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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 03 – TRATAMENTO RADICAL CONTRA O PECADO



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 03 – TRATAMENTO RADICAL CONTRA O PECADO

“Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1Jo 1,9)

        I.            INTRODUÇÃO.

O texto que estudamos na lição passada fala de comunhão e, especialmente, comunhão com Deus, mas a mensagem clara dos versículos do texto básico desta lição é que não é possivel ter comunhão com Deus e com o pecado ao mesmo tempo. Deus deixou isso claro desde do Éden: havendo o homem cometido o pecado, fazia-se necessário seu afastamento da presença de Deus (Gn 3). Todo o Pentateuco e os livros históricos deixaram clara a posição assumida por Deus, por meio de Suas exigências de santidade para o Seu povo. Os profetas anunciaram essa verdade – “...são vossos pecados que colocaram uma barreira entre vós e vosso Deus.” (Is 59,2). Todo o Novo Testamento faz sentido a partir dessa crença fundamental de que: “... o salário do pecado é a morte (separação de Deus), enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 6,23). Embora esses textos sejam bastante usados no trabalho da evangelização, precisamos conscientizar de que seu ensino se aplica também a todos nós: “Deus é luz e nele não há treva alguma” (1Jo 1,5).

      II.            O CONTEUDO DA MENSAGEM.

“A nova que dele temos ouvido e vos anunciamos é esta: Deus é luz e nele não há treva alguma.” (1Jo 1,5).

Não é incomum ouvir um irmão ou irmã se lamentando do padrão de exigencia cobrado do crente. Parece que “todo mundo faz isso, e ninguem disse nada, mas basta o crente fazer qualquer coisa errada, e todo mundo começa a comentar e cobrar”. Embora isso pareça um tanto injusto, é natural que saja assim. Quem está nas trevas vive e pratíca aquilo que lhe é próprio sem nada lhe ser cobrado, pois as manchas não são vistas nas trevas, mas quem se chega para a luz tem sua vida exposta diante da luz do evangelho de Cristo. Essa idéia é ainda mais desenvolvida em Jo 3,16-21 (por favor, leia esse texto). Quando as obras são mais, é natural que se prefiram as trevas “a fim de não serem arguidas as suas obras”, mas, “quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus”.

O perigo de tornar a benção da comunhão verdadeira em um simples ajuntamento é muito grande. Nossos atos religiosos serão absolutamente inúteis sem a presença abençoadora de Deus, nosso Senhor. E o conteúdo da mensagem é claro: havendo pecado (trevas), não há presença de Deus! As pessoas podem ir à igreja como alguém que apenas pisa nos átrios de Deus – “quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto: atropelar os meus átrios?” (Is 1,12), podem orar como quem faz “vãs repetições”, como alguem que apenas diz “Senhor, Senhor”“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 7,21), mas nao entra no Reino de Deus. Há a possibilidade de se chegar à palavra de Deus, simbolizada na Bíblia por um espelho, e voltar para ser como era antes, sem nenhuma mudança (como quem olha no espelho no escuro e nada vê!). Os cristãos não podem ser enganados.

    III.            TRÊS AFIRMAÇÕES PERIGOSAS.

“6. Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade. 7. Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 10. Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós. (1Jo 6-8.10).

1.       Negação do poder do pecado – (1Jo 1,6-7).
O primeiro grande perigo apontado no texto é o de acreditarmos que pecado não é o de acreditarmos que pecado não é coisa séria. Sendo o temor do Senhor o princípio da queda. É como alguém que nao consegue entender o poder do fogo e se queima; não percebe o perigo da serpente venenosa e se deixa picar por ela. Nao entende quanto o pecado é extraordinariamente perigoso.
A Bíblia nao deixa dúvida quanto a ação do pecado. Desde os dias do princípio da raça humana, o Senhor alertou Caim a cerca do perigo do pecado – “Se praticares o bem, sem dúvida alguma poderás reabilitar-te. Mas se precederes mal, o pecado estará à tua porta, espreitando-te; mas, tu deverás dominá-lo.” (Gn 4,7), da mesma maneira como o Senhor Jesus alertou Pedro da ação do Inimigo – “31. Disse-lhes então Jesus: Esta noite serei para todos vós uma ocasião de queda; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersadas (Zc 13,7). 32. Mas, depois da minha Ressurreição, eu vos precederei na Galiléia. 33. Pedro interveio: Mesmo que sejas para todos uma ocasião de queda, para mim jamais o serás. 34. Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo: nesta noite mesma, antes que o galo cante, três vezes me negarás. 35. Respondeu-lhe Pedro: Mesmo que seja necessário morrer contigo, jamais te negarei! E todos os outros discípulos diziam-lhe o mesmo. 36. Retirou-se Jesus com eles para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. (Mt 26,31-36). Somos ensinados a orar pedidndo ao Senhor que não nos deixe cair em tentação, e aprendemos que “o salário do pecado e a morte” (Rm 6,23). Ainda assim, podemos cometer o erro primário de nao entender a seriedade da situação e achar que o pecado nao tem toda essa força, e “brincarmos com Deus”, da mesma maneira como o povo de Israel fez no deserto – e perdeu-se toda aquela geração (1Cor 10,1-13 – por favor leia principalmente o v 9).

