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sábado, 11 de janeiro de 2014

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 12 – SAMUEL – o ultimo dos juizes e o primeiro dos profetas.



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 12 – SAMUEL – o ultimo dos juizes e o primeiro dos profetas.

O profeta Samuel viveu pouco mais de um milênio antes de Cristo, num tempo de transição na vida nacional de Israel. Foi ele a providencia divina para encerrar o período dou juizes, inaugurar a era dos profetas e estabelecer a monarquia entre os hebreus (“Naquele tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que lhe parecia melhor”. Jz 21,25).

Ele próprio foi o ultimo dos juizes e o primeiro dos profetas, depois de Moises. Entre seu povo, realizou excelente ministério – árduo, longo e eficaz.

  1. PEDIDOS A DEUS.

Samuel não nasceu por acaso. Foi a intervenção divina em resposta a fervorosa oração de Ana, sua mãe.

a)      A oração de Ana.

“E fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição de vossa serva, e vos lembrardes de mim; se não vos esquecerdes de vossa escrava e lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida, e a navalha não passará pela sua cabeça”. (1Sm 1,11).

A chegada de Samuel solucionou um sério problema que afligia Ana e lhe trouxe estímulo, alegria e felicidade no lar

b)      Os sofrimentos de Ana e o companheirismo de Elcana

Nos dias sofridos de Ana, ela sempre contou com  a compreensão e ternura do esposo. Nunca a desprezou por ser estéril, dava-lhe assistência,afagava-a e lhe consolava o coração (1Sm 1,5-8). Temos aqui um casal exemplar – temente a Deus, paciente nos sofrimentos, amoroso e unido, desprendido e confiante, por falta destas virtudes, muitos lares estão se desfazendo.

  1. DEDICADOS A DEUS.

a)      O voto de Ana.

“... eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida,...” (1Sm 1,11).

Sentimos a felicidade de Ana, no seu cântico, no capitulo 2. alegre a grata, voluntariamente, faz serio compromisso com Deus, devolver-lhe o filho que lhe daria, para o seu serviço. Não que Deus lhe tenha pedido, mas aceitou a sua generosidade e grandeza da alma.

b)      A fidelidade de Ana.

No tempo próprio. Ana cumpre fielmente a sua palavra. Desmamada a criança, vai ao sacerdote em Silo, e ali formaliza o cumprimento do seu voto (1Sm 1,26-28). Com Ana não há egoísmo, e sim um nobre gesto de dedicação e confiança sem limites. Pois deixa ali, sob o cuidados do velho sacerdote, a corda do seu coração, como prometera ao Senhor – “Após u-lo desmamado, tomou-o consigo, e levando também três touros, um efá de farinha e um odre de vinho, conduziu-o à casa do Senhor em Silo. O menino era ainda muito criança”. (1Sm 1,24).

O voto é uma obrigação voluntária assumida com Deus, em virtude de algum favor recebido. Embora voluntário, Deus exige dos seus servos o cabal cumprimento da promessa.

  1. CHAMADO POR DEUS.

Abrindo e fechando as portas do Tabernáculo, o pequeno Samuel já se exercitava, ajudando o ministério de Heli, embora ainda não conhecesse o Senhor. “Entretanto, Samuel, ainda criança, servia diante do Senhor, trajando um efod de linho. Samuel ainda não conhecia o Senhor; a palavra do Senhor não lhe tinha sido ainda manifestada. Samuel ficou deitado até pela manhã, quando abriu as portas da casa do Senhor. Ele temia contar a visão a Eli.” (1Sm 2,18;3,7.15).

a)      A chamada de Samuel.

Certo dia, na calada da noite, Samuel é despertado pela voz do Senhor, dizendo: Samuel, Samuel”. E isso aconteceu por três vezes. Como não entendeu, foi ao sacerdote Heli que o orientou como proceder na próxima vez (1Sm 3,8-9). Na quarta chamada, Samuel atende, e Deus lhe revela a sua indignação para com sua casa e de Eli, e o seu propósito em puni-la, por causa dos escândalos dos seus filhos ministros, visto que anteriormente já haviam advertidos dos seus pecados (1Sm 3,10-14;2,22-25).

b)      A sensibilidade e humildade de Heli.

