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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O Espírito Santo e o Arrebatamento da Igreja

Introdução

O texto de referência:

1 Tessalonicenses 4:13-16

13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não tem esperança.

14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele.

15 - Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

 

1 - O Espírito Santo na Vida da Igreja

Como já estudamos nas lições anteriores, é o Espírito Santo que reveste de poder, que concede os Dons Espirituais e que produz o fruto do Espírito no cristão.

Todo verdadeiro cristão é Templo do Espírito Santo, isto significa, que ele está conosco sempre, atuando como nosso guia, nos ensinando a verdade da Palavra de Deus, além de tudo isso, é o Espírito Santo que nos prepara para o grande dia do Arrebatamento da Igreja. Precisamos ter um devocional diário com o Senhor para que sejamos cristãos cheios do Espírito Santo, ou seja, para que estejamos sob a influência constante do Espírito Santo.

Nessa Lição enfatizaremos a pessoa do Espírito Santo quanto ao grande dia do Arrebatamento da Igreja, nossa maior esperança!

"Aguardando a Bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt 2.13)

Paulo ressalta dois pontos da vida cristã, que devem ser enfatizados nesta lição: Viver e Aguardar a esperança. Ambos pontos são necessários para nossa santidade cristã.

Enquanto vivemos e aguardamos, temos a expectativa de três grandes benefícios do retorno de Cristo:

(1) A presença pessoal de Cristo. Nós ansiamos para estar com Ele

(2) A redenção de nossa natureza pecaminosa. Nós esperamos o fim da batalha contra o pecado e nossa perfeição com Cristo

(3) A restauração da criação. Nós esperamos o governo total da graça, quando a imagem de Deus estiver nas pessoas de uma forma plena, e quando a ordem criada for restaurada

 

 

1.1 - Evidências de uma igreja que está se preparando para o arrebatamento

A Igreja primitiva ou a Igreja dos tempos apostólicos era uma igreja que estava preparada para o arrebatamento, ela tinha algumas características ao qual a Igreja dessa geração deve seguir o exemplo, a saber:

1) Era um Igreja que buscava revestimento de Poder através da oração

2) Era um Igreja que fazia intercessão incessante (At 12.5)

3) Era uma Igreja que entendia o propósito de Deus e confiava na palavra profética: "Pedro dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias" (At 12.6).  Os cristãos primitivos de modo geral colocavam suas vidas em total dependência do Senhor, sem medo do futuro, tinha a esperança no cumprimento da Palavra do Senhor.

4) Era um Igreja que não se calava frente as perseguições

5) Era um Igreja inconformada com este mundo e seu sistema

6) Era uma Igreja que tinha compromisso com a Palavra de Deus, por isso, seus membros buscavam a santificação diária, dando testemunho de vida

7) Era uma Igreja que perseverava no caminho do Senhor, sempre com vigilância e fidelidade.

8) Era uma Igreja que aguardava ansiosamente o Arrebatamento da Igreja.

 

1.2 - A Igreja cheia do Espírito Santo

Paulo nos exortou a sermos cheios do Espírito Santo, ou seja, nos exortou a viver uma vida cristã em contínua influência do Espírito Santo.

O falar em línguas ou a operação de dons espirituais na vida de uma pessoa não sinaliza que a mesma é cheia do Espírito Santo. A manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22) na vida de uma pessoa é que sinaliza que a mesma realmente vive sobre a influência do Espírito santo:

"Nem todo aquele que diz a mim: 'Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos dirão a mim naquele dia: 'Senhor, Senhor! Não temos nós profetizado em teu nome? E, em teu nome, não realizamos muitos milagres? Então lhes declararei: Nunca os conheci. Afastai-vos da minha presença, vós que praticais o mal" (Mt 7.21-23).

Como já mencionamos Batismo com o Espírito Santo não isenta o cristão a uma busca constante por uma renovação espiritual e estar sempre cheio do Espírito Santo.

 

1.3 - O Espírito Santo protege a Igreja, que vive a expectativa do arrebatamento

Como mencionado anteriormente a Igreja dos Apóstolos vivia na expectativa do arrebatamento. Há mais de dois mil anos, nossos irmãos já esperavam ansiosamente pela volta de Jesus.

Que possamos também, como parte da Igreja desta geração aguardarmos o grande dia do arrebatamento ansiosamente, com grande expectativa e alegria. Não podemos deixar a promessa do arrebatamento feita por Jesus para sua Igreja em posição secundária em nossas vidas, ou pior, eliminá-la na dúvida de seu cumprimento.

Na segunda Epístola de Pedro, no capítulo 3, o apóstolo faz um alerta para a igreja informando que virão pessoas duvidando e escarnecendo da volta de Jesus: "... nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2Pe 3.3-4).

