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quinta-feira, 24 de abril de 2014

FAMÍLIA - IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 03 – UMA SÓ CARNE.



FAMÍLIA - IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 03 – UMA SÓ CARNE.

“...e serão uma só carne.” (Gn 2,24c).

O que quer dizer isto “tornado-se os dois uma só carne?” Quer dizer uma expressão física, uma expressão sexual. Depois de deixar papai e mamãe, depois de se unir pelos laços do casamento, o casal tem o direito e privilégio de desenvolver uma relação sexual, os dois se tornaram uma só carne. É uma expressão física, e também uma expressão emocional, intelectual e espiritual. Mas, uma coisa uma coisa que temos que entender, é que existem diferenças entre o homem e a mulher, na relação sexual o homem encara a relação sexual do ponto de vista físico. Enquanto que a mulher encara o sexo do ponto de vista emocional.

Uma maneira de entender este conceito da diferença entre a mulher e o homem seria por uma história que eu li num livro titulado “Dar-te-ei o Meu Amor” de Jaime Kemp. A relação sexual é como duas pessoas escalando uma montanha. Vamos dizer que a escalada esta dividida em três partes diferentes.

  • A primeira é a subida. Seria a preparação, seria o jogo do amor, seriam caricias e palavras românticas. Preparação é a subida para o pico.
  • A segunda etapa seria o pico da montanha, seria o que chamamos o orgasmo, o clímax, é a relação sexual em si.
  • A terceira parte seria a descida, isto é, o relaxamento, o esfriamento, momento importante na vida do casal.

Muito bem, pensando na subida, no pico e na descida, o casal decide escalar a montanha. É uma coisa espontânea, é uma coisa natural, vem através de um bom jantar, através de um carinho, de uma expressão carinhosa, um presente, alguma coisa que nós falamos, algum desejo que nós temos. Então, o casal vai subir a montanha a tendência do homem é subir à mil por hora, é chegar lá, porque o interessante é o evento lá em cima. Mas a mulher quer demorar na subida e, muitas vezes, o marido chega lá no pico sem a sua esposa. Ou, às vezes, ela está fisicamente com ele, mas emocionalmente ela está no vale. Então, se você se encontrar lá em cima, sem a sua mulher, volte, pegue a sua mão e suba devagar. Então os dois chegam ao pico, lá é muito bonito, dá para ver vales e rios, cores e flores. Passear juntos no pico, como Deus planejou para este relacionamento.

É uma coisa bonita. O pico e o orgasmo, é a relação em si. E a descida é o momento de relaxar. Mas, a tendência do homem, de novo, e de afastar-se de sua mulher, virar as costas e dormir, roncando como um urso. E ela pensa : “Será que o casamento é somente isto?” Sabe porque ela faz esta pergunta, marido? É porque já no pico ela estava começando a ter prazer, enquanto seu prazer já tinha acabado. E você foi insensível por não perceber que sua esposa também tinha capacidade de experimentar o mesmo prazer ou até mais. Você não esperou e desceu rapidamente, correndo da montanha. Deixou a sua esposa frustrada. E muitas vezes  nós encaramos isto como frieza da mulher. Mas o que acontece é que a mulher deixa de gostar, deixa de ter prazer na relação. E, então, ela se desinteressa.

CONCLUINDO



A experiência de ser “uma só carne” é muito importante. Ela é física, ela é emocional. Tanto o marido, quanto a esposa, precisam de ambos. No entanto, a prioridade de um é diferente da do outro. A comunicação é uma chave para o relacionamento ideal. Estas são diferenças básicas tremendamente importantes nesta expressão física e emocional, a vida sexual do casal.

sábado, 19 de abril de 2014

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 24 – AMIZADE ENTRE JUDÁ E ISRAEL



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 24 – AMIZADE ENTRE JUDÁ E ISRAEL

O período que vamos estudar corresponde a mais ou menos 76 anos dae história de Israel e Judá. É um período de decadência moral e religiosa que precede os cativeiros dos dois povos. Vai do ano de 874 a 798 aC.. O pequeno gráfico abaixo  nos dá uma noção desse período. Os anos dados são de inicio do reinado de cada rei.
Vejamos, a seguir, os principais fatos que marcaram este período dos dois reinos, Judá e Israel.

REIS DE JUDÁ  ANO   REIS DE ISRAEL ANO
Josafá                  873              Acabe         874
Jeoroão                  848              Acazias 853
Acazias                  841              Jeorão         852
Atalia                  841              Jeú         841
Joás                          835             Jeoaca         814
Amazias                  796             Jeoá         798

1. UMA ALIANÇA SEM DEUS (1 Rs 22).

Israel e Judá estavam há quase 60 anos distanciados. Houve guerras entre os dois povos algumas vezes. No  entanto, quando se viram ameaçados pela Síria e Moabe (1 Rs 22,1-40 e 2 Rs 3), os dois reinos se uniram para se proteger e, se possível, aumentar suas fronteiras. A união de casa de Judá com a de Israel tinha tudo para ser uma benção para as duas nações co-irmãs. O problema é que era uma aliança que não levou em conta a obediência a Deus. Foi puramente política militar. Que mais perdeu foi Judá. Pois com o tempo foi esquecendo as reformas de Josafá (1Rs 22,14-51) e se misturando à  idolatria da casa de Acabe (2 Rs 8,18.27-29).

