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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Por que Deus mandou fazer a serpente de bronze se não pode fazer imagens?

Por que Deus mandou fazer a imagem da serpente de bronze?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(1) É bem verdade que Deus proíbe fazer imagens com certos objetivos, mas claro, não todo tipo de imagens. É proibido fazer imagens para servirem como ídolos, usadas para serem cultuadas e adoradas:

 

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto…” (Êxodo 20:4-5).

 

Essa proibição fazia todos sentido, já que o povo de Israel viveu no Egito por mais de 400 anos em meio à idolatria e estava indo para a terra de Canaã, terra também de povos idólatras.

 

Deus tem em vista aqui que o povo não absorvesse esses costumes religiosos de idolatria daquelas nações.

 

Qual foi o objetivo da construção da imagem da serpente de bronze?

 

(2) Temos também o próprio Deus mandando em algumas ocasiões que fossem construídas imagens; por exemplo, os querubins colocados na tampa da arca da aliança (Êxodo 25:18-19).

 

Em outra ocasião, a que você citou na sua pergunta, Deus manda para o meio do povo serpentes que os picavam como punição.

 

Porém, todo que olhasse para a serpente de bronze erguida numa haste seria salvo de morrer pela picadura da serpente:

 

“Disse o SENHOR a Moisés: Faz uma serpente abrasadora, põe-a sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava” (Números 21:8-9).

 

(3) Observe, porém, que essa serpente de bronze não deveria ser adorada, não deveriam orar a ela e nem fazer qualquer ritual diante dela, mas unicamente olhar para ela, o que aponta para a intenção de Deus de mostrar que a fé deveria estar no coração da pessoa, que deveria crer que Deus proveria a cura da mordedura da serpente apenas olhando para aquela imagem.

 

Tanto isso é verdade, que essa serpente de Bronze, centenas de anos mais tarde, foi transformada em um ídolo e ganhou até um nome! E isso foi condenado nas escrituras:

 

“Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã” (2 Reis 18:4).

 

(4) Tudo isso demonstra que usar imagens com objetivo de culto, fazer qualquer ritual diante delas, fazer pedidos a elas, agradecer a elas por graças alcançadas, prestar qualquer tipo de louvor, se dobrar diante delas, aponta para uma quebra dos mandamentos do Senhor.

 

Deus, em nenhum lugar das escrituras, mandou fazer imagens com objetivo de serem usadas como objeto de culto, pelo contrário, condenou quando isso era feito pelo Seu povo e pelos outros povos!

 

(5) Por fim, o Senhor Jesus relacionou essa serpente de Bronze a Sua obra de salvação. Vejamos:

 

“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (João 3:14-15).

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Deus escolhe uma pessoa certa para cada pessoa casar?

(1) A primeira consideração que desejo fazer tem a ver com a soberania de Deus e Sua onisciência. Isso significa que a Bíblia afirma que Deus tem todo poder e que sabe de todas as coisas. Então, os nossos dias (e ações) estão diante dos olhos Dele totalmente descobertos.

 

Nossas escolhas não O surpreendem de forma alguma. Mas isso significa, então, que Ele escolhe uma pessoa certa para cada um casar? Não necessariamente. Explicarei porquê.

 

(2) Em primeiro lugar sabemos que não existe uma quantidade igual de homens e mulheres no mundo, o que indica que não existe, por exemplo, uma mulher para cada homem casar e vice-versa.

 

Ou seja, existe uma quantidade limitada de pessoas que irão se casar. Outros ficarão solteiros. Outros darão vazão ao seu pecado e desejarão se unir a pessoas do mesmo sexo.

 

Outros, ainda, também dando vazão ao pecado, irão ter vários parceiros. Considerando tudo isso, verificamos que não existe um “alguém” para cada pessoa do mundo.

 

Matematicamente isso fica bem claro. Mas como alguém acha uma pessoa para casar, então? Deus não dirige essa área de nossas vidas?

 

(3) Deus dirige todas as coisas, porém, existem coisas que Deus quer dirigir através de orientações de nossas escolhas. Por exemplo, quando Abraão quis buscar uma esposa para Isaque, ele orientou o servo incumbido da missão: “mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho” (Gênesis 24:4). 

 

Existiam muitas moças ali que poderiam se casar com Isaque, mas por que nenhuma delas serviu? Simples: porque existiam qualidades em que a moça deveria se enquadrar.

 

Nesse caso, ser da mesma parentela significava servir ao mesmo Deus, significava não se misturar com povos idólatras, o que traria problemas grandes ao casamento. Essas eram qualidades que Abraão queria que a esposa de seu filho tivesse.

 

Quando Esaú, irmão de Jacó, tomou mulheres de povos pagãos para provocar os pais, veja o que causou para a família: “Ambas se tornaram amargura de espírito para Isaque e para Rebeca” (Gênesis 26:35).

 

Ao mesmo tempo, observamos que Abraão e o servo criam que Deus estaria ajudando nessa missão, guiando essa jornada (Gênesis 24:27). Temos, então, um tipo de cooperação em foco aqui!

 

(4) Tudo isso nos leva a pensar que Deus nos deu em Sua Palavra elementos que nos ajudam a escolher uma pessoa para formar uma família.

 

São qualidades que devemos observar. Entre multidões de pessoas com as quais cruzamos todos os dias, aquele que deseja namorar e casar, deverá observar as melhores qualidades e também trazer em si as boas qualidades para oferecer ao outro. Isso irá gerar famílias boas e fortes (não perfeitas).

 

Ao mesmo tempo, deve-se confiar que o Senhor ajudará o servo fiel a encontrar essa pessoa. Penso que seja uma ação de cooperação mútua! Alguns, por exemplo, ignoram as qualidades que Deus propõe que haja em um parceiro e não fazem as melhores escolhas!

 

Outros, até buscam certas qualidades, mas excluem Deus dessa jornada. Em ambos os casos a escolha tem grandes chances de ser prejudicada!

 

(5) Por isso, cabe a cada um analisar a pessoa pela qual tem interesse (fazer a sua parte). Se ela obedecer aos bons critérios que encontramos na palavra de Deus, certamente será um bom parceiro.

