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domingo, 18 de março de 2018

8 DEFEITOS DE UMA PESSOA QUE AFASTA DE DEUS.

Sabe qual é a única pessoa que pode te impedir de viver perto de Deus e de conquistar tudo aquilo que Ele quer para a tua vida? Você. Não é aquela pessoa que faz questão de ser uma pedra no seu sapato, não é o patrão que não te dá oportunidades, nem mesmo o diabo.

Quando nós temos o desejo genuíno de nos aproximarmos de Deus, nada nem ninguém pode nos afastar d'Ele! Apesar disso, existem algumas atitudes erradas que nós podemos ter e que nos afastam de Deus e da Sua vontade para nós. Evite os seguintes comportamentos se você quer ficar bem perto de Deus!

Preguiça

A preguiça pode te impedir de conhecer melhor a Deus

A preguiça pode te impedir de conhecer melhor a Deus

Deus é um Deus de ação e por isso Ele se alegra quando vê que damos passos de fé e estamos prontos a agir. A Bíblia fala claramente contra a preguiça e o mal que ela pode causar nas nossas vidas (Provérbios 6:9-11).

A preguiça não prejudica apenas o nosso desenvolvimento pessoal e financeiro, mas pode ser fatal para a nossa vida espiritual. Por exemplo, a preguiça pode nos impedir de orar e de ler a Bíblia, o que nos deixa frios espiritualmente, ou seja, mais distantes de Deus.

Faça um esforço, estabeleça um plano e separe um tempo para orar e ler a Palavra. Não é sábio querer começar orando e lendo a Bíblia durante 2 horas, mas comece com 10 minutos por dia e vá aumentando aos poucos. Com o passar do tempo, Deus vai trabalhar na sua vida e você vai se sentir mais forte e mais perto d'Ele.

Fofoca

Fofocar é uma atitude reprovável na Bíblia

Fofocar é uma atitude reprovável na Bíblia

A fofoca é falar sobre aspetos da vida de uma ou mais pessoas sem o seu consentimento. Pode ser revelar segredos de alguém ou até mesmo inventar histórias sobre outras pessoas. Essa atitude normalmente causa discórdia e desunião entre as pessoas, e por isso é um pecado perante Deus. Por esse motivo, a Bíblia nos adverte a não fofocar (2 Timóteo 2:16) e a evitar pessoas fofoqueiras (Provérbios 20:19).

Mesmo que uma pessoa esteja cometendo um erro, falar sobre isso nas costas com outras pessoas não vai ajudar nessa situação. Deus conhece a intenção do nosso coração, e se queremos realmente ajudar, podemos falar diretamente com a pessoa, ou então simplesmente orar por ela. Se as nossas palavras não servem para edificar, é melhor não dizer nada (Efésios 4:29).

Inveja

A inveja nos impede de viver o melhor de Deus nas nossas vidas

A inveja nos impede de viver o melhor de Deus nas nossas vidas

A inveja é uma das obras da carne que são descritas em Gálatas (Gálatas 5:21), o que significa que é um pecado e algo que devemos eliminar das nossas vidas se queremos viver perto de Deus. Ter inveja de alguém é querer ter algo que não é nosso, e isso muitas vezes causa um sentimento de desgosto quando alguém é bem sucedido em determinada área da sua vida.

Um dos segredos da felicidade (e a melhor forma para combater a inveja) é o contentamento (Filipenses 4:12). Devemos dar graças a Deus em todas as circunstâncias e não cobiçar as conquistas dos outros. Isso não significa que você não deve lutar para melhorar as suas condições de vida, mas que você tem que aprender a glorificar a Deus mesmo quando as coisas não correm do jeito que você gostaria (Habacuque 3:17-18).

Egoísmo

Deus tem poder para mudar um coração egoísta

Deus tem poder para mudar um coração egoísta

Alguém já te disse: “O mundo não gira à sua volta”? Se a resposta é sim, provavelmente você estava tendo um comportamento egoísta. O egoísmo faz com que pensemos apenas em nós próprios e não nos preocupemos com aqueles que estão à nossa volta.

