domingo, 1 de dezembro de 2019

AS MULHERES NA GENEALOGIA DE JESUS



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Você aprecia o estudo das genealogias? Em geral não gostamos muito desse tema e quero confessar que na minha juventude, sempre pulava o texto bíblico em que elas apareciam.  Por que todo esse desinteresse, se elas estão inseridas nas Escrituras Sagradas? Creio que o desinteresse está associado ao fato de não sabermos o seu real significado e a sua importância dentro da Palavra de Deus. Então, antes que você desista da leitura do texto, quero ver com você a definição do termo e a sua relevância. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe o termo pode ser definido “como a relação de nomes indicando os ancestrais ou descendentes de um indivíduo ou de vários”.  No entanto, as genealogias bíblicas não são somente uma relação de nomes, pois tudo que está no livro de Deus tem um propósito e com as genealogias não é diferente. Elas têm duas funções principais: Preservar a pureza do sacerdócio arônico e conservar a linhagem de Davi, pois de sua descendência viria o Cristo, o Messias. 

Quem era Mateus

Mateus era um cobrador de impostos, publicano, escolhido por Jesus para fazer parte do seu grupo de apóstolos. Ele inicia seu Evangelho com a genealogia do homem mais importante que já viveu nesta terra. O homem que dividiu a história em antes e depois do seu nascimento: Jesus Cristo, o Messias prometido desde o Éden. Mateus está escrevendo para os judeus, por isso sua preocupação em mostrar a origem de Jesus como Messias e descendente de Abraão (o pai da nação de Israel) e de Davi (o rei da promessa messiânica). Porém, ele também mostra que Jesus é o Filho de Deus e que foi gerado pelo Espírito Santo, em cumprimento das profecias do Antigo Testamento.

Esta linhagem de Abraão a Jesus através dos reis da casa de Davi, tem a intenção explícita de apresentar os direitos de Jesus ao trono de Davi. Ainda que o trono estivesse vago por quase seis séculos, ninguém poderia esperar a devida consideração dos judeus para com o Messias se Ele não pudesse provar sua descendência real. 

Entretanto, o que chama a atenção na genealogia de Mateus e a difere das demais do Antigo Testamento e dos outros Evangelhos, é a referência que ele faz a algumas mulheres (Mt 1.3,5,6).

Por que Mateus insere o nome dessas mulheres? 

O que levou Mateus, vivendo em uma sociedade patriarcal, incluir o nome dessas mulheres? Não sabemos ao certo. Lawrence Richards, afirma que uma das possibilidades é o fato de que Mateus era um publicano, ou seja, um coletor de impostos ou fiscal dos romanos. Sabemos que os coletores eram odiados pelo povo, pois sempre cobravam além dos encargos. Podemos ver o quanto eram desprezados quando os textos bíblicos dizem “publicanos e pecadores” (Mt 9.10) e “publicanos e meretrizes” (Mt 21.31). Em diversas ocasiões eles são comparados aos gentios (Mt 18.17).  Sabemos que ninguém gosta de pagar impostos, porém estes se enriqueciam com a miséria do povo e em geral, extorquiam as pessoas (Lc 3.12). Mateus, com certeza, sabia o que era ser desprezado, deixado de lado, excluído. 

Mateus, de alguma forma, se identificava com as mulheres e desejava mostrar que o Messias predito pelos profetas veio ao mundo para salvar a todos (Mt 1.21). Ele escreveu para os crentes judeus e certamente sabia como as mulheres eram vistas dentro do judaísmo, talvez, por isso, tenha desejado revelar ao seu povo que agora, na nova aliança, todos eram alvos do amor do Salvador. Pois, Jesus durante o seu ministério terreno, mostrou que os publicanos, ou melhor, que  todos os seres humanos mereciam o seu amor, o seu olhar, a sua atenção. O Mestre se assentou à mesa com algumas pessoas que eram desprezadas, colocadas à margem da sociedade, pois Ele acolhia os indefesos e oprimidos.  Atualmente falamos a respeito de educação inclusiva, mas Jesus já acolhia os excluídos (publicanos, mulheres, crianças, leprosos, pobres). Certamente o fato dEle ter chamado Mateus para ser um dos seus apóstolos deve ter impressionado e escandalizado a muitos (Mc 2.14-17). Não fomos alcançados por Jesus por nossa bondade, nobreza ou realeza, mas por sua misericórdia e graça (Ef 2.4,5). 

