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sexta-feira, 18 de março de 2022

O Que é Gogue e Magogue?

 Gogue e Magogue é uma expressão que aparece no livro do Apocalipse como uma referência ao conflito final entre as forças satânicas e Cristo e Seu povo. Há muitas interpretações e teorias acerca desse evento, o que acaba gerando ainda mais curiosidade entre as pessoas acerca dessa expressão.

 

Gogue e Magogue no Antigo Testamento

 

Gogue e Magogue são citados em passagens do Antigo Testamento. No livro de Gênesis, Magogue é mencionado como um descendente de Jafé (Gn 10:2; 1Cr 1:5). Já Gogue, é citado como um rubenita, filho de Semaías (1Cr 5:4).

 

Apesar dessas referências iniciais, a passagem mais importante sobre Gogue e Magogue encontra-se no livro do Profeta Ezequiel (caps. 38 e 39). Gogue aparece como príncipe de Meseque e Tubal, e Magogue como sendo um povo, ou seja, a “Terra de Magogue”. Logo, a narrativa de Ezequiel apresenta Gogue da Terra de Magogue.

 

Gogue e Magogue no Apocalipse

 

Como já dissemos, a expressão “Gogue e Magogue” aparece no livro do Apocalipse para descrever uma última batalha que precederá o Juízo Final (Ap 20:7-10).

 

O Apóstolo João relata que acabado o Milênio, Satanás será solto por um pouco de tempo, “e saíra para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar” (Ap 20:8).

 

João continua a narrativa dizendo que as nações, persuadidas por Satanás, cercarão “o acampamento dos santos, a cidade amada“, porém um fogo descerá do céu e as devorará, resultando ainda na condenação eterna de Satanás no “lago de fogo que arde como enxofre“. Depois disso, João começa a descrever em detalhes a cena do Juízo Final.

 

Gogue e Magogue e as diferentes correntes escatológicas

 

Sabemos que existem diferentes correntes escatológicas, e cada uma delas possui uma visão específica acerca desse assunto.

 

Aqueles que defendem um futuro reinado milenar e literal de Cristo na terra após a Sua segunda vinda, afirmam que essa batalha de Gogue e Magogue ocorrerá ao término desse período, quando Satanás for literalmente solto novamente para enganar as nações. Vale dizer também que alguns pré-milenistas defendem que essa batalha ocorrerá antes do Milênio.

 

Portanto, seguindo esse raciocínio haverá então duas grandes batalhas finais: a batalha do Armagedom antes do Milênio e descrita no capítulo 19 do Apocalipse, e a batalha de Gogue e Magogue após o Milênio e descrita no capítulo 20 do Apocalipse.

 

Entre os defensores dessa posição há muitas divergências acerca desse evento, de modo que seria impossível citar cada uma delas. As mais comuns entendem que essa batalha de Gogue e Magogue se refere ao ajuntamento de várias nações para atacarem Israel no futuro.

 

As teorias sobre isso são tão específicas que até mesmo nomes de nações já foram sugeridos, entre elas: Rússia, Irã, China, Japão e Índia.

 

Já quem não defende um futuro reinado literal de Cristo na terra, entendendo que o Milênio precede a segunda vinda de Cristo, geralmente afirma que essa batalha é a mesma já descrita no capítulo 19, isto é, o Armagedom.


Como interpretar Gogue e Magogue?

 

Como vimos, a interpretação acerca dessa batalha dependerá da maneira com que interpretamos e entendemos o livro do Apocalipse e alguns eventos escatológicos descritos nele, sobretudo o Milênio.

 

Antes de falarmos sobre o Apocalipse, precisamos voltar ao livro do Profeta Ezequiel. Primeiro, é necessário compreender que o livro de Ezequiel possui um intenso uso de elementos simbólicos em suas profecias, num tipo de linguagem apocalíptica.

 

Os capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel, que nitidamente são proféticos, realmente apresentam algumas dificuldades de interpretação. Os estudiosos se dividem em diferentes opiniões. Como já mencionamos, muitos especulam até mesmo sobre nomes de nações contemporâneas dentro destes capítulos.

 

Talvez uma das teorias mais conhecidas seja aquela que identifica Meseque e Tubal como as cidades russas de Moscou e Tobolsk, e o “príncipe de Rôs” citado no versículo 2, como o “príncipe da Rússia”, ou seja, Gogue seria o comandante russo que atacará Israel no futuro.

 

Não precisamos nem dizer que esse tipo de interpretação não encontra qualquer fundamentação bíblica. Outros identificam Gogue com sendo Guigues, um rei da Líbia, conhecido nos textos acadianos do século 7 a.C. como um vassalo dos assírios.

