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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Estudo Bíblico de Gênesis 1

Gênesis 1 apresenta Deus como o criador do cosmos. Um estudo bíblico de Gênesis 1 revela que esse capítulo não serve apenas como introdução do próprio livro, mas de toda a Escritura. Através de sua Palavra, Deus criou todas as coisas. É sobre essa doutrina que o restante de toda narrativa bíblica se desenvolve.

 

1- O início da criação (Gênesis 1:1-2)

O escritor de Gênesis abre seu livro dizendo: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). Esta é a primeira frase da Bíblia Sagrada, e não poderia ser mais apropriada. Qualquer pessoa que desejar saber quem é Deus encontra uma reposta clara e direta já na primeira frase da Escritura: Deus é o criador do universo!

Ao dizer “no princípio criou Deus”, o texto bíblico também declara a eternidade de Deus. Quando Deus iniciou a obra da criação nem mesmo o tempo existia, por isso o autor bíblico se limita a dizer “no princípio”. Nesse princípio somente Deus existia, ou seja, somente Ele é eterno. Ele é de eternidade em eternidade (cf. Salmo 90:2  - ‘Antes que os montes nascessem, antes que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus’.).

O texto também destaca a imensidão da majestade do Criador. O substantivo masculino “Deus” traduz o hebraico Elohim. Essa palavra hebraica é uma das mais utilizadas no Antigo Testamento para se referir a Deus, e consiste numa forma plural que indica intensidade e plenitude. 

Gênesis 1 começa mostrando que num primeiro momento a terra era sem forma e vazia. Isso significa que nesse estágio a terra, bem como o próprio universo organizado, era inabitável. Então o texto diz que o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Isso significa que o Espírito de Deus foi quem trouxe ordem ao caos e transformou a terra em um lugar apropriado para receber vida. A Bíblia diz claramente que a criação foi obra do Deus Trino (Gênesis 1:2,26; Salmos 33:6,9; 148:5; João 1:1-3; Colossenses 1:15-17; Hebreus 1:2; 11:3).

 

2- Os dias da criação em Gênesis 1

Gênesis diz que Deus criou o mundo num total de seis dias e no sétimo descansou. Existe muita discussão acerca da natureza desses dias. Alguns pensam que os dias são simbólicos e representam eras. Outros pensam que os dias da criação foram literais. Há ainda aqueles que defendem que Gênesis 1 trata-se simplesmente de um mito que no fim transmite a moral de que existe um Criador.

Obviamente a última interpretação afronta a Escritura. Se entendermos que os primeiros capítulos de Gênesis são simplesmente folclóricos, não restará nenhuma base onde repousará as doutrinas da criação, do pecado e da redenção.

A interpretação que diz que os dias de Gênesis 1 são simbólicos também enfrenta problemas. Se reconhecermos que Gênesis 1 é uma narrativa histórica, não haverá outra possibilidade a não ser interpretar o texto como de fato ele é.

 

3- A sequência da criação (Gênesis 1:3-33)

Gênesis 1 apresenta a sequência da ordem dos atos criativos de Deus em duas tríades de dias. Na primeira tríade Deus iniciou a criação e deu sua forma inicial básica. Ao dizer que no princípio Deus criou os céus e a terra, o escritor de Gênesis se refere ao universo organizado, o cosmos (cf. Gênesis 2:1-4; Deuteronômio 3:24; Isaías 65:17; Jeremias 23:24). Então Deus fez a separação da luz e das trevas e preparou a terra para abrigar vida, começando pela vegetação (dias 1, 2 e 3). Na segunda tríade Deus estabeleceu os luminares e povoou o habitat que estava pronto com peixes, aves, animais e seres humanos (dias 4, 5 e 6).

Embora Gênesis 1 não relate explicitamente, em algum momento dentro desse processo criativo os seres celestiais foram criados. A Bíblia não fornece detalhes acerca disto, apenas informa que Deus criou os seres angélicos (cf. Salmo 148:1-5; Neemias 9:6; Colossenses 1:16).

É interessante notar que em Gênesis 1 cada dia criativo segue um padrão. O autor bíblico inicia cada dia da criação com a seguinte declaração: “Disse Deus […]”. Com isso ele enfatiza ainda que Deus criou todas as coisas por meio de sua Palavra. Na sequência o escritor mostra cada uma das ordens de Deus: “Haja […]”. Depois o escritor mostra o resultado da ordem divina: “E assim se fez […]”; e revela o contentamento do Criador: “E viu Deus que isso era bom”.

 

4- Dinossauros na Bíblia – Leviatã e Beemote


Primeiramente, saiba que a palavra “dinossauro” só passou a existir a partir do século XIX, mais precisamente em 1841, com o paleontólogo britânico Richard Owen. Logo, não espere encontrar essa palavra na Bíblia, pois esta foi escrita muito tempo antes dos fósseis de dinossauros serem encontrados. Mas, se eles realmente existiram, então a Bíblia deve ter falado deles usando outra palavra, não?

Sim, a Bíblia fala sobre os dinossauros, porém referindo-se a eles como “Leviatã” e “Beemote”.

dinossauros

A primeira referência a dinossauros está em Gênesis 1:21: “Deus criou as grandes baleias”. A palavra hebraica para baleias é tanniym, que significa monstro. Esta palavra surge mais de 20 vezes em toda a Bíblia.

Pelo relato da criação, percebe-se que os dinossauros aquáticos (também conhecidos como plesiossauros) foram criados no quinto dia (Gênesis 1:21) e os dinossauros terrestres, no sexto dia da Criação (Gênesis 1:24).


Leviatã

Isaías 27:1: “Naquele dia, o Senhor com sua espada severa, longa e forte, castigará o Leviatã, serpente veloz, o Leviatã, serpente tortuosa; matará no mar a serpente aquática”. Este tipo de dragão marinho é chamado Leviatã.

