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quinta-feira, 7 de março de 2013

GÊNESIS LIÇÃO 06 – O GOVERNO HUMANO.


    

Deus havia se voltado para o homem pré-diluviano e concluído que este havia se arruinado, se corrompera totalmente; não estava vivendo dentro dos princípios para os quais Deus o criara. Após a queda de Adão, no Éden, o homem foi se degenerando, se afastando cada vez mais dos propósitos de Deus. Num dado momento, Deus interveio com um plano para mudar o curso da história da humanidade. Então mando o dilúvio, salvando-se dessa tempestade apenas Noé e sua família.

Após o dilúvio, houve por algum tempo paz na face da terra, mas com o desenrolar da historia aumentou a população no muno e o homem veio a se corromper de novo.

Eles foram habitar na planície na terra de Senaar, contrariando a vontade de Deus que era “povoar a terra”. Num certo momento tiveram uma idéia – "Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra. ”" (Gn 11,4). Havia só uma língua entre eles.

É nesse momento histórico da vida da humanidade que Deus desceu, contemplou as obras dos homens e tomou uma decisão com base a sua relação com  homem. Vejamos como foi o desenrolar dos fatos:

I.                    A DESCENDENCIA DE NOÉ – Gn 10.1-32.

Apresenta uma relação dos diferentes povos que descenderam dos três filhos de Noé – Sem, Cão e Jafét.

Do comentário de Dr. A Almeida podemos aprender o seguinte:

  1. Três raças básicas da humanidade.

a)      Descendentes de Sem – a raça amarela, incluindo os israelitas e os indígenas americanos; desta veio o povo da eleição;
b)      Descendentes de Cam – a raça preta ou etiópica (África);
c)      Descendentes de Jafét – a raça branca ou caucásia (Europa).

  1. Classificação dos descendentes – vv 5,20,31.

a)      Etnológico – "segundo as suas famílias".
b)      Glotológico – “segundo as suas línguas”.
c)      Geográfico“em suas terras”.
d)      Políticos – “em suas nações”.

Diz Saphir – “É bem notável o décimo capitulo de Gênesis. Antes que Deus deixe as nações, por assim dizer, entregues a si mesmas e comece a tratar com Israel, seu povo escolhido desde Abraão, faz ele uma amável despedida de todas as nações da terra, como se lhe dissera – vou deixar-vos por um pouco, mas amo-vos. Eu vos criei, eu ordenei todo vosso futuro. Com este fim em vista, ficam aqui traçadas suas diferentes genealogias”.

“A lista dos povos é uma espécie de geografia política da época. É colocada aqui para explicar como foi que o mundo se repovoou depois do dilúvio. Mostra ainda que o povo de Israel, que nascerá de Abraão, é um povo eminentemente histórico, inserido no meio das nações; não é um povo mítico, isto é, provindo do mundo dos deuses.” – Bíblia Pastoral,


II.                  A CONFUSÃO DAS LINGUAS – Gn 11,1-9.

Existiram pessoas descendentes de Noé que continuaram a adorar ao Deus vivo e verdadeiro, mas a maioria afastou-se de Deus, esquecendo-se do terrível julgamento de Deus sobre a terra no dilúvio.

  1. O pecado do homem.

a)      Ignoraram a Deus deliberadamente.

Não queriam conhecer o Senhor e crer nele como Abel, Sete e Noé fizeram. Recusaram considerar a vontade do Senhor para suas vidas. Não estavam interessados em adorar a Deus, confiar nele; nem tampouco em obedecer a sua  palavra.

b)      Estavam sobre o controle de Satanás e pensavam como ele.

§         Queriam se exaltar, serem grandes e famosos.
§         Esculpiram imagens de pessoas e as adoravam.
§         Adoravam também aos animais e pássaros.
§         Chegaram até adorar serpentes e outros répteis

c)      Não queriam se espalhar por diferentes partes do mundo como Deus ordenara.

Ajuntaram-se em um só lugar.

d)      Queriam construir uma torre, numa tentativa de chegar até o céu – Gn 11,4.