 

Uma boa interpretação sobre assunto sugere que a profecia de Ezequiel se refere ao poder dos selêucidas, especialmente com Antíoco Epifanes, inimigo terrível do povo judeu, cujo centro do seu reino ficava localizado no norte da Síria.

 

Ao norte, o domínio dos selêucidas incluía Meseque e Tubal, distritos da Ásia Menor. De acordo com essa interpretação, a perseguição imposta por Gogue de Magogue, refere-se, em Ezequiel, à dura perseguição imposta pelo governador da Síria, Antíoco Epifanes, sob o povo de Deus.

 

Como disse, considero essa uma boa interpretação, entretanto não creio que a profecia de Ezequiel se esgote nesse período da História. Penso que Ezequiel também se refere, de forma geral, a batalha final contra o povo de Deus, de maneira que o ocorrido com Antíoco Epifanes tipifica uma perseguição ainda maior.

 

É interessante o uso específico de “Meseque e Tubal”. Sempre que as ameaças a Israel são descritas no Antigo Testamento, tais ameaças vêm do norte, geralmente referindo-se a Assíria, Babilônia e Pérsia. Quando Ezequiel fez referência a “Meseque e Tubal” ele utilizou tribos que viviam nos limites dos reinos do norte, no sentido de mostrar que haveria uma oposição ainda mais difundida contra o povo de Deus.

 

Portanto, creio que a profecia de Ezequiel se cumpriu em Antíoco Epifanes, mas também se cumpre em todos os poderes orquestrados contra o povo de Deus.

 

Voltando agora ao Apocalipse, podemos compreender que João tinha em mente esse terrível período de dor e aflição quando usou a expressão “Gogue e Magogue”. A grande opressão que o povo de Deus suportou na antiga dispensação, serve de símbolo para a maior opressão que o povo de Deus precisará suportar na nova dispensação.

 

Logo, a expressão Gogue e Magogue se refere ao ataque final das forças anticristãs lideradas por Satanás contra a Igreja de Cristo. João identifica Gogue e Magogue como “as nações que há nos quatro cantos da terra“, ou seja, não se trata de uma nação específica, mas a totalidade do mundo, isto é, a perseguição do mundo iníquo contra a Igreja.

 

João ressalta que o exército dessa batalha é muito numeroso, tanto como a areia do mar. Nos dias do governo de Antíoco Epifanes, o povo de Israel parecia indefeso diante do poder do exército sírio. Da mesma forma, nos últimos dias que precedem a volta de Cristo, a opressão será tão grande que a Igreja parecerá indefesa diante do poder perseguidor do mundo.

 

Outro fato interessante é que, apesar de intenso e severo, o domínio de Antíoco Epifanes teve breve duração, tal como será o curto período de tempo de grande tribulação sobre a terra, conforme Jesus alertou em seu sermão escatológico (Mc 13:20; cf. Ap 11:11).

 

Também vale ressaltar que a derrota das forças da Síria foi surpreendentemente inesperada, ou seja, foi uma interferência direta de Deus. Da mesma forma ocorrerá nos momentos finais da presente era com o retorno de Cristo.

 

Portanto, o capítulo 20 do Apocalipse não descreve um conflito entre nações, mas um conflito entre a Igreja e o mundo. Esse conflito de Gogue e Magogue é o mesmo já citado em outras partes do próprio Apocalipse (cf. Ap 16:12ss; 19:19).

 

Note que em Apocalipse 16:14 lemos a expressão “a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso“. Já em Apocalipse 19:19, a expressão é a seguinte: “para batalharem contra aquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército”.

 

Finalmente em Apocalipse 20:8, somos informados de que Satanás sairá “a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha“. No original, lemos em todos estes casos a expressão “a peleja“.

 

A descrição que João faz acerca da batalha do Armagedom (Ap 19:17-21) é uma clara evidencia de que se trata da mesma batalha do capítulo 20 do Apocalipse. Perceba que no capítulo 19, João também faz referência a mesma passagem do livro de Ezequiel (Ez 39:17-20). Em ambas as passagens as aves do céu se fartam da carne e do sangue dos poderosos da terra.

 

Devemos nos lembrar de que o livro do Apocalipse está organizado em sete seções paralelas e progressivas, ou seja, a mesma história é contada e recontada com perspectivas diferentes, de modo que a narrativa vai se tornando mais intensa e detalhada conforme avançamos para o final do livro.

 

O detalhe particular do capítulo 20 acerca dessa mesma batalha já mencionada e que as outras referências ainda não haviam esclarecido, fica por conta da descrição do que acontece com Satanás, ou seja, nas outras referências João já havia descrito a queda dos ímpios e a queda dos aliados do dragão (a besta, o falso profeta e a grande Babilônia). Faltava apenas ele descrever a queda do dragão.

