“Eu, porém, volto meus
olhos para o Senhor, ponho minha esperança no Deus de minha salvação; meu Deus
me ouvirá.” (Mq 7,7).
“22. As mulheres sejam
submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23. pois o marido é o chefe da mulher,
como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24. Ora,
assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as
mulheres a seus maridos. 25. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou
a Igreja e se entregou por ela, 26. para santificá-la, purificando-a pela água
do batismo com a palavra, 27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem
mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e
irrepreensível. 28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu
próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29. Certamente,
ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a
alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja - 30. porque somos membros de
seu corpo.” (Ef
5,22-30).
I.
INTRODUÇÃO.
Os
conflitos familiares vêm de tempos imemoriais.. No Éden, antes da queda, havia
um ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador,
perdeu a doce comunhão com Deus, e a conseqüência não podia ser outra: o inicio
de sérios conflitos familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da
possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a
família cristã.
II.
DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES.
1.
Temperamentos diferentes.
Dentre
os vários motivos existentes para justificar os desentendimentos entre os
cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento. Segundo os psicólogos,
temperamento “é a combinação de
características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente,
afetam o nosso comportamento”. De acordo com o conceito popular, podemos
dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos
estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente – “Os meninos cresceram. Esaú tornou-se um
hábil caçador, um homem do campo, enquanto Jacó era um homem pacífico, que
morava na tenda.” (Gn 25,27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer
todas as nossas diferenças, a fim de que tenhamos um casamento feliz – “tendo antes de tudo ardente amor uns para
com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” (1Pd 4,8).
2.
Fatores que trazem conflitos.
Diversos
são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns deles:
a)
Falta de confiança.
O
casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena confiança do amor
verdadeiro, pois o amor folga com a verdade – “Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.”
(1Cor 13,6). Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou
ciúmes – “não se irrita” (1Cor 13,5b).
Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Ledo engano! É loucura
que pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b)
Tratamento grosseiro.
Onde
o Espírito Santo se faz presente há perfeito amor, paz alegria e longanimidade,
que é a paciência para se suportar as falhas alheias – “Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência,
afabilidade, bondade, fidelidade,” (Gl 5,22). Uma das formas de
demonstrarmos o fruto do Espírito Santo é vista na maneira como usamos nossas
palavras, pois a palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre
os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição – “Uma resposta branda aplaca o furor, uma palavra dura excita a cólera.”
(Pr 15,1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como uma
referencia para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é manifesta em
obras de mansidão – “Quem dentre vós é
sábio e inteligente? Mostre com um bom proceder as suas obras repassadas de
doçura e de sabedoria.” (Tg 3,13).
c)
Dividas.
As
dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a terminar um
relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em mais nada a
não ser nas dividas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a
Palavra de Deus e nada dever a ninguém – “A
ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele
que ama o seu próximo cumpriu toda a lei.” (Rm 13,8). Através de um
planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dividas.
Faça isso para o bem estar da sua família – “Quem fica por fiador de um estranho cairá na desventura; o que evita
os laços viverá tranqüilo.” (Pr 11,15); “7. O rico domina os pobres: o que toma emprestado torna-se escravo
daquele que lhe emprestou. 26. Não sejas daqueles que se obrigam, apertando a
mão, e se fazem fiadores de dívidas.” (Pr 22,7.26)!
d)
Infidelidade.
Quando
o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem ao público
inesperadamente – “Porque não há nada
oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não venha a ser
conhecido.” (Lc 12,2). O casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam sem
direção e a família transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem. E todo
o custo, o envolvimento extraconjugal.
Alem de ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos
e filhas – “3. Porque os lábios da
mulher alheia destilam o mel; seu paladar é mais oleoso que o azeite. 4. No
fim, porém, é amarga como o absinto, aguda como a espada de dois gumes. 5. Seus
pés se encaminham para a morte, seus passos atingem a região dos mortos. 6.
Longe de andarem pela vereda da vida, seus passos se extraviam, sem saber para
onde.” (Pr 5,3-6). A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra
Deus.
III.
ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS.
1.
A mulher no mercado de trabalho.
Devido
as modernas demandas sociais, a mulher deixou de se dedicar exclusivamente às
funções domesticas, e passou também a exercer funções em empresas e
organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em atividades
profissionais. Mas essa mudança tem trazido serias conseqüências. Há mais de
uma década, para cada dez homens que morria de infarto, apenas uma mulher
sofria desse mal. Hoje, o numero de mulheres que morre desse mal subiu para
quatro.
2.
A ausência dos pais prejudica a
criação dos filhos.
Sem
a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas
convivem com pessoas que não tem a menor capacitação para educá-las. Por outro
lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da “babá eletrônica”, a
internet. Ali, são “educadas” pelos
heróis artificiais. As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais
escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na
adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
IV.
MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS.
1.
Educação prejudicada.
A
melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos nossos
filhos na admoestação do Senhor – “Pais,
não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina
do Senhor.” (Ef 6,4); “Ensina à
criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há
de afastar.” (Pr 22,6). Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais
relegou a educação dos filhos às instruções educacionais. Esperando que tais
entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a família como
instituição espiritual e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina
escolar dos filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada pela instituição.
2.
Quem são os professores?
Infelizmente,
são graves os prejuízos à nação na área educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de
telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados
diante da TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los na igreja.
3.
Falta de estrutura espiritual e moral.
A
ausência de Deus é o inimigo numero do lar. É essencial que aqueles que
constituem família convidem Jesus, o maior educador de todos os tempos, a estar
presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a essência da igreja,
optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo – “Porém se vos desagrada servir o Senhor,
escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses, a quem serviram os vossos
pais além do rio, se aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porque,
quanto a mim, eu e minha casa serviremos o Senhor.” (Js 24,15). Realizemos
o culto doméstico e, juntamente com os
nossos filho, estudemos a Bíblia. Não nos esquecemos: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
(Sl 127,1).
V.
CONCLUSAO.
Sempre
haverá conflitos nas relações familiares, mas a família cristã precisa saber
como contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. Com amor verdadeiro no
coração, poderemos não somente vencer, mas igualmente evitar os conflitos.
Basta ter a Jesus como hóspede em nosso lar.
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