Caso contrário, terá um casamento difícil e complexo. Mas quais seriam esses bons critérios?

 

(6) Por fim, como alguém já casado há um bom tempo, posso dizer que algo muito positivo (e importante) é participar Deus da sua escolha, da sua busca, através da oração, através da análise sincera sobre que tipo de pessoa você busca para sua vida.

 

Creio que apesar de vermos que Deus não fez de forma exata uma pessoa para cada um se casar, Deus nos indica entre os melhores de Seus servos pessoas que nos farão bem.

 

Ele certamente trabalha em nosso favor nessa área, não está alheio, mas atuante para nos ajudar a fazer as melhores escolhas nesta que é uma das áreas principais da vida de uma pessoa.

O coração do sábio se inclina para direita e do tolo para esquerda. O que significa?

(1) O texto de Eclesiastes 10:2 na tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, diz: “O coração do sábio se inclina para o lado direito, mas o do estulto, para o da esquerda”.

 

A primeira coisa a ser observada é que os conceitos políticos de “direita” e “esquerda” que temos atualmente sequer se pensavam na época em que o verso foi escrito.

 

Salomão era rei, portanto, vivia debaixo de uma monarquia, que era o regime mais comum dos povos dessa época. Na monarquia o poder supremo está nas mãos do rei, portanto, conceitos políticos de direita e esquerda sequer passavam pela mente de um rei.

 

O que significava direita e esquerda na Bíblia?

 

(2) Na Bíblia direita e esquerda passam muito longe do atual significado dos termos (mais dentro do campo político). Na Bíblia, a direita, ou o lado direito, era considerado o mais hábil, isso porque sabe-se que a maioria da população é destra e não canhota. Por isso, essa figura era bem compreendida.

 

A mão direita (ou o lado direito do corpo) da maioria das pessoas tinha mais habilidade que a esquerda, por exemplo. Consequentemente, o lado esquerdo era mais desajeitado.

 

Essa simples observação natural cria essa figura de linguagem comparativa entre a direita (lado direito) ser “melhor” que a esquerda (lado esquerdo). 

 

(3) Além disso, o lado direito também era usado como figura de honra, prestígio e poder. Veja: “Filhas de reis se encontram entre as tuas damas de honra; à tua direita está a rainha adornada de ouro finíssimo de Ofir” (Salmos 45:9).

 

(4) Outro conceito interessante é o de desvio. Direita e esquerda pode também significar desviar-se do caminho correto. Nesse caso a pessoa é incentivada a não ir nem para a esquerda, nem para a direita: “Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal” (Provérbios 4:27).

 

Esses eram basicamente os conceitos usados para direita e esquerda na época de Salomão. Mas ainda falta analisarmos o que Salomão quis demonstrar em Eclesiastes 10:2.

 

O que significava direita e esquerda em Eclesiastes 10:2?

 

(4) O que temos ali é uma comparação no estilo de “uma coisa” versus “outra”. A comparação de Salomão é de como age um coração bom e um coração mau (tendo em mente a explicação sobre direita e esquerda que mencionei no ponto 2).

 

Eu gosto muito de como a NVT (Nova Versão Transformadora) traduz esse trecho, pois capta o sentido real do ensino: “O sábio escolhe o caminho certo, mas o tolo toma o rumo errado.” (Eclesiastes 10:2 – NVT).

 

Aqui temos o real significado da expressão: uma comparação de como age o coração do sábio e o coração do tolo no que diz respeito a sua inclinação de fazer o mal ou o bem. Ou seja, nada a ver com posições políticas!

 

(5) Dessa forma, essa montagem que circula na internet ou é uma espécie de brincadeira irônica de provocação entre “direita e esquerda” ou é uma manipulação de alguém buscando ensinar o que a Bíblia não ensina, pois tira o texto de seu contexto e insinua algo que o texto não diz originalmente.

 

Por isso, como servos de Deus, tomemos cuidado com o apoio que damos a produções como essa.

Por que a Bíblia diz que o justo não vai mendigar o pão se isso acontece no nosso mundo?

O justo nunca irá mendigar o pão?

 

(1) A primeira coisa a ser observada é que o Salmos 37 nos traz uma reflexão de sabedoria, fazendo contrastes entre ímpios e justos, mostrando que apesar de muitas vezes os ímpios serem prósperos financeiramente, sua riqueza não é eterna, enquanto que o justo desfruta da bênção eterna de Deus, ainda que não seja rico materialmente nesta terra.

 

Em meio a essas reflexões, Davi diz: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Salmos 37:25). 

 

Quem lê esse verso sem o devido cuidado, questiona: como isso é possível, sendo que milhares de crianças já morreram de fome nesse mundo? Ou: eu conheço pessoas justas que têm passado muita necessidade na vida!

 

(2) Para compreender a fala do rei Davi, a primeira coisa é entender cada trecho do verso. Vamos fazer isso agora:

 

(i) Fui moço e já, agora, sou velho 

 

De cara observamos que Davi está falando aqui do ponto de vista de sua observação pessoal, de seu tempo de vida. Ou seja, temos aqui uma observação pessoal e não uma regra de Deus sem exceções. 

 

Sabemos que no Antigo Testamento existiam as “bênção da obediência” e os “castigos da desobediência” (Leia Deuteronômio 28)

 

Davi está vivendo um momento de um retorno de Israel à obediência ao Senhor, Isso trazia bênçãos de toda sorte, além, é claro, de uma consciência de que quem tinha alguma posse deveria ajudar o pobre, conforme ensinava a lei (Deuteronômio 15:11).

 

(i) Jamais vi o justo desamparado

 

Davi viveu essa realidade em seu tempo de vida. Isso não significa que o justo nunca terá adversidades em sua vida. Nessa vida é possível passarmos necessidades por “n” motivos, porém, a realidade desse trecho vai muito além dessa vida.

 

Mesmo passando por adversidades o justo tem herança garantida na presença de Deus: “Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra” (Salmos 37:9). 