Um pouco da história dessas mulheres

Tamar (Gênesis 38.1-30).
Tamar, a primeira mulher mencionada, era casada com um dos três filhos de Juda. Ele chamava-se Her. No entanto Her, primogênito de Juda, desagradou a JAVÉ que o fez morrer. Tamar casou-se com o segundo filho de Juda, Anã que também desagradou JAVÉ, que também o fez morrer. Restava então o terceiro filho de Juda, Sela, mas com uma desculpa, de que Sela era muito jovem para casar, Juda manda a nora de volta para a casa dos pais com a promessa de que, quando Sela crescesse, seria seu marido. Mas Tamar viu que Sela já era adulto e não lhe fora dado como marido. Passado algum tempo Juda ficou viúvo e sua nora Tamar soube que ele subiu para Tamma, junto com Hira, seu amigo de Odolam para tosquiar o rebanho. Então Tamar tirou o traje de viúva, cobriu-se com véu e, disfarçada de prostituta, deitou-se com o próprio sogro, com a promessa que ele lhe daria um cabrito como pagamento. Ela pediu-lhe que deixasse com ela um penhor, que era o anel de Sela, com o cordão e o cajado. Juda os entregou e foi com ela deixando-a grávida. Juda mandou o cabrito por meio de seu amigo a fim de recuperar os objetos que havia deixado com a mulher. Mas ele não a encontrou. Passado algum tempo foram contar para Juda que sua nora Tamar estava grávida e a punição para a viúva que ficava grávida era a morte, porque tinha fornicado. Quando Tamar estava sendo levada para seu suplicio ela diz: “Eu fiquei grávida do homem que possui este anel de selo e o cajado”. Juda admirado exclama: Essa mulher é mais justa que eu, pois não lhe dei meu filho Sela. Quando chegou o tempo de parir, Tamar teve gêmeos, Fares e Zara. Fares foi descendente em linha reta de JESUS. 

Raabe (Josué 6.22-25). 
A segunda mulher mencionada, Raab, que era uma prostituta em Jericó. Por ter escondido espiões mandados por Josué ela e toda a sua família foram poupados quando ele conquistava Jericó. Mais tarde casou-se com um hebreu, provavelmente um dos espiões, chamado Salmon, também descendente de JESUS.

Rute (Rute 4.13-22).
A terceira mulher mencionada é a moabita Rute, uma viúva virtuosa, cuja origem era vergonhosa porque os moabitas originam-se também de um incesto. Quando Abraão deixou a Mesopotâmia e foi para a terra de Canaã levou consigo seu sobrinho Ló. Mas na terra de Canaã houve uma contenda entre os servos de Abraão e os servos de Ló por causa dos rebanhos. Então eles se separaram indo Ló morar em uma planície chamada Sodoma e Gomorra. Passado algum tempo DEUS, através de seus emissários manda avisar que iria destruir Sodoma e Gomorra, por causa da abominação que ali se cometia que se deu o nome de sodomia para o lesbianismo e homossexualismo. Os emissários advertiram Ló e sua família que não olhassem para traz quando saíssem da cidade; a mulher de Ló olhou para traz e se transformou em uma coluna de sal. Ló subiu de Segon e se estabeleceu na montanha com suas filhas. A mais velha disse à mais nova: “Nosso pai já está velho e na terra não há homem para ter relação conosco, como se faz em todo lugar. Vamos embriagar nosso pai para ter relação com ele, assim daremos uma descendência a nosso pai”. Embriagaram o pai e a mais velha deitou-se com o pai. No outro dia tornaram a embriagá-lo e a mais nova também se deitou com o pai. Ambas engravidaram e a mais velha deu à luz um filho e o chamou Moabe, que é o antepassado dos atuais moabitas. A mais nova deu à luz um filho e o chamou Ben Ani que é o antepassado dos atuais amonitas. Rute era moabita mas não deixou sua sogra Noemi porque a amava muito. Foi trabalhar na eira de Booz. Um parente de Noemi a pediu em casamento e teve um filho chamado Obed que foi o avô do Rei Davi.