2.       Negação da natureza pecaminosa –  (1Jo 1,8).
Outro perigo muito sério que ataca especialmente os cristãos  é o de acharmos que “não temos pecado”. Chegamos a acreditar tolamente que pecado é cometido apenas pelos descrentes, ou que só pode considerar como pecado certos tipos grosseiros de desvios morais ou vicios perigosos. Chegamos a ponto de acreditar que “não temos pecado nenhum”, tornando-nos verdadeiros mentirosos.

Jamais podemos perder de vista que o que nos diferencia do mundano não é a ausencia do pecado – “com efeito, todos pecaram” (Rm 3,23), mas o fato de termos aceitado o plano salvador de Deus em Cristo Jesus. Não há pecadores e não-pecadores, mas unicamente pecadores que encontram ou não o caminho para o arrependimento. Esse  fato deve nos ensinar uma vida humilde diante de Deus sempre vigilante diante da inúmeras tentações, pedindo ao Senhor que nos livre do mal – “e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.” (Mt 6,13). Veja ainda o tetumunho dp apóstolo Paulo, em Rm 7,15-25.
“15. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço. 16. E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa. 17. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. 18. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. 19. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. 20. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. 21. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. 22. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. 23. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. 24. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?...25. Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Rm 7,15-25).

3.       Negação das ações pecaminosas – (1Jo 1,10).
“Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1Jo 1.10).

A terceira afirmação perigosa é ainda mais sutil – “eu entendo que somos pecadores (é claro que sei disso), apenas estou dizendo que não faço essas coisas”. Ainda que pareça incoerente, esta é a nossa prática tantas vezes: reafirmamos nossa condiçãode pecadores e até alimentamos  uma postura humilde diante da santidade de Deus, mas nao estamos dispostos nos humilhar perante a mão de Deus. Um exemplo clássico desse fato está registrado na história de Davi quando confrontado pelo profeta Natã (2Sm 12,1-5 e Sl 51): ele se mostra ético o sério quando se falava sobre a maldade cometida por alguém, mas não percebia que ele mesmo ea o sujeito da ação – o pecador. Por isso, ele começa a sua mudança de vida dizendo que Deus está certo no falar e puro no julgar – Davi admite o seu pecado – “Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos;...” (Sl 51,4).

Um de nossos grandes desafios diários está em pedir ao Senhor que nos sonde e veja se há em nós algum caminho mau, da mesma maneira como fez o salmista – “23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; 24 vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno. (Sl 139,23-24).

    IV.            A SOLUÇÃO – CONFISSÃO.

“Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1Jo 1,9).

Um dos nomes usados na Bíblia para descrever Satanás é “acusador” : ele é o grande acusador dos homens, porque na fraqueza e na vergonha dos homens está a porta para desonrar o Deus verdadeiro. Além disso, Deus colocou dentro de nós um elemento que chamamos de consciencia que nos serve de alerta para a existencia que nos serve de alerta para a existencia do pecado – “Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.” (Rm 5,20). Do outro lado, também o Espirito Santo de Deus trabalha paa nós – “E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.” (Jo 16,8). Isto é, de todas as maneiras somos alertados para o fato do pecado – “Não há nenhum justo, não há sequer um.” (Rm 3,10). O fator que diferencia a ação de Deus em nós para aquele operada pelo grande inimigo de nossa alma está no objetivo da ação o Espirito Santo mostra o nosso pecado para mostrar o caminho do arrependimento e nos levar de volta para Deus.

Enquanto negamos o pecado ou lhe damos outro nome que amenize sau ação malévola, somos facilmente  levados ao engano de um convivio continuado com os seus efeitos mortais, sem esperança de mudança – caminhamos da morte para a morte da mesma maneira como “um abismo chama outro abismo” (Sl 42,7). Desse modo, corrremos o risco de viver condenando os que estão no mundo, mas vivendo da mesma maneira como eles vivem – “Tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juízo de Deus?” (Rm 2,3), na prática do pecado: “29. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade. 30. São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais. 31. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.” (Rm 1,29-31). Que fazer com essa situação?

O que fazer com essa situação? O caminho bíblico é claro e objetivo: não há outro caminho além do arependimento! Temos que confessar nossos pecados para podermos ser beneficiados pela ação amorosa do Senhor. “fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1Jo 1,9).

      V.            CONCLUSÃO

Não é possivel crer no evangelho sem crer no fato do pecado, pois o evangelho é exatamente as boas –  novas de salvação para o  pecador – “...Deus é luz e nele não há treva alguma.” (1Jo 1,5). Diante do fato de qeu não há trevas em Deus, estariamos irremediavelmente distanciados Dele, pois somos afetados pelo pecado em todas as suas dimensões – “Desde a planta dos pés até o alto da cabeça, não há nele coisa sã. Tudo é uma ferida, uma contusão, uma chaga viva, que não foi nem curada, nem ligada, nem suavizada com óleo.” (Is 1,6). “24. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?... 25. Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Rm 7,24-25). Quanta bondade em nosso Deus e Senhor que, conhecendo nossa natureza e nossa impossibilidade para agradá-Lo, nos enviou Seu Filho par aque Nele encontremos paz com Deus!

Profundo sentimento de humildade, alegria e amor deve tomar conta de todo o nosso ser diante da obra extraordinária de Cristo na cruz. Da mesma maneira, devemos tomar um profundo compromisso no sentido de viver de modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado, de modo qjue o Seu nome seja honado em nossa vida e em todo o nosso procedimento – “De modo algum. Nós, que já morremos ao pecado, como poderíamos ainda viver nele?” (Rm 6,2).

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