O oposto de egoísmo é altruísmo e Jesus é o maior exemplo altruísta que podemos ter. Ele não pensou n’Ele próprio, mas pensou em cada um de nós, tendo ido até à cruz, onde morreu pelos nossos pecados, reconciliando com Deus todos os que acreditam no Seu sacrifício.

A Bíblia nos confronta a amar os outros como a nós mesmos (Mateus 22:39) e a considerar os outros superiores a nós (Filipenses 2:3-4). Mas para isso acontecer, temos que amar a Deus em primeiro lugar e deixar que o Seu amor perfeito transforme as nossas vidas, eliminando todos os vestígios de egoísmo.

Ganância

Quem é ganancioso entristece a Deus

Quem é ganancioso entristece a Deus

A Bíblia é muito clara: o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Timóteo 6:10). Algumas pessoas interpretam erradamente esta passagem bíblica, dizendo que “o dinheiro é a raiz de todos os males”. Mas ter dinheiro não é o problema. O dinheiro é algo neutro: pode ser usado para fazer coisas boas ou más.

A Bíblia fala de vários homens com temor a Deus que eram bastante prósperos em termos de bens, como Jó e Abraão. O problema é quando nós amamos o dinheiro em primeiro lugar e não a Deus.

O próprio Jesus disse que não é possível servir a Deus e ao dinheiro (Lucas 16:13). Quando nós amamos o dinheiro, Deus perde a importância nas nossas vidas. Algumas das maiores atrocidades cometidas neste mundo são cometidas graças ao amor ao dinheiro.

Ame a Deus acima de todas as coisas e não deixe o dinheiro controlar a sua vida e sentimentos e dessa forma você estará mais próximo de Deus.

Ira descontrolada

A ira descontrolada e prolongada não é de Deus

A ira descontrolada e prolongada não é de Deus

Um momento de descontrole e ira pode ser suficiente para destruir vidas, a sua e a de outras pessoas. A ira em si não é um pecado, porque a Bíblia diz que é possível nos irarmos sem pecar (Efésios 4:26). Há momentos na nossa vida em que é normal nos irarmos com alguma situação. Até Jesus se irou quando viu que os mercadores faziam negócio na casa do Seu Pai.

O grande problema é quando a ira vem de forma prolongada e descontrolada. Quando a ira controla a nossa vida, nos afastamos de Deus. A mansidão é um dos aspetos do fruto do Espírito e através dela nós podemos impedir que a nossa ira se transforme em pecado.

A Palavra de Deus manda que sejamos pacificadores e mansos com as pessoas à nossa volta (Tito 3:2).

Imoralidade sexual

Quem pratica imoralidade sexual se afasta de Deus

Quem pratica imoralidade sexual se afasta de Deus

O nosso corpo é o templo do Espírito Santo e quando praticamos algum tipo de imoralidade sexual está pecando contra o próprio corpo, profanando a moradia do Espírito Santo (1 Coríntios 6:18-19) e causando uma separação em relação a Deus.

A imoralidade sexual consiste em pecados sexuais. O sexo não é uma coisa má, foi criado por Deus para ser vivido entre duas pessoas casadas. Por ser o criador da sexualidade, Deus determina a maneira correta de ser vivida. Qualquer atividade sexual praticada fora do casamento é imoralidade sexual, ou seja, é pecado.

Precisamos viver cheios do Espírito Santo que nos concede o domínio próprio para conseguir resistir às tentações e fugir da imoralidade sexual.

Idolatria

A Bíblia condena a idolatria

A Bíblia condena a idolatria

Muitas pessoas não entendem o conceito de idolatria, dizendo que idolatria é apenas o ato de adorar alguma imagem ou outro Deus. Mas a verdade é que a idolatria pode ser algo bem mais sutil (e por isso mais perigoso). Idolatria é colocar alguma coisa ou alguma pessoa no lugar de Deus.

Um ídolo não necessariamente é uma estátua, pode ser o seu pai, mãe, marido, esposa, filho, filha, pastor, etc. Qualquer pessoa que assume a importância que só Deus merece ter está originando idolatria nas nossas vidas.