É bom lembrar que a pessoa que mais contribuiu para o declínio espiritual e moral nessa época foi Jezabel. Ela dominava seu marido, filhos e genros. Seu apego a Baal era intenso e nem mesmo o massacre dos seus profetas (1Rs 18,17-40) diminuiu o seu zelo, antes o intensificou. Não é por acaso que Jezabel é citado em Ap 2,20 como símbolo de imoralidade, idolatria e apostasia. Assim como uma mulher sábia edifica a sua casa, uma mulher sem o temor do Senhor a leva a ruínas (Pv 14,1).

2. ISRAEL – UMA NAÇÃO DESOBEDIENTE.

Como vimos no gráfico, Israel teve 05 reis durante este período de amizade com Judá. Vejamos os principais fatos desta etapa da historia de Israel.

a) Tempo de idolatria. 

Todos os reis  de Israel idolatraram (1Rs 16,31; 2Rs 1,2; 3,2; 13,2.6). Israel fazia uma política de harmonização com os cananeus e assim tolerava os seus cultos e suas divindades. A idolatria foi tamanha que Deus levantou Elias e Eliseu como opositores a este estado de coisas (1Rs 17-19). É bom notar que o casamento da Acabe com Jezabel foi porta de entrada ao culto de Baal. Jezabel ajuntou a si quatrocentos e cinqüenta profetas que ensinaram a Israel a pecar grandemente contra Deus (1Rs 18,19).

É bom saber que Deus nesse tempo tão trágico da história de Israel levantou profetas e pessoas fieis para restabelecerem o culto a Ele, junto de Elias e Eliseu havia ainda sete mil que se consagravam ao Senhor (1Rs 19,18).

b) Tempo de corrupção. 

O afastamento de Deus é quase sempre seguido de imoralidades. Em Israel não foi diferente, o fato que mais nos chama a atenção foi a usurpação da vida de Nabote pelo rei Acabe (1Rs 21,1-16). A lei e a justiça foram substituídas pela ganância, mentira e posse legitima da terra. Os profetas de Israel quase sempre declararam a corrupção como conseqüência do afastamento de Deus (Am 4,1-2; 5,7; Is 5).

c) Tempo de ação de Deus.

Deus não ficou a reboque do que acontecia. Neste período enviou profetas para atestar aos reis sobre a conseqüência de seus picados (1 Rs 21,17-29).
O Senhor levantou homens para ferirem os que não eram obedientes a Ele (2R 9,7-10).
O grande herói deste tempo fora profetas de Elias e Eliseu. Eles foram ousados na denuncia contra o pecado e nos prodígios que chamaram a atenções ara o poder de Deus.

3. JUDÁ –  UMA NAÇÃO REBELADA.

Voltemos s nossa atenção para Judá.durante estes 76 anos de historia esta naca teve cinco reis dos quais apenas Josafá (873 e 848) andou retamente diante de Deus (1Rs 22,41-43). Como premio pela ua obediência viveu em paz com o rei de Israel (1Rs 22,45).

A paz acompanha o coração do cristão fiel (Fp 4,5-7).

Com a morte de Josafá, o reino de Judá  entrou em rebelião  contra Deus, vejamos algumas obras dos próximos governantes de Judá.

a) Jorão –  casou-se com uma das filhas de Acabe, e fez o que era mau na presença do Senhor (2Rs 8,18). Em conseqüência sofreu a rebelião dos edomitas (2Rs 8,22).

b) Ocozias – casou-se com uma das filhas de Acabe e fez o que era mau perante o Senhor (2Rs 8,27). Morreu pela espada de Jeú (2Rs 9,27). O salário do seu pecado foi a morte. (Rm 6,23).


c) Atalia – era a mãe de Ocozias. Matou toda a descendência real para ficar com o trono (2Rs 11,1). Só escapou Joás. Morreu ao fio da espada por ordem do sacerdote Jojada (2Rs 11,15-16). Ela era filha de Acabe e Jezabel. Observamos como a maldade dos pais continuam nos filhos.


d) Joás – este foi criado no templo pelo sacerdote, talvez por isso foi mais zeloso pelas coisas  de Deus (2Rs 11,2-3; 12-2). No entanto, foi um rei instável; pagou tributo à Síria com os utensílios da casado Senhor (2Rs 12,18). E, por fim, se desviou completamente do Senhor, chegando até a ordenar a morte do profeta Zacarias (2Cr 24,17-22). Morreu pela conspiração de seus servos (2Cr 24,25).

sexta-feira, 18 de abril de 2014

FAMÍLIA - IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 02 – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE.



FAMÍLIA - IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 02 – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE.

“...e unir-se-á à sua mulher” (Gn 2,24b).

O verbo unir significa cimentar, colar ou grudar. Quando Deus ordena que o homem se uma a sua mulher Ele quer dizer que eles devem estar colados, como duas folhas de papel em branco. Uma folha representa a noiva e a outra noiva representa o noivo. Se passarmos cola nos papéis e os unirmos estaremos representando, então, este sentimento revelado no v 24. As duas folhas viram uma só, mais espessa, mais resistente, mas caso queiram separa-las, ambas vão se romper. Porque a idéia original de Deus para p casamento era que ele fosse permanente. Jesus quando perguntado, pelos fariseus, em Mt 19,3-9, sobre a questão do divorcio, respondeu que o único caso que justificaria o divórcio seria a infidelidade, mas só porque o coração do homem é duro. Ele fez aquelas pessoas voltarem ao inicio e citou, então, Gn 2,24, mostrando que, na mente de Deus, o casamento só era ser desfeito pela morte. Até que a morte os separe tem a idéia de compromisso completo, por isso quando um casal está no altar, diante de Deus, diante da igreja e dos familiares, o voto, a promessa, que se faz é uma coisa muito séria. Nossa sociedade não valoriza a palavra, os compromissos são muitos fracos, por causa disso estamos encontrando muita gente recorrendo ao divórcio.

