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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 04 – CARACTERISTICAS DO CRISTÃO VERDADEIRO



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 04 – CARACTERISTICAS DO CRISTÃO VERDADEIRO

“aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.” (1Jo 2,6).

        I.            INTRODUÇÃO.

Uma das histórias contadas pelo Senhor Jesus que todos conhecemos muito bem é a  “parabola do joio” (Mt 13,24-30). Descobrimos nessa parábola que não é tarefa fácil separar o cristão verdadeiro do falso. São tão parecido qua há risco de alguém tentar separá-los e se enganar, de modo que apenas no tempo de Deus, mediante a apresentação dos furtus, é que o julgamento acontecerá.

A grande questão está no fato de que as caracteristicas do cristão verdadeiro não são externas, mas trata-se de uma atitude de coração, de uma mudança de mente, da maneira como se relaciona com o Senhor Jesus. O verdadeiro cristão procura ser semelhante a Jesus. O texto da lição de hoje nos ajuda a examinar exatamente essa dimensão do caráter cristão que se manifesta no relacionamento do cristão com Jesus.

      II.            CRISTÃOS SABEM QUE É JESUS.

“Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. (1Jo 2,1).

O conhecimento de Jesus tm múltiplas faces e implicações. Ele é muito mais do que aquilo que se pode revelar em apenas um verso da Bíblia. Da mesma forma como uma dona de casa tem muitas vasilhas e muitos temperos e, no momento de preparar um prato delicioso, não usa todas as vasilhas  nem todos os temperos, mas apenas aqueles de que precisa para produzir o sabor que deseja, assim também o cristão conhece Jesus e é abençoado pela qualidade necessária a cada momento da sua vida. Ele é o “socorro bem presente” (Sl 46) na hora da angústia, a força na fraqueza, a companhia na solidão, a paz em tempo de guerra. Ele é o Advogado junto ao Pai no momento do nosso pecado.

Enquanto fomos separados de Deus por causa de nosso pecado, Ele é aquele que está junto ao Pai. Enquanto somos injustos, Ele é “o justo”. Não apenas justo, más Ele é também justo “para nos perdoar”“Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1Jo 1,9), é aquele que justifica, pois “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8,1). Ainda que nos reconheçamos pecadores, somos exortados a que não pequemos. Isso significa que, mesmo sendo pecador, o cristão não vive na prática deliberada do pecado, porque o seu desejo é viver na luz e agradar Aquele que o chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Ainda assim, quem “pensa esar em pé veja que não caía” (1Cor 10,12). Continuamos com a possibilidade de pecar.

A pessoa que não chegou ao conhecimento da verdade não tem solução para o problemado pecado. Ela ignora que está pecando ou continua no pecado, fazendo do ato pecaminoso uma prática natural da vida, ou luta contra o pecado com armas inúteis – recursos inadequados como boas obras, rezas, esforço pessoal ou qualquer outro. O cristão sabe que Jesus é o Advogado – aquele que é “chamado para o lado”, nosso intercessor junto a Deus (Jo 14,16.25; 15,6; 16,7). Como lembra o Dr. Shedd, “a intercessão de Cristo é a aplicação continua de Sua morte para nossa salvação”. O cristão sabe quem é Jesus.

    III.            CRISTÃO CONFIAM NAQUILO QUE CRISTO FEZ.

“Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (1Jo 2,2).

O justo, Jesus Cristo, é também a propciação pelos nossos pecados. Foi o sangue de Jesus, vertido pelos nossos pecados, que tornou possível a propciação.

1.       Suficiente para o meu pecado.
O termo propiciação é bastante ligado à ideia de propiciar, ou tornar possivel. No caso bíblico, propiciatório é o lugar onde os pecados eram expiados ou removidos. Em Rm 3,25, somos informados  que “Deus propôs, no seu sangue (de Jesus), como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerancia, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”. 

Deve-se observar novamente a intima ligação entre a justiça (Jesus é o justo – 1Jo 2,2) e a propiciação. Através da morte de Cristo, Deus remove os pecados do Seu povo, não apenas simbolicamente como no ritual de levítico 16, mas em fato e realidade, limpando  a consciencia do homem e eliminando sua culpabilidade perante  Deus.

O cristão honra a Deus não apenas no ato de buscar o Seu perdão, mas também na disposição consequente e continuada de perceber-se perdoado. Ainda que o inimigo use inúmeros artifícios para fazer-nos lembrar de nossa história passa (inclusive maldições ou traumas), sabemos muito bem que, da mesma forma como o bode emissário (de Lv 16) era enviado para levar o pecado do povo para o deserto, tambem o Senhor levou sobre Si as nossas transgressões (Is 53,4) e lançou nossos pecados “no fundo do mar”. Sabemos que o sacrifício de Cristo é suficiente para remover toda a culpa, de modo radical e completo.

