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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

LIVRO DOS JUIZES



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Juízes (Jz)
Autor: Desconhecido
Data: Entre 1050 e 1000 aC
Autor
O autor de Juízes é desconhecido. O Talmude atribui o livro de Juízes a Samuel. Este bem pode ter escrito partes do Livro, já que se afirma que era um escritor (1Sm 10.25).
Data
O Livro de Juízes cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia. A data real da composição do livro é desconhecida. No entanto, evidências internas indicam que ele foi escrito durante o período inicial da monarquia que se seguiu à coroação de Saul. Porém antes da conquista de Jerusalém por Davi, cerca de 1050 a 1000 aC. Esta data tem o apoio de dois fatos: 1) As palavras “naqueles dias, não havia rei em Israel” (17.6) foram escritas num período em que Israel tinha um rei. 2) A declaração de que “os jubuseus habitaram com os filhos de Benjamim em Jerusalém até ao dia de hoje” (1.21) aponta para um período anterior à conquista da cidade por Davi (2Sm 5.6,7).
Contexto Histórico
Juízes cobre um período caótico na história de Israel: cerca de 1380 a 1050 aC. Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e ocupou de forma geral a terra de Canaã, mas grandes áreas ainda permaneceram por ser conquistadas pelas tribos individualmente. Israel praticava continuamente o que era mau aos olhos do Senhor e “não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (21.25). Ao servirem de forma deliberada a deuses estranhos, o povo de Israel quebrava a sua aliança com o Senhor. Em consequência, o Senhor os entregava nas mãos dos opressores. Cada vez que o povo clamava ao Senhor, este, com fidelidade, levantava um juiz a fim de prover libertação ao seu povo. Estes juizes, a quem o Senhor escolheu e ungiu com o seu Espírito, eram militares e civis. O Livro de Juizes não olha apenas retroativamente para a conquista de Canaã, liderada por Josué, registrando as condições em Canaã durante o período dos juízes, mas também antecipa o estabelecimento da monarquia em Israel.
Conteúdo
O Livro de Juizes está dividido em três seções principais: 
1) Prólogo (1.1-3.6) 
2) narrativas (3.7-16.31); e 
3) epílogo (17.1-21.25). 
A primeira parte do prólogo (1.1-2.5) estabelece o cenário histórico para as narrativas que seguem. Ali é descrita a conquista incompleta da Terra Prometida (1.1-36) e a reprimenda do Senhor pela infidelidade do povo à sua aliança (2.1-5). 
A segunda parte do prólogo (2.6-3.6) oferece uma visão geral do corpo principal do Livro, que são as narrativas. Estas descrevem os caminhos rebeldes de Israel durante os primeiros séculos na Terra Prometida e mostram como o Senhor se relacionou com a nação naquele período, um tempo caracterizado por um ciclo recorrente de apostasia, opressão, arrependimento e libertação.
A parte principal do livro (3.7-16.31) ilustra esse padrão que se repete na história antiga de Israel. Os israelitas faziam o que era mau aos olhos do Senhor (apostasia); o Senhor os entregava nas mãos de inimigos (opressão); o povo de Israel clamava ao Senhor (arrependimento); e, em resposta ao seu clamor, o Senhor levantava libertadores a que ele capacitava com o seu Espírito (libertação). Seis indivíduos— Otniel, Eúde, Débora, Gideão, Jefté e Sansão—, cujo papel de libertadores é narrado com mais detalhes, são classificados como “juízes maiores”. Seis outros, que são mencionados rapidamente— Sangar, Tola, Jair, Ibsã, Elom e Abdom—, são conhecidos como “juízes menores”. Um décimo terceiro personagem, Abimeleque, está vinculado à história de Gideão.
Duas histórias são acrescentadas ao Livro de Juízes (17.1—21.15) na forma de um epílogo. O propósito desses apêndices não és estabelecer um final ao período dos juízes, mas descrever a corrupção religiosa e moral existente nesse período. A primeira história ilustra a corrupção na religião de Israel. Mica estabeleceu em Efraim uma forma pagã de culto ao Senhor, a qual foi adotada pelos danitas quando estes abandonaram o território que lhes coube por herança e migraram para o norte de Israel. A segunda história no epílogo ilustra a corrupção moral de Israel ao relatar a infeliz experiência de um levita em Gibeá, no território de Benjamim, e a consequente guerra benjamita. Aparentemente, o propósito desta seção final do livro é ilustrar as consequências da apostasia e anarquia nos dias em que “não havia rei em Israel”.