 

Isso significa que o justo NUNCA é desamparado pelo Senhor de forma final e definitiva!

 

(iii) Nem a sua descendência a mendigar o pão

 

Davi teve o privilégio de presenciar um tempo de grande prosperidade e retorno do povo à obediência, o que trazia bênçãos não só àquela geração, mas também aos descendentes que também seguissem nesse caminho.

 

Observe que ele complementa, dizendo: “É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção” (Salmos 37:26). 

 

Os descendentes que presenciam e aprendem as boas práticas da lei do Senhor (vista na vida de seus pais) têm ações diferentes com relação a importância de serem bênção ao próximo (principalmente aos necessitados).

Tudo isso gera uma sociedade mais justa. Davi destaca essa bênção que ele pode viver nos anos de sua vida!

 

(3) Davi, então, presenciou toda essa bênção! De fato, quem dera também tivéssemos em todas as sociedades, em todos os povos, um coração voltado ao Senhor!

 

Certamente o mundo seria mais justo e haveríamos de presenciar, assim como Davi, os princípios da Palavra de Deus sendo vividos de fato e de verdade! Mas infelizmente não é assim.

 

A sociedade desvirtuada gera angústias na vida do justo. Veja como Paulo descreveu um tempo de sua vida: “Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez” (Filipenses 4:12).

 

(4) Por isso, o Salmos que Davi escreveu não são uma regra geral de que nenhum justo irá passar necessidade ou que nunca ficará desamparado em termos materiais nessa terra!

 

Isso poderá ocorrer, porém, observamos que essa não é uma condição definitiva, pois o Senhor socorrerá o justo e de forma definitiva o abençoará com bênçãos que são superiores a bênçãos temporais nesta terra!

 

Mas, de fato, se as pessoas se voltarem ao Senhor de todo o coração, é possível viver essa realidade que Davi presenciou!

 

Veja como a igreja primitiva a vivia: “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes…” (Atos 4:34).

Como alguém pode tornar-se um pastor?

Os discípulos de Jesus frequentemente discutiam sobre quem seria o maior no reino. Muitas vezes Jesus ensinou-lhes que o povo do seu reino não está em busca de posição, "status" e honra. Ele ensinou que o maior é aquele que se humilha (note Mateus 18:1-4; 20:20-28; Marcos 9:33-37; João 13:1-20). Jesus advertiu contra o uso de títulos especiais e o desejo de lugares especiais (Mateus 23:5-12). Não há hierarquia entre os verdadeiros filhos de Deus, mas simplesmente várias maneiras de servir.

 

No Novo Testamento, homens eram indicados como pastores em cada igreja, depois que ela tivesse tido tempo suficiente para desenvolver homens que satisfizessem as qualificações (Atos 14:23; Tito 1:5-9; 1 Timóteo 3:1-7). Esses homens eram também chamados bispos e anciãos. Nenhuma destas palavras era para ser título para elevar esses homens a uma posição de glória especial, mas simplesmente para descrever o trabalho que lhes competia. Pastores têm que cuidar do crescimento e desenvolvimento espiritual do rebanho do Senhor (observe Atos 20:28; 1 Pedro 5:2-3). Em 1 Pedro 5, a advertência é feita sobre o perigo de pastores se tornarem ditadores sobre o rebanho. Deus não queria que as igrejas imitassem as pirâmides da organização das empresas e dos governos (Marcos 10:35-45).

 

As qualificações para os pastores dadas na Bíblia (Tito 1:5-7; 1 Timóteo 3:1-7) mostram que eles têm que ser casados e ter filhos que servem ao Senhor. Eles têm que ser homens espirituais, devotos, honestos, que conhecem e podem ensinar a palavra de Deus. É interessante notar que entre essas qualificações do pastor não há menção a preparação em seminários, habilidade para negócios ou ordenação por alguma organização religiosa. Em vez disso, estas exigências pedem homens humildes, justos, que possam guiar outros cristãos a crescerem para serem mais como Cristo.

 

Mesmo quando homens qualificados de acordo com as Escrituras são escolhidos e servem bem como pastores, temos que nos lembrar de dar a Deus o crédito pelo crescimento (1 Coríntios 3:4-8). Pastores são simplesmente servos.

Qual é o significado de galardão? O que é o galardão do cristão?

Galardão significa recompensa. A Bíblia fala sobre recompensas para cada pessoa, de acordo com o que fez. Mas esse tipo de galardão é diferente da salvação, que é pela fé, não é merecida por obras.

 

A Bíblia diz que Deus retribui a cada um de acordo com o que fez (Romanos 2:6-8). Para os que rejeitam os caminhos de Deus, haverá castigo eterno, mas para os que creem em Jesus, haverá o galardão da vida eterna. Todos merecemos condenação por nossos pecados mas Jesus veio para nos salvar. Agora, para receber a recompensa da salvação, basta crer em Jesus!

 

A vida eterna é um galardão que Deus dá por sua bondade, não por trabalharmos mais ou menos para ele (Efésios 2:8-9). Jesus mostrou que a recompensa da vida eterna é igual para todos, quer trabalhem muito, quer pouco, na parábola dos trabalhadores da vinha. Nessa parábola, cada pessoa trabalhou horas diferente mas todos receberam o mesmo salário (Mateus 20:13-15). Isso é porque ninguém merece a salvação, é Deus que dá de graça.

 

O galardão individual do cristão na Bíblia

 

A Bíblia diz que Deus dá galardões especiais a quem faz certas coisas. Por exemplo, há uma recompensa preparada para quem ajudar um seguidor de Jesus (Mateus 10:40-42). Mas a Bíblia não diz se esses galardões serão recebidos no Céu ou ainda em vida.

 

Algumas passagens da Bíblia parecem indicar que no Céu cada crente receberá um galardão de acordo com as obras de sua vida. Esse galardão não é a vida eterna mas possivelmente uma recompensa extra (1 Coríntios 3:12-15).