I – A FELICIDADE É FRUTO DA OBEDIENCIA AOS PRECEITOS DIVINOS.

Há um tempo, um colega de serviço me procurou e me fez três perguntas:

1 – “Você acha que Deus è um Deus de amor?” É claro, a Palavra de Deus é muito clara, Deus é um Deus de amor, eu respondi
2 – “Você acha que Deus é um Deus de compaixão?” Sim, eu creio que Deus também é  um Deus de compaixão e a sua Palavra confirma isto.
3 – “Você acha que Deus é um Deus de misericórdia?” sim, creio que Deus é um Deus de misericórdia. 

“Então, Marco, você deve crer que Deus quer a minha felicidade”. Eu disse para o meu colega de serviço. Espera ai, eu não sei aonde você quer chegar! Dependendo das circunstancias eu não sei se Deus está interessado na sua felicidade ou não. Então, ele confessou ter encontrado  a sua felicidade. E eu falei: Encontrado a sua felicidade? Mas você é um homem casado há vinte anos, você tem três filhos adolescentes! Como você me diz ter encontrado a sua felicidade agora? Ele me disse: “Vivo com minha mulher há muitos anos, mas não sou feliz. Tenho agüentado esse casamento, mas não sou realizado. E agora apareceu uma mulher que me valoriza, e que me faz feliz”. Eu respondi: “Deus não esta interessado na sua felicidade, pelo menos na por este caminho. E seus filhos adolescentes? O que é que eles vão dizer?” “Há! Meus filhos podem se virar”. E eu disse: “Você é um egoísta! Você foi impactado pela sociedade, pelo humanismo. O humanismo diz que Deus não é o centro do seu mundo, do seu universo, que ele foi colocado de lado. E agora, o homem é o centro do seu universo. Então, o que é importante é o que ele pensa, a sua realização, a sua satisfação. O que você fez foi tirar Deus do trono da sua vida e colocou a si mesmo no trono. E, agora, o que é importante não é a lei de Deus, nem a sua esposa, nem os seus filhos adolescentes. O que é importante é a felicidade. Deus não está interessado na sua felicidade. E o pior é que você vai se casar com esta mulher e não vai encontrar felicidade. Daqui a alguns anos, quem sabe, você apareça perante mim dizendo: ‘Marco, eu encontrei uma outra felicidade!’ Por que? Porque a sua segunda mulher também não fez você feliz”.

CONCLUINDO

Não há como ter absoluta felicidade conjugal sem compromisso, isto é, sem estar cimentado, colado ou grudado. E mais, a incapacidade dos pais se relacionarem, interfere na vida dos filhos. Esse compromisso é importante, especialmente numa sociedade totalmente descomprometida. Seja na igreja, no emprego, na escola, no governo, na policia, em todos os setores da sociedade existe uma infidelidade. E isto, também, tem impactado nosso relacionamento conjugal, infelizmente. Mas uma coisa, não é possível, você se comprometer se você não deixou. Por isso o Espírito Santo colocou em primeiro lugar, a primeira base o deixar mamãe e papai para então poder se unir ao seu cônjuge, sua esposa, seu marido.

domingo, 13 de abril de 2014

FAMÍLIA - IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 01 – DEIXAR PAI E MÃE.




FAMÍLIA - IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 01 – DEIXAR PAI E MÃE.

“Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe.” (Gn 2,24a).

Deixar pai e mãe. Este é a primeira ordem que Deus dá ao novo casal. Mas, o que é deixar? Deixar aqui não significa abandonar ou renegar os pais. Significa assumir uma nova função. No dia do casamento o homem deixa a função de filho. Ele sempre vai ser filho de seus pais, mas, agora, sua função é ser marido. E, a mulher, também, no dia do seu casamento, deixa a função de filha e assume a função de esposa. O que nós temos então? Temos uma mulher funcionando como esposa e um homem funcionando como marido. Agora, o que acontece quando o homem deixa de funcionar como marido e ainda funciona como filho? Ou a mulher deixa de funcionar como esposa e continua funcionando como filha? Há, então, um grande problema no casamento. Por isso, Deus estabeleceu para o casamento como base o DEIXAR.

I – TRES FORMAS DE DEIXAR.

Esse deixar tem três aspectos importantes: 
Um deixar geográfico; 
Um deixar financeiro;
Um deixar emocional.

O deixar geográfico ou físico: em outras palavras é: não morar com a sogra. Sabe, a sogra é maravilhosa! Há sogras que se tornam mães. Há homens e mulheres que sabem administrar o relacionamento com noras e genros. Mas não são todos. E, por isto, Deus deixa muito claro que o homem e mulher devem deixar. Isto quer dizer, não morar na mesma casa com os sogros. 

O deixar financeiro: quando casamos nós temos nossas finanças separadas da família onde fomos criados. Agora já somos gente grande, nós vamos nos sustentar, não vamos mais depender do papai e da mamãe. Não se enrole financeiramente com parentes, a palavra de Deus diz que o dinheiro separa os maiores amigos – “As riquezas granjeiam muitos amigos; mas do pobre o seu próprio amigo se separa.” (Pr 19,4). Provavelmente a maioria de nós tem uma ilustração familiar de um parente que tomou dinheiro emprestado de alguém da família e não devolveu, não pagou como prometeu pagar e isto criou uma barreira familiar. O dinheiro se torna uma arma nas mãos do diabo para separar famílias, criar dissensões, brigas, desentendimentos e amarguras.

