quarta-feira, 26 de agosto de 2015

AS 10 PRAGAS DO EGITO





O que representavam as 10 pragas do Egito?

Um trecho que, sem dúvida, chama muito a atenção dos cristãos ou mesmo não cristãos, é a passagem sobre as 10 Pragas que o Senhor lançou sobre o Egito.

Estas terríveis pragas tiveram por fim levar Faraó (Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Ex 9,16; 1Sm 4,8) cujos habitantes deveriam ser julgados por sua crueldade e grosseira idolatria.

Porém, poucos conhecem um importante aspecto dos planos de Deus para aquele povo e para os nossos dias. Além da principal finalidade, relatada na Bíblia, que é libertação do povo de Israel, cativo do Faraó, as 10 pragas tiveram grande importância sobre os habitantes do Egito. Deus estava desafiando os deuses egípcios. E como se deu isso? A resposta é simples. Imagine: Por que Rãs, Gafanhotos, Águas em Sangue, Chuva de Pedras…? O certo é que Deus queria falar algo mais. O Deus de Israel estava se revelando ao Seu povo e ao Império Egípcio. Cada praga era direcionada a divindades, conforme a credibilidade do povo em confiar nesses “falsos senhores”. Em anexo você pode ver mais detalhadamente esse processo.


1) Água em sangue (Êx. 7,14-24) – A primeira praga, a transformação do Nilo e de todas as águas do Egito em sangue, causou desonra ao deus-Nilo, Hápi. A morte dos peixes no Nilo foi também um golpe contra a religião do Egito, pois certas espécies de peixes eram realmente veneradas e até mesmo mumificadas. (Êx 7,19-21)

2) Rãs (Êx. 8,1-15) – A rã, tida como símbolo da fertilidade e do conceito egípcio da ressurreição, era considerada sagrada para a deusa-rã, Heqt. Assim, a praga das rãs trouxe desonra a esta deusa. (Êx 8,5-14)

3) Piolhos – (Êx. 8,16-19) – A terceira praga resultou em os sacerdotes-magos reconhecerem a derrota, quando se viram incapazes de transformar o pó em borrachudos, por meio de suas artes secretas. (Êx 8,16-19) Atribuía-se ao deus Tot a invenção da magia ou das artes secretas, mas nem mesmo este deus pôde ajudar os sacerdotes-magos a imitar a terceira praga.

4) Moscas (Êx. 8,20-32)- A linha de demarcação entre os egípcios e os adoradores do verdadeiro Deus veio a ficar nitidamente traçada da quarta praga em diante. Enquanto enxames de moscões invadiam os lares dos egípcios, os israelitas na terra de Gósen não foram atingidos pela praga (Êx 8,23-24). Deus algum pôde impedí-la,nem mesmo Ptah, “criador do universo”, ou Tot, senhor da magia.

5) Peste sobre bois e vacas (Êx. 9,1-7) – A praga seguinte, a pestilência no gado, humilhou deidades tais como: Seráfis (Ápis) – deus sagrado de Mênfis do gado, a deusa-vaca, Hator e a deusa-céu, Nut, imaginada como uma vaca, com as estrelas afixadas na sua barriga. Todo gado do Egito morreu, mas nenhum morreu de Israel. (Êx. 9,4.7).

6) Feridas sobre os egípcios (Êx. 9,8-12) – Deus nesta praga zombou a deusa e rainha do céu do Egito, Neite. Moisés jogou o pó para o céu que deu um tumor ulceroso na pele do povo que doeu demais. Os magos também pegaram a doença e não puderam adorar a sua deusa e rainha religiosa. Israel novamente foi poupado dessa praga. (Êx. 9,11)

7) Chuva de pedras (Êx. 9,13-35) – A forte saraivada envergonhou os deuses considerados como tendo controle sobre os elementos naturais; por exemplo, Íris – deus da água e Osiris – deus de fogo.

8) Gafanhotos (Êx. 10,1-20) – A praga dos gafanhotos significava uma derrota dos deuses que, segundo se pensava, garantiam abundante colheita. Deus encheu o ar de gafanhotos. Os deuses egípcios (Xu – deus do ar e Sebeque – deus-inseto) não puderam fazer nada para não deixar acontecer. (Êx 10,12-15)

9) Escuridão total (Êx. 10:21-23)- Com esta praga Deus derrubou o deus principal do Egito, Rá, o deus-sol. A palavra Faraó significa sol, ele era um deus. Egito ficou nas trevas (sem ver nadinha) durante 3 dias, mas Israel ficou na luz. (Êx. 10:23).

