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terça-feira, 3 de setembro de 2013

JESUS CRISTO - LIÇÃO 05 – MAIS TESTEMUNHAS DOS APÓSTOLOS



LIÇÃO 05 – MAIS TESTEMUNHAS DOS APÓSTOLOS

“E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (At 5,32).

O presente século é como um campo de batalha onde os inimigos atiram seus dardos inflamados de ceticismo e malícias contra os fundamentos da fé cristã.

No mundo das idéias, os sábios loucos rejeitam os ensinos claros e preciosos da Bíblia e vão atrás de evangelhos apócrifos e ensinos falsos. Usam a pesquisa cientifica para, com sua falácia, machucar o cristianismo e Seu autor – Jesus , o divino Filho de Deus.

Um exemplo do que dizemos  está na revista Época de 20 de dezembro de 2004, na qual foi veiculada uma reportagem sobre “A polemica do Código DaVinci”, um romance do americano Dam Brown, que registra um pensamento extravagante do autor, jogando impureza no relacionamento entre Jesus e Maria Madalena. Tudo isso baseado num antigo evangelho gnóstico, encontrado no Egito em 1945, segundo a mesma revista. Notamos, então, que mais uma vez o gnosticismo se renova ocupando espaço na mídia, para minar e confundir a mente dos incautos e desavisado.

Não quero polemizar o assunto; meu interesse é mostrar a simplicidade e o poder testemunhador dos apóstolos Pedro e Paulo quanto a sua convicção da divindade de Cristo, suas teofanias (aparecimento ou revelação da divindade) no AT como “O Anjo do Senhor”,e as profecias a nós reveladas de que Ele é Deus, antes de nascer como homem, naquela humilde manjedoura.

I – O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS – At 2,22-36.

Já vimos anteriormente às declarações e o testemunho de João, pelo seu evangelho e sua primeira carta. As mensagens apostólicas e epistolares de Pedro e Paulo também se juntam coerentemente aos demais ensinos escriturísticos (relativo à Sagrada Escritura), num sincronismo perfeito e harmonioso, no testemunho e na doutrina de divindade do Senhor Jesus, com citações vetero-testamentária. O ensino implícito é esclarecido com precisão e autoridade espirituais para o deleite do crente e o ódio daqueles que dizem ter luz, mas persistem nas trevas da incredulidade e da ignorância – “Respondeu-lhes Jesus: Se fosseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Nós vemos, permanece o vosso pecado.” (Jo 9,41).

“pela boca de duas ou de três testemunhas se estabelecerá o fato.” (Dt 19,15b). Podemos aplicar esta verdade no ensino histórico da deidade de Jesus -  (Mt 18,16; Jo 8,17; 2Cor 13,1). Eis a realidade testemunhada.

1 – O testemunho de Pedro – At 2,22-36.

Pedro foi testemunha da morte e ressurreição de Jesus (vs. 22-32). Declarou a sua exaltação (v. 33) e sua dádiva à Igreja – o Espírito Santo. Ele ainda assegura o senhorio de Cristo – “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (At 2,36). Compare com Atos 3,13-16. Pelo testemunho daquele apóstolo concluo que Jesus é.

a)      Deus exaltado – At 2,33.

Exaltado -  “...sim, Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecados. E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (At 5,31-32). Veja também Atos 3,15; 10,39.
Os apóstolos exortaram aos cristãos a não mentirem – “Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.” (Ef 4,25). Pode-se afirmar, com segurança, que não mentiram em seus escritos, já que foram inspirados pelo Espírito Santo.

b)      Deus soberano – At 2,34-35.

“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.” (vs 34-35). “O título ‘Senhor’ usado de Cristo é equivalente ao nome de Jeová” (Apostila do Instituto Bíblico do Brasil).

O Deus Jeová se fez carne na pessoa do Senhor Jesus, o qual habitou entre nós e vimos a sua glória... “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10,13) e compare com Joel – “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; pois no monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor chamar.” (Jl 2,32).

c)      Deus autor e doador da vida – At 3,15.

“...e matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.” (At 3,15) A vida eterna se mistura com a própria pessoa do Salvador, pois Ele é a vida – “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” (Jo 11,25). E nEle nós vivemos e existimos “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração.” (At 17,28). A vida eterna está somente em Cristo – “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.” (At 4,12).

d)      Deus, objeto da nossa fé – At 2,38.

“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.’ (At 2,38) – “implica fé nEle”. (Apostila do Instituto Bíblico do Brasil).

e)      Deus juiz – At 10,40-42.

“A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse, não a todo povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele depois que ressurgiu dentre os mortos. Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.” (At 10,40-42; cf. Gn 18,25).

2 – O testemunho de Paulo.

a)      Em sua defesa.

Entre os apóstolos, Paulo é um dos que mais se destacou por seu testemunho ousado e corajoso. O Senhor Jesus tinha na sua pessoa um servo obediente e dedicado que se dava à sua missão de corpo e alma. A experiência na estrada de Damasco marcou-o extraordinariamente e o acompanhou em sua trajetória de vida, numa influencia positiva de trabalho e de doutrina. Ele testemunhou, com sabedoria divina, a judeus e gentios, a sua fé em Cristo.

Vamos aprender com seu testemunho algumas verdades sobre a divindade de Jesus.

·         Ele é o Deus da Glória.