O deixar emocional: vou chamar José e Maria para me ajudar a ilustrar este deixar. José e a Maria são casados há uns cinco meses. José tem um bom emprego, Maria é dona de casa. Ela está em casa a tarde, então pensa – “O que vou fazer para o meu marido?” – ela resolve preparar um bom jantar para seu marido e pensa – “Sobremesa? Que vou fazer? Ah! Já sei, eu vou fazer uma coisa que eu sei que ele vai gostar. Ele sempre fala do pudim de leite da mamãe. Vou fazer o pudim de leite da mamãe.” – Então ela pega o livro de receita (ela ainda não decorou como a mamãe) e faz um pudim bonito. Põe na geladeira. José chega em casa, toma o seu banho, os dois vão para a mesa e jantam. Depois do jantar, surpresa, chegou a hora da benção, a hora da sobremesa. Maria vai com todo o orgulho e leva aquele pudim que ela fez com tanto carinho, coloca na frente do maridão. José olha e diz – “Oh, queridinha, você fez o pudim como minha mamãe!” – José, da licença, não é o pudim da mamãe! Você casou com a Maria, é o pudim dela! Maria serve um pedação do pudim e da para José, ele pega a primeira colherada, põe na boca e faz uma careta e diz par sua esposa – “Querida, você precisa aprender a fazer o pudim de leite da minha mamãe! José ainda não saiu de debaixo da saia da mamãe. Casado há cinco meses com Maria, e ainda tem dificuldade de deixar emocionalmente a sua mãe e, neste caso, o pudim da mamãe.”

CONCLUINDO

Homens, solteiros e casados! Quem casa com Maria casa com o pudim dela. Que casa com Maria com o bife duro dela. Quem casa com Maria casa com o feijão e o arroz queimado dela. Agora, deixe-me perguntar. Maridão, você acha que há problema no seu casamento por não ter deixado sua mãe? Esposa, há problema no seu casamento por não ter deixado sua mãe ou seu pai? É bom parar e avaliar porque é uma das coisas que o encardido está usando para causar tensões e pressões dentro do casamento.

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 17 – QUE TIPO DE MEMBRO VOCÊ É?



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 17 – QUE TIPO DE MEMBRO VOCÊ É?

“Caríssimo, desejo que prosperes em todos os teus empreendimentos, que estejas bem e igualmente que tua alma prospere.” (3Jo 1,2).

“1. O ancião ao caríssimo Gaio, a quem amo na verdade. 2. Caríssimo, desejo que prosperes em todos os teus empreendimentos, que estejas bem e igualmente que tua alma prospere. 3. Alegrei-me muito com a vinda dos irmãos e com o testemunho que deram da tua verdade, de como andas na verdade.  4. Não tenho maior alegria do que ouvir dizer que os meus filhos caminham na verdade. 5. Caríssimo, fazes obras de fé em tudo o que realizas para os teus irmãos, mesmo para os irmãos estrangeiros. 6. Estes, perante a comunidade, deram testemunho do teu amor. Farás bem em provê-los para a sua viagem, de um modo digno de Deus. 7. Pois por amor do seu nome partiram, sem nada receber dos pagãos. 8. Devemos, portanto, receber a tais homens, para cooperar com eles pela verdade. 9. Escrevi uma palavra à Igreja. Mas Diótrefes, homem ambicioso do poder, não nos quer receber. 10. Por isso, quando eu for aí, hei de recordar as obras que ele pratica, espalhando contra nós coisas más. Não contente com isto, ele não só recusa receber os irmãos, como até proíbe de recebê-los aos que o quereriam fazer, e os exclui da comunidade. 11. Caríssimo, não imites o mal, mas sim o bem. Quem pratica o bem nasceu de Deus. Quem pratica o mal não viu a Deus. 12. A respeito de Demétrio, todos e a mesma verdade dão testemunho, e nós também lhe damos testemunho; e tu sabes que o nosso testemunho é verdadeiro. 13. Tinha muitas coisas para te escrever, mas não quero fazê-lo com tinta e pena. 14. Espero ir ver-te em breve e então falaremos de viva voz. 15. A paz esteja contigo! Os amigos te saúdam. Saúda os amigos cada um em particular.” 3Jo 1,1-15).

I. INTRODUÇÃO.

Você gosta de escrever cartas? A verdade é que a maioria de nós é muito preguiçosa nesse ministério. É interessante notar que Deus usou Paulo, Pedro e João para edificar vidas cristãs através de cartas. De fato, a maior parte do Novo Testamento consiste de cartas e novos crentes, escritas com o objetivo de encorajá-los, guiá-los e ensiná-los na nova fé. As circunstancias e o desejo de ajudar os novos cristãos  levaram os apóstolos a manter contato com eles através de correspondência.

Nas suas cartas, João escreve como um pastor ao seu povo, preocupado em protegê-lo das tentações do mundo e dos erros dos falsos profetas, desejo de vê-lo estabelecido na fé, no amor e na santidade. Na sua terceira carta, João menciona o nome de três membros da igreja, e através disso temos uma noção da vida dos membros de uma igreja primitiva. Estes três membros, Gaio (vs. 1-8), Diótrefes (vs 9-11), e Demétrio (v 12), têm lições preciosas para nós, membros da Igreja  de Cristo no século XX1.

II. GAIO: UM MEMBRO FIEL – (vs. 1-8).

O destinatário da carta é um irmão amado chamado Gaio. Ninguém sabe quem era Gaio, que tinha um nome tão comum como João da Silva! Provavelmente, João, o apóstolo, era seu pai espiritual (v 4). Como João se preocupava com seus filhos na fé! João enviou uma saudação uma saudação bem interessante a Gaio, desejando que sua condição física fosse um reflexo da sua condição espiritual.
Alguns haviam visitado a igreja de Gaio, onde ele era um dos lideres, e trouxeram a João notícias muito animadoras a respeito dele. Gaio era um membro fiel – um membro de confiança. Veja três qualidades da sua fidelidade.