 

Isso não significa necessariamente que haverá “níveis” de cristãos no Céu, uns mais abençoados que outros. Provavelmente significa que Deus vai dar presentes individualizados a cada pessoa, de acordo com o caráter e a personalidade de cada um. Em vez de nos preocupar com merecer uma posição “melhor” no Céu, devemos nos preocupar em dar nosso melhor para Deus nos aproximarmos mais dele, confiando que Ele tem o melhor preparado para nós

 

Outros galardões na Bíblia

 

O hipócrita, que gosta de exibir sua “santidade”, já recebeu seu galardão, porque recebe a admiração de outras pessoas (Mateus 6:2-4). Mas esse galardão não tem valor, porque não dura e no fim só traz miséria. O galardão do pecado pode parecer bom por um tempo mas sempre se torna ruim. 

 

Os galardões de Deus são o que devemos realmente desejar. Ainda nesta vida podemos receber galardões como alegria e satisfação em Deus, vitória sobre os problemas e as tentações, sabedoria e muita esperança. Deus tem muitos galardões preparados para quem O segue fielmente!

Saturnália: a festa pagã que deu origem ao Natal.

Não, dia 25 de Dezembro não é o nascimento de Cristo. 

 

Um dos mais célebres intelectuais do Império Romano, o também filósofo Sêneca tem uma citação sobre Roma, onde diz: “É o mês de dezembro, mas a cidade toda está coberta de suor”. 

 

O motivo de os romanos estarem acalorados no inverno, e o estoico Sêneca, incomodado, era a grande agitação das pessoas por conta da celebração da Saturnália, festival em homenagem ao deus Saturno.

 

O estado de espírito de todos mudava. 


As festas religiosas em Roma eram chamadas de feriae (de onde veio a palavra “férias”) e nesses dias os romanos não trabalhavam, havia troca de presentes e a esperada inversão de papéis entre mestres e escravos. A maior de todas as festas era a Saturnália, a princípio comemorada no dia 17 de dezembro, mas depois “esticada” para três dias, e mais tarde uma semana. Para Sêneca, parecia um ano.

 

Depois que o imperador César introduziu o calendário juliano, no ano 45 a.C, o solstício mudou, assim como a festa, para o dia 25 de dezembro.

 

Cinquenta anos mais tarde, a data foi escolhida pelo (Papa Júlio I) para marcar o nascimento de Jesus Cristo, e a festa pagã acabou se transformando no Natal, a tradição de troca de presentes se manteve.

 

Celebrada inicialmente, entre os dias 17 e 23 de dezembro, a Saturnália era definida pelo poeta Catulo como “o melhor dos dias”. A festa era considerada um retorno à era de Saturno, um tempo mítico em que todos os seres humanos eram iguais. Um rei era eleito por sorteio, o Saturnalicius princeps, para abrir os festejos.

 

Durante as comemorações, havia banquetes, músicas, danças, jogos e muita bebida.

 

Ninguém trabalhava, nem mesmo os camponeses ou os servos. Nesse período, os escravos tinham todas as regalias de um cidadão comum, podendo até desrespeitar os seus mestres.

 

Hoje o cristianismo de modo geral , católico e protestante celebram o 25 de dezembro. Muitos fiéis católicos e evangélicos não fazem ideia do contexto real por trás do das festividade de natal.

 

Então esse sempre foi o verdadeiro significado do natal.

 

Alteração no estado de espírito se dá pela concentração da energia de uma grande massa de pessoas em um evento. Então os rituais para o deus Saturno ainda continuaram a ocorrer.

 

Conhecereis a verdade , e a verdade vós libertará.

 

 

sábado, 25 de dezembro de 2021

Preciso ser batizado para participar da Santa Ceia?

Onde está escrito que precisa ser batizado para participar da ceia?

 

(1) A ordem primária de Jesus aos Seus discípulos na grande comissão era para discipular e batizar os que crescem:

 

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28:19-20).

 

(2) O “crer” em Jesus é a condição mais básica do discipulado, que vai avançando na direção do batismo e do ensino cada vez mais aprofundado da doutrina de Cristo (crescimento cristão).

 

Parece óbvio no texto que existe certa sequência no acontecimento das coisas. Será que seria correto alguém ser batizado antes de crer em Jesus e professar essa fé? Óbvio que não. Uma coisa depende da outra. O batismo só faz sentido se a pessoa já creu em Jesus.

 

 
Da mesma forma, será que alguém poderia participar da Santa Ceia antes de ter crido em Cristo? Não parece lógico e apoiado pelas Escrituras que as coisas aconteçam assim, em uma sequência confusa e sem embasamento algum.

 

(3) Esse pensamento está em conformidade, por exemplo, com o acontecimento de Atos 2.38:

 

Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

 
Observe que Pedro finaliza sua exposição da Palavra mostrando que eles precisavam se arrepender, crer e ser batizados. Após isso, é registrado algo interessante:

 

”Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.” (Atos 2:41).

 

Note que não houve uma Santa Ceia, mas um batismo após as pessoas crerem. E na sequência, ai sim, é registrado uma continuidade na vida cristã dessas pessoas como igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. (Atos 2:42).

 

(4) Assim, a Bíblia parece nos apontar que uma vez que a pessoa creu em Jesus e é reconhecidamente crente, deve se dispor ao batismo, onde mostra diante de todos, mediante o lavar da água, que seu coração é de Deus.

 

Seguido a isso a pessoa está credenciada a participar de todos os benefícios comunitários de ser uma serva de Deus e um deles é o de participar do corpo e do sangue de Cristo.

 

(5) Não encontro elementos na Bíblia que apoiem nem explicita nem implicitamente que a Santa Ceia possa ser tomada sem que a pessoa seja reconhecidamente da família cristã (igreja).
 

Sendo o batismo um dos primeiros passos práticos dado pelo cristão após crer, logo, ele deve ser dado para que os outros passos venham na sequência. Dessa forma o cristão deve participar da Ceia tão logo seja batizado e tenha professado sua fé diante da comunidade.

As diferenças entre o joio e o trigo - (Mt 13,24-30).