Bate-Seba (2 Samuel 12.24,25). 
A quarta mulher mencionada é Bate-saba que era mulher de Urias, o Hitita, mas teve um relacionamento com o Rei Davi porque o marido estava em batalha. Deste relacionamento engravidou-se. O Rei Davi então ordena a Joab, seu general, colocar Urias, o marido de Bate-saba, no ponto mais quente da batalha com o intento que ele morresse na batalha. Estando Urias morto, o Rei leva Betsabeia ao palácio vivendo maritalmente com ela. O primeiro filho de ambos nasceu morto, mas Bat-saba engravidou novamente e teve um filho chamado Salomão que foi descendente em linha reta de JESUS.

Maria (Mt 1.16). 
A quinta e última mulher mencionada é Maria – a virgem, representante da comunidade dos pobres que esperam libertação. Dela, pelo divino Espírito Santo, nasceu JESUS, o Messias, o jovem senhor do universo, o filho de DEUS, Aquele que vai iniciar a nova história; ELE surge dentro da história de maneira totalmente nova. O cântico de Maria é o cântico dos pobres que reconhecem a vinda de DEUS para libertá-los através de JESUS. Cumprida a promessa, DEUS assume o partido dos pobres e realiza uma transformação na história, invertendo a ordem social. Os ricos e poderosos são depostos e despojados, e os pobres e oprimidos são libertos e assumem a direção dessa nova história. 

Basta uma lida rápida na biografia dessas mulheres para percebermos, que de acordo com a cultura judaica, não haveria possibilidade alguma delas fazerem parte da linha sucessória do Messias. Tamar enganou seu sogro, Raabe era prostituta, Rute estrangeira, Bate-Sabe foi tomada pelo rei Davi de forma errada e Maria além de ser muito jovem, de uma família humilde, estava noiva. Tal fato nos mostra que Deus jamais esteve ou estará sujeito a padrões humanos, religiosos ou culturais. Ele está acima disso, e seu olhar contempla os corações, independente do gênero, da condição social e da família a quem pertencemos.

Conclusão

Não importa a sua descendência, a sua condição social, civil, seu sexo e os erros que você tenha cometido. Tamar, Raabe, Rute e Bate-Seba também erraram. Deus pode escrever uma nova história para você. Decida crer nEle, apesar das circunstâncias adversas.  Entregue a sua vida a Jesus, o Rei dos reis e deixe que Ele se encarregue de mudar o que for preciso. Saiba que Jesus não é o príncipe, o cavaleiro que vem salvar as mocinhas indefesas dos contos de fada. Ele é real!  Jesus é o Rei dos reis, aquEle que nos ama e deu a sua vida em nosso favor. Deixe que Ele cuide de você e mude a sua história.

Se o leigo se chocar pelo fato de haver incesto, prostituta, adultério na genealogia de JESUS pense que: "A Missão de JESUS na Terra foi Remir os Pecadores”.

Por - Marco Antonio Lana - Teólogo Bíblico 


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

OITO VERDADES DO BATISMO NAS ÁGUAS.

8 verdades sobre o batismo nas águas


O batismo nas águas é uma das antigas tradições cristã. Ela acompanha a Igreja desde o seu surgimento e têm um caráter muito especifico em seu significado: “morto para o pecado e vivo para Deus”.