Podemos não nos curvar fisicamente perante outros deuses ou estátuas, mas muitas vezes colocamos a nossa esperança e a nossa confiança em coisas que não são Deus, como a estabilidade financeira ou mesmo a família. Deus não divide a Sua glória com ninguém, porque isso coloque Deus sempre em primeiro lugar na sua vida e Ele acrescentará tudo o resto que você precisar (Mateus 6:33)!

Para refletir

Depois de ler estes defeitos, será que há algum que faz parte da sua vida? Ore e peça a Deus para sondar o seu coração, pois Ele te conhece e quer estar bem perto de você. Se você se identificou em algum desses defeitos, peça perdão e volte para o Pai, que está de braços abertos para te receber!

MARCO ANTÔNIO LANA - TEÓLOGO BÍBLICO E ESCATÓLOGO

sexta-feira, 16 de março de 2018

ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA.



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TEXTO ÁUREO

"O SENHOR é o que tira a vido e a dá; faz descer à sepultura e faz tomar a subir dela." (1 Sm 2.6)

VERDADE PRÁTICA

A pena de morte e a eutanásia violam a soberania divina. A vida foi dada por Deus e, portanto, pertence a Ele.

LEITURA BÍBLICA

Romanos 13.3-5; 1Samuel 2.6,7; João 8.3-5,7,10,11

Romanos 13.3-5
3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

1Samuel 2.6,7
6 O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.
7 O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.

João 8.3-5,7,10,11
3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10 E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Mostrar a perspectiva bíblica acerca da pena de morte;
- Expor o conceito e as implicações éticas da eutanásia;
- Conscientizar sobre o aspecto sacro da vida.


I - A PENA DE MORTE NAS ESCRITURAS

O Antigo Testamento prescreve a pena de morte. O Novo Testamento reconhece a existência da pena capital, mas não normatiza o assunto.

1. No Antigo Testamento. No pacto com Noé e na Lei de Moisés a pena de morte aparece como punição retributiva: "sangue por sangue e vida por vida" (Gn 9.6; Êx 21.23). Um dos propósitos era punir com a morte o culpado por assassinato premeditado (Êx 21.12). Essa prescrição não contraria o sexto mandamento, pois o verbo hebraico rãtsah presente na expressão "Não matarás" (Êx 20.13), significa "não assassinarás", isto é, proíbe efetivamente o homicídio doloso ou qualificado.

Então, ao indivíduo era proibido matar, e, quando alguém matava, a lei exigia que o Estado fizesse justiça. Para o devido processo legal ao menos duas testemunhas eram requeridas para a efetivação do processo (Dt 17.6). Assim, a morte do homicida era vista como justiça contra a impunidade. Porém, havia exceções. Quando Davi adulterou e premeditou a morte de Urias, a pena não foi aplicada ao monarca (2Sm 11.3,4,15; 12.13). Neste caso. Deus tratou pessoalmente do pecado do Rei (2Sm 12.10-12).

2. No Novo Testamento.

Aos Romanos, Paulo constata a legalidade da pena de morte e a legitimidade do Estado em usar a espada como punição ao transgressor (Rm 13.4). No entanto, o apóstolo não normatiza a aplicação da pena, não ordena e nem proíbe, apenas reconhece a existência da lei como dispositivo punitivo.
O evangelista João registrou o caso da mulher apanhada em adultério (Jo 8.4). Os escribas e fariseus exigiram o parecer de Jesus sobre a aplicação da pena de morte para a adúltera (Jo 8.5). Entretanto, os acusadores comportaram-se de modo parcial trouxeram somente a mulher para ser julgada, enquanto a lei exigia a presença das testemunhas e também do adúltero (Nm 35.30; Lv 20.10). Cristo se recusou a participar deste juízo temerário e ilegítimo. Absolveu a mulher da punição, a perdoou e a exortou a deixar o pecado (Jo 8.11).

II - EUTANÁSIA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES

1. O conceito de eutanásia.

Etimologicamente a palavra "eutanásia" tem origem em dois termos gregos: eucom o significado de "boa" ou "fácil" e, thánatos, que significa "morte". A junção destes dois termos resulta na expressão "boa morte", também conhecida como "morte misericordiosa".