Por respeito ao velho sacerdote, sua condição de discípulo e sua pouca idade, Samuel se retraiu, cobrando de si mesmo jeito de ânimo para dizer ao homem de Deus o duro recado do Senhor – “Samuel ficou deitado até pela manhã, quando abriu as portas da casa do Senhor. Ele temia contar a visão a Heli”. (1Sm 3,15). Experimentado que era, Heli percebeu as suas dificuldades e o chamou, dizendo:

Þ     “Heli, porém chamou-o e disse: Samuel, meu filho! Eis-me aqui, respondeu ele”. (1Sm 3,16)
Þ     “E Heli: Que te disse ele? Não me ocultes nada. Deus te trate com toda a severidade, se me encobrires algo de tudo o que ele te disse”. (1Sm 3,17)
Þ     “Então Samuel contou-lhe tudo, sem nada ocultar. Heli exclamou: O Senhor fará o que lhe parecer melhor”. (1Sm 3,18).

Assim se confirmava a chamada de Samuel como profeta de Deus, e toda a nação, de norte a sul, desde Dã até Bersabéia, o reconheceu profeta do Senhor: “Todo o Israel, desde Dã até Bersabéia, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor”. (1Sm 3,20).

  1. USADO POR DEUS.

Os capítulos 4 a 7 de 1Sm relatam as dramáticas experiências de um povo que se afastara de Deus. A Arca já não passava de símbolo, e o inimigo o humilhou.

a)      A Arca no exilo.

Os filisteus levaram a arca para a sua terra e a depositaram diante do seu ídolo – Dagon, como desrespeito a Israel e o seu Deus (1Sm 5,2-4). Mas o ídolo amanhecia caído e até arrebentado. Deus feriu também os filisteus de tumores malignos em cada cidade. A presença da arca só lhes deu sofrimento e perturbação (1Sm 5,1-12).

b)     A volta da Arca.

Apavorados resolveram devolver a Arca. Estudaram a melhor forma, ajuntaram a ela valiosas ofertas pr suas culpas e conduziram-na até Bet-Semes, em Israel (1Sm 6,8.11-12). Porem a alegria dos Bet-Semitas pela recepção da Arca durou pouco, só até que um grupo de curiosos não  qualificados se atreveu a olhar para dentro da Arca. O Senhor os puniu de morte. Finalmente levaram a Arca para Cariatiarim, consagraram Eleazar para cuidar dela e assim houve paz e bonança. Ali ela repousou por vinte anos (1Sm 6,1-7,2).

c)      O avivamento em Israel e a derrota dos filisteus.

Desde o capitulo 04 ao capitulo 06 não se percebe a voz do profeta e do sacerdote, nem a atuação do juiz. Percebe-se, no entanto, a queda total do povo de Deus.

Samuel apareceu naquela depressão nacional e congregou o povo em Mizpa. Promoveu ali um grande avivamento espiritual. Houve jejuns, intercessão, confissão de pecados, adoração e união nacional. Ai, sim, Deus operou em Israel. O inimigo foi desbaratado e posto em fuga, o Senhor foi glorificado e a nação salva e honrada (1Sm 7,5-12).

d)     O juizado de Samuel.

Homem extraordinário foi o profeta Samuel. Encarna a figura do antigo de Cristo profeta, sacerdote e rei. Governava o povo, sacrificava e intercedia, ensinava e instruía o povo do Senhor. Supervisionava o país, fazia respeitar a Deus, a si e à nação. São de pessoas assim que testifica o escritor da Carta aos Hebreus, dizendo:


Þ     “Que mais direi? Faltar-me-á o tempo, se falar de Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e dos profetas”. (Hb 11,32).
Þ     “Graças à sua fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, viram se realizar as promessas. Taparam bocas de leões,” (Hb 11,33).



Þ     “extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio de espada, triunfaram de enfermidades, foram corajosos na guerra e puseram em debandada exércitos estrangeiros”. (Hb 11,34).


Samuel, o grande servo de Deus, está ai, na galeria dos heróis da fé. Exatamente porque foi pedido a Deus, dedicado a Deus, chamado por Deus e bem usado no serviço de Deus.

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