Separando o joio do trigo no processo de coaching. – Sociedade Transformar

Não fomos chamados por Deus para vivermos num mosteiro, isolados de tudo e todos, mas para vivermos neste mundo iluminando e abençoando as pessoas que nos cercam. Joio significa coisa daninha que surge entre as boas e as tentam corromper.

 

Jesus nesta parábola narrada em Mateus 13:24-30 nos diz que um homem semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele e semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.

 

Nas igrejas hoje existem muitos problemas, por causa do joio. Quais as diferenças entre o joio e o trigo?

 

1) O trigo é o povo de Deus. O joio é o povo do diabo. (V. 25)


O povo de Deus crê em Deus e anda em seus caminhos, ama ao Senhor Jesus de todo coração, crê no sacrifício de Jesus na cruz como seu substituto. O joio é totalmente contrário a estas verdades e está longe de Deus. Foi colocado no meio do trigo para os destruir.

 

2) O trigo possui a essência o joio a aparência. (V.26-29)


O trigo produz muito frutos e alimenta as pessoas. O joio não produz nada. É inútil e se ingerido é como veneno, é nocivo ao homem. O trigo produz fruto do amor, alegria e paz. O joio produz ódio, depressão e perturbação. O trigo produz fruto de longanimidade, benignidade e bondade. O joio produz impaciência, malignidade e perversidade. O trigo produz fruto de fidelidade, mansidão e domínio próprio. O joio produz infidelidade, rixa e desgraça na vida. 

 

3) O trigo será colocado celeiro de Deus e o joio será queimado no inferno.


Quem separa é Deus, por que o joio e o trigo são muito parecidos e só Jesus sonda os corações e sabe quem é quem. Ninguém foge do seu reto juízo. 

 

O trigo é maleável e se curva com facilidade, o joio é muito rígido e não se curva nunca. O trigo quanto mais maduro mais fácil de colher. O joio fica mais enraizado, mais difícil de ser colhido. O lugar do trigo é no celeiro, o do joio é no fogo, pois não tem utilidade, faz mal, é um engano assim como era a figueira que Jesus amaldiçoou.

 

Muitas vezes o joio é plantado em nossas vidas e em nossas igrejas quando, descuidamos, temos falta de disciplina, damos lugar ao espírito mundano, enfraquecemos moralmente e somos negligentes. Aí nós nos tornamos, presos ao mundo, soberbos, indisciplinados, prejudicados com o veneno que o joio possui.

 

Esta parábola de Jesus é uma demonstração muito grande do seu amor e misericórdia a todos os homens. Jesus queimou o joio para não queimar as pessoas que tem a oportunidade de aceitar a mensagem de advertência.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Quem matou Jesus?

Jesus foi morto pelos líderes judeus e romanos, com o apoio do povo. Mas isso só aconteceu porque Jesus se entregou para ser morto pelos pecados da humanidade, em vez de destruir seus inimigos de forma sobrenatural. Ele sabia que fazia parte do plano de Deus e O obedeceu até o fim.

 

Onde as Escrituras hebraicas profetizam a morte e ressurreição do Messias?

 

Ao longo das Escrituras Hebraicas, a promessa de um Messias é claramente dada. Essas profecias messiânicas foram feitas centenas, às vezes milhares, de anos antes de Jesus Cristo nascer, e claramente Ele é a única pessoa que já andou nesta terra para cumpri-las. Na verdade, de Gênesis a Malaquias, existem mais de 300 profecias específicas detalhando a vinda deste Ungido. Além de profecias detalhando o seu nascimento virginal, em Belém, da tribo de Judá, sua linhagem do Rei Davi, sua vida sem pecado e sua obra expiatória pelos pecados do seu povo, a morte e ressurreição do Messias judaico foram igualmente bem documentadas nas Escrituras Hebraicas proféticas muito antes da morte e ressurreição de Jesus Cristo ocorrerem na história.


Das profecias mais conhecidas nas Escrituras Hebraicas relativas à morte do Messias, o Salmo 22 e Isaías 53 certamente se destacam. Salmo 22 é especialmente surpreendente, uma vez que previu inúmeros elementos separados sobre a crucificação de Jesus cerca de mil anos antes dele ser crucificado. Aqui estão alguns exemplos. O Messias teria as mãos e os pés "transpassados" (Salmo 22:16; João 20:25). Os ossos do Messias não seriam quebrados (as pernas de uma pessoa eram geralmente quebradas depois de ser crucificada para acelerar a sua morte) (Salmos 22:17; João 19:33). Os homens iriam lançar sortes pela roupa do Messias (Salmo 22:18; Mateus 27:35).


Isaías 53, a profecia messiânica clássica conhecida como a profecia do "Servo Sofredor", também detalha a morte do Messias pelos pecados de seu povo. Mais de 700 anos antes de Jesus nascer, Isaías fornece detalhes da sua vida e morte. O Messias seria rejeitado (Isaías 53:3; Lucas 13:34). O Messias seria morto como um sacrifício vicário pelos pecados de seu povo (Isaías 53: 5-9; 2 Coríntios 5:21). O Messias ficaria em silêncio na frente de seus acusadores (Isaías 53:7; 1 Pedro 2:23). O Messias seria sepultado com os ricos (Isaías 53: 9; Mateus 27: 57-60). O Messias estaria com criminosos em sua morte (Isaías 53:12; Marcos 15:27).


Além da morte do Messias, a sua ressurreição dentre os mortos também é anunciada. A mais clara e mais conhecida das profecias sobre a ressurreição é uma escrita pelo Rei Davi de Israel no Salmo 16:10, também escrita um milênio antes do nascimento de Jesus: "Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção."


No dia da festa judaica do Shavuot (Semanas ou Pentecostes), também conhecida como Festa das Colheitas ou das Primícias, quando Pedro pregou o primeiro sermão do evangelho, ele corajosamente afirmou que Deus tinha ressuscitado o Messias judaico dos mortos (Atos 2:24). Ele então explicou que Deus havia realizado esta obra milagrosa em cumprimento da profecia de Davi no Salmo 16. Na verdade, Pedro citou as palavras de Davi em detalhes como contidas no Salmo 16:8-11. Alguns anos mais tarde, Paulo fez a mesma coisa quando falou à comunidade judaica em Antioquia. Como Pedro, Paulo declarou que Deus tinha ressuscitado o Messias Jesus dos mortos no cumprimento do Salmo 16:10 (Atos 13:33-35).


