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segunda-feira, 5 de abril de 2021

As pessoas que saíram de seus túmulos continuaram vivendo?

 





(1) Essa ressurreição de pessoas mortas ocorreu após o momento em que o véu foi rasgado e sinais da natureza foram vistos: “Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas…” (Mateus 27:51). Foi uma sucessão de acontecimentos grandiosos ligados a morte de Jesus Cristo. A primeira coisa a se entender aqui é que este é um sinal claro da vitória de Cristo sobre a morte e de como ela trouxe libertação aos servos de Deus. A morte não é o fim! Isso fica claro. Mas alguns outros aspectos interessantes devem ser ainda analisados. 


(2) Quem são esses santos mencionados? A palavra “santo” é usada normalmente para designar servos fieis de Deus, já que santo significa “separado”. Ou seja, são pessoas que reconhecidamente tiveram uma vida de dedicação ao Senhor. Observe, porém, que no verso 52 ele menciona “muitos”. Ou seja, temos aqui um indicativo de um sinal pontual. Algo que Deus fez de forma isolada para acompanhar os outros muitos sinais que davam grandeza a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Esses “muitos” santos não são identificados nominalmente. Mas ao meu ver poderiam ser pessoas falecidas que eram conhecidas naquela região das aparições, caso contrário, como alguém saberia que eram mortos que voltaram à vida e não vivos normais? 


(3) Outro fato que chama a atenção é que essas aparições foram localizadas. Observe que Mateus cita que as aparições ocorreram “na cidade Santa”, ou seja, em Jerusalém, que era o local onde a morte de Cristo ocorreu. Isso também nos mostra que havia uma ligação direta com os outros sinais que ocorreram na cidade após a morte de Jesus (como a escuridão, o estremecer da terra, por exemplo). Deus queria passar uma mensagem pontual, ali, que depois seria espalhada para outros como testemunho. 


(4) As aparições desses mortos que foram ressuscitados também não foram aparições gerais, para todas as pessoas. Mateus narra que apareceram a “muitos”, o que demonstra ao meu ver que eles não permaneceram vivendo na cidade como, por exemplo, Lázaro, que foi ressuscitado por Jesus e permaneceu vivendo novamente. Esses ressuscitados em minha opinião não permaneceram vivendo novamente na terra (como que numa segunda vida), pois isso implicaria em que eles fossem vistos por todos que viviam ao redor deles. Também seria estranho que tal fato extraordinário não fosse narrado por mais ninguém, apenas por Mateus e com poucos detalhes. 


(5) Tudo isso, então, me leva a pensar que foram aparições pontuais, locais, para apenas algumas pessoas, por um breve tempo e que tiveram a função de, com os outros sinais, demonstrar a grandeza do sacrifício de Cristo e dar esperança a todos que morrem de que a morte não é o ponto final para o servo de Deus. Esses mortos ressuscitados fizeram aparições por breve tempo, a algumas pessoas; não sabemos o que ocorreu com eles depois disso, mas, de fato, não parece ser correto afirmar que ficaram vivendo vidas normais na terra após essas aparições.

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