 

Como Satanás é o maior oponente de Cristo, naturalmente sua queda é narrada por último. Isso é exatamente o que ocorre no capítulo 20. Para saber mais sobre isso leia os textos: “Como Estudar o Livro do Apocalipse” e “Leitura de Recapitulação ou Sucessão em Apocalipse“.

 

Gogue e Magogue é o Armagedom, é o pouco tempo de Satanás, é a grande tribulação, é o período mais terrível da História, onde o dragão e seus aliados perseguirão duramente o povo de Deus.

 

Todavia, o livro do Apocalipse nos mostra que todos estes inimigos de Cristo e de Sua Igreja caem juntos, ao mesmo tempo, em um único evento, em uma única batalha. Todos são destruídos na segunda vinda de Cristo, onde o Cordeiro virá para livrar o Seu povo, onde a cólera de Deus será derramada, onde o juízo de Deus estará completo. Esse dia será maravilhoso para uns e aterrorizante para outros.

 

Para concluir, quero dizer que embora existam diferentes opiniões sobre o assunto, o importante é que todas elas concordam que nessa batalha Satanás será condenado eternamente no lago de fogo e enxofre, e de dia e de noite, juntamente com seus aliados, será atormentado.

O que é consagração? Como se consagrar?

 

 

Marco Antonio Lana (Teólogo Bíblico)

 

Na Bíblia, consagração significa dedicar algo ou alguém a Deus. Quando uma pessoa ou alguma coisa é consagrada, fica dedicado para o louvor e o trabalho de Deus. Todo crente deve consagrar sua vida a Deus.

 

A consagração é um ato importante, que marca uma mudança na vida de uma pessoa ou no uso de qualquer coisa. Se consagrar a Deus implica abandonar o pecado e se dedicar a agradar a Deus (Levítico 20:7-8). A Bíblia tem exemplos de consagração de:

 

  • Objetos – os utensílios do templo e as vestes dos sacerdotes no Antigo Testamento eram consagrados para serem usados exclusivamente no templo
  • Ofertas – dízimos e ofertas que eram entregues no templo eram consagrados porque serviam para o trabalho de Deus; da mesma forma, ofertas dadas à igreja são consagradas
  • Certos dias – dias e festas religiosas importantes eram consagradas a Deus; as pessoas não se dedicavam a qualquer outro trabalho nesses dias, porque sua atenção estava toda centrada nas coisas de Deus
  • Trabalhos ou ministérios – reis, profetas e mais tarde líderes da igreja eram consagrados quando iniciavam funções; isso mostrava que tudo que iriam fazer seria para a glória de Deus e iriam fazer seu melhor para O obedecer em seu trabalho
  • Pessoas – várias pessoas e até famílias inteiras foram consagradas a Deus, no Antigo Testamento, mostrando assim sua dedicação total a Deus, o profeta Samuel foi consagrado desde o nascimento e viveu sua vida toda ao serviço de Deus


Todo crente é chamado para se consagrar a Deus (1 Coríntios 7:35). Aqueles que creem em Jesus não podem mais viver para o pecado. Na conversão, a vida é consagrada a Deus.

 

Como se consagrar?

 

Para se consagrar a Deus, você precisa reconhecer seus pecados, se arrepender e decidir mudar, aceitando Jesus como seu salvador (Atos dos Apóstolos 2:38). Na conversão, você dedica sua vida a Jesus. Isso é consagração.


Você também pode consagrar seu trabalho, seu ministério, sua família, sua casa... Para isso, é importante orar, colocando tudo debaixo da autoridade de Deus. Isso mostra um compromisso para dar glória a Deus com aquilo que você consagra.

 

Atenção! No ato de consagração, é bom chamar o pastor ou líder para participar. Os líderes têm uma autoridade espiritual especial, porque eles estão consagrados para cuidar da igreja.

 

Consagração de bebês

 

A consagração de um bebê é sua dedicação a Deus. Isso significa que os pais pedem a bênção de Deus sobre a vida da criança e assumem o compromisso de a educar nos caminhos de Deus.

 

A consagração não elimina o direito de escolha da criança mas é uma forma de mostrar que os pais têm o compromisso de evangelizar sua família (Deuteronômio 6:6-7). Mais tarde a criança poderá fazer sua própria escolha, mas ela já terá a grande vantagem de conhecer a verdade de Deus.


Consagração a Maria ou aos santos

 

A Bíblia não aprova em lugar nenhum a consagração a qualquer outro que não é Deus. Maria e os santos não têm poder para nos aproximar de Deus. Apenas Jesus tem esse poder. Devemos consagrar nossas vidas diretamente a Jesus, não a qualquer outra pessoa. O poder de Jesus é mais que suficiente para consagrar totalmente cada pessoa a Deus (1 Coríntios 6:11).

quarta-feira, 16 de março de 2022

Quem foi Acã? Qual foi o pecado de Acã? Quais são as consequências do pecado? – Js 7

 

Marco Antonio Lana (teólogo Bíblico)


 

1 - Quem foi Acâ?