A ressurreição do Messias está fortemente implicada em outro salmo de Davi. Mais uma vez, este é o Salmo 22. Nos versículos 19-21, o Salvador sofredor ora pela libertação "das faces do leão" (uma metáfora para Satanás). Esta oração desesperada é seguida imediatamente nos versículos 22-24 por um hino de louvor em que o Messias agradece a Deus por ouvir a sua oração e por libertá-lo. A ressurreição do Messias está claramente implícita entre o término da oração no versículo 21 e o início da canção de louvor no versículo 22.



E de volta a Isaías 53: depois de profetizar que o Servo Sofredor de Deus sofreria pelos pecados de seu povo, o profeta diz que Ele seria, então, “cortado da terra dos viventes.” Mas Isaías afirma então que Ele (o Messias) "verá a sua posteridade", e que Deus o Pai "prolongará os seus dias" (Isaías 53:5, 8, 10). Isaías prossegue para reafirmar a promessa da ressurreição em palavras diferentes: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito" (Isaías 53:11).



Cada aspecto do nascimento, vida, morte e ressurreição do Messias Jesus havia sido profetizado nas Escrituras Hebraicas muito antes dos acontecimentos se desenrolarem na linha do tempo da história humana. Não é de admirar que o Messias Jesus diria aos líderes religiosos judeus de sua época: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim" (João 5:39). 

 

Quem conspirou para matar Jesus?

 

Foram os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei que planejaram a morte de Jesus. Eles estavam com inveja dele porque as multidões o seguiam. Também não gostavam de suas críticas contra eles. Por isso, decidiram acusá-lo falsamente para o matar.

 

Judas, um dos doze apóstolos, falou com os chefes dos sacerdotes e fez um acordo com eles para trair Jesus por trinta moedas de prata. Eles ficaram muito felizes, porque Jesus estava sempre cercado de muita gente e precisavam de o prender em privado, para não causar uma grande comoção (Lucas 22:1-6).

 

Quem mandou matar Jesus?

 

Pilatos mandou matar Jesus, a pedido do sumo sacerdote Caifás e por causa da insistência do povo. Primeiro, Jesus foi traído por Judas, preso e levado para a casa de Caifás. Lá, testemunhas falsas o acusaram de blasfêmia e o Sinédrio (o conselho de líderes judeus) decidiu que ele era culpado. Como não tinham autoridade para executar ninguém, enviaram Jesus a Pilatos.


Quando Pilatos descobriu que ele era galileu, enviou Jesus para o governador da Galiléia, Herodes, que estava em Jerusalém nessa altura. Herodes mandou Jesus de volta sem dar um veredicto. Pilatos tentou defender Jesus mas os judeus estavam criando muita confusão. Então ele entregou Jesus para morrer, para evitar uma revolta sangrenta. Jesus foi crucificado por soldados romanos, com a aprovação dos sacerdotes e líderes religiosos.


De quem é a culpa?

Jesus perdoou quem o crucificou, antes de morrer (Lucas 23:34). A culpa foi tanto dos judeus, que insistiram em sua morte, como dos romanos, que consentiram e ainda o ridicularizaram. Mas, em uma perspectiva maior, Jesus foi morto por causa do pecado. Todos nós pecamos, Jesus morreu por cada um de nós. Mas ele fez isso para nos libertar do pecado, não para nos culpar. Quem aceita Jesus como seu salvador está perdoado e a cruz se torna motivo de alegria, não de culpa.

 

 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Lições sobre a Arca de Noé

 arca de noé

Pode ser que você nunca tenha lido o relato bíblico, mas já deve ter escutado acerca de um grande dilúvio e da arca de Noé. Segundo Gênesis 6, Deus olhou para o mundo e viu que estava cheio de pecado pois todas as pessoas só faziam coisas más. Havia violência por toda parte.

 

Diante desse cenário, Ele disse a Noé que iria mandar um dilúvio para cobrir a terra, a fim de destruir tudo o que tinha vida. Noé era um homem íntegro e obediente a Deus, portanto Deus queria poupar sua vida. Noé recebeu todas as indicações para construir uma grande arca, onde deveria colocar dois animais de cada espécie, depois deveria entrar com toda a sua família e também com as pessoas que se arrependessem de seus pecados.

 

Noé fez tudo conforme o que o Senhor Deus havia mandado e entrou na arca com os animais e sua família. Todos achavam que ele era louco e por isso ninguém mais quis entrar na arca. Foi então que começou a chover muito sobre a terra, e toda forma de vida que estava fora da arca morreu. O dilúvio durou quarenta dias. Depois que as águas baixaram, Noé saiu da arca e ofereceu sacrifícios ao Deus do céu. Naquele momento Deus fez uma aliança com Noé e prometeu que jamais destruiria a terra com outro dilúvio.

 

Parece uma história simples, mas não a subestime. Ela tem muito a nos ensinar.

 

 10 lições sobre a Arca de Noé.

 

1 – Não perca o barco.

O barco, também conhecido como “arca”, era a salvação para os moradores da época de Noé do terrível dilúvio. Foi anunciado pelo próprio Deus que haveria necessidade de destruir a terra uma vez que a maldade do homem havia se multiplicado e o designo do coração destes moradores se baseava apenas nos prazeres carnais.

 

Essa história ensina que Deus concede meios para a salvação, ofertado-a a todos os que com fé acreditam em seus propósitos, mesmo que seus filhos estejam em pecados. (Se somos infiéis, Ele permanece fiel… 1 Timóteo 2:13). Assim foi nos dias Noé, onde o profeta durante 120 anos pregou sobre o arrependimento aquela geração corrupta. Nunca esqueça que os propósitos de Deus não devem ser questionados e sim aceitos, mesmo que pareçam absurdos. Deus sempre deseja o melhor para os seus filhos. Perder o barco da salvação nesse contexto significa naufragar em pecados e como resultado conhecer a morte.