2.       Suficiente para o pecado do mundo todo.

O lembrete incluido no verso 2 é maravilhoso – “Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”. O fato insistentemente lembrado na Bíblia e pelo cristianismo em todos os tempos é que Deus amou ao mundo – “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16), e que foi por isso que Ele deu o Seu Filho para morrer na cruz. Nós, os cristãos em Cristo Jesus, precisamos ser relembrados constantemente de que o amor de nosso Senhor é maior do que nosso ego – que Ele ama tambem ama o descrente, aquele que mora perto de nós e aquele que está mais distante – “todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16).
O outro lado dessa verdade é que podemos e devemos proclamar essa mensagem para cada pessoa do mundo. Tendo confiança no que Ele fez, somos desafiados a um envolvimento absoluto com a obra de evangelização e de missões. Essa é a razão porque somos “cristãos” (católicos ou evangelicos): fomos alcançados pelo evangelho e pregamos o evangelhos – as Boas Novas de salvação de que Cristo morreu e ressuscitou, e de que Nele há salvação para todo pecador – do mundo todo.

    IV.            CRISTÃOS FAZEM O QUE CRISTO MANDA.

“3. Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. 4. Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. 5. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: 6. aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.” (1Jo 2,3-6).

O padrão de vida santa não é um preço pago para comprar  a salvação, e nem mesmo um complemento para isso (já que Jesus é suficiente, e nada está faltando em Sua obra propiciatória). Do outro lado, essa vida santa é um resultado obrigatório da natureza da obra de Cristo n a vida do cristão. Guardar os mandamentos de Cristo é o sinal evidente que acompanha todo o cristão verdadeiro – é o fruto que se espera como resultado da semente do evangelho que nasceu em nosso coração.

Aquele que se diz cristão e vive em pecado é semelhante a um produto de marca falsificada que traz a etiqueta, imita o original, mas não tem a qualidade e a durabilidade dele. Além de enganar o comprador, esse produto depõe contra o controle de qualidade da marca falsificada. Essas pessoas, joio no meio do trigo, estão inevitavelmente no mesmo campo de ação dos criostãos verdadeiros, são perfeitas imitações, mas vivem de forma pecaminosa. Paulo lembrava aos judeus que, devido à maneira desregrada como viviam mesmo na condição de “povo de Deus”, eles acabavam fazendo com que o nome de Deus fosse “blasfemado entre os gentios”“Porque assim fala a Escritura: Por vossa causa o nome de Deus é blasfemado entre os pagãos (Is 52,5 - B.A.M).” (Rm 2,24). Infelizmente, ainda nos dias atuais, a vida indigna de muito nós acaba por desonrar o nome do nosso Senhor (e havemos de prestar contas por Deus por isso?).

O outro lado da verdade também é proclamado nesse texto: quando o crente obedece aos mandamentos de Cristo, ele demonstra da forma exuberante aos feitos de Deus em sua vida. Na linguagem bíblica, o amor de Deus é aperfeiçoado nele. Esse cristão é “o  bom perfume de Cristo”, “embaixador de Deus”, como se Deus falasse por intermédio dele. A evidencia mais clara que o mundo pode ver como demonstração do poder do evangelho é a maneira santa e justa como você e eu vivemos. Nós somos as cartas vivas para o mundo! Cristão que é cristão de verdade permanece em Cristo. Cristo está junto ao pai (1Jo 2,1), e o cristão tem de andar como Ele andou (1Jo 2,6). Daí o texto bíblico dizer  que a mensagem que ouvimos e anunciamos é para que mantenhamos comunhão com o Seu povo, e”a nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, Jesus Crsito” (1Jo 1,3). Enquanto nossos pecados nos separam de Deus, o fato de estarmos em Cristo nos aproxima de Deus, “derrubando a parede da inimizade” e permitindo uma vida de comunhão com Deus (cf. Cl 1,21-23).

      V.            CONCLUSÃO.
O cristão verdadeiro tem inúmeras razões para se alegrar. Não é sem motivo que ele louva e exalta o Senhor constantemente. Só aquele que sabe quem Cristo é, que conhece Suas obras e aprendeu a viver em obediencia à Sua santa palavra pode entender a dimensão extarordinária do evangelho de Cristo Jesus.
Temos sido frequentemente ensinados a separar uma nota falsa (dinheiro) de uma verdadeira. Como cristão, não nos compete julgar os outros cristãos, mas somos ensinados a examinarmos a nós próprio – “31. Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 32. Mas, sendo julgados pelo Senhor, ele nos castiga para não sermos condenados com o mundo.” (1Cor 11,31-32). O texto de Gl 5,16-26 é uma excelente referencia para nos ajudar no exercício de nos exarminarmos pelos nossos atos e nossa maneira de viver.

A advertencia final é sempre a mesma:

“Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito.” (Gl 5,25);
“aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.” (1Jo 2,6).


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