 

Acã foi um israelita que desobedeceu a Deus, no tempo de Josué. Ele roubou coisas destinadas à destruição e trouxe condenação sobre Israel.

 

Na primeira batalha dos israelitas na terra prometida, Deus mandou destruir todos os despojos (Josué 6:17-19). Essa era uma guerra santa, para cumprir a vontade de Deus; o objetivo não era matar para ficar rico. Ao entregar todos os despojos da primeira batalha a Deus, os israelitas consagrariam sua missão a Deus.

 

Josué e os israelitas destruíram Jericó e fizeram como Deus tinha ordenado: mataram todas as pessoas e animais, queimaram a cidade com fogo e entregaram todos os metais ao santuário de Deus. Mas uma pessoa desobedeceu – Acã.

 

Em Jericó Acã viu uma capa bonita, algum ouro e prata e decidiu ficar com eles. Ele levou tudo para sua tenda e escondeu o que tinha feito (Josué 7:20-21). Mas Deus viu e ficou muito zangado.

 

2 - Qual foi o pecado de Acã?

 

O pecado de Acã foi à cobiça. Ele viu a prata, o ouro e a capa e não resistiu ao desejo de roubá-los. Mas Acã não estava apenas roubando de um inimigo. Tudo que estava em Jericó estava consagrado a Deus. Ao roubar alguns objetos, Acã desobedeceu a Deus.

 

Deus tinha prometido muitas bênçãos ao Seu povo, se O obedecessem fielmente. Com sua ação, Acã mostrou que não respeitava nem confiava em Deus. Seu coração não era fiel. Podemos pensar que Deus não se importaria com algo tão pequeno mas, na verdade, Acã trocou Deus por esses objetos. Ele achou que um pouco de dinheiro e uma capa tinham mais valor que amar a Deus!

 

O pecado de Acã teve consequências muito graves. 36 pessoas morreram! De acordo com a Lei, tudo que tocasse em algo impuro também se tornava impuro (Números 19:22). Assim, Acã contaminou sua família, que também sofreu as consequências. O pecado escondido de Acã trouxe muita desgraça.

 

3 - Quais são as consequências do pecado?

 

As consequências principais do pecado são a morte e a separação da presença de Deus (Romanos 6:23). Essas duas consequências causam muito sofrimento na vida do pecador. O pecado também traz muitas outras consequências secundárias.

 

3.1 - As consequências do primeiro pecado

 

Logo em Gênesis 2:16-17 Deus avisou que a consequência principal do pecado era a morte. Quando Adão e Eva pecaram, eles sofreram morte espiritual – ficaram afastados da presença de Deus. Deus também os condenou à morte física, começando o processo lento de degradação física que leva todos a morrer (Gênesis 3:19).

 

Por causa do pecado, a terra ficou amaldiçoada. A terra perdeu sua perfeição e se tornou um lugar difícil de viver (Gênesis 3:17-18). Surgiu o sofrimento, a dor e o conflito entre pessoas. A vida na terra ganhou muitas dificuldades.

 

3.2 - Consequências gerais do pecado

 

a)    A doença – agora nossos corpos são vulneráveis a todo tipo de doença e, um dia, todos temos que morrer (mas atenção: a doença não é sempre consequência de pecado individual; é consequência da existência de pecado no mundo)

b)    Desastres naturais – fomes, dilúvios e outros desastres são produto da maldição da terra.

c)    Relacionamentos difíceis – tornou-se muito mais difícil ter relacionamentos harmoniosos com outras pessoas

 

3.3 - Consequências individuais do pecado

 

Cada pessoa também sofre as consequências de seu próprio pecado. Algumas consequências do pecado podem ser:

 

a)    Culpa – a culpa corrói a vida sem oferecer uma solução; a pessoa se condena, mas não sabe como mudar de vida

 

b)    Falta de sensibilidade – é o contrário da culpa; a pessoa perde noção de certo e errado e continua pecando sem entender as consequências. 

 

c)    Humilhação – o pecado leva à desgraça dos arrogantes e orgulhosos. Castigo da lei – alguns pecados são crimes e podem levar vários tipos de castigo aplicado pela justiça humana

 

O pecado traz muito sofrimento ao pecador. Deus retribui a cada um de acordo com suas ações (Romanos 2:6). Mas existe uma esperança.

 

Deus nos ama e não gosta de nos ver sofrer. Por isso, Ele veio à terra para levar o castigo por nossos pecados em nosso lugar. Agora quem aceita Jesus como seu salvador recebe perdão de seus pecados e pode ficar na presença de Deus (João 3:16). Um dia Deus vai destruir todo sofrimento causado pelo pecado e os salvos viverão com Ele para sempre!