“...sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito à purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas.” (Hb 1,3; cf. At 22,6-10; 26,13-19). Paulo apresentou em sua defesa o encontro ocorrido com  a luz divina que transformou-lhe a vida e foi o centro de suas pregações – “para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim.” (At 26,18). (cf. Mt 17,1-5; Is 9,2; 1Jo 1,5).

·         Ele é o Deus justo.

“O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a sua vontade, ver o Justo, e ouvir a voz da sua boca. Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.” (At 22,14-15). Ananias disse a Paulo. Ver At 7,52; 3,14.

Jesus é o justo Deus para todo o que nEle crê.

·         Ele é o Deus onisciente.

Nosso Senhor tem conhecimento soberano e profundo do que ainda do que ainda não aconteceu ao homem, em todos os aspectos da existência. Ele tem o controle porque sabe tudo – “Apressa-te e sai logo de Jerusalém; porque não receberão o teu testemunho acerca de mim.” (At 22,18; cf. Jo 1,47).

b)      Em seus ensinos – Cl 1,15-19.

Nesta referencia o apóstolo apresenta verdades extraordinárias da pessoa divina de Cristo.
 
  • “O qual é imagem do Deus invisível,” (v 15).
  • “O primogênito de toda a criação;” (v 15); “Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso dos reis da terra.” (Sl 89,27).
  • “Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.” (v 16).
  • “Ele é antes de todas as coisas,” (v 17).
  •  “E nele subsistem todas as coisas;” (v 17).
  • “Ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,” (v 18).
  • “Porque aprouve a Deus que nele habitasse toda a plenitude,” (V 19).

Deus, o Pai estava nele – Jo 17,21-23 – e Deus, o Espírito Santo, estava nele em toda plenitude – Is 42,11; Jo 3,34 – Veja Lucas 4,16-21.


II – A EVIDENCIA DO ANTIGO TESTAMENTO

1 – O Anjo do Senhor – Gn 17,7-13.

Cremos que as teofanias, no AT, onde é mencionado o Anjo do Senhor são manifestações divinas do Messias pré-encarnado.

Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus e, na sua natureza divina – “Ele é antes de todas as coisas” (Cl 1,17), como vimos anteriormente.

O Anjo do Senhor revelou-se em varias ocasiões e a várias pessoas na Antiga Aliança:

·         A Agar –  Gn 21,17;
·         A Abraão – Gn 18,1.13.22.31-33; 32,24-32;
·         A Moises – Ex 3,2-4;
·         A Josué – Js 5,13-15;
·         Gedeão – Jz 6,11-24;

Notamos que ele é adorado e honrado como Deus. Abraão suplicou e intercedeu por Sodoma e Gomorra.

Devemos observar o episodio em que Abraão recebeu em sua casa três anjos – “Levantando Abraão os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele. Quando os viu, correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se em terra.” (Gn 18,2); dois deles foram destruir aquela cidade – “À tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Ló estava sentado à porta de Sodoma e, vendo-os, levantou-se para os receber; prostrou-se com o rosto em terra,” (Gn 19,1) e aquele que ficou com Abraão era o Anjo do Senhor, o qual se revelou como Deus – “certamente tornarei a ti no ano vindouro; e eis que Sara tua mulher terá um filho. E Sara estava escutando à porta da tenda, que estava atrás dele.” (Gn 18,10). Do versículo 13 em diante Ele se revela maravilhosamente como o Senhor (Gn 18,13-20).

2 – As profecias sobre o Messias.

Há várias profecias no AT que mostram, com precisão enfática, a pessoa do Messias, que haveria de vir para seu povo como o grande libertador e Deus de Israel; outras o apresentam como servo sofredor e ainda outras como o desejado das nações, que faria uma aliança com os gentios e atrairia para si todos os homens:

a)      Seu nascimento virginal e o local onde aconteceu – Is 7,14; Mq 5,2 cf. Mt 1,23; 2,6.
b)      O propósito do seu nascimento e sua natureza divina – Is 9,1-7 cf. Lc 1,32-33.
c)      Na sua genealogia Ele é identificado como um rebento saído do trono de Jessé o renovo de suas raízes – Is 11,1 cf. Lc 2,23.32; At 13,22-23.
d)      Sua pessoa e seu ministério revestido da unção do Espírito Santo – Is 11,2 cf. Lc 3,22; 4,18-19.
e)      A pedra de Sião, aprovada, preciosa e eleita – Is 28,16 cf. 1Pe 2,4-6; At 4,11.
f)        O servo escolhido em quem Deus se agrada – Is 42,1-7 cf. Mt 12,17-21.
g)      O reinado do Filho e sua vitória na ressurreição – Sl 2,6-7; 16,10 cf. At 13,33-35.
h)      O servo sofredor que levou nossos pecados sobre si – Is 53 cf. Rm 5,6.8; Mt 27,12-14; 1Pe 2,21-25.
Há na Bíblia muitas outras profecias que se cumpriram  no primeiro advento de Cristo; são um legado precioso da mais bela história do Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; Sua glória foi vista como a glória do unigênito do Pai – “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” (Jo 1,14)

Jesus é Deus pelos testemunhos de Pedro e Paulo.

Jesus é Deus pelas teofanias como o Anjo do Senhor.

Jesus é Deus porque nele se cumprem as profecias do Antigo Testamento alusivas ao Messias.

CONCLUINDO



O Cristo que foi morto na cruz ressuscitou ao terceiro dia e hoje é o Rei  entronizado à destra do Pai e pode salvar totalmente os que através dele se chegam a Deus, vivendo sempre a interceder por esses – “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles.” (Hb 7,25).

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