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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A CRUZ DE CRISTO - 05 – O PROBLEMA DO PERDÃO.

Por que Jesus teve de morrer na cruz para que nossos pecados fossem perdoados? Deus não poderia  nos perdoar com nós perdoamos os outros? Não é um método muito rústico e primitivo que uma pessoa tenha de morrer para que Deus nos perdoe? A resposta a estas perguntas é – A cruz de Cristo é o único fundamento sobre o qual Deus perdoa pecados. O perdão para o homem é o mais claro dos deveres; para Deus é o mais profundo dos problemas. Na cruz de Cristo há uma colisão entre a perfeição divina e a rebeldia humana. A cruz de Cristo é fundamental para que Deus nos perdoe pelos seguintes motivos.

I.                    O HOMEM É PECADOR DEMAIS.

Þ     O que quer dizer “pecar”?

Há cinco palavras no grego para descrever a palavra “pecar”.

·         Pecar é errar o alvo – hamartia.
·         Pecar é cometer iniqüidade – adikia.
·         Pecar é ser degenerado – poneria.
·         Pecar é ir alem do limite – parabasis.
·         Pecar é faltar com a lei – anomia.

Þ     O que é o “pecado”?

·         Pecado é a quebra da lei de Deus e a do nosso próprio ser - "eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente". (Rm 2,15).
·         Pecado é a tentativa de ser independente de Deus, é a ocupação de uma posição que só a Deus pertence.
·         Pecado é uma hostilidade contra Deus - "Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode". (Rm 8,7).

As pessoas tentam tirar a palavra pecado do vocabulário comum. A Bíblia não cede em sua definição de pecado. Todo homem é pecador e está em rebeldia contra Deus - ”... com efeito, (todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus)," (Rm 3,23).

Herdamos uma natureza pecaminosa que produz toda sorte de pecado – “Porque é do interior do coração dos homens que procedem aos maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem.” (Mc 7,21.23). O pecador é escravo do pecado - "Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo". (Jo 8,34). Somente o Espírito Santo pode convencer o homem da gravidade do seu pecado – “Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. (Jo 16,7-8).

II.                  DEUS É SANTO DEMAIS.

Þ     Deus é santíssimo.

Este é o fundamento da religião bíblica - "Pois a qual dos anjos disse alguma vez: Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés (Sl 109,1)?" (Hb 1,13); “Não, não é a mão do Senhor que é incapaz de salvar, nem seu ouvido demasiado surdo para ouvir, são vossos pecados que colocaram uma barreira entre vós e vosso Deus. Vossas faltas são o motivo pelo qual a Face se oculta para não vos ouvir, porque vossas mãos estão manchadas de sangue e vossos dedos de crimes; vossos lábios proferem mentira, vossa língua entretém pérfidas conversas.” (Is 59,1-3).

·         Ele não pode contemplar iniqüidade. – Ex 33,20-23; Jz 13,22.

·         Quem o contemplou ficou perplexo. – Ex 3,6; Is 6,1-5; Jó 42,5-6; Ez 1,28; Dn 10,9.

·         Os que se defrontaram com a glória de Jesus sentiram-se incomodados. – Lc 5,8; Ap 1,17.

Þ     Deus se ira.

È uma reação santa ao mal:
                       
·         Relação na deterioração moral da humanidade – Rm 1,18.

·         É como um vômito – não se tem controle (Ap. 3,15-16).

·         A santidade de Deus expõe ao pecado e a Sua ira opõe a ele.

Þ     Deus é Altíssimo.

Ele está assentado em um alto e sublima trono - "No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito elevado; as franjas de seu manto enchiam o templo". (Is 6,1). Ele é alto e exaltado, entretanto Se inclina ao clamor de um servo – “Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor.” (Sl 40,1).

Þ     Deus está distante.

A Bíblia fala que o pecado não pode achegar-se a Deus e que Ele não tolera o pecado. No Primeiro Testamento, muitos são os mandamentos para que o povo mantivesse distancia de Deus - "E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa". (Ex 3,5). Os que não aceitarem a Cristo terão que afastar-se dEle - "Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos". (Mt 25,41).

Þ     Deus é luz e fogo.

Deus é fogo e consumidor, ninguém pode suportar o Seu Calor e o Seu brilho - "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". (Jo 1,5); “Porque nosso Deus é um fogo devorador (Dt 4,24)”. (Hb 12,28b). Sem olhar para Cristo, jamais poderíamos ver a gloria de Deus.

O que aconteceria se houvesse uma colisão entre o Deus santo e o homem pecador? O homem seria aniquilado da presença de Deus.

A única maneira de Deus ter a sua justiça satisfeita é através da morte de Cristo.


CONCLUINDO

·         Se o homem é pecador demais e Deus é santo demais, como pode haver reconciliação? Somente através de Cristo, que é Deus e homem ao mesmo tempo. Ele é o único mediador - "Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem" (1Tm 2,5).
·         Só poderíamos ser aceitos por Deus se pagássemos o que devemos a Ele. Somos incapazes de fazê-lo. Jesus satisfez a justiça de Deus.
·         Nem a nossa obediência, nem as nossas boas obras podem nos reconciliar com Deus – “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos.” (Ef 2,8-10).
·         Não há ninguém que pode trazer satisfação a não ser  o próprio Deus. Mas ninguém deve fazê-lo a não ser o homem; de outra forma o homem não oferece satisfação. Portanto é necessário que alguém que seja Deus-homem o faça. É preciso que a mesma pessoa seja perfeitamente Deus e perfeitamente homem, uma vez que ninguém  pode fazê-lo  sem ser perfeitamente Deus e homem” – Jesus é esta pessoa visto que nEle “Deus, o Verbo e o homem se encontram” (1Tm 2,5; Is 53,11; 1Cor 15,20-22).
·         "Fazei valer vossos argumentos, consultai-vos uns aos outros: quem havia predito o que se passa quem o tinha anunciado desde longa data? Não fui eu, o Senhor, e nenhum outro? Não há Deus fora de mim". (Is 45,21).

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