 

3.4 - As consequências do pecado de Acã

 

A segunda batalha que os israelitas travaram foi contra uma cidade pequena, muito mais fácil de conquistar que Jericó. Mas os israelitas perderam a batalha e 36 homens morreram. Quando Josué perguntou a razão a Deus, Ele respondeu que os israelitas tinham pecado contra Ele, ficando com coisas consagradas para a destruição (Josué 7:10-12). Para consertar a situação, os israelitas teriam de destruir os objetos roubados e o ladrão.

 

Para revelar quem tinha cometido o pecado, Deus ordenou que os israelitas se santificassem. No dia seguinte, cada tribo se apresentou diante de Deus e a tribo de Judá foi sorteada. De entre a tribo de Judá, o clã e a família de Acã foram escolhidos (Josué 7:18-19). Finalmente, a sorte caiu sobre Acã, que confessou seu pecado e revelou onde os objetos roubados estavam escondidos.

 

Então os israelitas pegaram em Acã e em todos os seus filhos e filhas e os apedrejaram. Eles queimaram os corpos, os objetos roubados e tudo que pertencia a Acã (Josué 7:25-26). Os israelitas se mantiveram fiéis a Deus e, depois desse incidente, conseguiram vencer seus inimigos.

 

terça-feira, 15 de março de 2022

Os sete propósitos da vinda de Jesus na Terra


Nesta oportunidade vamos meditar na Palavra de deus que se encontra no evangelho de Mateus 23.37 que nos diz:


"Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que são enviados a vocês! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram.


A missão de Jesus aqui na Terra tinha o objetivo primeiro de nos  resgatar . Jesus veio para mostrar Deus? Sim. Veio para ensinar? Sim. Veio para operar milagres e maravilhas? Sim. Mas a sua primeira prioridade era receber a punição e julgamento que era nosso para nos resgatar, para pagar a punição que merecíamos.
 

Jesus veio para chamar a nação de volta a um relacionamento com Deus. Eles precisam sair da formalidade e do ritualismo para um relacionamento pessoal com Deus. Vida com Deus é relacionamento e não uma série de regras. Jesus é o missionário por excelência. Ele entende que foi enviado pelo Pai para buscar e salvar o perdido (Mc 10:45). Podemos dividir a missão de Jesus em alguns pontos 

Ø Consciência de ser enviado por Deus – “Aquele que me enviou . . .” 

Toda missão precisa de alguém que envia e alguém que é enviado. Jesus menciona que foi enviado: “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Mt 10:40). Aqui vemos Jesus fazendo 3 afirmações relacionadas à missão: há uma pessoa que envia – Deus; alguém que é enviado – Jesus; há uma relação próxima entre aquele que envia e aquele que é enviado. Em passagens como João 5:19-24 fica muito claro em outras passagens que o Pai é aquele que envia.
 
Jesus não veio passar as férias aqui na terra, mas para cumprir uma missão específica que o Pai tinha lhe passado. Essa relação íntima com o Pai fez com que não se desviasse de sua missão apesar das dificuldades. A 1ª manifestação pública de Jesus, quando tinha 12 anos e ficara no templo em Jerusalém, mostra isso: “Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” Outra tradução talvez até melhor fosse “cuidar das coisas do meu Pai”. Logo Jesus via como prioridade em sua vida cumprir com a missão que Deus lhe tinha dado.


Deus Pai é aquele que toma a iniciativa da missão. Isso fica evidente em Lc 15. O Pai, como pastor, vai atrás da ovelha que se perdeu, deixando as 99 para trás (15:1-4); como a mulher que perdeu a moeda, procura a moeda perdida até encontrar (15:5-10); e depois como o pai que vai correndo ao encontro do filho que está voltando (15:11-32). Na parábola da festa de casamento, ele seguidamente envia os seus servos para convidar todos os que querem vir (Mt 22:1-14; cf. Lc 14:16-24). Fica muito evidente que o Pai toma a iniciativa da missão. O Pai toma a iniciativa de enviar Jesus que é o meio pelo qual ele vai realizar a sua missão.

Vejamos agora “Os sete propósitos da vinda de Jesus na Terra”.

1.      Jesus veio  buscar e salvar o perdido.

Jesus veio para cumprir a missão que o Pai deixou para ele. Para os judeus era comum que um Pai quando quisesse passar uma mensagem importante não mandasse um servo, mas o filho, de preferência o primogênito. Dentro desse contexto Jesus é apresentado como o único Filho do Pai celestial a quem foi confiada a missão vital de revelar aquele que o enviou e completar a obra de redenção em favor da humanidade.
 