Como vimos, já naquele tempo o Espírito Santo protegia a Igreja quanto a viver a expectativa do arrebatamento. O que seria da Igreja sem a proteção do Espírito Santo? É o Espírito Santo que nos prepara para esse grande dia e usa muitos para anunciar a Sua Palavra.

É o Espírito Santo que leva o cristão a ter duas atitudes importantes ante o dia do arrebatamento:

1 - Santificação

É o Espírito Santo que nos leva a buscar a santificação diária, pois mesmo o cristão ter nascido de novo (regenerado) e ter sido selado pelo Espírito Santo, precisa mortificar o pecado que ainda tenta o dominar devido a natureza caída do velho homem.

2 - Vigilância

Ninguém sabe o dia do arrebatamento da Igreja, portanto, devemos viver em constante vigilância, aguardando com zelo. Na Parábola das Dez virgens, cinco eram prudentes, ouviam a voz do Espírito Santo, e viviam cheias do Espírito Santo, todavia, as outras cinco, foram descritas como loucas por viverem de forma imprudente, ou seja, viviam de qualquer maneira sem produzir fruto do Espírito, não davam créditos a renovação espiritual e o azeite acabou de suas lâmpadas, ou seja, suas vidas não estavam sendo influenciadas pelo Espírito Santo, estavam vazias e sem expectativa da volta de Cristo (Noivo) e o fim delas foi trágico.

Na Antiga Aliança, o sumo sacerdote era encarregado de cada manhã pôr em ordem as lâmpadas, mantendo-as sempre acesas (Êx 30.7,8). Na Nova Aliança, Jesus é o nosso grande sumo sacerdote (Hb 4.14; 6.20; 7.21,25), e quando mantemos íntima comunhão com Ele, o fogo que se acendeu no momento da salvação mantém-se.

 

2 - Espírito Santo: O Consolador Inseparável da Igreja

 2.1 - O Espírito Santo faz a Igreja ser reconhecida por seu amor

Na Igreja dos Apóstolos, os irmãos possuíam Dons Ministeriais, Dons Espirituais, Dons de Serviço e eles produziam o principal de tudo: O Fruto do Espírito. Havia Amor, União, Cuidado fraternal entre os irmãos!

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar" (At 2.42-45).

O Amor é um dos atributos do Espírito. Experimentamos esse amor no momento da salvação, e no Batismo com o Espírito Santo este amor é aumentado (Rm 5.5). Vejamos as manifestações deste amor.

(1) Amamos a Deus (Mc 12.30), amamos a Jesus, o nosso Noivo, que nos aguarda. Clamamos Maranata (1Co 16.22).

(2) Amamos a sua Palavra; seus mandamentos não são pesados (1Jo 5.3). Queremos obedecer a Palavra (1Jo 2.5).

(3) Amamos as almas perdidas e nos empenhamos em ganhá-las para Deus.

Quando Deus é apenas alguém que buscamos porque estamos em aperto; quando encaramos a Palavra de Deus com tédio e, quando não nos preocupamos com a salvação dos perdidos, é tempo de renovação do Espírito.

 

Existem vários ensinamentos dos Apóstolos combatendo o esfriamento do amor e a desesperança quanto a volta de Cristo para buscar sua igreja e quanto a ressurreição dos mortos, por exemplo, Paulo ensinou:

"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não tem esperança [...] Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1Ts 4.13;16.17)

 

2.2 - O Espírito Santo gera esperança aos crentes de um futuro glorioso

Como vimos anteriormente, o Espírito Santo usava e anda usa seus servos para gerar esperança de um futuro glorioso. Sem Esperança, não há vida, pois não há propósitos.

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Co 15.19)

A Esperança que temos vem do Espirito Santo para nossa vida:

"Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito santo." (Rm 15.13)

Fomos gerados de novo para uma viva esperança (1Pe 1.3). O Espírito Santo aviva a nossa esperança (Rm 15.13). Por causa da nossa viva esperança, amamos a sua vinda (2Tm 4.8), e desejamos a sua vinda (Rm 8.23). Se a vinda de Jesus não significa nada para nós, é tempo de alimentar a chama do Espírito, pois nossa lâmpada não está acesa (estamos como as cinco virgens loucas).

 

 

2.3 - É o Espírito Santo que opera a regeneração

"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo (regenerar) não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus " (Jo 3.3-5)

Como lemos acima, Jesus disse que sem a regeneração não podemos ver o reino de Deus, pois é uma ação divina no ser humano, tornando-o participante da natureza divina e incluído na família de Deus.

