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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESBOÇO DO LIVRO DO ÊXODO


Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1400 a.C.

Autor

Moisés, cujo nome significa “tirado das águas”, é a figura central de Êxodo. Ele é o profeta hebreu que liderou os israelitas em sua saída do Egito. Êxodo é tradicionalmente atribuído a ele. Quatro passagens em Ex dão forte apoio à autoria mosaica de pelo menos boa parte do livro (17,14; 24,4.7; 34,27). Através de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação daquelas coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na escrita, esta informação que lhe foi revelada.


Data

A Tradição conservadora data a morte de Moisés em algum temo ao redor de 1400 aC. Desta forma, é provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarentas anos anteriores, durante a caminhada pelo Deserto.

Contexto Histórico

Êxodo é a continuação do relato do Gênesis, mostrando o desenvolvimento dum pequeno grupo familiar de setenta pessoas numa grande nação com milhões de pessoas. Os hebreus viveram no Egito por 430 anos, sendo que a maior parte do tempo em regime de escravidão. Êxodo registra o desenvolvimento de Moisés, a libertação de Israel do seu cativeiro, a sua caminhada do Egito até o monte Sinai para receber a lei de Deus e as instruções divinas a respeito da edificação do tabernáculo. O livro termina com a construção do tabernáculo como um lugar da habitação de Deus.

Conteúdo

O Livro de Êxodo pode ser dividido em três seções principais: a libertação miraculosa de Israel (1,1-13,6), a jornada miraculosa até o Sinai (13,17-18,27) e as revelações miraculosas junto ao Sinai (19,1-40,38).

A primeira seção (1,1-13,6) inicia com os hebreus sendo oprimidos no Egito (1,10-14). Como qualquer outro grupo sob pressão, os hebreus reclamavam. A sua reclamação chegou não somente diante dos seus opressores, mas chegou até o seu Deus (2,23-25). Deus ouviu o seu clamor e colocou em ação um plano ora libertá-los. Ele acompanhou esta libertação através da seleção dum profeta chamado Moisés (3,1-10).


A libertação não ocorreu de forma instantânea; porém constituiu-se num processo. Um período considerável de tempo e dez pragas foram utilizados pra ganhar a liberação dos hebreus das garras do Faraó. As pragas realizaram duas coisas importantes: primeiro, elas demonstraram a superioridade do Deus hebreu sobre os deuses egípcios e, segundo, elas trouxeram liberdade aos hebreus.
A Segunda seção narra à jornada milagrosa até o Sinai (13,17-18,27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seção. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus (13,17-18,27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seção. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus (13,17-15,21). Segundo, eles experimentaram, de forma direta, a capacidade que Deus tem de cuidar do seu povo (15,22-17,7). Terceiro, eles receberam proteção em vista dos seus inimigos, os amalequitas (17,8-16). Quatro anciãos com a tarefa de supervisão foram estabelecidos a fim de manter a paz entre o povo (18,1-27). Estes quatros grandes eventos ensinam um conceito importante: a mão de Deus está presente na vida do seu povo especial. Tendo testemunhado a sua presença e conhecido a forma como Deus agiu em seu benefício, eles poderiam ajustar as suas vidas ao seu jeito de ser a fim de continuar recebendo as suas bênçãos.

A última seção enfoca as revelações miraculosas junto ao Sinai (19,1-40,38). A libertação divina da nação tem o objetivo especifico de edificar um povo pactual. Esta seção tem três componentes principais. Primeiro, são dados os Dez mandamentos e todas aquelas instruções que explicam em maiores detalhes como estes mandamentos devem transparecer na vida do povo em aliança com Deus (19,1-23,19) Os resultados duma vida fora desta estrutura pactual são demonstrados pelo incidente que envolveu o bezerro de ouro (32,1-35). Segundo, trata-se das instruções referentes à edificação dum tabernáculo e do seu mobiliário (25,1-31,18). Terceiro, trata-se da construção, de fato, do tabernáculo, do seu mobiliário, e da habitação da presença de Deus no edifício após o encerramento da obra (35,4-40,33).

Cristo Revelado

Moisés é um tipo de Cristo, pois ele liberta da escravidão. Arão funciona como um tipo de Jesus assim como o sumo sacerdote (28,1) faz intercessão junto ao altar do incenso (30,1). A Páscoa indica que Jesus é o Cordeiro de Deus que foi oferecido pela nossa redenção (12,1-22).

As passagens “EU SOU” no evangelho de João encontram a sua origem primeira no livro de Êxodo. João afirma que Jesus é o Pão da Vida; Moisés fala de duas maneiras do pão de Deus: o maná (16,35) e os pães da proposição (25,30). João nos conta que Jesus é a luz do Mundo; no tabernáculo, o candelabro serve como fonte de luz permanente (25,31-40).

O Espírito Santo em Ação

No Livro de Êxodo, o óleo representa, de forma simbólica, o Espírito Santo. Por exemplo, o óleo da unção é um tipo do Espírito Santo, o qual é utilizado pra preparar tanto os fiéis como os sacerdotes para o culto divino (30,31).

O Fruto do Espírito Santo está listado em Gl 5,22-23. Uma listagem paralela também pode ser encontrada em Ex 34,6-7, que descreve os atributos de Deus como compassivo, clemente, longânimo, bom, fiel, e perdoador.

As referências mais diretas ao Espírito Santo podem ser encontradas em 31,3-11 e 35,30-36,1, quando cidadãos individuais são capacitados a tornarem-se exímios artífices. Através da obra capacitadora do Espírito Santo. As habilidades naturais destas pessoas foram enriquecidas e aumentadas a fim de que executassem as tarefas necessárias com excelência e precisão.

Esboço de Êxodo

I. A libertação miraculosa de Israel 1,1-13,16

A opressão dos israelitas no Egito 1,1-22

O nascimento e a primeira parte da vida de Moisés 2,1-4,31

O processo de libertação 5,1-11,10

O episódio do êxodo 12,1-13,16

II. A jornada miraculosa até o Sinai 13,17-18,27

A Libertação junto ao mar Vermelho 13,17-15,21

A provisão para o povo 15,22-17,7

A proteção contra os amalequitas 17,8-16

O estabelecimento dos anciões supervisores 18,1-27

III. As revelações miraculosas junto ao Sinai 19,1– 40,38

A chegada ao Sinai e a manifestação de Deus 19,1-25

Os dez mandamentos 20,1-21

O Livro da Aliança 20,22-23,19

A proteção do Anjo de Deus 23,20-33

Israel confirma o concerto 24,1-18

Orientação a respeito do tabernáculo 25,1-31,18

O bezerro de ouro 32,1-35

Arrependimento e renovação do concerto 33,1-35,3

A construção do tabernáculo 35,4-40,33

A glória do Senhor enche o tabernáculo 40,34-38


Marco Antonio Lana

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