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sábado, 12 de abril de 2014

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 23 – O REINO DIVIDIDO.



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 23 – O REINO DIVIDIDO.

Com  a morte de Salomão, Roboão seu filho reinou em seu lugar (“43 E Salomão dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.”- 1Rs 11,43). Parecia que o reino continuaria normalmente. Engano! Do Egito descia Jeroboão, inimigo de Salomão e conseqüentemente do reinado de Roboão seu filho. A dinastia davídica estava presente a sofrer um golpe sem cura.
Veremos a seguir, a causa desta cruel divisão e atitude dos reis que se assentaram nos dois tronos.

1.    ROBOÃO – UM REINO INSENSATO (1Rs 12).

Se Salomão foi conhecido na historia pela sabedoria, Roboão,seu filho, o foi pela sua insensatez. Foi coroado rei, as tribos   de Israel quiseram negociar com ele. Estavam dispostos a aceitá-lo como seu rei sob a condição de afrouxar as impressões feitas ainda por Salomão, tais pagamentos de tributos e trabalhos forçados (“Teu pai impôs-nos um jugo pesado; alivia agora a rude servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e seremos teus servos.” – v4). Roboão não admitiu negociação e as tribos de Israel se separaram da casa de Davi. Três fatores levaram Roboão  a esta derrota.

a)    Ele não ouviu o conselho dos anciãos (v.8). 

Possivelmente, Roboão não leu os provérbios de seu pai Salomão, que em vários lugares falam da necessidade de ouvir o conselho de gente experimentada (Pv 12,15;15,22;19,20;20,18;27,9).

b)    Ele andou no conselho dos ímpios (vs 8-11)   

Não há nenhum problema  no conselho dos jovens, mas no conselho de jovens destituídos do temor do Senhor há problemas, sim. A arrogância dos amigos de Roboão o levaria à ruína. Logo se vê que Roboão, também não meditava nos Salmos do seu avô Davi, que dizia – “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Sl 1,1).
                                                                                          
2.    JUDÁ – UM REINO ENFRAQUECIDO.

Após a divisão, houve um período de antagonismo entre Judá (sul) e Israel (norte).
Vejamos o que caracterizou o reinado dos três primeiros reis de Judá.

a)    Roboão.

Ele foi o último rei da monarquia unida e o primeiro do reino sulista de Judá. Seu reinado teve duas fases.

Þ     Abandono do Senhor – durante o seu reinado sugiram altares idólatras, estátuas, bosques, lugares altos, e jovens e mulheres foram nomeados como prostitutos e prostitutas cultuais (1Rs 14,22-24).

Þ     Derrotas e humilhação – como o Senhor não dorme, não demorou entregar Judá na mão do inimigo (2Cr 12,1-12). Advertido pelo profeta Semaías, Roboão se humilhou (2Cr 12,6). O Senhor, cuja misericórdia duram para sempre (Sl 136), retirou o castigo (v 7) e permitiu que Roboão terminasse o seu reinado em paz.

b)    Abias (1Rs 15,1-8;2Cr13).

Abias reinou após seu pai, Roboão. O livro de crônicas (2Cr 13) nos conta que ele questionou a divisão de Judá e Israel e apelou ao Senhor para ser vitorioso na luta contra Jeroboão. No entanto, o seu coração não era perfeito (totalmente entregue) diante do Senhor (1Rs 13,3). Talvez por isso tenha reinado apenas três anos em Judá.

c)    Asa (1Rs 15,9-24;2Cr14-16).

Asa reinou quarenta e um anos em Judá e deu inicio a uma reforma espiritual na nação. Levou a sério o seu relacionamento com Deus a ponto de destituir  a própria mãe do cargo de rainha, por ter feito uma imagem a Asserá (1Rs 15,13). Na reforma espiritual, Asa foi incentivado pelo profeta Azarias (2CR 15,1-2).
As palavras de Azarias se resumem em três verdades:

Þ     “Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós.” (Tg 4,8).
Þ     Deus deixa-se achar por aqueles que o buscam (Jr 29,13;Mt 6,33).
Þ     Quem abandona a Deus será abandonado por Ele ( Jr 2,10-23).

“Se os lugares altos não desapareceram, o coração de Asa esteve, contudo, totalmente devotado ao Senhor durante toda a sua vida”. (2Cr 15,17) – A Bíblia diz que o coração de Asa foi perfeito diante de Deus. Isso não quer dizer que ele não teve pecados, mas que adorava tão somente a Deus.

3.    ISRAEL – UMA NAÇÃO IDÓLATRA (1Rs 11,26-16,28).

Se em Judá ainda havia um pequeno sentimento de obediência a Deus, em Israel havia somente idolatria. Jeroboão inaugurou um governo inseguro e fraco e, com medo do coração do povo voltar ao rei de Judá, proibiu a peregrinação a Jerusalém, dando opções religiosas ao povo (1Rs 12,25-33).
Por não buscarem ao Senhor, o reinado em Israel, de Jeroboão até Onri (926 a 870 aC.) foi de instabilidade. Homens ambiciosos usurpavam o poder, eliminando por assassinato seus antecessores. Dos dezenove reis de Israel, oitos foram assassinados.
Durante os primeiros 40 anos após a separação dos dois Estados, Judá e Israel permaneceram inimigos. Os conflitos só tiveram um fim provisório durante o período de Onri e sua dinastia. Os reis de Israel foram: Jeroboão, Nodabe, Baasa, Ela, Zinri e Onri. Nenhum deles andou com Deus e algumas lições podem tirar para o nosso exemplo:

Þ     Deus enviou profetas para chamar a nação de Israel ao arrependimento mesmo esta não o ouvindo (1Rs 13).
Þ     A idolatria foi tratada com severidade por Deus – o reino foi esfacelando e, finalmente. Foi levado ao cativeiro (2 Rs 17-25).

Þ     O pecado traz divisão – o reino do povo escolhido de Deus foi dividido pelo pecado de seus lideres. É bom saber que Deus tem um plano para restaurar todas as coisas (Is 11,10-13;Ez 37,15-28).

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