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quarta-feira, 10 de abril de 2013

GENESIS LIÇÃO 11 – ISAQUE – Vivo Entre Os Mortos




A história de Isaque é fascinante – desde o seu nascimento! Como é bom observar a fidelidade de Deus. Já estudamos como Deus. Já vimos como Deus visitou a Sara, e ela concebeu no tempo determinado, conforme a Palavra do Senhor - "O Senhor visitou Sara, como ele tinha dito, e cumpriu em seu favor o que havia prometido". (Gn 21,1).
Isaque era especial, pois além de sua concepção miraculosa, era filho da promessa, ou seja, o perpetuador do pacto messiânico.
Apesar disso, Isaque viveu como qualquer pessoa, enfrentando as diversas fases da vida.

I.                    A INFANCIA DE ISAQUE.

A infância de Isaque foi marcada por experiências importantes.

a)      “E, passados oito dias do seu nascimento, circuncidou-o, como Deus lhe tinha ordenado". (Gn 21,4).
b)      "Sara viu que o filho nascido a Abraão de Agar, a egípcia, escarnecia de seu filho Isaac," (Gn 21,9).

Como é importante na vida de qualquer pessoa adulta a fase da infância?
Se consagrado a Deus, ter certeza do amor dos pais e de sua importância para eles – tudo isso cria estrutura de personalidade e produz crescimento equilibrado.

II.                  A JUVENTUDE DE ISAQUE.

Com certeza, Isaque constantemente ouvia palavras de seu pai, e podemos crer que o assunto predileto era fé, promessas e obediências – Hb 5,8 e Fl 2,5.8.
A juventude de Isaque foi marcada por duas experiências profundas:

1.      O sacrifício – Gn 22,1-18.

Ainda adolescente, Isaque viu-se tornar o objeto da prova de fé de Abraão – vv 1-10. De repente aquele menino que se chamava riso para seus pais, estava a li a mercê do cutelo do patriarca.

Tudo o que Isaque já tinha ouvido fica confirmado ali, quando Deus intervém, salva sua vida, confirma a fé de Abraão e reafirma sua promessa de posteridade – vv 11-18.

“22,1-19: Deus tira todas as seguranças de Abraão, para lhe fazer sua promessa e entregar-lhe seu dom (cf. Gn 12,1-9 e nota). Muitos obstáculos parecem tornar impossível a realização desse dom e promessa (velhice, esterilidade). Quando a promessa começa a cumprir-se com o nascimento de Isaac, Abraão poderia acomodar-se e perder de vista o grande projeto, para o qual Deus o chamara. Por isso, Deus lhe pede um novo ato de fé que confirme sua obediência. Deus não promete nova segurança para o homem se acomodar; pelo contrário, desafia o homem a estar sempre alerta, a fim de relacionar-se com Deus e criar uma nova história. Só assim o projeto de Deus não será confundido com as limitações dos projetos humanos.” – Bíblia Pastoral.

2.      O casamento – Gn 24,1-67.

Chega a hora em que Isaque deveria casar-se, e outra oportunidade para o exercício da fé.
Era muito importante que Isaque, como herdeiro da promessa, se casasse com uma mulher que valorizasse o pacto com Deus. Esta foi uma preocupação forte de Abraão. O assunto é tão importante que ocupa o capitulo mais longo do livro de Gênesis.

O pai Abraão ensina a Isaque e a nós algumas lições práticas para o matrimônio:

a)      Vontade de Deusé a responsabilidade dos pais procurar que seus filhos se casem no circulo da religião cristã e dentro da vontade de Deus – Gn 24,3.7;
b)      Os cristãos não devem se casar com os não  cristãosGn 24,3-4; 2Cor 6,14-17.
c)      O lugarde residência deve ser escolhido com critério para preservar a benção do lar – Gn 24,1-9.37-41. Serve a advertência de Ló.
d)      A oraçãodeve ocupar um lugar importante na escolha do matrimonio – Gn 24,12-14,226-27.63.