10) Morte de todos os primogênitos (Êx. 11-12) – inclusive entre os animais dos egípcios – A morte dos primogênitos resultou na maior humilhação para os deuses e as deusas egípcios. (Êx 12,12) Os governantes do Egito realmente chamavam a si mesmos de deuses, filhos de Rá ou Amom-Rá.

Depois disto todos souberam que Deus era o Senhor e Seu nome ficou anunciado em toda a terra. Deus destruiu todo deus falso do Egito. Na morte do primogênito Deus mostrou que Ele tem na Sua mão o poder de morte e de vida. O Faraó tinha pretensão de ser adorado, de ser uma divindade. O primogênito era, em potencial um faraó, pois era o herdeiro do trono. Deus demonstrou a falsa deidade de Faraó e seu filho.

Marco Antonio Lana (teólogo)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A Luta de Jacó com o Anjo



Gênesis 32:24-30
"Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu.E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele.E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali.E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. "

 Ao lermos ou falarmos sobre este trecho bíblico pensamos em fazer o mesmo que Jacó e segurar o anjo, achamos que isto significa insistir em nossas petições, o que realmente importa é recebermos a benção. Porém para entendermos melhor o que foi realmente esta luta de Jacó, é necessário entendermos melhor o que houve ali no vau de Joboque e pra isso precisamos entender o momento que Jacó vivia. 

Jacó era um enganador, ele enganou o irmão e o pai para receber as bençãos e a herança do pai, e com isto fez com que o irmão o odiasse, e ele teve de fugir e se esconder.  Sabemos que existem leis espirituais e uma delas é a lei da semeadura ou seja, o que você planta, você colhe e Jacó não ficaria imune a isso. 

Jacó conheceu a Raquel filha de seu tio e se apaixonou por ela, e combinou com o tio que trabalharia para se casar com ela, ele cumpriu o combinado porem na noite de núpcias o tio o enganou e entregou a outra filha a Léia, e devido aos costumes e vestes nupciais e Jaco ter bebido um pouco, ele não percebeu a troca e consumiu o casamento, tento de trabalhar mais 7 anos para se casar com aquela a quem realmente desejava , nisto Jacó colheu o que havia plantado, o engano. 

Jacó precisava se converter de verdade, se tornar um novo homem, assim como Jesus nos ensina que devemos nascer de novo. E Jacó passou por mudanças que começaram antes mesmo deste encontro dele com "Deus" no vau de Joboque, pois no inicio do capitulo lemos que Jacó começa a ter atitudes bastante prudentes, tais como: 

Com o seu povo. Gn. 32:7 “Então Jacó temeu muito e angustiou-se; e repartiu o povo que com ele estava, e as ovelhas, e as vacas, e os camelos, em dois bandos.”

Com seu irmão Esaú. Gn. 32:13 “E passou ali aquela noite; e tomou do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão Esaú”

Na oração a Deus. Gn. 32:10-11 “Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos. Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú; porque eu o temo; porventura não venha, e me fira, e a mãe com os filhos.”

Percebemos que Jacó já estava mudando, mas era necessário anular uma maldição a qual ele tinha.  "Jacó" significa "enganador" e era necessário passar por uma verdadeira batalha espiritual, e alguns pontos são importantes destacarmos, por exemplo o fato de Jacó reconhecer que ele precisava ter um momento a sós com Deus. Nos versículos 22 a 24 do capítulo 32 de Gênesis lemos que Jacó passou toda sua família e tudo o que possuía para o outro lado do ribeiro e então ele ficou só ali na beira do ribeiro.

Nós temos que nos desprender de tudo, esquecermos por algum momento nossos problemas, preocupações, ansiedades, filhos, cônjuge,  parentes, bens e tudo quanto temos e nos apresentarmos a Deus. estar na beira do ribeiro significa duas coisas, primeiro ele estava em meio a uma travessia, depois que atravessasse ali ele iniciaria uma nova fase, e água sempre simboliza a palavra de Deus, este é o melhor lugar para nos encontrarmos com o Senhor, com os pés limpos na palavra e preparados para um novo começo. 
Então surgiu o anjo do Senhor, e Jacó lutou com ele, esta batalha na verdade era Jacó tentando segurar o anjo para obriga-lo a abençoa-lo. Ele queria ser abençoado, ele queria ter a quebra da maldição, a mudança de vida interna. 