 

2 – Lembre-se de que estamos todos dispostos a entrar no barco.

Queremos entrar no barco da salvação. Porém nele, só estarão os escolhidos de Deus. Se alguém chegar atrasado a porta da arca, (a porta da graça) estará fechada e não haverá mais chance de salvação e o resultado final é esperar pela destruição.

 

3 – Planeje para o futuro. Não estava chovendo quando Noé construiu a Arca.

 

A nossa vida deve ser de constante preparo. Não sabemos o que nos espera. Mas compreendemos que piores dias virão neste mundo de pecado. Lembre-se de que estando preparado, por mais que as tempestades sejam fortes, haveremos de vencer por meio do nosso comandante maior.

 

4 – Mantenha-se em forma. Quando você tiver 60 anos, alguém poderá lhe pedir para fazer algo realmente grande.

Aqueles que decidem crescer a cada dia em sua vida espiritual, crescem também em experiência. Cuidado para não estacionar no tempo. As pessoas não devem sentirem-se satisfeitas a menos que estejam constantemente melhorando. Lembre-se: Uma pessoa experiente é muito útil para desempenhar trabalhos especiais para Deus.

 

5 – Não dê ouvido aos críticos; apenas continue a fazer o trabalho que precisa ser feito.

 

Saiba que importa mais obedecer a Deus do que aos homens. Muitas vezes pelo fato de trabalharmos para Cristo, seremos criticados, perseguidos, maltratados. Isso não foi diferente para Noé em seus dias e não será para nós. Gente comprometida incomoda os descompromissados. “Bem aventurado sois quando, por minha causa vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, por que grande é o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram entre vós”. Mateus 5:11 e 12

 

6 – Por segurança, viaje em pares.

 

É importante entrar neste barco da salvação com alguém que amamos. O nosso cônjuge também precisa se salvar. Ambos, unidos na mesma direção servirão de apoio um para o outro, concedendo mutuamente forças para vencer as águas turbulentas deste mundo.

 

7 – A velocidade nem sempre é uma vantagem. Os caramujos estavam a bordo com os leopardos.

 

Nem sempre a pressa define tudo em nossa vida. No plano da salvação, quem dá o ritmo é Deus e não os seres humanos. Aqueles que pensam ser mais hábeis, que correm na frente, que produzem mais, cuidado para não se enganar. No processo de salvação você não precisa fazer para ser reconhecido. Você não é reconhecido pelo que faz e sim por aquilo que é.

 

8 – Quando estiver estressado, flutue por um tempo.

Este mundo nos traz tristezas e desolações. Deixe Deus conduzir a sua vida a salvo no barco da salvação, e você não será sufocado pelas correntes de água deste mundo.

 

9 – Lembre-se: A Arca foi construída por amadores; o Titanic por profissionais.

 

Nem sempre os mais intelectuais são os reconhecidos para o reino de Deus. Lembre-se que Deus escolheu pescadores, pastores de ovelhas, prostitutas e muitas outras pessoas para fazerem um trabalho especial. Nem sempre o mais rico, o mais culto, serão instrumentos nas mãos de Deus, mas os disponíveis.

 

10 – Não importa a tempestade, pois quando você está com Deus há sempre um arco-íris te esperando.

 

Deus faz uma aliança, um pacto de salvação a cada um de nós. Aceite hoje mesmo esse convite maravilhoso!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

O VINHO NOVO EM ODRES VELHOS - Mateus 9: 14-17

INTRODUÇÃO

Os discípulos de João perguntaram a Jesus, certo dia, por que eles e os fariseus jejuavam muitas vezes, mas os seus discípulos não jejuavam. A pergunta deles refletia a mentalidade tradicional e religiosa que reinava em sua vidas e nas vidas dos fariseus, naquele tempo. Eles se esforçavam no cumprimento de rituais e liturgias cansativas e sacrificantes, na tentativa de agradar a Deus, não percebendo que agiam sem discernimento e sem a orientação do Senhor para aquilo.

DESENVOLVIMENTO

O Senhor Jesus, então, lhes explicou que os filhos das bodas (seus discípulos = a igreja) não precisam jejuar quando o noivo (O Senhor Jesus) está presente. Isso quer dizer que quando o Senhor está presente e estamos em comunhão com Ele, não precisamos jejuar; precisamos é nos alegrar e nos regozijar com a festa das bodas.

Mas quando o noivo for tirado, então os discípulos jejuarão. O jejum é um meio de Graça que usamos quando sentimos falta de comunhão com o Senhor, quando percebemos que Ele está “longe” por causa de alguma dificuldade ou necessidade na nossa vida.

Em seguida Jesus falou sobre coisas relacionadas ao modo de vida religiosa vivida por eles e pelos fariseus, mostrando a necessidade de uma mudança total nas suas vidas, a fim de entenderem e absorverem as Boas Novas que o Senhor tinha para eles:

Ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho ...

O vestido fala da nossa vida e do nosso testemunho. Existem pessoas que vivem na religião e na tradição, e quando conhecem a Obra do Espírito, muitas vezes ao invés de se definirem na Obra, querem aplica-la na sua religião ou tradição. Essas pessoas são chamadas pelo Senhor para uma vida nova na revelação, mas preferem permanecer na sua religião e aplicar o que aprenderam na sua igreja, tentando renovar o que é velho. Isso não funciona, pois é preciso uma mudança interior para se entender e viver a Obra. A tentativa de mudança meramente exterior, termina por abrir uma rotula maior no vestido.

Nem se deita vinho novo em odres velhos

O vinhos novo é a Obra e a bênção do Espírito Santo na nossa vida, que é tipo do odre. Quando se coloca um vinho novo em um odre, é preciso que este seja novo também, para poder suportar a expansão provocada pela fermentação natural do vinho. Se o odre for velho, ele não suporta esse processo e se rompe, derramando o vinho.

Para conservar a Obra no nosso coração, é preciso uma mudança na nossa vida, na nossa mentalidade e no nosso coração. As coisas da tradição, da religião e do mundo de pecados, precisam ser deixadas para trás, pois a conservação destas coisas podem provocar a perda da bênção (o derramar do vinho).