Ele possui algumas particularidades e foi amplamente difundido por João Batista, no deserto. Há em torno do tema, muitas especulações. Por isso, o grande objetivo deste estudo é apresentá-lo da maneira mais clara possível.

1. O Batismo de João

Antes que Deus se revelasse por meio de seu Filho Jesus, ele enviou João Batista para preparar o caminho de sua chegada (Lucas 3,3-4).

João Batista fez isso por meio de uma pregação expositiva e transparente dos mandamentos de Deus, denunciando de forma aberta e enérgica os pecados de seus dias.

Assim, as multidões vieram a João Batista perguntando o que deviam fazer para receber o perdão de Deus (Lucas 3,10). E ele os ensinava (Lucas 3,18).

Após isso, ele as batizava com o batismo de arrependimento. O batismo de João Batista, nos nossos dias é comparado com o momento da conversão. Aquele em que a pessoa dá o primeiro passo em direção ao relacionamento com Deus (Atos 19,4).


2. Por Quê Jesus Cristo Foi Batizado?

Jesus foi até João Batista para receber o batismo, não para justificar pecados, pois ele não conheceu pecado (2 Coríntios 5,21) , mas para dar o exemplo (Mateus 3,13-17).


Não é em vão que João Batista reconhece a necessidade de ser batizado por Jesus, mas o Mestre explica que deve ser assim, para que cumpra a vontade de Deus. Assim sendo, João concordou.


O Senhor Jesus quer mostrar com isso, que qualquer que quiser ter um relacionamento verdadeiro e profundo com Deus precisa de arrependimento. Perceba que ao sair da água o próprio Deus confirma a filiação do Senhor Jesus e aprova sua atitude (Mateus 3.16).


3. O Batismo Nos Nossos Dias

Após a sua morte e ressurreição, Cristo dá algumas ordens específicas aos seus apóstolos. Dentre elas o batismo (Marcos 16,16).

Ele é um sacramento da Igreja Cristã, ou seja, algo indispensável. Qualquer pessoa que entregar sua vida a Jesus, deve em pouco tempo, ser orientada por sua liderança ao batismo nas águas.

Ou seja, o “crer e o ser batizado” estão intrinsecamente ligados. Qualquer pessoa que teve uma conversão real e ama ao Senhor, vai desejá-lo.

Não há melhor exemplo que o etíope eunuco, que foi evangelizado pelo apóstolo Filipe. Tendo ouvido, entendido e crido na mensagem, ele desejou ser imediatamente batizado. As únicas palavras de Filipe, foram: “Você pode, se crê de todo o coração”. E o eunuco cheio de fé respondeu que cria (Atos 8,26-38).

4. Quem Crer e Não For Batizado, Será Salvo?

Na crucificação de Jesus haviam dois criminosos junto a ele. Um a direita e o outro a esquerda. Enquanto um permaneceu zombando do Mestre, de seu ministério e de sua autoridade o outro creu (Lucas 23,39-41).

Um dos criminosos reconheceu que Jesus Cristo era o Messias. Após isso suplicou misericórdia e salvação. O Senhor imediatamente lhe garantiu a vida eterna (Lucas 23,42-43).

Mas como pode ser isso, se ele não foi batizado?

Devemos notar que o criminoso salvo, não tinha a opção de receber o batismo nas águas, por estar prestes a receber sua condenação de morte. Os soldados romanos não iam dar uma pausa no processo para que isso acontecesse.


Em situações como essa, em que a pessoa que crê não tem a possibilidade de receber o batismo, sua salvação não está condicionada a ele. Caso contrário sim!

A pessoa que tem 5, 10, 20 anos de cristianismo e nunca se batizou, precisa se preocupar. O Senhor Jesus é extremamente claro e enfático: “Quem crer e for batizado, será salvo”.