Esta luta é totalmente simbólica para nosso tempo atual, o anjo representa o Espirito de Deus e Jacó a nossa carne, nossa antiga natureza, pecaminosa e enganadora. Esta é a batalha que todos nós temos de ter. A carne deve perder para o Espirito assim verdadeiramente seremos uma nova criatura, agora a espiritual e antiga natureza carnal e falha , deve morrer e foi exatamente isto que aconteceu com Jacó, ele morreu ali naquele dia para que um novo ser , "Israel" pudesse surgir, era esta a benção que ele tanto desejava, a transformação interior afinal seu exterior já era bem prospero e feliz. 

Gn. 32:28 “Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.”. A partir daquele momento Jacó não seria mais o mesmo, pois o varão mudaria o seu nome de Jacó (enganador, trapaceiro) para Israel (aquele que luta com Deus e prevalece).

E você já passou ou está passando por esta batalha espiritual? precisa se libertar de alguma maldição? precisa receber a benção dentro de seu ser? Seu nome, ou seja sua principal característica foi transformada? de maluco, ou bem loco para careta, de catador para santinho ou algo assim? ou mudou apenas alguns hábitos acrescentando o hábito de ir a igreja? Como você é conhecido? 

O nome naquela época refletia muitas vezes o caráter, a personalidade da pessoa ou uma realidade da sua vida ou da história do povo de Deus.

Vemos que a partir do Vau de Jaboque a mudança, a transformação de Jacó foi plena e ele nunca mais foi o mesmo.Nós também precisamos passar por esta luta e vencermos para que então sejamos transformados, maldiçoes sejam quebradas e a benção do Senhor esteja sobre nós. 

Gênesis 32:30 "E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva." Somente apos vencer sua carne é que poderá conhecer a Deus face a face, assim foi com Jó e com Jacó, assim deve ser com você. 

Deus já enviou o anjo e ele está do seu lado só esperando que o segure e receba a transformação. 


Melhore-se

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

LILITH OU LILIT









Lilith (ou Lilit) é um demônio feminino da mitologia Babilônica que habitava lugares desertos. Esta é referida em diversos textos antigos sendo o mais notável o Antigo Testamento.

Lilith é também referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai 81: 455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido.

Mais recentemente, esta história, tem sido cada vez mais adotada sendo até discutida se é ou não contada na Bíblia. Porém, além da passagem referida abaixo, esta não é mais referida.

Na Bíblia

No primeiro capítulo do Livro de Gênesis , versículo 27, está escrito que: 

"Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher." 
porém no segundo capítulo versículo 18: '"

O Senhor Deus disse: 
"Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada." e é apenas no versículo 22 do segundo capítulo que Eva é criada: "E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.".
É possível que no primeiro capítulo a mulher criada seja  Lilith e levando em consideração o versículo 23: 

"Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada." 

podemos verificar na expressão de Adão "...esta sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!..." a afirmativa de existência de outra criatura que não era qualificada como mulher e que não se podia se submeter a ele pois era independente, estava no mesmo nível de criação, a mesma altura de Adão. 

Em algumas traduções o texto "esta sim..." aparece como "agora sim, esta ..." o que não parece ser um erro de tradução mas uma evidência da afirmação na narrativa.

Uma interpretação possível é de que ela seja a mulher que Caim encontrou depois de ser expulso e, portanto, tendo com ele seu primeiro filho, Enoque e fundando uma cidade de mesmo nome.

Em Isaías

Nas bíblias atuais seu nome aparece uma única vez, em Isaías 34:14

"E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilith pousará ali, e achará lugar de repouso para si." 

Nas traduções recentes da Bíblia a palavra Lilite é substituída por demônio ou bruxa do deserto. Fantasma, na Revista e Atualizada.

Judit Blair (2009) demonstra que todos as oito criaturas, que são mencionadas, são animais naturais.

Talvez dada a sua longa associação à noite , surge sem quaisquer precedentes a denominação screech owl, ou seja, como coruja , na famosa tradução inglesa da bíblia, na Versão da Bíblia do Rei James . Ali está escrito, em Isaías 34:14 que … the screech owl also shall rest there (a coruja também deve descansar lá). 