O vocábulo foi inicialmente usado pelo filósofo inglês Francis Bacon (1561-1627). No sentido técnico, a "eutanásia" significa antecipar ou acelerar a morte de pacientes em estágio terminal ou que estejam padecendo de dores intensas em consequência de alguma doença incurável. É o ato de matar o doente para não prolongar o grave quadro de seu sofrimento e de seus familiares. As formas usadas podem ser classificadas em eutanásia passiva ou ativa. A primeira consiste em desligar as máquinas e aparelhos que mantém o paciente vivo e a segunda requer a aplicação de qualquer droga que possa acelerar o processo de morte.

2. As implicações da eutanásia.

A prática da eutanásia tem implicações de ordem Legal, moral e ética. Nos aspectos legais, a Constituição Brasileira assegura a "inviolabilidade do direito à vida" (Art. 5°). Assim, a "eutanásia" é tipificada como crime no Código Penal Brasileiro (Art. 122). No entanto, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei n° 236/12 (Novo Código Penal) onde o juiz poderá deixar de aplicar punição para quem cometer a eutanásia seja ela passiva ou ativa. Nas questões de ordem moral nos deparamos com a violação do sexto mandamento "Não matarás" (Êx 20.13), e, quando a "eutanásia" é consentida pelo paciente, surge o problema do pecado de suicídio. Pergunta-se ainda:

·         A quem mais interessa a eutanásia? Ao paciente ou ao seu Plano de Saúde?

As motivações parecem ser mais econômicas que humanitárias.

As indagações éticas podem ser assim resumidas:

·         É lícito exterminar pessoas doentes?
·         Quem tem poder para decidir sobre a morte?


III – A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS

1. A fonte originária da vida.

A Bíblia ensina que Deus trouxe o universo à existência (Gn 1,1) e que Ele próprio sustenta todas as coisas (Hb 1,3). Deus não criou somente a matéria, mas criou também toda a espécie de seres vivos, bem como o ser humano (Gn 1.21-27; Cl 1.16).

A humanidade, como obra prima, é uma criação especial e distinta. Deus a criou sua imagem e semelhança (Gn 1.27), característica não dada a outra criatura. A vida humana passou a existir por causa da vontade do Altíssimo, bem como permanece agora: "todas as coisas subsistem por Ele" (Cl 1.17). O Criador tem o controle soberano de toda a vida (Dt 32.39; Lc 12.7), e esta tem origem Nele: "pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração e todas as coisas" (At 17.25). Portanto, o Deus vivo é a fonte originária da vida e só Ele tem autoridade exclusiva para concedê-la ou tirá-la (1Sm 2.6).

2. O caráter sagrado da vida.

A vida humana é sagrada porque a sua origem é divina. Por conseguinte, existe a proibição de alguém tirar intencionalmente a vida de outro ser humano (Êx 20.13). A dignidade da vida humana deve ser protegida e preservada antes e depois do nascimento, desde o momento da concepção até o seu último instante de vida (SI 139-13-16; 116.15). A vida deve ser respeitada e valorizada como dádiva divina (2 Pe 1.3). No caso de alguma enfermidade, o paciente tem o direito de receber tratamento adequado tanto na busca da cura como no alívio de suas dores. Procedimentos dolorosos e ineficazes podem ser evitados a fim de resguardar a dignidade humana, porém, exterminar a vida é uma afronta ao Príncipe da Vida (At 3.15). Se a vida é sagrada por ocasião da concepção, logo, não poderá deixar de sê-La em seu derradeiro dia. Buscar a morte como alívio para o sofrimento é decisão condenada nas Escrituras. Jó, por exemplo, embora sofrendo dores terríveis, reconheceu o caráter sagrado da vida e não aceitou a sugestão de sua esposa em amaldiçoar a Deus e morrer (Jó 2.9). Por fim, o patriarca enalteceu a soberania divina sobre a existência humana (3042.2).

CONCLUSÃO

A vida humana, sua sacralidade e dignidade, têm origem em Deus.
Atentar contra esse dom divino é colocar-se contra a soberania de Deus, o autor da vida. O poder absoluto sobre a vida e a morte pertence a Deus. A atual ideologia que propaga o direito do homem em exterminar a própria vida, ou a do outro, viola o propósito divino (Jo 10.10).