O batismo é uma confissão pública de fé. Ao recebê-lo passamos a mensagem de que mortos para o mundo, vivemos com Cristo para a glória de Deus, em um novo e superior estilo de vida (Romanos 6,4).

5. Na Igreja Católica

Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se Filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento. (CIC 1250)

A citação em destaque é do catecismo da Igreja Católica, de 1250. Para aprofundar a visão católica do assunto, segue na íntegra as palavras do Padre Paulo Ricardo:

A Igreja Católica não é a religião de um livro, mas de uma Pessoa real, concreta: Jesus Cristo, o qual permanece vivo ao longo destes dois mil anos em sua Igreja, que é embasada também na Tradição e no Magistério. Desta forma, “a prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando ‘casas’ inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças” (CIC 1252), é o que continua ensinando o Catecismo da Igreja Católica. (Fonte: padrepauloricardo.org)

Ou seja, o ato de batizar crianças, como o próprio padre Paulo Ricardo diz, é “uma tradição imemorial da Igreja” Católica, a qual não é dirigida por “um livro” (acredito que se refira a Bíblia).

Nas palavras do Padre, fica muito claro que a Igreja Católica não tem a Bíblia como soberana Palavra de Deus, essa soberania é dada as tradições da Igreja e a figura do Papa.

Daí o fato de eles batizaram crianças. Eles acreditam, entendem, creem, que há essa necessidade pelo fato de o pecado de Adão ser contagioso.

Por nascerem (as crianças) com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus.

6. O Que a Bíblia Diz Sobre as Crianças?

Já vimos que a função do batismo nas águas é para arrependimento e remissão de pecados, o que não é o caso das crianças. O próprio Jesus garantiu que as crianças tem acesso garantido ao Reino do Céus, por causa de sua inocência (Lucas 18,15-17).

Jesus dá passe livre as crianças no Reino dos Céus. Os discípulos quiseram impedir sua vinda até o Mestre, mas ele os repreendeu. Ele garante que qualquer que quiser entrar no Reino precisa ser como elas.

Em nenhum momento ele faz menção de que crianças devam ser batizadas. Não indica que elas tenham pecado, pelo contrário ele destaca a sua pureza.

Embora o pecado de Adão tenha manchado toda a humanidade, a culpa pelo pecado só vem após a consciência do pecado, do erro, do certo e do errado.

Após essa consciência é que surge a necessidade de batismo. Dessa forma, realizá-lo antes da manifestação da consciência de pecado, não tem efeito.

Vimos que a função do batismo é ser uma confissão pública consciente e voluntária de fé. Uma declaração de desejo de relacionamento sincero com Deus. Uma decisão de morte para o mundo.

A criança não se encaixa em nenhuma dessas descrições. As crianças batizadas pela Igreja Católica não decidiram pelo batismo, elas nem lembram se foram batizadas. Ou seja, para elas ser batizadas não tem o menor sentido.

A Igreja Católica também possui regras de batismo com outras particularidades, como: adultos, filhos de mães solteiras, crianças já crescidas, etc.

7. Na Igreja Evangélica

Nas Igrejas evangélicas, genuínas, o batismo nas águas segue exatamente o princípio bíblico. Ao contrário da Igreja Católica, a Igreja Evangélica é regida, orientada, comprometida com um único livro: a Bíblia.

Sendo assim, o batismo só é realizado quando a pessoa tem consciência do certo e do errado, e já foi instruída acerca da necessidade do arrependimento e voluntariamente desejá-lo, como está escrito (Mateus 28:18-20).

8. Quais os Tipos de Batismo da Igreja Evangélica?

Nas principais Igrejas Evangélicas percebe-se a realização do ato de descer as águas de pelo menos três formas:

Aspersão: é a prática de borrifar água sobre a cabeça da pessoa enquanto é batizada;

Efusão: é a prática de derramar água (lavar) a cabeça da pessoa enquanto é batizada

Imersão: é a prática de mergulhar na água todo o corpo da pessoa enquanto é batizada


Conclusão

O batismo é um sacramento da Igreja Cristã, ou seja, indispensável. Estabelecido pelo Senhor Jesus, é o símbolo de confissão pública de fé e arrependimento.