Deus honrou a preocupação de Abraão e Isaque e providenciou Rebeca, hospitaleira, bondosa, bela e pura; mulher de caráter que não vacilou quanto a fazer a vontade de Deus - "Chamaram Rebeca e disseram-lhe: ”Queres partir com este homem?” “Sim”, respondeu ela". (Gn 24,58).

O encontro dos dois foi absoluto respeito e humildade - "Ela disse ao servo de Abraão: “Quem é aquele homem que vem ao nosso encontro no campo?” “É o meu senhor”, respondeu ele. E ela tomou depressa o véu e cobriu-se". (Gn 24,65). Isaque a recebeu, amou e honrou - "E Isaac introduziu Rebeca na tenda de Sara, sua mãe. Desposou-a, e ela tornou-se sua mulher muito amada. E desse modo Isaac consolou-se da morte de sua mãe". (Gn 24,67). Foi um casamento planejado no céu.

Da mesma maneira que rebeca creu em Isaque e amou sem tê-lo visto, o cristão crê em Cristo sem vê-lo, ama-o e se alegra gloriosamente - "Este Jesus vós o amais, sem o terdes visto; credes nele, sem o verdes ainda, e isto é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa," (1Pd 1,8).

“24,1-67: Deus continua a providenciar a realização da promessa. Passo importante é o casamento de Isaac, do qual nascerão os futuros descendentes. Note-se que a esposa adequada é reconhecida pela generosidade.” – Bíblia Pastoral.

III.                A MATURIDADE DE ISAQUE.

Quando Isaque se casou com Rebeca, estava com quarenta anos de idade -  "Abraão gerou Isaac. Isaac tinha a idade de quarenta anos quando se casou com Rebeca, filha de Batuel, o arameu, de Padã-Arã, e irmã de Labão, o arameu". (Gn 25,20).

Um dos fatos marcantes de sua vida nesse período foi a morte de seu pai – Gn 25,1-11.
Isaque passou a maior parte de sua vida no sul da Palestina, nas cercanias de Gerar e Berseba. Foi dado à meditação, conciliador, tranqüilo e até passivo. Foi homem de fé e obediência, cumprindo o propósito de Deus para a sua vida.

“25,1-6: Estes versículos formam um apêndice à história de Abraão. O autor bíblico quer mostrar que o patriarca, além de beneficiário da promessa, é também ponto de partida para a formação de outros povos.” – Bíblia Pastoral.
“25,7-11: A notícia da morte de Abraão encerra a história desse patriarca com novo toque de vida: morrer idoso é sinal de uma vida plena e de cumprimento da bênção de Deus. Jamais querida por Deus, a morte precoce é fruto da ação perversa dos homens.” – Bíblia Pastoral.


Destacamos aqui três fatos importantes da maturidade de Isaque.

1.      Jacó e Esaú – Gn 25,19-34.

Depois de uma espera de 20 anos - "Isaac tinha sessenta anos quando eles vieram ao mundo". (Gn 25,26), o fantasma da esterilidade presente muito oração, nasceu os filhos Jacó e Esaú, acompanhados de duas nações antagônicas – "que lhe respondeu: “Tens duas nações no teu ventre; dois povos se dividirão ao sair de tuas entranhas. Um povo vencerá o outro, e o mais velho servirá ao mais novo.”" (Gn 25,23).

“25,19-28: A luta dos filhos no ventre materno mostra a futura inimizade entre dois povos irmãos: os edomitas, descendentes de Esaú, e os israelitas, descendentes de Jacó.” – bíblia Pastoral.

2.      Isaque em Gerar – Gn 26,1-35.

Por ordem de Deus, Isaque habitou nas terras dos filisteus num período de fome - "Sobreveio uma fome à região (além da primeira fome que houve no tempo de Abraão), e Isaac foi ter com Abimelec, rei dos filisteus em Gerar". (Gn 26,1). Ali teve de enfrentar três tentações:

a)      Abandonar a terra prometida em um período da fome – vv 2-5;
b)      Fingir que rebeca não era sua esposa num momento de perigo  - vv 7-11.
c)      Reagir violentamente  à provocação dos filisteus – vv 12-22.