CONCLUSÃO

O homem que foi chamado pelo Senhor, precisa ser renovado no espírito cada dia, para que possa absorver e viver as revelações que o Senhor tem dado, pois a Obra é dinâmica e sempre está se expandindo e se aperfeiçoando.

 

A Palavra diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Romanos 12: 1).

O que significa “o véu do santuário se rasgou”?


planta do templo, santo dos santos, lugar santo 

 

Quando o véu do Templo se rasgou isso significou que o sacrifício de Cristo abriu o caminho para a presença de Deus. Por causa do pecado, o homem foi separado de Deus. Não havia nada que o homem pudesse fazer para superar essa separação. Nenhum de seus méritos poderia lhe habilitar a se aproximar do Senhor; sua justiça própria jamais seria suficiente para lhe autorizar a entrar pelo véu diante da presença de Deus.

 

Mas a obra redentora de Cristo com sua morte na cruz proveu a solução definitiva para pôr fim a essa separação. Então a Bíblia diz que no exato momento da morte de Jesus o véu do Templo se rasgou. Mateus escreve: “Eis que o véu do Santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo” (Mateus 27:51). É claro que há um profundo significado nesse evento registrado no texto bíblico.

 

O que era o véu do Templo?

 

Quando Deus falou a Moisés acerca de como deveria ser a adoração em Israel, Ele também deu as instruções sobre como deveria ser construído o local onde sua presença haveria de se manifestar de forma especial no meio do povo da aliança. Esse local era o Tabernáculo que servia como um santuário móvel nos tempos de peregrinação.

 

Mais tarde, o Tabernáculo foi substituído pelo Templo em Jerusalém. O rei Davi tomou Jerusalém e fez dessa cidade sua capital e também o centro da adoração em Israel. Então no reinado de seu filho, o rei Salomão, o Templo em Jerusalém foi construído.

 

São as passagens que registram os detalhes das construções do Tabernáculo e do Templo que também falam sobre como era o véu que foi rasgado por ocasião da morte de Jesus (Êxodo 26:31-33; 36:35; 2 Coríntios 3:14).

 

O véu era uma grande cortina feita de tecido azul, púrpura, escarlate e linho fino; de modo que essa combinação estampava figuras de querubins. Os querubins são os anjos guardiões da santidade de Deus.

 

Os querubins estampados no véu eram mais um indicativo de que, de fato, aquela cortina fechava a passagem para um lugar muito reservado dentro do Tabernáculo ou do Templo. Ele separava o Santo Lugar do Santo dos Santos (ou Lugar Santíssimo).

 

O Templo edificado por Salomão foi destruído quando Jerusalém foi tomada pelos babilônios liderados pelo rei Nabucodonosor. Mas posteriormente o Templo foi reedificado após o exílio e mais tarde reconstruído e ampliado por Herodes.

 

Esse último era o Templo citado no Novo Testamento durante o ministério de Jesus. Foi o véu desse Templo que se rasgou no dia da crucificação de Jesus. Acredita-se que o véu do Templo tinha cerca de dezoito metros de altura e aproximadamente doze centímetros de espessura; embora essas medidas não sejam aceitas em unanimidade pelos estudiosos.

 

O véu se rasgou

 

A Bíblia é muito clara ao dizer que no momento da morte de Jesus Cristo o véu do Templo se rasgou em duas partes. O rasgo foi feito de cima para baixo. Absolutamente esse foi um evento incomum. O historiador Flávio Josefo destaca em sua obra como era improvável que alguém pudesse rasgar esse véu.

 

Alguns comentaristas sugerem que o véu do Templo se rasgou por causa do terremoto que ocorreu naquele dia. Mas essa interpretação é muito improvável porque o texto bíblico primeiro informa que o véu do Templo se rasgou e só depois menciona o terremoto.

 

A possibilidade de o véu do Templo ter se rasgado devido a desgaste natural também não faz qualquer sentido. Então seguramente podemos considerar esse evento um verdadeiro milagre; conforme o texto bíblico explicitamente indica.


O significado do véu do Templo rasgado

 

O véu do Templo rasgado foi um evento histórico. Mas seu significado simbólico também é evidente à luz do Novo Testamento. Em primeiro lugar, o véu do Templo se rasgou exatamente na hora em que Jesus morreu. Isso aconteceu na hora nona, isto é, às três horas da tarde. Curiosamente esse era o período em que os sacrifícios da tarde eram oferecidos no Templo.

 

Em segundo lugar, o escritor de Hebreus interpreta o véu do Templo que se rasgou como tendo um significado simbólico muito importante. Primeiro ele enfatiza que o véu do Templo escondia o lugar em que a presença de Deus se revelava mais intensamente (Hebreus 9:3-8). Então, de forma simbólica, o véu do Templo apontava para a impossibilidade de o homem se aproximar do Senhor.

 

Somente uma vez por ano o sumo sacerdote tinha permissão de ir além do véu e entrar no Santo dos Santos. Mas Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno, entrou de uma vez por todas na presença de Deus no Santo dos Santos celestial em nosso favor (Hebreus 6:19,20).

 

Então a obra expiatória de Jesus abriu o caminho para Deus. Mediante seus méritos o véu que nos separava de Deus foi rasgado. Nesse sentido, o escritor bíblico ainda usa o véu do Templo que se rasgou como simbolizando a própria morte de Cristo que possibilitou ao redimido acesso ao Santo dos Santos celestial. Por isso ele escreve: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10:19,20).

 

Perceba que o escritor de Hebreus faz um paralelo figurativo entre o véu do Templo que se rasgou e o corpo de Cristo. Assim como o véu do templo foi rasgado liberando o acesso ao Santo dos Santos, o corpo de Cristo também foi rasgado a fim de que seu sangue pudesse abrir caminho para a presença de Deus. Agora os redimidos podem se aproximar de Deus! Por meio do novo e vivo caminho eles podem se achegar com confiança ao trono da graça (Hebreus 4:16).