Ele deve ser realizado pela pessoa que entender o princípio da fé e do arrependimento, e que voluntariamente se dispôs a recebê-lo.

Vimos que batizar crianças é única e exclusivamente uma tradição Católica, e não uma orientação bíblica. Seu fundamento é o entendimento pessoal de sua liderança, em fazê-lo.

E então, o que você acha? Qual a sua opinião sobre o assunto? Quer acrescentar algo? Deixe seu comentário. Compartilhe esse estudo bíblico com seus amigos e parentes.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

5 falhas de mães na Bíblia e como você as pode evitar


A Bíblia nos mostra diferentes tipos de mães, dos quais podemos retirar lições importantes para a vida em família. Mesmo aquelas que falharam com os filhos, sendo maus exemplos, poderão servir de alerta para a postura e atitude materna com os filhos. Então vejamos, algumas mães que agiram mal na Bíblia:

1. Penina: a Mãe arrogante e provocadora

Penina mãe provocadora


A vida de Penina é apresentada brevemente na Bíblia. Mesmo assim, podemos aprender muito com o mau exemplo dessa mãe. A sua história é paralela à de Ana, mãe de Samuel. No texto, ela é aparece como a segunda esposa de Elcana, que tinha filhos e filhas e que irritava constantemente a sua rival, Ana (1 Samuel 1:6). Pelo relato, Penina parece ter sido uma pessoa desagradável e intolerante que se vangloriava do seu status de mãe. O seu orgulho era prova de um coração exaltado e autossuficiente, capaz de ferir e perturbar, sem a graça e misericórdia de Deus.

Anualmente, o marido levava toda a família para adorar a Deus na cidade de Siló. Imagine que excelente oportunidade Penina tinha para exibir, orgulhosamente, seus muitos filhos para a oponente estéril... Ana sofria tanto com as provocações e humilhações dela que nem conseguia comer. Mas Deus, interferiu na história e abençoou a humildade de Ana. Enquanto que Penina, não foi mais mencionada na história. Não há mais relatos sobre ela, nem sobre seus filhos. Por outro lado, sabemos da relevância que Deus deu à atitude de Ana e ao seu filho Samuel (1 Samuel 2:26).

Más atitudes como as dessa mãe não devem ser encorajados, nem agradam a Deus (Provérbios 12:2). Fica o alerta, com essa breve história, que agir com altivez e importunações não traz nenhum benefício. O Senhor zomba dos zombadores (Provérbios 3:34), e castiga os arrogantes (Isaías 13:11).

Penina fez de seus filhos o seu troféu e usou-os para se vangloriar e desprezar Ana. Como mãe, ela se esqueceu que estava sendo um péssimo exemplo para seus filhos, agindo de forma irritante, prepotente e arrogante (Provérbios 21:24). Ela também se esqueceu que é DEUS, quem dá toda boa dádiva (Tiago 1:17), inclusive a possibilidade de gerar a vida. É Ele quem sustenta, dá saúde, forças e inteligência aos filhos.

O que você pode fazer diferente: Ame os seus filhos e aprecie, com humildade, a dádiva de ser mãe. Não faça disso um motivo para se gloriar e desprezar outras pessoas (1 Coríntios 3:21). Vigie para não fazer de seus filhos seus ídolos particulares. Nada nem ninguém deve tomar o primeiro lugar no coração daqueles que amam a Deus, nem mesmo os filhos. Toda mãe sábia deve ser grata a Deus pelos seus filhos e dedicá-los ao Pai, para que possam crescer amando e honrando ao Senhor, como fez Samuel (Provérbios 3:5).