Temos 3 situações onde Jesus diz claramente “eu vim” que nos revelam que Jesus entendeu a sua missão como salvífica. Para Zaqueu Jesus disse: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Essa postura de buscar o perdido também é vista no pastor que busca a ovelha perdida, na moeda perdida (Lc 15). Isso exigia que Jesus gastasse tempo com os marginalizados pela sociedade (Mt 8:1-17) o que trazia consigo a reprovação dos fariseus. Respondendo Jesus disse: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2:17). Lucas ainda inclui que: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento (Lc 5:32). A intenção de Jesus era chamar pessoas ao arrependimento e para dar a sua vida para que as pessoas pudessem ser libertas (Mc 10:45).
 
A missão de Jesus, no entanto, causa divisão e resistência (Mt 10:34-35; Lc 12:51). O chamado ao arrependimento causa separação entre os arrependidos e aqueles que querem continuar a sua vida sem ligar para esse convite. Isso causa problemas inclusive nas famílias. Mas a perda da família não pode ser comparada ao presente da vida eterna (Mt 10:37-39). Isso ainda causa problemas hoje, quando filhos querem se envolver na obra missionária e os pais os incentivam a escolher outra profissão que seja mais rentável.
 
Já que o Pai tomou a iniciativa, o filho (enviado) precisa cumprir com a missão dada a ele pelo Pai. Isso se mostra claramente em que Jesus está comprometido em cumprir a vontade do Pai. Vemos isso no seu batismo “porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3:15). Jesus não tinha pecados e não precisava do batismo para mostrar o seu arrependimento. Mas Jesus se identifica com a humanidade pecadora, fazendo o que Deus quer. A obediência de Jesus era central para cumprir a missão que o Pai lhe tinha dado. Submetendo-se ao batismo de João, Jesus se mostra pronto para cumprir com a vontade do Pai. Isso mostra que Jesus está indo de acordo com o plano estabelecido por Deus de salvar a humanidade. Essa obediência também fica muito clara no final do ministério de Jesus no Getsêmani: “Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade” (Mt 26:42). No início e no final de seu ministério, Jesus se coloca totalmente em acordo com a vontade “daquele que me enviou”.
 
2 . Jesus vem para realizar a vontade do Pai – Venha o teu Reino...
 
Apesar de que Jesus foi enviado pelo Pai, vemos que ele decidiu que iria fazer essa missão. Ele concordou com a decisão do Pai, submeteu-se a Ele vindo por sua própria vontade. Jesus alegremente assumiu que veio para essa missão também porque a missão do Pai se tornou a sua própria missão. A obediência era realizada com alegria apesar das lutas que trazia.
 
A mensagem principal de Jesus era sobre a vinda do Reino de Deus. Jesus veio implantar o reino de Deus sobre a terra. O reino de Deus está presente onde as pessoas permitem que Deus reine em suas vidas. Jesus fez várias referências mostrando que esse reinado já estava presente: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 12:14-15). Está próximo = já está presente.
 
Quando os discípulos de João Batista o perguntam se deveriam ainda esperar pelo Messias, Jesus respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho” (Mt 11:4-5). Todas as coisas que o pecado tinha estragado começaram a ser revertidas com a vinda de Jesus – doenças, possessão demoníaca, morte. A vinda de Jesus empurra o reino do inimigo para trás. Mas também existe uma dimensão do Reino que ainda não está entre eles. O Reino já está aqui, mas não na sua totalidade. Doenças, morte, possessão demoníaca continuarão a existir até a volta de Jesus. Quando Jesus voltar tudo será restabelecido ao modelo original. A conversão dos perdidos mostra a vitória do Reino de Deus, mas ainda vai haver muita oposição até a volta de Cristo – muitas pessoas se recusam a confessarem os seus pecados e inclusive trabalham contra esse Reino. Fica evidente a preocupação de Jesus em construir o Reino de Deus. Ele não está lutando por interesses pessoais – ele veio para cumprir a vontade de Deus.
 
Ø Jesus se torna um “enviador”.
 
Após a sua ressurreição, Jesus passa agora a exercer o papel que o Pai exercera: “Assim como o Pai me enviou, eu os envio” (Jô 20:21). Ele passa agora a reproduzir os mesmos passos com os discípulos que ele envia.
 
a. Assim como o Pai me enviou eu envio vocês – os discípulos são enviados

b. Jesus é enviado, mas vem porque quer – a missão de Jesus se tornou a missão dos discípulos.
c. Jesus vem para edificar o Reino de Deus – os discípulos lutam para edificar o Reino de Deus.
C – Características do ministério de Jesus.
 
Tentamos mostrar até agora que Jesus é o modelo de missionário que devemos imitar. Mas quais eram as principais características do ministério de Jesus?

I Timóteo 2:4 “que, deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.”

Lucas 19: 10 “Pois o filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido.”

Hebreus 13:8 “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre.” -

 

Ele continua hoje , querendo a salvação de todos, não quer que ninguém se perca.


