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domingo, 20 de janeiro de 2013

PAIS NA BIBLIA - DEUS – O Pai perfeito







Uma das relações mais maravilhosas da Bíblia é a de que Deus é o nosso pai.



Antes de pensar quase superficialmente diante da profundidade do caráter paterno de Deus, devemos responder a seguinte pergunta de modo um pouco mais abrangente: Por que a Bíblia se refere a Deus em termos masculino? Foi a maneira que Deus escolheu para revelar-se a nos. A Bíblia não refere a Deus com características sexuais. Concretamente ela o descreve como sendo do sexo masculino. Embora o Senhor reúna qualidades masculinas e femininas, ele optou por revelar-se com características masculinas. Eis algumas metáforas que a Bíblia utiliza para descrevê-lo: pai, juiz, esposo e o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.



Embora Deus seja visto e descrito nas Escrituras sempre na forma masculina, a Bíblia se apropria de imagens femininas para descrever o seu cuidado para conosco:



“Como a águia desperta o seu ninho, adeja sobre os seus filhos e, estendendo as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas”. – Dt 32.11;



“Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o resto da casa de Israel, vós que por mim tendes sido carregados desde o ventre, que tendes sido levados desde a madre”. – Is 46.3



“Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti”. – Is 49.15



“Como alguém a quem consola sua mãe, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados”. – Is 66.13



“Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo”. – Sm 131.2



‘E sempre bom lembrar que a Bíblia usa apenas imagens femininas, sem jamais se referir a deus como mãe.



De todas as figuras que a Bíblia usa para revelar o caráter de Deus, a mais terna ‘e a de “Pai”. De Gênesis a Apocalipse, posso extrair centenas de lições sobre paternidade de Deus, mas quero destacar somente três itens.



O valor da liberdade, dos limites e da disciplina.



Logo no inicio do livro de Gênesis podemos perceber a perfeição de Deus no relacionamento com Adão e Eva. Deus ao colocar o primeiro casal no Éden, deu liberdade, mas também colocou limites bem definidos para eles e estipulou as conseqüências em caso de desobediência. Diz a palavra de Deus:



“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;  mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. – Gn 2 16-17



Se quisermos realmente criar os filhos, tendo como referencial o Pai perfeito que Deus é, devemos jamais nos esquecer dessas três coisas:

·        Liberdade,

·        Limites e

·        Disciplina.



Deus na sua perfeição nos ensina essa lição para nos.



Assim como a liberdade é importante, outro elemento para criarmos filhos sadios é colocar limites. Deus disse: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás”. – Gn 2.17a. O limite estava bem claro. Cremos que um dos grandes erros que muitos pais cometem hoje ‘e a não colocação de limites para os filhos. Os limites devem ser fixados com firmeza, amor, mas acima de tudo, com clareza.



Ainda analisando a atitude de Deus a atitude de Deus como Pai, vemos que alem da liberdade e dos limites, Deus especificou as conseqüências, caso houvesse desobediência, como alias, houve. Nossos filhos desejam liberdade, limites, mas também querem ser disciplinados. Muitas vezes pensamos que disciplina ‘e apenas dar algumas chineladas na região glútea (bumbum). ‘E mais do que isso. Disciplinar ‘e educar e mostrar que desobedecendo aos acordos pré-estabelecidos pelos pais haverá conseqüências.



Um Pai presente.



Somente Deus, nosso Pai eterno, tem a capacidade de estar conosco 24 horas por dia:



“Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá”. – Sl 139.7-10.



Um dos grandes males da família moderna ‘e a ausência dos pais na vida de seus filhos.



Muitos pais hoje estão preocupados mais em dar presentes a seus filhos – como forma, muitas vezes, (de compensação pela ausência), mas se esquecem que o que eles mais desejam ‘e a presença não somente física, mas também emocional.



Está provado que as crianças que recebem atenção e presença dos pais são mais saudáveis emocionalmente possuem melhor auto-estima e tornam-se adultos mais ajustados.



Um Pai que nos ama e que nos encoraja.



Outras duas características de Deus como Pai ‘e nos amar incondicionalmente e nos encorajar sempre. Já no Éden, mesmo Adão e Eva tendo desobedecido, Deus já demonstrava seu amor prometendo-lhes a vitória sobre a morte – “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. – Gn 3.15. Amar ‘e um verbo de ação. Deus conjuga todos os dias esse verbo em relação a nos.

Nossos filhos precisam ser amados, mas, acima de tudo, se sentirem amados. O se sentirem amados só será possível quando verbalizarmos isso, dizendo: “filho (a) eu amo você”. Eles se sentirão amados quando demonstrarmos, na pratica, que eles são lembrados em nossas decisões profissionais, no uso do nosso tempo através de outros pequenos gestos como um abraço, um deixar de jornal de lado e começar uma conversa significativa, um sentar-se no chão e montarem juntos um quebra-cabeça ou brincar de carrinho ou quando eles  já são crescidos através de um convite para um lanche.



Encorajamento ‘e uma outra qualidade de Deus como Pai. Varias vezes na Bíblia encontramos Deus dizendo aos seus filhos: “Eu te ajudo”; “Não temas”; “Eu estou contigo”.



Precisamos como pais aprender com Deus a encorajar nossos filhos. Eles, como nos, vivem num mundo altamente competitivo. Para tanto, precisamos injetar neles doses diárias de encorajamento. Precisamos dizer para eles que eles são valorosos, que podem vencer as batalhas que enfrentam no dia-a dia. Outra forma de encorajar os nossos filhos ‘e através do elogio. Às vezes, como pais, somos pródigos em criticá-los, mas nos esquecemos de elogia-los quando praticam ou falam coisa que edificam.



Muitos outros atributos do caráter de Deus, como Pai, poderiam ser lembrados como amizade, perdão, aconselhamento, direção e tantos outros.



Vale à pena reafirmar que Deus nosso Pai, deseja ver e formar em nos, pais e mães de hoje, essas qualidades básicas. Se buscarmos e praticarmos essas qualidades, com certeza estaremos dando uma significativa contribuição a nossa sociedade e estaremos também deixando para o mundo filhos maduros e, acima de tudo, tementes a Deus e que, por sua vez, valorizarão suas famílias.




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