Isaque foi vitorioso na primeira e na terceira prova, mas, na segunda, mentiu vergonhosamente.

Notamos aqui claras semelhanças com seu pai, Abraão.
Nas duas provas em que Isaque foi vitorioso, observamos os resultados:

·         Enriqueceu-se sobremaneira - "E este homem cresceu, e seus bens foram aumentando cada vez mais; tornou-se extremamente rico". (Gn 26,13);
·         Fez aliança de paz com os filisteus - "Eles responderam: “Nós vimos que o Senhor está contigo, e pensamos conosco: Haja um juramento entre nós e ti. Queremos, pois, fazer aliança “contigo”. (Gn 26,28);

“26,1-11: O episódio é uma repetição de Gn 12,10-20 e 20,1-18.” – Pastoral Familiar.

“26,12-35: A briga por causa dos poços é, na verdade, uma luta para a ocupação da terra. A  promessa feita a Abraão passa para Isaac e, em meio aos conflitos, pouco a pouco vai se tornando realidade.” – Pastoral Familiar.





3.      Dificuldades Familiares – Gn 26,34-27,46;

Parece que o relacionamento de Isaque com os filhos mão era o mesmo que ele teve com seu pai.
Alguns fatos revelam a fragilidade da família de Isaque e rebeca.

a)                O casamento de Esaú com duas mulheres pagãs"Esaú, com a idade de quarenta anos, tomou por mulheres Judite, filha de Beeri, o hiteu, e Basemat, filha de Elon, o hiteu". (Gn 26,34);

b)                A preferência de cada um dos pais por um dos filhos - "Isaac preferia Esaú, porque gostava de caça; Rebeca, porém, se afeiçoou mais a Jacó". (Gn 25,28) – não pode haver favoritismo dentro da família. Apesar da profecia, Isaque queria dar benção ao filho mais velho - "que lhe respondeu: “Tens duas nações no teu ventre; dois povos se dividirão ao sair de tuas entranhas. Um povo vencerá o outro, e o mais velho servirá ao mais novo.”" (Gn 25,23);

c)                A falta de fé de Rebeca e Jacó marcadas pela mentira e pelo enganoGn 27,5-13;

d)                A rivalidade que existia entre os irmãos – Gn 27,35-36.41;

e)                A rebeldia de Esaú para com seu pai tomando outra mulher das cananitas – Gn 28,8-9.

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A família no contexto da benção de Deus exerce papel fundamental – Sl 128.

“27,1-40: Jacó antes se aproveitou da fome do irmão para lhe tirar o direito de primogenitura; agora, para roubar a bênção patriarcal, ele se une à esperteza da mãe e aproveita a cegueira do pai. O texto está preocupado em mostrar a supremacia de Israel, povo descendente de Jacó, sobre Edom, povo descendente de Esaú.” – Pastoral Familiar.

CONCLUINDO

Observamos que a benção da promessa só foi dada a Jacó depois que o engano tinha  sido desvendado – “Deus todo-poderoso te abençoe, te faça crescer e multiplicar, de sorte que te tornes uma multidão de povos. Dê-te ele, como também à tua posteridade, a bênção de Abraão, a fim de que possuas a terra onde moras, e que Deus deu a Abraão.” – Gn 28,3-4.
Concluímos assim algumas lições importantes.

1.      Deus e fiel às suas promessas e planos;
2.      Deus é reto e justo e não aceita pecado;
3.      A vida do cristão só é de fato abençoada quando depender inteiramente do Senhor – "É a bênção do Senhor que enriquece; o labor nada acrescenta a ela". (Pr 10,22).
4.      O fato de alguém ser especial como o era Isaque não o isenta de pecar e se afastar de Deus – Gn 21,6;26,9.

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