que foram salvos e cheiro de derrota àqueles que resistiram e se tornaram inimigos!