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sábado, 1 de janeiro de 2022

Será que a Bíblia está de acordo com a ciência?

  Planetas, estrelas, flocos de neve e folhas — coisas naturais que cientistas estudam

 

Sim. Embora a Bíblia não seja um livro científico, ela é exata quando fala de assuntos de ciência. Veja alguns exemplos que mostram que a ciência e a Bíblia estão de acordo e que a Bíblia contém fatos científicos bem diferentes das crenças de muitas pessoas que viviam na época em que ela foi escrita. 

 

  • O Universo teve um começo. (Gênesis 1:1) Em contraste com isso, muitos mitos antigos dizem que o Universo não foi criado, mas que foi organizado de um caos já existente. Os babilônios acreditavam que o Universo havia nascido de deuses que vieram de dois oceanos. Outras lendas dizem que o Universo veio de um ovo gigante.
  •  O Universo é governado diariamente por leis naturais coerentes e não por caprichos dos deuses. (Jó 38:33; Jeremias 33:25) Mitos do mundo inteiro ensinam que os humanos são apenas vítimas das ações imprevisíveis e, algumas vezes, cruéis dos deuses.
  •  A Terra está suspensa no espaço vazio. (Jó 26:7) Muitos povos antigos acreditavam que o mundo era como um disco achatado apoiado em um gigante ou em um animal, como um búfalo ou uma tartaruga. 
  • A água evapora de oceanos ou outras fontes e cai no solo em forma de chuva, neve ou granizo, alimentando os rios e nascentes. (Jó 36:27-28; Eclesiastes 1:7; Isaías 55:10; Amós 9:6) Os gregos antigos acreditavam que era a água de oceanos subterrâneos que alimentava os rios. No século 18 ainda se acreditava nisso. 
  • As montanhas aumentam e diminuem de tamanho. As que existem hoje já estiveram sob o oceano no passado. (Salmo 104:6, 8) Por outro lado, vários mitos dizem que os deuses criaram as montanhas já no seu tamanho atual. 
  • Práticas higiênicas protegem a saúde. A Lei dada à nação de Israel incluía regulamentos sobre se lavar depois de tocar num cadáver, isolar pessoas com doenças infecciosas e eliminar fezes humanas de forma segura. (Levítico 11:28; 13:1-5; Deuteronômio 23:13) Por outro lado, na época em que esses regulamentos foram dados aos israelitas, os egípcios tratavam as feridas abertas com uma mistura que continha excremento humano.

 

Será que existem erros científicos na Bíblia?

 

Uma análise imparcial da Bíblia mostra que a resposta a essa pergunta é não. Veja alguns conceitos errados que muitos têm sobre a exatidão científica da Bíblia:

 

Mito: A Bíblia diz que o Universo foi criado em seis dias de 24 horas.

Fato: De acordo com a Bíblia, Deus criou o Universo em um tempo indefinido do passado. (Gênesis 1:1) Além disso, os dias criativos descritos no capítulo 1 de Gênesis representam épocas de duração não especificada. Na realidade, a Bíblia também se refere ao período inteiro em que a Terra e o céu foram criados como um “dia”. — Gênesis 2:4

 

TEORIA DO INTERVALO

Eu realmente creio que exista um intervalo de tempo não conhecido entre os versículos 1 e 2 de Gênesis. "NO princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo".Gn 1,1-2. O versículo 1 é a criação original. Entre o versículo 1 de Gênesis e o 2 você pode imaginar zilhões de anos atuais e não temos ideia do que aconteceu nesse período. Qualquer descrição desse período, como ideias de uma terra governada por Satanás, como creem alguns, é pura especulação.

Provavelmente foi nesse intervalo que ocorreu a queda de Lúcifer e seus anjos, o que acabou transformando a criação original de Deus em um verdadeiro caos. Daí "sem forma e vazia", "trevas" e "abismo", coisas estranhas à Criação, já que "Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas". 1Jo 1,5. Considerando que antes das coisas virem à existência só existia Deus, fica fácil concluir que não havia trevas.

Além disso há outra referência de que Deus não teria criado a terra "vazia" em Isaías 45,18: "Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada".

Algumas referências a Lúcifer e aos anjos de um modo geral existentes na Bíblia apontam para uma época anterior ao estado caótico e às etapas de criação, que poderíamos chamar de restauração da criação, descritas a partir de Gênesis 4.

A artigo que sugeriu supõe muitas coisas que não encontramos na Bíblia, portanto não posso concordar com o autor quanto aos detalhes, embora concorde quanto ao fato do intervalo de tempo não conhecido entre os dois versículos. Neste sentido a criação em 6 dias descrita nos versículos seguintes de Gênesis não é uma criação original, mas uma restauração do planeta Terra.  


Mito: A Bíblia diz que a vegetação foi criada antes do Sol e, por isso, não poderia haver o processo da fotossíntese. — Gênesis 1,11.16.

Fato: A Bíblia mostra que o Sol, uma das estrelas que compõem “os céus”, foi criado antes da vegetação. (Gênesis 1:1) Durante o primeiro “dia”, ou época, da criação, apenas uma luz difusa do Sol atingia a superfície da Terra. Mas, no terceiro “dia” criativo, a atmosfera já permitia que entrasse luz forte o suficiente para sustentar o processo da fotossíntese. (Gênesis 1:3-5, 12, 13) Foi só mais tarde que o Sol pôde ser nitidamente visto da superfície da Terra. — Gênesis 1:16

 

Mito: A Bíblia diz que o Sol gira em torno da Terra.

Fato: Eclesiastes 1:5 diz: “E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, de onde nasceu.” (Almeida, revista e corrigida) Essa declaração apenas descreve o movimento que o Sol parece fazer do ponto de vista de quem está na Terra. Mesmo hoje as pessoas usam expressões como “nascer do sol” e “pôr do sol”, mas sabem que é a Terra que gira em torno do Sol.

 

Mito: A Bíblia diz que a Terra é plana.

Fato: A Bíblia usa a expressão “extremidade da terra” para significar “até à parte mais distante da terra”. Isso não sugere que a Terra seja plana ou que tenha beiradas. (Atos 1:8; nota) Da mesma forma, a expressão “as quatro extremidades da terra” é uma figura de linguagem que se refere à superfície inteira da Terra. As pessoas também usam atualmente os quatro pontos cardeais como uma metáfora similar. — Isaías 11:12; Lucas 13:29.

 

Mito: A Bíblia diz que a circunferência de um círculo é o seu diâmetro multiplicado por 3 (número inteiro), mas o certo é o diâmetro multiplicado por pi (π), ou aproximadamente 3,1416.

Fato: As medidas do “mar de fundição” dadas em 1 Reis 7:23 e 2 Crônicas 4:2 indicam que essa bacia tinha o diâmetro de 10 côvados e ‘requeria um cordel de 30 côvados para circundá-lo em toda a volta’. Essas dimensões podem ter sido apenas algarismos arredondados para um número inteiro mais próximo. Também é possível que o texto estivesse se referindo à circunferência interna (sem incluir a borda) e ao diâmetro externo (incluindo a borda) da bacia.

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