1. Fidelidade á verdade (v 3) – Gaio demonstrou fidelidade doutrinária “com o testemunho que deram da tua verdade, de como andas na verdade.”. Se há uma necessidade maior em dia, em nossas igrejas, é de mais fidelidade doutrinária. Quantos membros em nossas igrejas não têm a minima ideia a respeito da sã doutrina! De fato, são como “Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores”. Davi expressou bem: “Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faze-me, pois, conhecer a sabedoria no secreto da minha alma.” (Sl 51,6).

2. Fidelidade no comportamento (v 4) – A grande alegria de João foi ver seu filho na fé “andar na verdade”. É bom notar que o nosso comportamento como crentes depende da nossa posição doutrinária. O crente que é instável na sua posição doutrinária vai demonstrar instabilidade no seu comportamento como cristão. É importante o que cremos. Gaio era um cristão transparente – não houve dicotomia entre a sua profissão e a sua prática, entre a sua doutrina cristã e a sua ética cristã – “Exorto-vos, pois, - prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados,” (Ef 4,1).

3. Fidelidade no serviço (vs 5-8) – João agora fala do “teu amor” (v 6). Ele praticava a hospitalidade, mesmo aos estrangeiros. Esse é um princípio básico bíblico, muito praticado na Igreja primitiva e hoje pouco praticada nas igrejas. A hospitalidade deve ser praticada por todos os cristão (Rm 12,13; hb 13,2; 1Pd 4,9), pelas viúvas (1Tm 5,10) e pelos presbíteros (1Tm 3,2; Tt  1,8). Devemos praticar a hospitalidade, “Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.” (Hb 13,2).
No contexto desses versículos notamos que as pessoas que receberam a hospitalidade da parte de gaio eram obreiros que “saíram” com o evangelho “por causa do nome” de Jesus. Provavelmente, eram evangelistas itinerantes – mensageiros da cruz de Cristo.

III. DIÓTREFES: UM MEMBRO EGOCÊNTRICO (vs. 9-11).

Diótrefes era oposto de Gaio. Gaio era um cristão que andava na verdade, amava os irmãos e praticava a hospitalidade aos estrangeiro. Diótrefes só amava a si mesmo e se recusava receber os evangelistas itinerantes; por ainda é que não deixava ninguém mais recebê-los! É inconcebível que esses dois fossem membros da mesma igreja! Mas esta é a realidade. Na igreja visível temos o joio misturado com o trigo.
João havia escrito uma carta a Diótrefes, que a destruiu ou, pelo menos, rejeitou a sua orientação e a autoridade apostólica. Quantos membros de igreja temos como Diótrefes! Veja cinco características desse homem.

1. Espírito egoísta – “Mas Diótrefes, homem ambicioso do poder” (v 9) – Diótrefes não quis aceitar o segundo lugar, tinha de ser o primeiro. É um espírito muito semelhante aos dos discípulos carnais. Tiago e João, em Mc 10.34-41 – os melhores lugares. É muito fácil usar os trabalhos da igreja para nos promover, e não ao Senhor. O problema mais profundo é que recusamos colocar Cristo em primeiro lugar. “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6,14). Um membro ambicioso é um grande problema em qualquer igreja.

2. Atitude orgulhosa – “não nos quer receber.” (v 9) – Diótrefes se recusou a aceitar a orientação de um crente mais experimentado. Ele sabia tudo. Ninguém podia ensinar-lhe algo. Era um homem cheio de si. A palavra de Pedro aqui é muito válida – “cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1Pd 5,5).

3. Língua maliciosa – “proferindo contra nós palavras maliciosas” (v 10) – Quando estamos doentes e visitamos o médico, às vezes, a primeira coisa que ele pede é: “deixe-me ver sua língua!”. Examinando a nossa língua, muitas vezes, ele sabe qual é o problema interior. Como nossa língua apresenta um sintoma do estado do nosso coração! Tiago tinha razão quando disse que “a língua é fogo” (Tg 3,6). Tantas vezes agimos como Diótrefes, com a linguá “bendizemos ao Senhor e Pai, também, com ela, amaldiçoamos os homens... De uma só boca procede bênção e maldição”. E Tiago acrescenta – “Meus irmãos, não conveniente que estas coisas sejam assim” (Tg 3,9-10).

4. Influência perniciosa – “ele não só recusa receber os irmãos, como até proíbe de recebê-los” (v 10) – Diótrefes era um líder em potencial, mas fracassou. Parece qua havia brigado com alguns irmãos na igreja e queria que todos os demais membros compartilhassem as suas brigas e tivessem o mesmo espírito contencioso, o mesmo espírito de amargura.

5. Exemplo pecaminoso – “não imites o mal” (v 11). – Gaio, não siga esse exemplo que não presta! O problema de Diótrefes foi amor a si mesmo e não amor a Cristo ate ao trabalho do Senhor. Que possamos dizer como Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” (1Cor 11,1).

IV. DEMÉTRIO: UM MEMBRO COM BOM TESTEMUNHO (v. 12).

“Quanto a Demétrio, todos lhe dão testemunho”
Todo mundo falava bem dele – João, Gaio, a Igreja e a Verdade. Ele tinha um testemunho fiel “para com os que são de fora” (Cl 4,5). Ele cumpriu a orientação de Paulo à liderança da igreja em 1Tm 3,7. João não escreveu mais nada a respeito de Demétrio, mas isso é suficiente!

