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sexta-feira, 1 de março de 2013

GÊNESIS - LIÇÃO 05 – O SINAL DO ARCO-ÍRIS.




ARCO-ÍRIS – a palavra ordinária que significa arco de guerra em hebraico (QESHETH)  é empregada em Gn 9,13-15 – “Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda espécie, e as águas não causarão mais dilúvio que extermine toda criatura.”

O arco-íris tornou-se o símbolo de paz e misericórdia em virtude de ter sido posto nas nuvens. Contra as escuras nuvens tempestuosas, o Arco de Guerra de Deus foi transformado num arco-íris de sua misericórdia e graça. Deus estava em paz com o povo da sua Aliança. Semelhantemente, em – "Como o arco-íris que aparece nas nuvens em dias de chuva, assim era o resplendor que a envolvia. Era esta visão a imagem da glória do Senhor". (Ez 1,28) – o arco-íris da misericórdia aparece em redor do trono da glória divina e do julgamento.

O mundo e tudo que nele há pertencem a Deus, mas Deus o deu ao homem para que este cuidasse do mundo para ele. Deus submeteu as demais criaturas ao domínio do homem, mas estabeleceu princípios para sua regência sobre a natureza – "Acima dessa abóbada havia uma espécie de trono, semelhante a uma pedra de safira; e, bem no alto dessa espécie de trono, uma silhueta humana". (Ez 1,26).

Deus deu a Noé e a seus filhos, Sem, Cão e Jafé, o controle sobre todos os animais, pássaros e peixes, assim como dera a Adão, no princípio.

Deus manteve uma relação de autoridade e intimidade com Noé e seus filhos. Deus os abençoou e lhes ordenou – "Deus abençoou Noé e seus filhos: “Sede fecundos, disse-lhes ele, multiplicai-vos e enchei a terra”". (Gn 9,1).

O pacto de Deus com Noé teve por finalidade preservar a raça humana da contaminação total do pecado e do impacto causado pelo dilúvio (morte coletiva)

O homem continuaria sendo regente de Deus na terra, dominando sobre tudo – Gn 9,1. Só não dominaria sobre o pecado. É neste misto de poder e fragilidade do homem que Deus anuncia seu pacto com o ser humano.

I.                    A NATUREZA DO PACTO – Gn 9,1-17.

Fica claro à família de Noé, depois da experiência do dilúvio, que Deus continuaria a olhar favoravelmente para o homem justo, mas não toleraria o pecado de forma alguma. Noé e seus filhos não  foram informados de como jogar o jogo da vida, mas informados claramente onde estariam fora dos limites.

Os animais que entraram na arca foram animais dóceis, que obedeceram à ordem divina e se submeteriam ao domínio do homem, o que antes era proibido ao homem pela insubmissão de seres ferozes agora era possível pela natureza submissa dos animais. Antes, o homem primitivo viva em constate medo das bestas selvagens, agora o domínio do homem seria demonstrado pelo temor e pavor que eles (animais selvagens) tinham dele – "Vós sereis objeto de temor e de espanto para todo animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se arrasta sobre o solo e todos os peixes do mar: eles vos são entregues em mão". (Gn 9,2).
A essência deste pacto é constituída de condições e caráter irrevogáveis, em sua natureza. A natureza do pacto divino se estabelece de maneira:

1.      Permanente – vv 12-16.

O arco foi dado como um sinal de Deus para mostrar que ele jamais destruiria a terra de novo através de um dilúvio.

2.      Divina – v 2.

Vemos aqui a soberania divina. Deus mostrou neste ato o seu amor, dando a salvação, e abriu um novo caminho, uma opção para redenção da humanidade e sobrevivência do homem – "Tudo o que se move e vive vos servirá de alimento; eu vos dou tudo isto, como vos dei a erva verde". (Gn 9,3). Foi assim que Deus consolidou o pacto.

3.      Universal – vv 16-17.

“Quando eu vir o arco nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna estabelecida entre Deus e todos os seres vivos de toda espécie que estão sobre a terra.” Dirigindo-se a Noé, Deus acrescentou: “Este é o sinal da aliança que faço entre mim e todas as criaturas que estão na terra.” – vv 16-17. Deus mostrou a abrangência de sua aliança – “todos os seres viventes”.

II.                  O SINAL DO PACTO – Gn 9,12-19.

Há várias definições para o sinal:

§         Símbolo ou objeto a que se dá uma significação moral fundada em relação natural.
§         Algo que serve de advertência e que transmite uma mensagem.
§         Meio de transmitir à distancia ordens ou noticias.

Veja Salmo 104,6-9:

§         Milhares de ano se passaram desde o dilúvio.
§         Deus manteve sua palavra.
§         Quando você vir um arco no céu, lembre-se de que Deus o deu como um sinal de que jamais destruiria o mundo novamente com um dilúvio.


III.                O ENFRAQUECIMENTO DO PACTO – Gn 9,20-29.

O principio ativo da aliança de Deus com o homem foi tornando-se ao fio do tempo um tanto quanto esquecido.

No esquecimento também ficaram os efeitos da terrível conseqüência do dilúvio; a verdade é que Noé passou a ter uma vida bastante normal – vivia de maneira tranqüila, era lavrador e cultivava vinha.
Na mente de Noé, o arco já não exercia tanta força. Ficou debilitado aos seus olhos o significado da aliança. Dos vv 20-24, vemos um Noé que apesar de ter sido poupado por Deus, não deixou de ser um homem  vulnerável ao pecado. Ele havia superado o dilúvio, mas isso não significava que também havia superado  pecado.

O fato ocorrido com Noé (o seu pecado) proporciona aos cristãos as seguintes admoestações:

  1. Não estamos jamais imunes ao pecado e às tentações;
  2. Pequenos deslizes cometidos durante o curso normal da existência poderão acarretar perigos graves.
  3. Não devemos dar ocasião a que outros cometam pecados – mesmo os familiares.
  4. Devemos estar conscientes da imparciabilidade com que Deus pune o pecado.

CONCLUINDO


Noé, sua família e os animais da arca foram mantidos a salvo por Deus como prenuncio de uma aliança.

Hoje temos uma nova aliança de Deus conosco, firmada pelo sangue de Jesus, e o Senhor nos garante o cumprimento de sua promessa – "Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam". (Tg 1,12).

“O arco-íris, que aparece depois da chuva, torna-se o sinal da aliança de Deus com toda a criação. Através dessa aliança, Deus garante a vida para todos. Doravante, qualquer destruição que aparecer na história humana será devida aos homens, e não a Deus. A narrativa mostra que o pecado continua no mundo. Sem é abençoado, porque dele se formará o povo de Israel. Cam é o antepassado dos cananeus, adversários ferrenhos de Israel. A maldição de Cam foi abusivamente interpretada na história como maldição da raça negra.” – Bíblia Pastoral

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