É preciso salientar, comparativamente, que em uma renomada versão em língua portuguesa da bíblia, traduzida por João Ferreira de Almeida , esta passagem relata que … os animais noturnos ali pousarão, não havendo menção da coruja, como é frequentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).

Alfabeto de Ben-Sira

No folclore popular hebreu medieval , ela é tida como a primeira mulher criada por Deus junto com Adão , que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.

De acordo a interpretação da criação humana no Gênesis feita no Alfabeto de Ben-Sira , entre 600 e 1000 d.C, Lilith foi criada por Deus com a mesma matéria prima de Adão, porém ela recusava-se a "ficar sempre por baixo durante as suas relações sexuais". 

Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal e a primeira feminista .
Segundo este manuscrito milenar, Ben Sira conta a história de Lilith para Nabucodonosor :

Depois que Deus criou Adão, que estava sozinho, Ele disse: 'Não é bom que o homem esteja só "(Gênesis 2:18). Ele então criou a mulher para Adão, da terra, como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a de Lilith. 

Adão e Lilith imediatamente começaram a brigar. Lilith disse: 

"Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti?" Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual." 
Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou: 

"Eu não vou me deitar abaixo de você, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou um ser superior." 
Lilith respondeu: 

"Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra". 
Mas eles não deram ouvidos um ao outro. Quando Lilith percebeu isso, ela pronunciou o Nome Inefável e voou para o ar. 

Adão permaneceu em oração diante do seu Criador: 

"Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!". 
Ao mesmo tempo Deus enviou três anjos para trazê-la de volta.

Os três anjos foram insistiram que ela voltasse e ameaçaram afogá-la, porém ela se recusou a voltar, sendo assim condenada por Deus a perder cem filhos por dia. 

Desde então, para proteger os recém-nascidos da influência de Lilith, seria necessário colocar amuletos com o nome dos 3 anjos (Snvi, Snsvi, and Smnglof), lembrando-a de sua promessa.

Eva teria então sido criada a partir de Adão. Como outra interpretação diz que ela (Lilith) juntou-se aos anjos caídos quando se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith tentou a Adão os fazendo cometer adultério. 

Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. 

Ela então passou a perseguir os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar. Outras histórias referem-se a ela como surgida das trevas ou como um demônio do mar e não como igual ao homem.

Infere-se pelos textos e por amuletos medievais que ela era uma superstição comum entre os camponeses. 

Deixar esculturas dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, protegeria os bebês recém-nascidos (uma proteção necessária por 8 dias para homens e 20 dias para mulheres) e impediria que seus maridos fossem seduzidos por Lilith a cometer adultério .

Mitologia Suméria

A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 A.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.C.

Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas.

Mitologia Mesopotâmica

Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia . Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte . Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash ) ela é referida como uma espécie de demônio.

Mitologia Hebraica

A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que vissem Lilith como um símbolo de algo negativo. 

Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiu as lendas vampíricas: Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims. 

Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por uma súcubus, dificilmente um homem saía com vida.

Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com sua vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.

Pensa-se que o Relevo Burney (ver alusões à coruja na reprodução do Relêvo de Burney, nesta página), um relevo sumério, represente Lilith; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e Inanna , deusa suméria da guerra e do prazer sexual .

Mitologia grega

Algumas vezes Lilith é associada com a Deusa grega Hécate , "A mulher escarlate", uma Deusa que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero . Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.

Era contemporânea

Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892 ), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças , causadora de homossexualidade e vampirismo (ver texto gnóstico na seção de links externos). Podendo ser citados também os nomes de Johann Wolfgang von Goethe , John Keats , Robert Browning , Dante Gabriel Rossetti , John Collier , etc…Lilith também é considerda um dos Arquidemônios símbolo da vaidade.

Complemento da Matéria


[hebr.: li·líth].

Criatura que aparece na descrição da completa desolação de Edom e das coisas que habitariam suas ruínas. (Is 34:14) A palavra hebraica tem sido traduzida de forma diversa por “corujas” (PIB), “fantasmas” (ALA), “curiango” (NE, NM) e “espectro noturno” (CBC), ao passo que A Bíblia de Jerusalém prefere simplesmente transliterar o nome como “Lilit”.

