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quarta-feira, 23 de julho de 2014

SÃO JOAQUIM E SANTA ANA



Joaquim pertencia à tribo da Judeia. Aos vinte anos tomou por esposa Ana, filha de Isachar, de sua tribo, descendente de Davi. Desde o começo de seu matrimônio fizeram voto de que ofereceriam seu primogênito para ser criado no templo santo, mas após vinte anos está criança ainda não havia nascido.
 Joaquim era um homem muito rico, que cumpria suas obrigações no templo com muita generosidade. Porém, chagado o Dia do Senhor, quando todos os filhos de Israel levam duas oferendas ao templo, Joaquim foi impedido de participar por não ter filhos. Não gerar descendência para Israel era considerado fator de desconfiança, como um castigo de Deus por pecados não revelados. Sentindo-se injustiçado e sem dizer à sua mulher, foi para o deserto, e ali montou tenda, onde jejuou  por 40 dias e 40 noites, esperando uma manifestação de Deus.

Enquanto isso, Ana, sua mulher, chorava e lamentava sua viuvez e sua esterilidade. No Dia do Senhor não se sentiu digna de participar das orações. Sentou-se no jardim, debaixo de um louro e ali orou fervorosamente. Em sua aflição comparou-se aos pássaros do céu, às feras, à águia e à própria terra. Todos eram fecundos perante ao Senhor, menos ela. Então um Anjo do Senhor apareceu e disse-lhe: “Ana, o Senhor escutou as tuas preces, conceberás e darás à luz uma filha e falar-se-á de tua primogênita por toda a Terra”. Ao que Ana respondeu: “Por mim Senhor, se dou à luz seja um filho ou uma filha, oferecerei ao Senhor e será seu servo todos os dias de sua vida”.
Também a Joaquim, no deserto, um Anjo do Senhor se revelou anunciando que Ana conceberá uma filha. Joaquim reuniu seu rebanho, separou parte deste para se oferecido a Deus, aos sacerdotes e ao povo, i dirigiu-se à cidade.
Joaquim e Ana encontraram-se na entrada da cidade na Porta Dourada, pois Ana havia sido avisada, pelo Anjo, do retorno do marido. Cheia de alegria ela exclamou:
“Agora sei que o Senhor Deus me encheu de bênçãos, pois era viúva e já não sou mais não tinha filhos e vou conceber em minha entranhas”
E, após nove meses deu à luz uma filha, à qual chamou de Maria.
E tudo aconteceu em graça plena!

A fonte dessas histórias reverenciadas e das famosas obras de arte se encontra no Proto-Evangelho de Tiago. Escrito provavelmente no sec. II dc, supostamente por Tiago, irmão de Jesus, circulou durante séculos entre os cristãos, e acabou, sendo banido pela Igreja Católica, jamais fazendo parte, portanto, do Novo Testamento.

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