2. Rebeca: a Mãe que preferia um dos filhos

Rebeca foi a esposa de Isaque, nora de Abraão. Ela era estéril e seu marido orou insistentemente para que ela engravidasse. Deus ouviu a sua oração e Rebeca teve filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Desde o ventre, ela sentia que os filhos lutavam entre si. O Senhor lhe mostrou que dos dois filhos descenderiam dois povos diferentes e que o filho mais novo seria maior e mais forte que o mais velho.

Já crescidos, os rapazes tornaram-se, explicitamente, alvos da preferência dos pais. Esaú era um excelente caçador e agradava muito ao pai com as caças que lhe trazia do campo (Gênesis 25:28). Jacó era mais pacato, caseiro e, provavelmente por isso, agradava mais a mãe por estar mais tempo próximo dela em casa. A história dos dois irmãos quase teve um fim trágico por causa da parcialidade dos pais.


O problema da predileção dos filhos é que ela sempre gera sentimentos de rejeição e inveja, além de muita competição e oposição entre os irmãos. O ambiente familiar será menos pacífico se os pais tratarem os filhos com parcialidade, concedendo vantagens a um em relação a outro.

O que você pode fazer diferente: Reflita sobre a sua relação com seus filhos. Observe o modo como atende a cada um deles e repare se age com mais apreço com um em detrimento de outros. Se já são maiores, os próprios filhos poderão sinalizar se há um "predileto".Ore e peça a Deus para que você e seu cônjuge não tenham nenhum favorito, mas que amem aos filhos igualmente, sendo justos e equilibrados no tratamento de todos.

3. Atalia: a mãe maquiavélica e má conselheira

Atalia mãe má conselheira


Atalia era neta de Onri, filha de Acabe, esposa de Jeorão e mãe de Acazias, todos reis maus de Israel. Infelizmente, aprendeu muito com os pecados de seus pais, principalmente com a má influência de sua mãe Jezabel*.

Atalia tornou-se conselheira do seu filho, quando este assumiu o reino aos 22 anos 2 Reis 8:26. Como mãe do rei, ela tinha uma forte influência em sua vida e encaminhava-o nas questões reais, com a mesma perversão de seus antepassados. A Bíblia diz-nos que esses maus conselhos levaram Acazias à ruína 2 Crônicas 22:3-7. Depois da morte do filho, Atalia usurpou o trono e mandou matar todos de sua família que poderiam herdar o trono, escapando-lhe o próprio neto Joás. Atalia foi morta quando Joás foi proclamado rei.

O final desta trágica história faz-nos refletir sobre o poder de influência das mães como referência para seus filhos. A crueldade e astúcia de Atalia interromperam a vida do próprio filho.

O que você pode fazer diferente: Cuidado para não servir de tropeço para os seus próprios filhos. Se esforce para ser a melhor influência para eles: viva com alegria, gentileza, honestidade, esperança, fé e amor. O seu filho, potencialmente, irá seguir os seus passos, por isso, dê bons exemplos na prática e seja uma boa conselheira Provérbios 12:5. Assim, seus filhos poderão aprendê-los e repassá-los a outros.


4. Herodias: A mãe manipuladora (e assassina)

Herodias era a mulher de Herodes, e havia sido anteriormente esposa do seu irmão Filipe. A Bíblia diz que Herodes era constantemente repreendido por João Batista por ter se juntado com a mulher de seu irmão e por causa de outras atitudes ilícitas deles (Lucas 3:19-20). Herodias detestava João Batista por confrontá-los e pregar que se arrependessem de seu erro. Ela queria a todo custo silenciá-lo. A prisão somente não lhe bastava, a perversa mulher buscava ocasião para matar João (Marcos 6:19). Herodes porém, temia João Batista e o mantinha preso em segurança.

Do primeiro casamento, Herodias teve uma filha e com astúcia e malícia usou-a para liquidar o seu astuto plano. No aniversário de Herodes, a oportunidade surgiu e a mãe instigou a própria filha para executar os seus intentos malignos. Depois de dançar para Herodes e seus convidados, a jovem agradou-o tanto que ganhou o direito a um pedido. Aliciada pela maldade da mãe, a moça pediu a cabeça de João Batista.