Muitos peritos esforçam-se a mostrar que o termo hebraico é uma palavra tomada do antigo sumeriano e acadiano, e que deriva do nome duma mitológica demônia do ar (Lilitu). O Professor G. R. Driver, porém, considera que a palavra hebraica (li·líth) deriva dum radical denotando “toda espécie de movimento de torcedura ou objeto retorcido”, assim como a palavra hebraica lá·yil (ou laí·lah), significando “noite”, sugere “enrolar-se ao redor de ou envolver a terra”. Esta derivação de li·líth, sugere ele, provavelmente indica o curiango (ou noitibó), tanto como ave que se alimenta à noite, como notável pelo seu rápido vôo de contorsão e reviravolta, ao perseguir traças, besouros e outros insetos de vôo noturno. Conforme citado por Driver, o naturalista Tristram descreveu os curiangos como “bem ativos ao anoitecer, quando caçam como o falcão a grande velocidade e dão intricadas reviravoltas ao procurar seu alimento”. — Palestine Exploration Quarterly (Revista Trimestral Sobre a Exploração da Palestina), Londres, 1959, pp. 55, 56.

O curiango tem quase 30 cm de comprimento, com uma envergadura de 50 cm, ou mais; sua plumagem se parece à da coruja, macia e delicadamente salpicada de cinza e marrom. As penas macias das asas permitem um vôo sem ruído. Sua grande boca evidentemente é o motivo de ser também chamado de munge-cabra, uma antiga lenda sustentando que a ave mamava o leite das cabras.

Quanto à probabilidade de a ave ser encontrada na região árida de Edom, sabe-se que certas variedades desta ave habitam lugares incultos. Um noitibó egípcio (Caprimulgus aegyptius) vive quase que exclusivamente no deserto, ocupando bosquetes de acácias e de tamargueiras, buscando seu alimento no crepúsculo. Outro (Caprimulgus nubicus) é encontrado à beira do deserto entre Jericó e o mar Vermelho, portanto, em regiões parecidas à de Edom.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ARÃO - O SACERDOTE






VISÃO GERAL

Arão era irmão de Moisés. Ele foi também o primeiro Sumo - Sacerdote de Israel. No Velho Testamento Arão falou por Moisés, começando no Egito quando este confrontou Faraó. Era assistente de Moisés durante o êxodo dos Israelitas do Egito. Três anos mais velho que Moisés, tinha 83 anos quando ambos confrontaram Faraó pela primeira vez. (Êxodo 7,7). A irmã deles, Miriam (Números 26,59), deve ter sido a filha mais velha. Atuou como mensageira quando o bebê Moisés foi achado pela filha de Faraó. (Êxodo 2,1-9)

VIDA FAMILIAR

Arão e sua esposa, Eliseba, tiveram quatro filhos (Êxodo 6,23). Todos seguiram seus passos, tornando-se sacerdotes em Israel (Levítico 1,5). Dois deles, Nadabe e Abiú, violaram as instruções de Deus. O sacrifício que ofereceram não foi agradável a Deus e em consequência morreram queimados. (Levítico 10,1-5) O sacerdócio então foi passado aos seus dois irmãos, Eleazar e Itamar. Estes também não seguiram fielmente os mandamentos de Deus (Levítico 10,6-20).

Arão foi um personagem importante no Êxodo, em parte porque era irmão de Moisés. Quando Deus escolheu Moisés, tentou evitar que, por causa de um problema na fala, o líder de Israel ficasse numa situação constrangedora. Deus reconheceu em Arão o dom da oratória e disse a Moisés que Arão falaria por ele. Porém, algumas vezes, Arão fez mal uso de suas habilidades de líder, como quando ajudou o povo a construir um ídolo para adoração no deserto enquanto Moisés se demorava no encontro com Deus no Monte Sinai.