Foi nesse cenário de total afastamento e irreverência dos princípios de Deus que os habitantes do vale de Senaar desprezaram o governo de Deus e partiram decididos para a construção de uma torre para não só alcançarem os céus, mas ficaram famosos e não serem espalhados. Queriam ser célebres, para ao invés de proclamar o nome de Deus, divulgar seus próprios nomes, visto que o céu é a morada de Deus Altíssimo, de onde ele governa o mundo – Gn 11,4.

Construíram para si uma cidade onde o governo será exclusivamente seu, e a impiedade seria a força desse governo. Depois começaram a edificar uma grande e alta torre, como forma de suprir suas próprias necessidades espirituais, morais e sociais. Eles se afastaram do que sabiam ser a verdade sobre Deus; e seus pensamentos foram ficando cada vez mais perversos e fúteis.

  1. O julgamento de Deus.

Os construtores da Babilônia não estavam pensando em Deus, mas Deus é supremo e soberano, e mão dá a sua glória a ninguém.

O Senhor desceu até a terra e os confundiu com línguas, fazendo-os se dispersarem pelo mundo afora. Antes eles falavam uma só língua, mas Deus colocou entre eles diversidades de línguas de forma que ninguém entendia ninguém. É justamente isso que Deus fala em Isaias – “Eu sou o Senhor, esse é meu nome, a ninguém cederei minha glória, nem a ídolos minha honra". (Is 42,8), resgatando para si a sua sabedoria.

“O texto apresenta outra explicação para a diversidade de povos e línguas: é um castigo contra a pretensão coletiva que, como a dos antepassados (Gn 3), é uma falta provocada pelo orgulho (v. 4). Babel lembra certamente Babilônia (Senaar), a civilização que se tornou o modelo das grandes potências. Babel se apresenta como símbolo da cidade deformada pela auto-suficiência, que produz uma estrutura injusta, exploradora e opressora. A reunião dos povos e línguas acontecerá no Pentecostes (At 2) e na consumação da história (Ap 21-22).” – Bíblia Pastoral.
“Na mesma linha de Gn 3-11, a ambigüidade humana produz uma relação social competitiva (Gn 4,1-16), uma cultura ambígua (Gn 4,17-26), um processo histórico caótico (Gn 6-8) e uma cidade idolátrica (Gn 11,1-9). Daqui para frente, começa uma nova história, voltada para uma relação social justa, para uma cultura verdadeiramente humana, para um processo histórico dirigido para a vida, e uma cidade fundada na justiça e na fraternidade.” – Bíblia Pastoral.
III.                OS DESCENDENTES DE SEM – Gn 11,10-26.

Sem representa uma família genealógica, cuja cabeça torna-se o canal para a realização do plano divino da redenção. Ele era o filho mais velho de Noé – Gn 5,32; 6,10.

Quando seu pai se embebedou, foi ele e seu irmão Jafét que cobriram a nudez do pai – Gn 9,23-27.

1.      Sem gerou 100 anos de idade a Arfaxad – Gn 11,10, por meio de quem passaria a linha de descendência do Messias – Lc 3,36.
2.      Abraão, Isaque e Jacó são descendentes de Sem. Eram homens tementes a Deus, que honraram seu nome, amaram ao Senhor e foram usados por ele.
3.      Foi dessa linhagem que surgiu o Messias, o Salvador, Cristo Jesus – Lc 3,23.36.

“Esta genealogia acompanha a de Gn 5, procurando apresentar Abraão como herdeiro legítimo das bênçãos e promessas de Deus, feitas na criação e após o dilúvio.” – Bíblia Pastoral.

CONCLUINDO

O homem é pecador, necessita de Deus e é incapaz de se salvar. A Bíblia nos dá discernimento quanto a historia antiga; porém mais do que isso, ela nos mostra como Deus é e como lida com o homem.

Você já deve ter notado algumas semelhanças de padrão  de comportamento entre as pessoas dessas histórias e as pessoas de hoje – homens e mulheres ainda estão  se rebelando contra Deus. Mas Deus também não mudou – Ele se importa com cada individuo:

§         Sabe exatamente o que esta acontecendo em cada vida.
§         Ainda julga o pecado.
§         E continua convidando pessoas a crerem nele.

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