João 3:16  ” Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que Nele crer não pereça , mas tenha a vida eterna.”


3.     Jesus Veio Para Dar Seu Amor.

1. O cuidado da galinha com seus pintos.
a) Em proporcionar-lhes alimento.
b) Em evitar que se afastem por causa do perigo,
c) Parece possuir uma linguagem muito terna para com seus pintainhos.
2. Jesus: "Quantas vezes quis eu ajuntar".
a) Com o cuidado solicito de um Pai.
b) Não procurou conquistar com o milagre e nem com a violência.
c) Leu nos corações os sofrimentos escondidos e aplicou o remédio necessário.
d) Não sabemos quais as curas que foram maiores, as físicas ou as espirituais.


A missão de Jesus é transformar vidas . Quando reconhecemos o sacrifício , o preço que Ele pagou na cruz em nosso lugar e o recebemos como Senhor de nossas vidas e Salvador, a Palavra diz que o Espírito de Deus vem habitar em nós, nascemos de novo, nos tornamos novas criaturas. 

 

Transformar é mudar sua condição natural ou caráter, é retornara a situação de quando Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. 

 

A transformação é caracterizada por : Ousadia,  Sabedoria, Precisão, Paciência, Persistência,Poder.

 

Romanos 12: 1-2 “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”


II Coríntios 3:18 “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.”

 

Filipenses 1:6 “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.”


- As pessoas que tiveram uma experiência com o Senhor são diferentes do que costumavam ser e também serão diferentes das pessoas que as cercam que não conhecem Jesus



4.     Jesus Veio Para Dar Vida.



1. A galinha dá abrigo e calor aos pintos.
a) Em dias chuvosos e noites frias.
b) O pinto exposto á chuva ou ao frio morrerá, O calor materno o salva.
2. Jesus – "Quantas vezes quis eu ajuntar".
a) Veio para dar vida e dá-la em abundância.
b) Quão expressiva é a palavra "ajuntar"!
(1) Ajuntar, atrai o filho fora do lar, ajuntá-lo ao calor do lar com os demais da família.
c) Juntos, Cristo comunica o calor espiritual, vida, ao frio e indiferente pecador,
(1) Somente em Cristo existe vida real, .

Jesus Veio Para Dar Proteção.

                            
1. A galinha protege duas vezes – da fome e do frio,
a) O pinto por si só morreria. É muito pequeno.
2. Protege contra os perigos;
a) Perigos naturais – chuva, frio, vento, fogo.
b) Perigos de animais de rapina, etc.
3. Jesus – "Quantas vezes quis eu ajuntar".
a) Debaixo das Suas asas estaremos seguros. - Sal. 91:4.
b) Jesus nos protege: contra o diabo e o pecado; contra as consequências do pecado - sofrimentos, dores e a morte,
Não sejamos ingratos como Israel.

A missão de Jesus é nos engajar nesta missão.

Mateus 28: 18-20 “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”

Marcos 16:15 “E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.”

Lucas 24: 46-48 “E lhes disse: “Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas.”

João 20:21 “Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio.”

Atos 1:8 “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e samaria, e até os confins da terra.”


6.     Jesus veio para alcançar os rejeitados pela sociedade 
Jesus se volta a todas as pessoas marginalizadas pela sociedade: aos doentes que são segregados por razões cultuais e rituais, às prostitutas e aos pecadores que são maltratados por razões morais e aos cobradores de impostos que são excluídos por razões religiosas e políticas”. Os fariseus e rabinos evitavam o contato com essas pessoas. Mas Jesus estava preocupado com aquelas pessoas que precisavam dele. Ele não tinha tempo para os orgulhosos. Jesus se sentia muito bem com os rejeitados e desprezados pela sociedade, aqueles que estavam desamparados e buscavam ajuda. Alem disso, ele se sentia bem com eles. Mas mesmo que Jesus se coloca ao lado dos oprimidos isso ainda não quer dizer que ele evita e despreza os ricos simplesmente pelo fato de serem ricos. Estes também tiveram parte no reino de Jesus, inclusive entre os 12.
Jesus ignorou as convenções legais dos seus dias para atender as necessidades do povo. Ele estava mais preocupado com as necessidades das pessoas do que com as instituições. Jesus curou no sábado. A tradição oral dizia que somente quando houvesse risco de vida podia-se curar no sábado. Para Jesus as necessidades eram mais importantes que a tradição. Jesus falou que a misericórdia era mais importante que o dízimo. Jesus gastava tempo com os pecadores. O seu ministério se concentrou naqueles que estavam abertos para a verdade. “No ministério de Jesus as pessoas importam mais do que regras e rituais. É por isso que, às vezes, o rigor da Lei é intensificado, ao passo que, em outras ocasiões, alguns mandamentos são simplesmente ignorados. . . . Dessa maneira, ele demonstra que é impossível amar a Deus sem amar o próximo. O amor às pessoas necessitadas não é secundário em relação ao amor a Deus. . . . Isso também implica novos critérios para as relações inter-humanas. Os discípulos de Jesus deveriam refletir, em suas relações com outras pessoas, um padrão diferente de elevado e humilde, de grande e pequeno. Eles deveriam fazer isso servindo aos outros ao invés de dominá-los. Nisso imitariam o seu Senhor que lavou os pés deles”.

