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domingo, 27 de outubro de 2013

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 01 – O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO


A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 01 – O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO


A história do povo de Deus é longa e repleta de sua sabedoria.

No nascimento da nação israelita, sua origem se deu no semita Abraão, que ficou conhecido como homem de fé; estruturou-se em isaque, um homem pacifista; tomou forma em Jacó, um homem convertido.

Tudo que Deus ia apresentar ao mundo era novo. Ninguém sabia seus propósitos ou ouvia sua voz, não existia monoteísmo e o nome de Deus e seus atributos eram desconhecidos. Não se adorava corretamente e ninguém havia recebido visita celestial.

Isto mudou quando Deus formou uma nação com o fim de abençoar “todas as famílias da terra” – Gn 12,3. Nação esta para qual, já em sua semente, as novidades reveladas se tornaram normais e parte do cotidiano. O que se passou com os patriarcas foi notório, autentico e definitivo, pois daí em diante a revelação se tornou mais intensa e progressiva até culminar em Cristo a Igreja, o verdadeiro Israel “Sabei, pois: só os que têm fé é que são filhos de Abraão”. (Gl 3,7).

Vejamos como tudo começou, não sob o ponto de vista biográfico dos patriarcas, e sim, analisando como Deus se tornou presente no mundo a partir do que fez e ensinou a esses homens.

1.      O RECEBIMENTO DA CHAMADA.

Þ     CHAMADA PARA SAIR.

Todo filho de Deus tem este desafio e experiência: ser chamado na direção de Deus, abrir mão de tudo (Lc 14,26-33) e seguir sem olhar para trás à terra que o Senhor indicar.

“Venha de vós o meu julgamento, e vossos olhos reconheçam que sou íntegro”. (Sl 16,2).

Þ     CHAMADA PARA SER BENÇÃO. 

Ser benção a todos os povos, porque de Israel veio Cristo e hoje somos filhos de Abraão pela fé.

“Não quer dizer, porém, que a palavra de Deus tenha falhado. Porque nem todos os que descendem de Israel são verdadeiros israelitas,” (Rm 9,6).

Ser benção a outros implica ser abençoado. Tal se deu com os patriarcas que tiveram todo o tipo de benção: prosperidade com gado, plantações e dinheiro; longevidade (todos viveram bem mais de cem anos); vitória nas adversidades. No novo testamento, notamos que as bênçãos que Deus nos promete são de ordem espiritual.




Þ     CHAMADA PARA TESTEMUNHAR. 

Deus cuidou para que os povos vissem sua gloria nos patriarcas. Veja Gn. 12,7; 14,21-23; 26,27-29; 35,5; 41,38-39. Em outras palavras, aqueles homens testemunharam do poder de Deus nas suas vidas.

“Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,16)

2.      A MANUTENÇÃO DA CHAMADA.

Þ     TRANSFORMAÇÃO INTERIOR.

Apesar de suas louváveis qualidades, os patriarcas eram homens comuns que possuíam os mesmos problemas comuns a todos os homens, tais como temores (Gn 15,1); mentiras (Gn 12,10-20; 20,2; 27,19-20), precipitações, problemas com a família (Gn 27), e assim necessitavam de cura interior e aperfeiçoamento do caráter.

Þ     TRANSFORMAÇÃO NOS NOMES.

No ambiente em que viviam os patriarcas, o nome identificava o individuo no que ele era em sua essência. Não era simplesmente um nome. Era também uma apresentação da pessoa.
a)      Abrão para Abraão – pai exaltado para pai de multidão (Gn 17,5}.
b)     Isaque – nome escolhido e dado por Deus, quer dizer riso (Gn 17,19).
c)      Jacó para Israel – de agarrador de calcanhar e transplantador, para príncipe que persiste com Deus (Gn 32,28).

Þ     TRANSFORMAÇÃO DO FUTURO.

a)      Posteridade incontável.
Þ     Abraão (Gn 17,6).
Þ     Isaque (Gn 26,4).
Þ     Jacó (Gn 35,12)

b)      Ser dono das terras de Canaã.
Þ     Abraão (Gn 17,8).
Þ     Isaque (Gn 26,3).
Þ     Jacó (Gn 35,12).

3.      O CUMPRIMENTO DA CHAMADA.

Þ     DISCERNIMENTO ESPIRITUAL.

O Senhor conferiu este dom aos patriarcas, pois sempre reconheceram sua presença e voz em todas as aparições e revelações. Perceberam as ameaças ao plano de redenção, como, por exemplo, na escolha de uma esposa não canaanita. Em Hb 5,14 é dito que o discernimento espiritual é presente naquele que é espiritualmente maduro.

Þ     VERDADEIRA ADORAÇÃO.

Eles adoraram com profundidade, pois entenderam, reconheceram e aprovaram a posição de valor de Deus. Cumpriram Jo 4,24, adorando a Deus “em espírito” ao deixar de lado o material, circunstancial e físico; adorando “em verdade” quando não se envolveram ns erros, falsidades e confusões das nações à volta.

Esta adoração possuía três grandes raízes:

a)      Altares – Estes eram erguidos e oferecidos a cada novo passo da vida. Eram referenciais do espiritual, cumprindo o papel de testificadores da ação de Deus e da resposta dos patriarcas diante do que Deus é e faz.

b)     Fé – “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb11,6a). Eles o agradaram diariamente por sua fé (Hb 11,8; 17,20-21). Provaram sua fé na relação à vocação, à terra prometida, à promessa de posteridade e à indestrutibilidade da semente eleita.

c)      Devoção – É inquestionável! Os patriarcas tinham seus momentos a sós com Deus para orar e meditar a palavra. O que Isaque fez em Gn 24,63a, certamente aprendeu de seu pai e ensinou a seus filhos.

Þ     MILAGRES.

Milagres sempre acompanharam o povo de Deus e têm o seu lugar especial no relacionamento com Ele. Nos patriarcas, três foram mais evidentes:

a)      Visões de anjos.
b)     Livramentos em todas as perseguições.
c)      Filhos de mulheres estéreis.

A estratégia divina é “colocar vinho novo em odre novo”. Tal se deu com a nova relação sendo colocada em uma nova nação. Para esta nova realidade espiritual a ser revelada ao mundo, Deus não quis simplesmente escolher qualquer nação já existente, cheia de mania, vícios, deuses, cultos pagãos com teores imorais e assassinos, nação gloriosa e rica ou pequena e frustrada. Em vez disso, formou uma nação a partir de uma boa semente estejam presentes na nação de Deus ao longo da historia, no verdadeiro Israel (Rm 9,6; Gl 3,7).


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