ARÃO NO EGITO

No início da vida de Arão, o povo hebreu era escravo no Egito. Moisés tinha sido apresentado como egípcio por uma das filhas de Faraó. Mas ele fugiu para o deserto de Midiã depois de matar um escravo egípcio que espancava um hebreu (Êxodo 2,11-12). Quando Deus chamou Moisés de volta para libertar o seu povo (Êxodo 3-4), chamou também Arão para encontrar Moisés no deserto (Êxodo 4,27). Depois de tantos anos de exílio, Moisés era um estranho para seu povo. Assim, Arão fez contato com os anciãos de Israel por ele. (Êxodo 4,29-31). Quando Moisés e Arão foram encontrar o Faraó, Deus falou ao líder egípcio através dos dois para que libertasse os israelitas (Êxodo 5,1). Ao invés disso, Faraó tornou a vida dos escravos hebreus ainda mais difícil. Entretanto, Deus começou a mostrar o Seu poder para o governante egípcio através de uma série de milagres (Êxodo 5-12). Deus operou os três primeiros milagres através de Arão, usando uma vara (provavelmente um cajado usado pelos pastores de ovelhas). Havia mágicos no palácio de Faraó que faziam truques semelhantes. Depois que Deus mandou sobre todo o Egito a praga das moscas, os encantadores egípcios admitiram a derrota e disseram "Isto é o dedo de Deus!" (Êxodo 8,19) Então Deus mandou mais pragas através de Moisés. A desgraça final foi à morte de todos os primogênitos egípcios. Arão estava com Moisés (Êxodo 12,1-28) quando Deus lhe revelou como redimiria os israelitas que tivessem os lares devidamente identificados. Deus pouparia seus filhos na noite em que as crianças egípcias morressem. Aquele evento era a origem da festa da Páscoa ainda hoje observada pelos judeus. (Êxodo 13,1-16).

LIDERANÇA NO DESERTO

Deus guiou os israelitas em segurança e destruiu os perseguidores egípcios. Arão ajudou Moisés a conduzir o povo na sua longa peregrinação pelo deserto e a viagem para a Terra Prometida (Êxodo 16,1-6). Mais tarde, lutando contra o exército de Amaleque, Arão ajudou a sustentar os braços de Moisés erguidos em oração para manter as bênçãos de Deus (Êxodo 17,8-16). Embora Moisés conduzisse os israelitas, Arão era visto como um importante líder (Êxodo 18,12). Deus o chamou para estar com Moisés quando lhe deu a lei no Monte Sinai (Êxodo 19,24). Arão foi um dos que ratificaram a lei de Deus no Livro da Aliança (Êxodo 24,1-8). Arão subiu com esses líderes em direção ao monte santo. Ele teve a visão do Deus de Israel (Êxodo 24,9-10). Arão e Hur ficaram cuidando do povo enquanto Moisés estava com Deus no alto do monte (Êxodo 24,13-14). Foi aí que os problemas começaram. Moisés esteve ausente por quase um mês. Num momento de fraqueza, Arão cedeu ao apelo do povo por um ídolo para adorar. Ele fundiu algumas peças de ouro para fazer a estátua de um bezerro (Êxodo 32,1-4). Inicialmente, Arão pensou que estava fazendo algo agradável a Deus (Êxodo 32,1-4). Mas perdeu-se o controle da situação e uma festa selvagem e pecaminosa aconteceu em redor do ídolo (Êxodo 32,6). Deus estava irado a ponto de destruir o povo, mas Moisés intercedeu por ele. Ele lembrou a Deus Sua promessa de multiplicar a descendência de Abraão (Êxodo 32,7-14). Moisés estava furioso com a imoralidade e idolatria. Mas Arão lançou a culpa do ocorrido sobre o povo, sem admitir a sua própria culpa (Êxodo 32,21-24). Os idólatras foram punidos com a morte (Êxodo 32,25-28) e toda a terra com uma praga (Êxodo 32,35). Arão não foi punido. Moisés disse que Arão estava em grande perigo, mas foi poupado porque Moisés orou por ele. (Deuteronômio 9,20).

No segundo ano de peregrinação no deserto, Arão ajudou Moisés a realizar um censo para contar o povo (Números 1,1-3,17-18). Mais tarde Arão teve inveja de Moisés por sua posição de liderança. Ele e Miriam, sua irmã, começaram a conspirar contra ele, embora Moisés fosse o homem mais humilde na face da terra (Números 12,1-4). A ira de Deus sobre eles foi aplacada pela oração de Moisés. Miriam sofreu pelo seu pecado (Números 12,5-15). Arão novamente escapou da condenação. Com Moisés, enfrentou uma rebelião em Cades - Barnéia. (Números 14,1-5) e com ele permaneceu numa outra rebelião posterior. (Números 16). Os israelitas quase se revoltaram de novo em Meribá. Deus acusou Moisés e Arão de não terem acreditado na Sua palavra e negou-lhes a entrada na Terra Prometida (Números 20,1-12).


MARCO ANTONIO LANA (TEÓLOGO)