7.     Jesus veio com a finalidade de salvar o homem na sua integralidade
Jesus não distinguia entre ação social e evangelismo. A ação social pode levar as pessoas a verem o corpo sem a alma, e o evangelismo a alma sem o corpo. A missão que enfatiza somente um lado corre sérios perigos.

Jesus curava as pessoas, libertava do poder do inimigo e pregava o evangelho. Jesus fazia o bem a todos, independente do retorno que davam. A igreja que só investe onde o retorno é certo e seguro ainda não aprendeu com Jesus a fazer o que é correto independente do retorno que traz. A igreja precisa dar esperança para as pessoas em sua vida sobre a terra e não somente para a vida eterna. Jesus quer reinar aqui sobre a terra e não somente no céu. As pessoas precisam de ajuda aqui e agora. Por outro lado não devemos pensar que podemos construir uma utopia aqui sobre a terra. Enquanto estamos no mundo vamos lutar contra o pecado e suas conseqüências 

Muitas pessoas vivem de aparência... Gostam de mostrar aos outros  o que querem que os outros pensem que elas são. Acham que podem passar a vida sendo auto-suficientes,  fortes e teoricamente felizes. Elas podem enganar muitas pessoas e as vezes até mesmo a si próprias, mas a Deus é impossível enganar. (Veja Pregação Nº 1 na guia Algumas Pregações)
Mas o Senhor disse-lhe: Não te deixes impressionar pelo seu belo aspecto, nem pela sua alta estatura, porque eu o rejeitei. O que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor olha o coração. (1 Samuel 16:7)
Não adianta amados, Deus conhece a intenção do seu coração e antes mesmo que você fale ou admita... Ele já sabe.Tem uma passagem muito interessante na bíblia (Mt 15:22-23) onde Jesus nos ensina que Ele somente atenderá o nosso clamor, quando a suplica for sincera.
Jesus partiu dali e retirou-se para os arredores de Tiro e Sidônia. E eis que uma cananéia, originária daquela terra, gritava: Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio.
Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos vieram a ele e lhe disseram com insistência: Despede-a, ela nos persegue com seus gritos. Jesus respondeu-lhes: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas aquela mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: Senhor, ajuda-me!
Jesus respondeu-lhe: Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos.
Certamente, Senhor, replicou-lhe ela; mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos...
Disse-lhe, então, Jesus: Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas. E na mesma hora sua filha ficou curada. (Mateus 15:21-28)
Tem muita gente clamando o nome de Jesus, porque vê um servo clamar e ser atendido... Tem gente achando que bastam usar fórmulas prontas, frases feitas, orações decoradas e Deus estará lá, pronto a ouvi-los. Lembre-se, conhecendo seu coração, Deus saberá se seu clamor é sincero. Não adianta ir à igreja e durante o culto você orar ou cantar com seus lábios, mas sua mente e seu coração estiverem em outras coisas, tais como carros, casa, escola, problemas, trabalho, roupas, maquiagem, cabelo ou na vida alheia... Deus não ouvirá sua oração, porque Deus é Espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.(Jo 4:24)
Adoração a Deus não acontece somente na igreja, mas onde estivermos, no trabalho, em família, na escola, não importa o lugar. Diante dos problemas temos que compreender que Deus está conosco a todo tempo e Ele observa as nossas atitudes. Ele não se importa se somos médicos, engenheiros, analistas, administradores, professores ou simples faxineiros. Mas Ele quer saber que tipo de médicos, engenheiros, analistas, administradores, professores ou faxineiros seremos. Deus quer saber se teremos caráter para sermos pessoas corretas com o nosso próximo e principalmente com Ele. Portanto amigos, não se julguem bons o bastante para não precisar de Deus. Nem pensem que podem burlar o sistema, só porque não tem ninguém por perto ou que podem trair suas esposas, esposos ou amigos que eles nunca saberão. Lembre-se que existe um Deus que é onipresente, onisciente e onipotente. Chegará o dia em que todos seremos julgados e Deus é o justo Juiz , Ele não vai te julgar pelas coisas boas que fez em sua vida, mas pelas coisas más.

Que o Espírito Santo do nosso Senhor, possa incomodar-nos a cada dia, para que sejamos sempre sinceros, transparentes e verdadeiros adoradores. Amém!