V. CONCLUSÃO.

Deus pode fazer dos escombros de uma vida trágica como a de Diótrefes uma vida bonita como a de Demétrio. A graça de Deus pode pegar um Simão fracassado e transformá-lo num Cefas (uma rocha).

sábado, 12 de abril de 2014

Pergunta: "O que é o Domingo de Ramos?"



Pergunta: "O que é o Domingo de Ramos?"

Resposta: Domingo de Ramos é o dia em que celebramos a "entrada triunfal" de Jesus em Jerusalém, exatamente uma semana antes da sua ressurreição (Mateus 21:1-11). Cerca de 450-500 anos antes, o profeta Zacarias havia profetizado: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta" (Zacarias 9:9). Mateus 21:7-9 registra o cumprimento dessa profecia: "...trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" Este evento aconteceu no domingo antes da crucificação de Jesus.

Em memória deste evento é que nós celebramos o Domingo de Ramos. Este dia tem esse nome por causa dos ramos de palmeira que foram colocados na estrada enquanto Jesus montava no jumento em Jerusalém. Domingo de Ramos foi o cumprimento das "setenta semanas" do profeta Daniel: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos"(Daniel 9:25). João 1:11 nos diz: "Ele Veio para o que era seu, e os seus não o receberam". As mesmas multidões que gritaram "Hosana" agora estavam gritando "Crucifica-o" cinco dias depois (Mateus 27:22-23).

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 23 – O REINO DIVIDIDO.



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 23 – O REINO DIVIDIDO.

Com  a morte de Salomão, Roboão seu filho reinou em seu lugar (“43 E Salomão dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.”- 1Rs 11,43). Parecia que o reino continuaria normalmente. Engano! Do Egito descia Jeroboão, inimigo de Salomão e conseqüentemente do reinado de Roboão seu filho. A dinastia davídica estava presente a sofrer um golpe sem cura.
Veremos a seguir, a causa desta cruel divisão e atitude dos reis que se assentaram nos dois tronos.

1.    ROBOÃO – UM REINO INSENSATO (1Rs 12).

Se Salomão foi conhecido na historia pela sabedoria, Roboão,seu filho, o foi pela sua insensatez. Foi coroado rei, as tribos   de Israel quiseram negociar com ele. Estavam dispostos a aceitá-lo como seu rei sob a condição de afrouxar as impressões feitas ainda por Salomão, tais pagamentos de tributos e trabalhos forçados (“Teu pai impôs-nos um jugo pesado; alivia agora a rude servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e seremos teus servos.” – v4). Roboão não admitiu negociação e as tribos de Israel se separaram da casa de Davi. Três fatores levaram Roboão  a esta derrota.

a)    Ele não ouviu o conselho dos anciãos (v.8). 

Possivelmente, Roboão não leu os provérbios de seu pai Salomão, que em vários lugares falam da necessidade de ouvir o conselho de gente experimentada (Pv 12,15;15,22;19,20;20,18;27,9).

b)    Ele andou no conselho dos ímpios (vs 8-11)   

Não há nenhum problema  no conselho dos jovens, mas no conselho de jovens destituídos do temor do Senhor há problemas, sim. A arrogância dos amigos de Roboão o levaria à ruína. Logo se vê que Roboão, também não meditava nos Salmos do seu avô Davi, que dizia – “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Sl 1,1).
                                                                                          
2.    JUDÁ – UM REINO ENFRAQUECIDO.

Após a divisão, houve um período de antagonismo entre Judá (sul) e Israel (norte).
Vejamos o que caracterizou o reinado dos três primeiros reis de Judá.

a)    Roboão.

Ele foi o último rei da monarquia unida e o primeiro do reino sulista de Judá. Seu reinado teve duas fases.

Þ     Abandono do Senhor – durante o seu reinado sugiram altares idólatras, estátuas, bosques, lugares altos, e jovens e mulheres foram nomeados como prostitutos e prostitutas cultuais (1Rs 14,22-24).

Þ     Derrotas e humilhação – como o Senhor não dorme, não demorou entregar Judá na mão do inimigo (2Cr 12,1-12). Advertido pelo profeta Semaías, Roboão se humilhou (2Cr 12,6). O Senhor, cuja misericórdia duram para sempre (Sl 136), retirou o castigo (v 7) e permitiu que Roboão terminasse o seu reinado em paz.

b)    Abias (1Rs 15,1-8;2Cr13).

Abias reinou após seu pai, Roboão. O livro de crônicas (2Cr 13) nos conta que ele questionou a divisão de Judá e Israel e apelou ao Senhor para ser vitorioso na luta contra Jeroboão. No entanto, o seu coração não era perfeito (totalmente entregue) diante do Senhor (1Rs 13,3). Talvez por isso tenha reinado apenas três anos em Judá.

c)    Asa (1Rs 15,9-24;2Cr14-16).

Asa reinou quarenta e um anos em Judá e deu inicio a uma reforma espiritual na nação. Levou a sério o seu relacionamento com Deus a ponto de destituir  a própria mãe do cargo de rainha, por ter feito uma imagem a Asserá (1Rs 15,13). Na reforma espiritual, Asa foi incentivado pelo profeta Azarias (2CR 15,1-2).
As palavras de Azarias se resumem em três verdades:

Þ     “Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós.” (Tg 4,8).
Þ     Deus deixa-se achar por aqueles que o buscam (Jr 29,13;Mt 6,33).
Þ     Quem abandona a Deus será abandonado por Ele ( Jr 2,10-23).