Herodias manipulou a própria filha para conseguir realizar os seus intentos. Conspirou e conseguiu executar João Batista. A perversão e malícia dessa mãe, certamente, contaminaram o coração de sua filha. Assistir a tantos episódios perversos em casa, tal como a própria mãe trair e abandonar o pai para se juntar ao tio, bem como o ódio de morte que esta sentia por João Batista, fez da filha coparticipante dessa natureza maligna e assassina.

Com essa história, vemos que Herodias corrompeu a filha pois ensinou-a diversos princípios errados.

O que você pode fazer diferente: Lembre-se que os filhos costumam ter sempre os pais como modelo a ser seguido. Procure ser o melhor exemplo de pessoa para seus filhos. Tudo o que eles aprendem, ouvem e veem você fazendo servirá como estímulo para praticarem também (Filipenses 4:9).

Como mãe, você precisa ter cuidado para não usar os seus filhos como meio para atingir seus fins. Infelizmente, há muitos filhos que são manipulados, atuando como peças num jogo de ofensas e atritos entre os pais, e sofrem imensamente por isso. Ensine aos seus filhos a respeitarem e amarem o pai e demais familiares, por mais que haja alguma diferença entre vocês. Promova um ambiente sadio e pacífico em casa para que seus filhos amadureçam na fé e sejam felizes (2Pedro 3:18).

5. A mãe julgada por Salomão: invejosa e egoísta

Mãe julgada por Salomão

A história dessa mãe é retratada num relato sobre o julgamento sábio de Salomão 1 Reis. Duas prostitutas, não nomeadas na Bíblia, levaram uma intrigante questão em audiência para que o rei resolvesse. Ambas tiveram filhos na mesma altura e partilhavam a casa em que viviam. Numa noite uma delas, se apercebendo que o seu bebê estava morto, trocou-o com o filho vivo da colega. As duas reivindicavam o filho vivo como sendo seus... Grande problema para o rei julgar!


Salomão mediante a sabedoria de Deus solucionou o caso: ameaçou partir o bebê vivo e reparti-lo entre as duas mães. A mãe mentirosa, dizia que poderia dividir o bebê em dois: "- nem meu, nem seu!"

Que terrível inveja e ambição dessa mãe, a ponto de colocar a vida de uma criança em risco! Ressentida de ter perdido o seu filho, não se importava que o filho da outra também fosse morto. Felizmente, Salomão conseguiu descobrir quem era a verdadeira mãe: claramente, aquela que demonstrou pesar pela vida da criança.

A postura maligna da mãe mentirosa mostra-nos a que grau de malícia e cobiça um coração invejoso pode chegar.

O que você pode fazer diferente: Como mãe, você precisa estar atenta para o perigo desses e outros males no meio da sua família. Busque constantemente instrução na Bíblia sagrada e permita que o seu coração seja purificado pela Palavra de Deus. Ore e vigie para que não aja movida por ganância nem inveja (Provérbios 4:23).

Apesar dessas mães não serem consideradas boas referências na vida de seus filhos, podemos aprender com o seu mau exemplo. Busque ajuda do Senhor para ser uma pessoa melhor. O propósito de Deus é moldar o caráter das mães e pais para que possam liderar bem e abençoar as suas famílias. Que você assuma uma postura de amor, de entrega, renúncia e dedicação na criação dos seus filhos, para que estes possam crescer integralmente, honrando e amando ao Senhor e aos seus pais.

Lembre-se: ser mãe é uma dádiva de Deus! É também um grande desafio para todas as mulheres que tem ou esperam ter um filho. Com graça de Deus, você poderá ser uma mãe melhor... Conte com a ajuda e orientação do Senhor e veja uma transformação na sua família!