A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 01 – O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO
A história do povo de Deus é
longa e repleta de sua sabedoria.
No nascimento da nação israelita,
sua origem se deu no semita Abraão, que ficou conhecido como homem de fé; estruturou-se
em isaque, um homem pacifista; tomou forma em Jacó, um homem convertido.
Tudo que Deus ia apresentar ao
mundo era novo. Ninguém sabia seus propósitos ou ouvia sua voz, não existia
monoteísmo e o nome de Deus e seus atributos eram desconhecidos. Não se adorava
corretamente e ninguém havia recebido visita celestial.
Isto mudou quando Deus formou uma
nação com o fim de abençoar “todas as famílias da terra” – Gn 12,3.
Nação esta para qual, já em sua semente, as novidades reveladas se tornaram
normais e parte do cotidiano. O que se passou com os patriarcas foi notório,
autentico e definitivo, pois daí em diante a revelação se tornou mais intensa e
progressiva até culminar em Cristo a Igreja, o verdadeiro Israel “Sabei,
pois: só os que têm fé é que são filhos de Abraão”. (Gl 3,7).
Vejamos como tudo começou, não sob
o ponto de vista biográfico dos patriarcas, e sim, analisando como Deus se
tornou presente no mundo a partir do que fez e ensinou a esses homens.
1.
O RECEBIMENTO DA CHAMADA.
Þ
CHAMADA PARA SAIR.
Todo filho de Deus tem este
desafio e experiência: ser chamado na direção de Deus, abrir mão de tudo (Lc
14,26-33) e seguir sem olhar para trás à terra que o Senhor indicar.
“Venha de vós o meu
julgamento, e vossos olhos reconheçam que sou íntegro”. (Sl 16,2).
Þ
CHAMADA PARA SER BENÇÃO.
Ser benção a todos os
povos, porque de Israel veio Cristo e hoje somos filhos de Abraão pela fé.
“Não quer dizer, porém, que
a palavra de Deus tenha falhado. Porque nem todos os que descendem de Israel
são verdadeiros israelitas,” (Rm 9,6).
Ser benção a outros implica
ser abençoado. Tal se deu com os patriarcas que tiveram todo o tipo de benção:
prosperidade com gado, plantações e dinheiro; longevidade (todos viveram bem
mais de cem anos); vitória nas adversidades. No novo testamento, notamos que as
bênçãos que Deus nos promete são de ordem espiritual.
Þ
CHAMADA PARA TESTEMUNHAR.
Deus cuidou para que os
povos vissem sua gloria nos patriarcas. Veja Gn. 12,7; 14,21-23; 26,27-29;
35,5; 41,38-39. Em outras palavras, aqueles homens testemunharam do poder de
Deus nas suas vidas.
“Assim, brilhe vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai
que está nos céus”. (Mt 5,16)
2.
A MANUTENÇÃO DA CHAMADA.
Þ
TRANSFORMAÇÃO INTERIOR.
Apesar de suas louváveis
qualidades, os patriarcas eram homens comuns que possuíam os mesmos problemas
comuns a todos os homens, tais como temores (Gn 15,1); mentiras (Gn 12,10-20;
20,2; 27,19-20), precipitações, problemas com a família (Gn 27), e assim necessitavam
de cura interior e aperfeiçoamento do caráter.
Þ
TRANSFORMAÇÃO NOS NOMES.
No ambiente em que viviam os
patriarcas, o nome identificava o individuo no que ele era em sua essência. Não
era simplesmente um nome. Era também uma apresentação da pessoa.
a)
Abrão para Abraão – pai
exaltado para pai de multidão (Gn 17,5}.
b)
Isaque – nome escolhido e dado por Deus,
quer dizer riso (Gn 17,19).
c)
Jacó para Israel – de agarrador de calcanhar
e transplantador, para príncipe que persiste com Deus (Gn 32,28).
Þ
TRANSFORMAÇÃO DO FUTURO.
a)
Posteridade incontável.
Þ
Abraão (Gn 17,6).
Þ
Isaque
(Gn 26,4).
Þ
Jacó (Gn
35,12)
b)
Ser dono das terras de Canaã.
Þ
Abraão
(Gn 17,8).
Þ
Isaque
(Gn 26,3).
Þ
Jacó (Gn
35,12).
3.
O CUMPRIMENTO DA CHAMADA.
Þ
DISCERNIMENTO ESPIRITUAL.
O Senhor conferiu este dom aos
patriarcas, pois sempre reconheceram sua presença e voz em todas as aparições e
revelações. Perceberam as ameaças ao plano de redenção, como, por exemplo, na
escolha de uma esposa não canaanita. Em Hb 5,14 é dito que o discernimento
espiritual é presente naquele que é espiritualmente maduro.
Þ
VERDADEIRA ADORAÇÃO.
Eles adoraram com profundidade,
pois entenderam, reconheceram e aprovaram a posição de valor de Deus. Cumpriram
Jo 4,24, adorando a Deus “em espírito” ao deixar de lado o material,
circunstancial e físico; adorando “em verdade” quando não se envolveram
ns erros, falsidades e confusões das nações à volta.
Esta adoração possuía três grandes
raízes:
a)
Altares – Estes eram erguidos e oferecidos a
cada novo passo da vida. Eram referenciais do espiritual, cumprindo o papel de
testificadores da ação de Deus e da resposta dos patriarcas diante do que Deus
é e faz.
b)
Fé – “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb11,6a).
Eles o agradaram diariamente por sua fé (Hb 11,8; 17,20-21). Provaram sua fé na
relação à vocação, à terra prometida, à promessa de posteridade e à
indestrutibilidade da semente eleita.
c)
Devoção – É inquestionável! Os patriarcas
tinham seus momentos a sós com Deus para orar e meditar a palavra. O que Isaque
fez em Gn 24,63a, certamente aprendeu de seu pai e ensinou a seus
filhos.
Þ
MILAGRES.
Milagres sempre acompanharam o
povo de Deus e têm o seu lugar especial no relacionamento com Ele. Nos
patriarcas, três foram mais evidentes:
a)
Visões de anjos.
b)
Livramentos em todas as
perseguições.
c)
Filhos de mulheres estéreis.
A estratégia divina é “colocar
vinho novo em odre novo”. Tal se deu com a nova relação sendo colocada em
uma nova nação. Para esta nova realidade espiritual a ser revelada ao mundo,
Deus não quis simplesmente escolher qualquer nação já existente, cheia de
mania, vícios, deuses, cultos pagãos com teores imorais e assassinos, nação
gloriosa e rica ou pequena e frustrada. Em vez disso, formou uma nação a partir
de uma boa semente estejam presentes na nação de Deus ao longo da historia, no
verdadeiro Israel (Rm 9,6; Gl 3,7).
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