“Se os lugares altos não desapareceram, o coração de Asa esteve, contudo, totalmente devotado ao Senhor durante toda a sua vida”. (2Cr 15,17) – A Bíblia diz que o coração de Asa foi perfeito diante de Deus. Isso não quer dizer que ele não teve pecados, mas que adorava tão somente a Deus.

3.    ISRAEL – UMA NAÇÃO IDÓLATRA (1Rs 11,26-16,28).

Se em Judá ainda havia um pequeno sentimento de obediência a Deus, em Israel havia somente idolatria. Jeroboão inaugurou um governo inseguro e fraco e, com medo do coração do povo voltar ao rei de Judá, proibiu a peregrinação a Jerusalém, dando opções religiosas ao povo (1Rs 12,25-33).
Por não buscarem ao Senhor, o reinado em Israel, de Jeroboão até Onri (926 a 870 aC.) foi de instabilidade. Homens ambiciosos usurpavam o poder, eliminando por assassinato seus antecessores. Dos dezenove reis de Israel, oitos foram assassinados.
Durante os primeiros 40 anos após a separação dos dois Estados, Judá e Israel permaneceram inimigos. Os conflitos só tiveram um fim provisório durante o período de Onri e sua dinastia. Os reis de Israel foram: Jeroboão, Nodabe, Baasa, Ela, Zinri e Onri. Nenhum deles andou com Deus e algumas lições podem tirar para o nosso exemplo:

Þ     Deus enviou profetas para chamar a nação de Israel ao arrependimento mesmo esta não o ouvindo (1Rs 13).
Þ     A idolatria foi tratada com severidade por Deus – o reino foi esfacelando e, finalmente. Foi levado ao cativeiro (2 Rs 17-25).

Þ     O pecado traz divisão – o reino do povo escolhido de Deus foi dividido pelo pecado de seus lideres. É bom saber que Deus tem um plano para restaurar todas as coisas (Is 11,10-13;Ez 37,15-28).

sábado, 5 de abril de 2014

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 16 – VIVENDO A VERDADE EM AMOR




VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 16 – VIVENDO A VERDADE EM AMOR

“Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4,15).

“1. O ancião à Senhora eleita e a seus filhos, que amo na verdade. Não somente eu, mas também todos os que conheceram a verdade, 2. por causa da verdade que permanece em nós e que ficará conosco eternamente. 3. Estejam convosco, na verdade e no amor: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Filho do Pai. 4. Muito me alegrei por ter achado entre teus filhos alguns que andam na verdade, conforme o mandamento que temos recebido do Pai. 5. E agora rogo-te, Senhora, não como quem te escreve um novo mandamento, mas sim o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. 6. Nisto consiste o amor: que vivamos segundo seus mandamentos. É este o mandamento que tendes ouvido desde o princípio, e segundo o qual deveis viver. 7. Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anticristo. 8. Acautelai-vos, para que não percais o fruto de nosso trabalho, mas antes possais receber plena recompensa. 9. Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho. 10. Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. 11. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más. 12. Apesar de ter mais coisas que vos escrever, não o quis fazer com papel e tinta, mas espero estar entre vós e conversar de viva voz, para que a vossa alegria seja perfeita. 13. Saúdam-te os filhos de tua irmã, a escolhida.” (2Jo 1-13).

      I.        INTRODUÇÃO.
Conciliar as verdades do evangelho com a fraternidade cristã é a proposta do autor da segunda epístola. Ele apresenta o essencial para o andar do cristão numa época em que “Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora,” ( v 7), falsificando o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo com outros ensinos, trazendo doutrinas estranhas e incoerentes com as já apresentadas pelos apóstolos do Senhor Jesus.

    II.        A SAUDAÇÃO – (vs. 1-3).
Quando analisamos os primeiros versículos da epístola, encontramos algumas informações que nos são úteis para a compreensão da mesma como um todo. Por exemplo.

1.    O nome do escritor.
De acordo com o costume epistolar grego, o autor começa sua carta se apresentando. Todavia, ele não emprega seu próprio nome (como nas epístolas paulinas). Ele se apresenta tão somente com o título “O presbítero” (v1). o mesmo titulo é usado na terceira carta.
a)    O termo pode ser uma referência a um título oficial (cf. 1Pd 5,1).
b)    Pode ser uma maneira carinhosa de se referir ao idoso João.
É evidente que ele era conhecido desse modo pelos seus leitores. O apóstolo náo tinha dúvida de que eles o identificariam imediatamente por esse título, que dá testemunho da sua autoridade reconhecida.

2.    O estilo e vocabulário da epístola.
A epístola tem estilo e vocabulário semelhantes aos de 1João e aos do evangelho de João. O falso ensino de que fala 2João 7 é semelhante ao de 1João 4,1-3. Pela semelhança de estilo e de assunto, concluímos que as duas cartas foram escritas na mesma ocasião e com referência aos mesmos problemas.

3.    A identidade dos destinatários
O Manual Bíblico Vida Nova apresenta duas possibilidades.
a)    Uma amiga pessoal – João escreveu “à Senhora eleita e a seus filhos” (V1). Isso pode ser uma referencia a uma amiga pessoal de João. “Alguns estudiosos apontaram para o uso de senhora nos versículos 1 e 5 e para a descrição de seus filhos nos versículos 1 e 4 como indícios de que o termo é aplicado a uma pessoa”. Alguns chegaram a dar à mulher o nome “Kyria” (palavra grega traduzida por senhora).
b)    Uma igreja local – outra interpretação mais provável é considerar essa “senhora” e seus “filhos” a personificação de uma igreja local e de seus membros. A palavra grega equivalente à igreja é de gênero feminino. Tal gênero é normalmente usado quando se fala da igreja. Uma igreja também teria mais provavelmente a reputação de andar na verdade do que uma família em especial – “4. Muito me alegrei por ter achado entre teus filhos alguns que andam na verdade, conforme o mandamento que temos recebido do Pai.” (v 4).

