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sábado, 25 de outubro de 2014

QUEM FOI BARRABÁS



Barrabás (do aramaico Bar Abbas, "filho do pai") nasceu na cidade de Jopa, ao sul da Judeia. Tinha a profissão de remador de botes e foi contemporâneo de Jesus Cristo. É um personagem citado no Novo Testamento, no episódio do julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos.


NARRATIVA BÍBLICA

Era integrante de um partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado zelote.

Seu grupo agia através de ataques às legiões como meio de fustigar as forças invasoras dominantes. Foi preso após um ataque a um grupo de soldados romanos na cidade de Cafarnaum, onde possivelmente um soldado foi morto. «E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.» (Marcos 15:7)

Segundo o texto bíblico, quando Jesus foi acusado pelos sacerdotes judeus perante Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, depois de interrogá-lo, não encontrou motivos para sua condenação. Mas como o populacho, presente ao julgamento, vociferava contra o prisioneiro exigindo sua crucificação, Pilatos mandou flagelá-lo e depois exibi-lo, ensanguentado, acreditando que a multidão se comoveria (um episódio conhecido como Ecce homo. Mas tal não aconteceu.

Pressionado, o governador tentou um último recurso: mandou trazer um condenado à morte, tido como ladrão e assassino, chamado Barrabás, e, valendo-se de uma (suposta) tradição judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados deveria ser solto e o outro crucificado. Então, o povo manifestou-se pela libertação de Barrabás.

NARRATIVA FORA DA BÍBLIA

Barrabás é um personagem misterioso, citado breve e exclusivamente no Novo Testamento, no contexto do julgamento de Jesus. Ele seria um criminoso condenado à morte pela justiça romana, que acaba libertado por vontade do populacho judeu, posto a escolher entre ele e o Nazareno.

Ester, sua esposa, foi morta por ser uma seguidora de Jesus.

Barrabás passa por várias situações críticas, seja como escravo-mineiro, seja como gladiador em plena capital do Império Romano. E, em todas elas, a lembrança de Jesus parece persegui-lo, através de outros personagens, como o seu companheiro de infortúnio, Sahak, e o treinador de gladiadores, Lucius.

Por força disso, Barrabás quase se torna cristão e é nesse estado que ele interpreta o incêndio de Roma, ocorrido no reinado de Nero, como um prenúncio do advento de uma nova era, prometida pelo Cristo.

Até o fim, ele se mantém atado a Jesus, posto que também sofre o suplício da cruz. Mas, se o Nazareno (segundo os Evangelhos) expira dizendo: "Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito!", Barrabás que, apesar de tudo não conseguiu converter-se a nenhum deus, encerra sua vida murmurando para a noite: "Escuridão, entrego-me à tua guarda!".

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