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sábado, 19 de maio de 2012

SERMAO DA MONTANHA - LIÇAO 17 – QUEM É ESSE PREGADOR?


“Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.” (Mt 7,28).


  1. INTRODUÇAO.

Na lição anterior, consideramos as características dos ensinamentos de Jesus e sua chamada para um ministério radical. Verificamos a superioridade do fazer, sobre o dizer e o saber. Entendemos como é importante a prática dos ensinamentos do Mestre.

Agora queremos observar a Pessoa do Mestre propriamente dita a partir de dois pontos importantes.

  1. A DOUTRINA DE JESUS.

As multidões estavam atômicas, maravilhadas pela forma calma, certa e despretensiosa com que Jesus expunha a lei para os cidadãos do reino.

Este não era o primeiro mestre que eles ouviam; mas era absolutamente diferente dos demais. Estavam familiarizados com mestres que atavam fardos pesados sobre os outros, mas eles mesmos não os moviam – “Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo.” (Mt 23,4), mestres que engoliam o camelo e coavam o mosquito, limpos por fora sujos por dentro, cheios de hipocrisia e iniqüidade (Mt 23,13-36).

As palavras de Jesus, como ele mesmo asseverou, são espírito e são vida – “O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida.” (Jô 6,63). Como Pedro declarou: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (Jô 6,68).

  1. A AUTORIDADE DE JESUS.

O que também deixou a multidão atônita e o faz até hoje, conforme Hunter foi à autoridade com que ele não hesitava; não era inseguro e nem extravagante.

Essa autoridade real, que maravilhava a multidão, destaca varias e importantes características de Jesus.

                    I.    A autoridade de Jesus como Mestre.

Ensinava a lei absoluta, interpretava a lei de Moisés, mas mostrava a lei de Deus. Era judeu, mas n ao seguia os padrões judaicos; seus ensinos não estão culturalmente limitados ao povo judeu, são universais.

Os escribas não tinham autoridade própria como a que ele demonstrava sobre si mesmo (Jô 7,15-16 e 14,8-11)
“Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo.” (At 1,8).

                  II.    A autoridade de Jesus como Cristo.

Jesus sabia que tinha vindo ao mundo com uma missão. Ele era o cumprimento de toda profecia (Mt 10,40; 15,24 e 21,37). Era o cumprimento do tempo de Deus - “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho.” (Mc 1,15).

                III.    A autoridade de Jesus como Senhor.

Jesus não era simplesmente um rabino, mas era Mestre e Senhor. Dava ordens esperando obediência e fazia advertências (Lc 6,46; Jô 13,13; Mt 7,21-23). Um rabino ensinava a Torá; Jesus ensinava o verdadeiro significado da Torá.

                 IV.    A autoridade de Jesus como Salvador.

Ele foi capaz de declarar quem era bem-aventurado e quem não era. Apontou a porta estreita para a salvação. Reivindicou o direito de perdoar pecados e concedeu salvação (Mt 7,13-14; 9,2-6).

                   V.    A autoridade de Jesus como Juiz.

Jesus pregou o Sermão da Montanha ante o sombrio cenário do juízo vindouro. E colocou-se no papel de juiz (Mt 7,22-23). Será de Jesus o direito de decidir o destino dos homens, aqueles que serão banidos de sua presença (Mt 7,23).

                 VI.    A autoridade de Jesus como Filho de Deus.

Em todo sermão Jesus ensinou doutrina compreensiva de Deus; Deus Criador, Sustentador, Justo e Pai (Mt 5,48; 6,4.8.32; 7,11).

              VII.    A autoridade de Jesus como Deus.

Jesus diz que são bem-aventurados os que por causa dele forem perseguidos, assim como os profetas do Antigo Testamento que foram perseguidos por sua fidelidade a Deus (Mt 5,11-12). Jesus declara os discípulos equivalentes aos profetas e ele mesmo é equivalente ao Pai.

Jesus diz que é preciso chamá-lo de Senhor e também fazer a vontade do Pai, para entrar no céu (Mt 7,21). Jesus não deixou duvida quanto à sua equivalência com o Pai: “Eu e o Pai somos um.” (Jô 10,30).

  1. CONCLUSAO.

Esse fenomenal pregador é Jesus. Ele ensina com autoridade de Deus e declara a lei de Deus. Ele espera que as pessoas edifiquem a casa da vida sobre as palavras dele. Ele é o Senhor, que deve ser obedecido, e o Salvador, que concede bênçãos.

Não se pode fugir de seus ensinamentos e das implicações decorrentes de segui-los ou não. Não há alternativa senão aceitar a Jesus ao pé da letra, sem restrições.

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