Em algumas versões das Escrituras, a palavra “Leviatã” é traduzida como crocodilo. Porém, ao analisarmos a descrição bíblica do animal, percebemos que não se trata de um simples crocodilo, mas de um dinossauro. Veja:

“Acha que ele [o Leviatã] vai fazer acordo com você, para que você o tenha como escravo pelo resto da vida? Acaso você consegue fazer dele um bichinho de estimação, como se ele fosse um passarinho, ou pôr-lhe uma coleira para as suas filhas? Poderão os negociantes vendê-lo? Ou reparti-lo entre os comerciantes? Você consegue encher de arpões o seu couro, e de lanças de pesca a sua cabeça? Se puser a mão nele, a luta ficará em sua memória, e nunca mais você tornará a fazê-lo. Esperar vencê-lo é ilusão; só vê-lo já é assustador. Ninguém é suficientemente corajoso para despertá-lo. […] Não deixarei de falar de seus membros, de sua força e de seu porte gracioso. Quem consegue arrancar sua capa externa? Quem se aproximaria dele com uma rédea? Quem ousa abrir as portas de sua boca, cercada com seus dentes temíveis? Suas costas possuem fileiras de escudos firmemente unidos; cada um está tão junto do outro que nem o ar passa entre eles; estão tão interligados, que é impossível separá-los. Seu forte sopro atira lampejos de luz; seus olhos são como os raios da alvorada. Tições saem da sua boca; fagulhas de fogo estalam. Das suas narinas sai fumaça como de panela fervente sobre fogueira de juncos. Seu sopro faz o carvão pegar fogo, e da sua boca saltam chamas. Tanta força reside em seu pescoço que o terror vai adiante dele. As dobras da sua carne são fortemente unidas; são tão firmes que não se movem. Seu peito é duro como pedra, rijo como a pedra inferior do moinho.” – Jó 41:4-24

A passagem bíblica de Salmo 104:26 chega mesmo a quase comparar o leviatã a um navio, pois diz: “Nele passam os navios, e também o Leviatã, que formaste para com ele brincar”. O Leviatã é descrito como um animal temido, de pele tão espessa que nem espada ou pedra o afugentava e que cuspia fogo. Nem se compara a um simples crocodilo! Trata-se claramente de um dinossauro marinho, provavelmente um Kronossauro, um Hadrossauro ou um Plesiossauro, pois estes possuíam uma estrutura craniana com órgãos em forma de bexigas e câmaras, provavelmente usadas para armazenar substâncias químicas e lançar substâncias inflamáveis (ou seja, eles cuspiam fogo, assim como o Leviatã).

Curiosamente, lemos no verso 9 de Jó 41: “eis que a sua esperança falhará”, uma clara e evidente referência à sua extinção.


Beemote

“Veja o Beemote que criei quando criei você e que come de capim como o boi. Que força ele tem em seus lombos! Que poder nos músculos do seu ventre! A cauda dele balança como o cedro; os nervos de suas coxas são firmemente entrelaçados. Seus ossos são canos de bronze, seus membros são varas de ferro. Ele ocupa o primeiro lugar entre as obras de Deus. No entanto, o seu Criador pode chegar a ele com sua espada. Os montes lhe oferecem os seus produtos, e todos os animais selvagens brincam por perto. Sob os lotos se deita, oculto entre os juncos do brejo. Os lotos o escondem à sua sombra; os salgueiros junto ao regato o cercam. Quando o rio se enfurece, ele não se abala; mesmo que o Jordão encrespe as ondas contra a sua boca, ele se mantém calmo. Poderá alguém capturá-lo pelos olhos, ou prendê-lo em armadilha e enganchá-lo pelo nariz?” – Jó 40:15-24

Algumas versões traduzem “Beemote” como hipopótamo ou elefante, mas o animal aí referido não possui características nem de hipopótamo nem de elefante. A descrição bíblica indica que o animal possuía uma cauda grande e potente, pois é comparada com o cedro – árvore alta, forte e resistente. Ora, hipopótamos ou elefantes não possuem uma cauda como esta, descrita no v. 17. A declaração é que tal animal se alimentava em lugares altos, diferente do hipopótamo e do elefante. Juntamente com o v. 23 concluímos que se trata de um animal muito grande e pesado, pois não se alarmava com enchentes, mesmo de um rio como o Jordão, com um considerável volume de águas.

Além disso, o hipopótamo não é encontrado na região geográfica que descreve esse acontecimento bíblico. As particularidades deste animal apresentadas nesses versos são as de um dinossauro herbívoro, provavelmente um braquiossauro, que media aproximadamente 25 metros de comprimento, 15 metros de altura e pesava cerca de 90 toneladas.


  • Mas esses animais não viveram há milhões de anos?

Muitos fósseis de grandes répteis “pré-históricos” contêm Carbono 14 detectável, algo que não deveria ocorrer se ele tivessem milhões de anos. O C14 só poderia durar cerca de poucos milhares de anos, e não milhões de anos. O C14 faz com que esses animais “pré-históricos” estejam mais próximos de nós na história. Além do C14, tecidos moles com aparência de fresco e não mineralizados estão sendo constantemente encontrados em fosseis; algo assim não poderia durar muito mais do que 3 a 5 mil anos. Também podemos contar com relatos históricos e literários (heródoto, Marco Polo, Beowulf, etc.), pinturas rupestres variadas (Utah, Queensland, etc.) e artefatos de diferentes culturas (Inca, China, Uruk, etc.) que descrevem criaturas extremamente semelhantes aos dinossauros e outros répteis “pré-históricos” vivendo em contato com o ser humano.

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