4.    A chave do ensino da epístola – (vs 1-3).
A chave do ensino da epístola é a frase “a verdade”, pela qual João se refere ao conjunto de toda a verdade revelada. A característica que unia João a seus leitores era o amor comum pela verdade.

A graça indica a salvação proporcionada por Deus, e a dádiva de misericórdia de Deus demonstra a profunda necessidade que os homens têm dela. Paz é uma descrição do caráter da salvação – “Estejam convosco, na verdade e no amor: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Filho do Pai.” (v 3).
   III.        A VIDA DA COMUNIDADE – (vs 4-11).

O propósito prático da mensagem de João é mostrado nos vs. 4,11, quando ele se relaciona tanto com a vida interna da comunidade local (vs 4-6) como com o perigo doutrinário que ameaça de fora (vs. 7-11). Os dois assuntos estão intimamente ligados. Podemos defini-los com as seguintes propostas.

1.    O nosso amor aos outros não deve minar a nossa lealdade à verdade.
É bem provável que João tenha se encontrado com alguns membros da igreja (v 4), e a conduta deles o impressionara. Mas joão sabia que nem todos os membros estavam vivendo coerentemente, dai ele dizer: “Muito me alegrei por ter achado entre teus filhos alguns que andam na verdade”. Por isso, aquele encontro o levou a fazer um único pedido: amem uns aos outros, mas fiquem firmes na verdade. Isso nos leva a pensar na relação entre amor e obediência. Se amamos a Deus, haveremos de obedecê-Lo. Nosso amor por Ele se expressa na nossa obediência – “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4,15).
a)    Os que andam na verdade precisam ser exortados a amarem-se uns aos outros (vs 4-5). O nosso amor amolece se não for fortalecido na verdade,e a nossa verdade endurece se não for suavizada pelo amor.
b)    A comunidade cristã deve ser caracterizada igualmente pelo amor e pela verdade. Devemos evitar a perigosa tendencia para o extermínio – “Nisto consiste o amor: que vivamos segundo seus mandamentos. É este o mandamento que tendes ouvido desde o princípio, e segundo o qual deveis viver.” (v 6).

2.    O nosso amor não deve ser tão cego que ignore as opiniões e a conduta dos outros.
“A verdade deve tornar discriminativo o nosso amor. João não vê incoerência nenhuma em acrescentar ao seu pedido para amarrnos uns aos outros – 5. E agora rogo-te, Senhora, não como quem te escreve um novo mandamento, mas sim o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.” (v5)  uma clara instrução acerca da recusa de companheirismo aos falsos mestres, que são enganadores e anticristo” – Stott (vs 7-11).
3.    O nosso amor à verdade não nos impede de confrontar aqueles que negam a encarnação de Jesus.
A heresia desses mestres era que não confessavam Jesus cristo vindo em carne “os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou” (v 7). Aquele que nega a encarnação não é apenas “um enganador e um anticristo”, mas o enganador e o anticristo.

  IV.        OS PERIGOS NA COMUNIDADE.
João relaciona alguns perigos que tais atitudes podem causar.
1.    A oposição à encarnação de Cristo – é uma influência maléfica para a comunidade (v 8).
2.    Aquele que nega Cristo – fica sem Deus. Não pode ter Deus, isto é, gozar comunhão com Ele (v 9)
3.    A consequência do erro dos enganadores – é muito séria para não ser confrontada. Leva os seus adeptos a perderem o Pai, bem como o Filho (vs. 9-10).
4.    Quem recebe tais pessoas – torna-se convivente com elas. “11. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más.” (v 11).

    V.        ENCERRAMENTO DA CARTA – (vs 12-13).

João faz algumas revelações pertinentes para encerrar sua pequena epístola.
1.    João deixa claro que o assunto não termina com epístola –  João tinha muito mais para transmitir aos seus leitores, mas estava aguardando uma oportunidade para falar-lhe pessoalmente. Preferia falar face a face para não ser mal interpretado (v 12).
2.    João fala da esperança de vê-los pessoalmente – sempre que conhecemos um irmão ou irmã em um congresso ou retiro espiritual, manifestamos o desejo de em ocasião oportuna revê-los – “Aliás, confio no Senhor que também eu irei visitar-vos em breve.” (Fl 2,24).
3.    João pressupõe que eles o receberão bem – Ele manifestou seu desejo com tanta convicção que não teve  nenhuma dúvida de que a recepção seria calorosa.
4.    João antecipa que o propósito da visita é a comunhão entre eles – o propósito dessa comunhão é “para que a vossa alegria seja perfeita.” (v 12). A alegria completa é o resultado da comunhão. “O Novo Testamento nada sabe de uma alegria perfeita fora da comunhão uns com os outros através da comunhão com o Pai e com o Filho” – Stott (1Jo 1,3-4).
5.    João termina dizendo que os membros da igreja de onde ele escreve estão mandando forte abraço – quando passa algum tempo fora da comunhão dos irmãos, por motivo de viagem, você sente saudades?

  VI.        CONCLUSÃO.
Para refletir:
1.    Qual é a relação entre amar a Deus e obedecê-lo?
2.    Como os irmãos devem tratar aqueles que discordam da igreja em questões doutrinárias?

3.    O que significa o termo “anticristo”? Como sua igreja detecta uma heresia?