PARA REFLETIR

A respeito do tema "Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia", responda:

• Para o efetivo processo legal da pena de morte no Antigo Testamento, o que era necessário?
Para o devido processo legal ao menos duas testemunhas eram requeridas para a efetivação do processo (Dt 17.6).

• o que Paulo constatou, segundo a Epístola aos Romanos?
Aos Romanos, Paulo constata a legalidade da pena de morte e a legitimidade do Estado em usar a espada como punição ao transgressor (Rm 13.4).

• Quais implicações a eutanásia tem?
A prática da eutanásia tem implicações de ordem legal, moral e ética.

• O que a Bíblia ensina em relação à fonte originária da vida?
A Bíblia ensina que Deus trouxe o universo à existência (Gn 1.1) e que Ele próprio sustenta todas as coisas (Hb 1.3).

• Segundo a lição, por que a vida humana é sagrada?
A vida humana é sagrada porque a sua origem é divina.


domingo, 11 de março de 2018

ÉTICA CRISTÃ E IDEOLOGIA DE GÊNERO


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TEXTO ÁUREO

"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou." (Gn 1.27)

VERDADE PRÁTICA

A doutrina da criação do ser humano revelada nas Escrituras Sagradas, em que a distinção dos sexos é o padrão, não pode ser relativizada.

LEITURA BÍBLICA - Isaías 5.18-24

18 Ai dos que puxam a iniquidade com cordas de vaidade, e o pecado com tirantes de carro!
19 E dizem: Avie-se, e acabe a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
20 Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos!
22 Ai dos que são poderosos para beber vinho, e homens de poder para misturar bebida forte;
23 Dos que justificam ao ímpio por suborno, e aos justos negam a justiça!
24 Por isso, como a língua de fogo consome a palha, e o restolho se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Explicar Ideologia de Gênero;
- Arrazoar a respeito das consequências da Ideologia de Gênero;
- Mostrar o ideal divino quanto aos sexos.


INTRODUÇÃO

Teorias sociais, que nascem em laboratórios de ciências sociais das principais universidades do mundo, ensinam que as diferenças entre os sexos são resultados da relação histórica de opressão e preconceito entre homem e mulher. A este entendimento dá-se o nome de "ideologia de gênero". Os defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os princípios cristãos. Apesar de cada época apresentar desafios diferentes à fé cristã, as Escrituras advertem aos cristãos o viver em santidade em todas as épocas e culturas (1Pe 1.15,23-25).

I - A IDEOLOGIA DE GÊNERO

1. Definição de Ideologia.

O termo foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836). O conceito foi amplamente usado pelos alemães Karl Marx e Fredrich Engels, autores do Manifesto Comunista (1848). A palavra é composta pelos vocábulos gregos eidos, que indica "ideia", e logos com o sentido de "raciocínio". Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual, ou seja socialmente. Em sentido amplo, a ideologia se apresenta como o que seria ideal para um determinado grupo.


2. Ideologia de Gênero.

A palavra "gênero" tem origem no grego genos e significa "raça". Na concepção da Lógica, o termo indica "espécie". Usualmente deveria indicar o "masculino" e o "feminino", como ocorre na Gramática. Nesse sentido, a expressão é inofensiva; porém, na sociedade pós-moderna tal significado é relativizado e distorcido em "ideologia de gênero". Essa ideologia também é conhecida como "ausência de sexo". Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Os ideólogos afirmam que os gêneros — masculino e feminino—são construções histórico-culturais impostas pela sociedade.

3. Marxismo e Feminismo como fonte dessa ideologia.

Nos escritos marxistas a ideologia deixa de ser apenas "o conhecimento das ideias" e passa a ser um "instrumento" que assegura o domínio de uma classe sobre outra. O marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro "A Origem da família, a propriedade privada e o Estado" (1884), onde a família patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir autora da obra "O Segundo Sexo" (1949), onde é afirmado que "não se nasce mulher, torna-se mulher". Assim, do contexto social marxista, que deu origem à "luta de classes", surgiu a ideologia culturalista como sendo "luta de gêneros", ou seja, uma fantasiosa "luta de classes entre homens e mulheres". Nesse aspecto, a Ideologia de Gênero pretende desconstruir os papéis masculinos e femininos na sociedade atual.


II- CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO

1. Troca de papéis entre homens a mulheres.

A ideologia de gênero propaga que os papéis dos homens e das mulheres foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante para a definição dos papéis sociais do homem e da mulher. Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam com clareza a distinção natural dos sexos (Gn 2.15-25; Pv 31.10-31).

Outra consequência lógica dessa ideologia é que a determinação do sexo de uma pessoa agora é definida pelo fator psicológico, bastando ao homem, ou à mulher, aceitarem-se noutro papel. Além disso, faz-se apologia à prática do homossexualismo e do lesbianismo. Tanto as Escrituras quanto a tradição eclesiástica sempre confrontaram essa tendência humana de inverter os papéis naturais (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33).

2. Confusão de identidade para o ser humano.

Os adeptos desta ideologia afirmam que a sexualidade (desejo sexual) e o gênero (homem e mulher) não estão relacionados com o sexo (órgãos genitais). Desse modo, a identidade de gênero e a orientação sexual passam a ser moldadas ao longo da vida. Por exemplo, a criança passa a decidir depois de crescida se quer ser menino ou menina. É o aprofundamento dramático da distorção da natureza humana relatada pelo apóstolo Paulo (Rm 1.26,27). Essa indefinição acerca da própria identidade produz no ser humano um efeito destruidor e provoca nele uma confusão de personalidade, gerando graves problemas de ordem espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz ainda ao pior dos pecados: a insolência da criatura de se rebelar contra o seu Criador (Rm 9.20).

3. Desvalorização do casamento e da família.

A ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao sexo provoque um impacto deletério sobre a família. A Ideologia de Gênero considera a atração pelo sexo oposto, o casamento e a família estereótipos sociais previamente estabelecidos pela sociedade. Nesse contexto, a primeira instituição amada pelo Criador (Gn 2.24) passa a ser constantemente desvalorizada, criticada e massacrada. Estes e outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do Senhor Jesus (2 Tm 3.1-5).

III- O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS

1. Criação de dois sexos.

A Bíblia revela que Deus criou dois sexos anatomicamente distintos: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou" (Gn 1.27). Portanto, biologicamente o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como macho, a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero. A cultura humana permanece sob o julgamento de Deus (1Pe A.17-19).

2. Casamento monogâmico e heterossexual.

Ao instituir o casamento Deus ordenou: "deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). Isto significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferença dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: "nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão" (1Co 11.11). Assim, mudam-se as culturas e os costumes, mas a Palavra de Deus permanece inalterável (Mt 24.35).

3. Educação dos filhos com distinção dos sexos.

Educar não consiste apenas em suprir os meios de subsistência e proporcionar o bem-estar necessário à família. Cabe também aos pais educar os filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo no lar (Ef 6.1,2). A família cristã não pode perder a referência bíblica na educação de seus filhos. Por exemplo, explicar e orientá-los de que homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia diferente e personalidades díspares é responsabilidade dos pais. Sigamos, pois, com respeito às pessoas, não discriminando-as, mas se posicionando com toda firmeza na distinção de homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de "luta de gêneros" (Gn 1.27; 1Co 11.11,12; Ef 5.22-25).


CONCLUSÃO

A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não esboça reação e o mal vem sendo propagado. No entanto, a igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos valores. Os cristãos precisam reagir e "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd v.3).

PARA REFLETIR

A respeito do tema "Ética Cristã e Ideologia de Gênero", responda:

• O que significa ideologia?

Ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual ou socialmente.

• O que os ideólogos afirmam sobre os gêneros masculino e feminino?

Os ideólogos afirmam que os gêneros — masculino e feminino — são construções histórico-culturais impostas pela sociedade.


• Cite as três consequências da ideologia de gênero.

Troca de papéis entre homens e mulheres; confusão de identidade para o ser humano; desvalorização do casamento e da família.

• Destaque quais elementos constituem o ideal divino quanto aos senos.

Criação dos dois senos; casamento monogâmico e heterossexual; Educação dos filhos com distinção dos sexos.

• O que pretende a ideologia de gênero?

A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser considerado ideal.