A Palavra regeneração significa "voltar a criar", é um processo que ocorre no interior de uma pessoa que reconhece Jesus Cristo como Salvador:

"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1Pe 1.23)

Russell Shedd: Regeneração é a operação de Deus "mediante a ressurreição de Cristo" aplicada pelo Espírito Santo.

"Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." (Jo 1.12-13)

John Piper: O Novo nascimento (regeneração) produz no cristão uma vida que antes não existia.

Regeneração ou Novo Nascimento é o ato pelo qual o pecador recebe a vida espiritual através da graça soberana de Deus e obra especial do Espírito Santo, passando a compreender e discernir as coisas espirituais. A regeneração é obra do Espírito Santo no íntimo das pessoas. O Processo é secreto e invisível, embora os resultados sejam evidentes [8]

 

3 - Sem Santificação ninguém verá o Senhor

A orientação é para que deixemos as obras da carne de lado e deixemos que o Espírito Santo produza o seu fruto em nós, influenciando nossa vida por completo e toda maneira de viver: "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos de Espírito" (Ef 5.18).

Como já mencionamos Batismo com o Espírito Santo não isenta o cristão a uma busca constante pela santificação, essa última depende de cada cristão:

"Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2Co 7.1)

A Santificação é posicional e progressiva.

Santificação posicional: É uma obra de santificação que ocorre no momento do novo nascimento, quando aceitamos Jesus como Salvador. O Pecador outrora separado de Deus por causa do pecado, é santificado e habitado pelo Espírito Santo.

Santificação Progressiva: É a obra de santificação do cristão mediante a graça e das decisões após o novo nascimento. É uma busca constante e pessoal no intuito de vencer e lutar contra o mundo, a carne e o diabo.

Se por um lado a Santificação posicional é uma ação exclusiva de Deus na vida de uma pessoa, a Santificação progressiva é uma busca constante de cada um de nós no objetivo de não pecar contra Deus e entristecer o Espírito Santo, pois são ações necessárias para a salvação:

"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14)

Santificar-se é abster-se de pecar pela atuação do Espírito Santo, para servir ao Senhor.


3.1 - A Santificação prepara a Igreja para o arrebatamento

É o Espírito Santo que nos ajuda nesse processo de santificação, nos guiando para nos afastarmos de tudo aquilo que desagrada a Deus.

As lâmpadas das cinco virgens loucas estavam apagadas por falta de azeite, a chama estava apagada, todavia, as lâmpadas das cinco virgens prudentes estavam com a chama acesa.

A Chama do Espírito Santo é Chama do Amor, da esperança, de fé e também chama de santidade.

Quando o fogo do Espírito está em ação, somos levados a buscar a santificação, isto é, a nos afastarmos daquilo que não agrada a Deus (2Co 6.14,15; 7.1), desejando sempre fazer o bem, e procurando nos tornar cada vez mais semelhantes a Jesus. Quando estas coisas estiverem em falta na nossa vida, é tempo de buscarmos o óleo do Espírito

Pr. William Barros: Também somos advertidos a não entristecer o Espírito Santo ao qual fomos selados por Ele para o dia da redenção [Ef 4.3]

 

3.2 - A Noiva deve permanecer pura e imaculada à espera do Noivo

Durante o período de noivado dos tempos bíblicos, o noivo e a noiva ficavam separados até o dia do casamento, existe um simbolismo aqui em relação a Jesus Cristo (Noivo) e a Igreja (Noiva) que também estão separados até o dia do arrebatamento, nesse dia a igreja se unirá com Cristo que deixará de ser Noivo e passará a ser esposo, será uma cerimônia de casamento celebrando e concretizando essa união.

Paulo aos Efésios escreveu:

"Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem de água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef 5.25-27).

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1Ts 4.17).

É bom deixar claro que a cultura dos tempos bíblicos o noivado era diferente do noivado de hoje do povo ocidental, pois não havia uma definição ou distinção entre noivado e casamento, a seriedade do noivado era formalizada da mesma forma que o casamento, havia um contrato a ser obedecido, era uma desonra muito grande quando um noivo ou uma noiva violasse esse contrato. Se o Noivo ou a Noiva tivesse relação sexual com uma outra pessoa, seria acusada de adultério, tal era a seriedade de um noivado. José e Maria estava vivendo este período de noivado, quando Maria ficou grávida pelo Espírito Santo, e quando soube, José ficou sem entender este mistério e pensou em deixar Maria secretamente para não expor Maria à uma desonra pública. Observe que no período de noivado, o noivo era tratado como marido:

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo." (Mateus 1.18-20)

 

3.3 - Será arrebatado o crente que estiver em comunhão com o Espírito Santo

Somente fará parte do arrebatamento o crente que estiver em comunhão com o Senhor, é necessário que o crente busque ter santidade e manter a comunhão através de um devocional diário (leitura da Bíblia e oração).

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