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terça-feira, 24 de julho de 2012

DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO - LIÇÃO 11 – O FRUTO DO ESPÍRITO.


Imagina que estamos numa tarde de verão  e que em nossa geladeira há uma melancia bem bonita e doce, prontinha para ser saboreada. Quem gosta  de melancia pode sentar-se à varanda bem fresquinha e passar um período bem agradável desfrutando dessa benção da natureza.

O crente que permite ao Espírito Santo exercer Seu poder de faze-lo frutífero pode ser comparado a esta fruta. Se observarmos o texto de Gl 5,22-23 – “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.” – veremos que a palavra fruto está no singular, dando-nos a entender que, como os vários pedaços nos quais podemos cortar a melancia compõe uma unidade, estas nove virtudes espirituais formam um único fruto.

Uma das principais características do Espírito Santo é repartir conosco a santidade de Deus, a fim de termos um caráter semelhante ao de Jesus. A parábola do semeador ensina que a boa terra produz bons frutos em quantidade. É o Espírito quem dá condições para que nosso coração seja produtivo.

Cabe ainda considerar que o propósito de Deus é o que o crente dê liberdade ao Seu Espírito para desenvolver cada uma das nove virtudes, lembre-se das palavras do Senhor – “Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15,5).

Ao conhecermos estas virtudes espirituais, ou relembrarmos delas, dependemos inteiramente do Senhor para desenvolve-las. Vamos ver então alguns dos seus aspectos.

I.                  AMOR.

Desde a queda do homem, sua tendência foi buscar os próprios interesses.

O amor visa o bem do outro, e em muitas circunstancias será preciso um preço para exercer este aspecto do fruto do Espírito, que pode ser a própria vida.

A Bíblia nos ensina que Deus é o amor, e Ele deseja que possamos desenvolver este sentimento divino.

Nada nos identifica mais como discípulos de Jesus do que o exercício do amor. Deus deseja que esta virtude se torne natural. O mundo pode sofrer mudanças quando os crentes amam. Acima de tudo, Deus deseja ser amado por nós.

II.               ALEGRIA.

Há pessoas que, após o término do trabalho, na sexta-feira, saem para uma noitada. Elas afirmam que estão tendo momento de alegria, mas logo chega o sábado, e com ele, a ressaca. Aquela aparente alegria foi logo passageiro. Esta é apenas uma das formas usadas pelas pessoas para se sentirem alegres.

Você já observou o quanto exercício da verdadeira alegria na vida do crente pode influenciar outros? Muitos têm alcançado pessoas para Cristo porque demonstraram genuíno gozo interior, que é resultado da liberdade da culpa dos pecados, da pureza de um novo coração e da esperança de que a criação será redimida do cativeiro da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus.

O Espírito Santo quer desenvolver em nós esta alegria que deve ser testemunhada através de nossas atitudes, mas que é o fruto de Sua graça em nosso interior
III.           PAZ.

Ao abrirmos os jornais, vemos diariamente fatos que expressam o quanto o medo, as duvidas, na angustias, as acusações fazem parte do cotidiano das pessoas.

Deus nos fortalece espiritualmente para que continuemos a viver no mundo sem que sejamos abalados. Ele nos capacita para que , em meio às tempestades, tenhamos uma palavra de esperança e tranqüilidade para oferecer, porque já encontramos Aquele que se manifesta também nas catástrofes. Em Cristo, o Espírito de Deus quer produzir esta preciosa virtude, pois Ele é a verdadeira paz.

IV.             LONGANIMIDADE.

Todos nós passamos períodos de tribulações, de lutas, de perdas, enfim, situações que não são agradáveis. Este aspecto do fruto do Espírito equipa os santos (os separados para Deus) para que saibam esperar, perder, sofrer com paciência, sem que estas circunstâncias nos perturbem. Deus nos dá condições de revelar a atitude de alguém que nos prejudica. A paciência é uma das características desta virtude.

V.                BENIGNIDADE.

Quem convive com pessoas tem diversas oportunidades para se relacionar com o mal humorado, grosseiro, ou ignorante.

Por meio do exercício da benignidade, o Espírito dá poder para que sejamos ternos e gentis. Liberta-nos do radicalismo, da sede de justiça legalista, e nos torna afetivos com aqueles que têm temperamento difícil.

VI.             BONDADE.

Quando o jovem rico encontrou-se com Jesus, o senhor afirmou que ninguém é bom senão um que é Deus.

A bondade está ligada ao caráter. Está intimamente associada à personalidade da pessoa. É por meio desta virtude que o amor entra em ação. Ela caminha com outras virtudes que fazem parte do fruto do Espírito. Assim com as asas de um mesmo pássaro.

VII.         FIDELIDADE.

Todos nós já tivemos a dúvida se podemos contar um segredo a alguém. Não termos certeza se esta pessoa vai nos atender direito ou se falará com outra sobre o assunto.

O Espírito Santo deseja também que sejamos inteiramente confiáveis. Quer nos capacitar para conservar uma confidencia, cumprir compromissos, estar junto de alguém na hora que todos os abandonam, como as mulheres que estiveram com Jesus no momento de sua morte.

Devemos lembrar que acima de qualquer pessoa, devemos ser inteiramente fieis a Deus. Se temos dificuldades nesta área, devemos orar para que Deus nos ajude.

VIII.      MANSIDÃO.

Existem pessoas que dizem que nasceram com gênio forte, e que isto não tem cura. Um bom exemplo para provar que isto não é verdade é Moisés, que por descontrole emocional matou um homem – “Olhou para um lado e para outro, e vendo que não havia ninguém ali, matou o egípcio e escondeu-o na areia.” (Ex 2,12). Mas pela graça de Deus foi transformado, e se tornou o homem mais manso de toda a terra – “Ora, Moisés era homem mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” (Nm 12,3). É bom lembrar que ele foi caluniado pelos próprios irmãos (Nm 12). Porem, apesar de sua oposição de autoridade, dada por Deus, Moisés não fez justiça com as próprias mãos.

Deus quer desenvolver em nós esta condição de humilde, e dar uma visão de quem realmente somo em Cristo Jesus, a fim de que sejamos mansos. Devemos lembrar do ensino do Senhor – “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.” (Mt 5,5).

IX.             DOMINIO PRÓPRIO.

O sábio nos disse que quem domina o próprio espírito é superior ao herói que toma uma cidade inteira – “Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.” (Pr 16,32). Como é tocante ver a pessoa que se arrepende por algo errado que falou, ou que falou fora de hora; o jovem que chora por envolvimento que deixou marcas em sua vida.
Mas é bom saber que Deus quer por meio do Seu Espírito, dar condições para sermos sóbrios e tomarmos decisões apoiadas com sua ajuda de sermos temperantes em nossas ações, a assim desenvolvermos mais esta virtude espiritual.

CONCLUINDO


O Senhor nos escolheu com a finalidade de, como árvores  frutíferas sadias,  produzirmos frutos  de qualidade, que façam diferença neste mundo. Vivendo de acordo com a vontade  de Deus, diz a Palavra, o que pedimos, em nome de Jesus, nos será dado. Recordemos do versículo Jo 15,16 – “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”

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