O Espírito Santo em Ação
A atividade do Espírito Santo do Senhor no Livro de Juízes é claramente retratada na liderança carismática daquele período. Os seguintes atos heróicos de Otniel, Gideão, Jefté e Sansão são atribuídos ao Espírito do Senhor:
O Espírito do Senhor veio sobre Otniel (3.10) e o capacitou a libertar os israelitas das mãos de Cusã-Risataim, rei da Síria.
Através da presença pessoal do Espírito do Senhor, Gideão (6.34) libertou o povo de Deus das mãos dos midianitas. Literalmente, o Espírito do Senhor se revestiu de Gideão. O Espírito do Senhor capacitou este líder escolhido por Deus e agiu através dele para implementar o ato salvífico do Senhor em benefício do seu povo.
O Espírito do Senhor equipou Jefté (11.29) com habilidades de liderança no seu empreendimento militar contra os amonitas. A vitória de Jefté sobre os amonitas foi o ato de libertação do Senhor em benefício de Israel.
O Espírito do Senhor capacitou Sansão e executar atos extraordinários. Ele começou a impelir Sansão para sua carreira (13.25). O Espírito veio poderosamente sobre ele em várias ocasiões. Sansão despedaçou um leão apenas com as mãos (14.6). Certa vez matou trinta filisteus (14.19) e, em outra ocasião, livrou-se das cordas que amarravam as suas mãos e matou mil filisteus com uma queixada de jumento (15.14,15).
O mesmo Espírito Santo que deu condições a esses libertadores para que fizesse façanhas e cumprissem os planos e propósitos do Senhor continua operante ainda hoje.
Esboço de Juízes
I.              Prólogo: As condições em Canaã após a morte de Josué 1.1-3.6
·         Continuação das conquistas pelas tribos de Israel 1.1-26
·         Conquista incompletas da terra 1.27-36
·         A aliança do Senhor é quebrada 2.1-5
·         Introdução ao período dos juízes 2.6 –3.6
II.            História de opressões e libertações durante o período dos juízes 3.7-16.31
A - Opressão mesopotâmica por meio de Otniel 3.7-11
B - Opressão moabita por meio de Eúde 3.12-30
C - Opressão filistéia e libertação por meio de Sangar 3.31
·         Opressão cananita e libertação por meio de Débora e Baraque 4.1-5.31
·         Opressão midianita e libertação por meio de Gideão 6.1– 8.35
·         Breve reinado de Abimeleque 9.1-57
·         Carreira de Tola como Juiz 10.1,2
·         Carreira de Jair como Juiz 10.3-5
·         Opressão amonita e libertação por meio de Jefté 10.6 –12.7
·         Carreira de Ibsã como juiz 12.8-10
·         Carreira de Elom como juiz 12.11,12
·         Carreira de Abdom como juiz 12.13-15
·         Opressão filistéia e libertação por meio de Sansão 13.1-16.31
III.           Epílogo: Condições que ilustram o período dos juízes 17.1-21.25
·         Apostasia: A idolatria de Mica e a migração dos danitas 17.1 –18.31
·         Imoralidade: Atrocidade em Gibeá e a guerra benjamita 19.1-21.15

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

O que a Bíblia diz sobre o porte de armas e a autodefesa?

  A Bíblia traz ideias bem diferentes do que a gente imagina. Ele defende que as nações precisam de uma cultura de paz por um mundo mais pacífico.

Mas quando a cultura não é suficiente para pacificar o mundo, você precisa fazer um exercício de força contra as violências que vêm contra você, explica.

1 - Jesus portou uma arma

A Bíblia mostra Jesus empunhando um chicote de cordas com o qual “expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.” (João 2,15).

O azorrague era um tipo de chicote dos mais violentos daquela época, aquele que foi usado contra Jesus quando Ele estava sendo torturado, antes de ser crucificado

Jesus não bateu em ninguém, mas Ele usou essa arma para ameaçar os cambistas que estavam na sua propriedade, que era o templo. Ele afastou essas pessoas de forma armada.

Armar-se e usar essa arma de forma correta não é um ato pecaminoso, e não é um ato que ofende ao Senhor.

2 - Uso de armas no Antigo Testamento

Cristãos podem dar tiro por aí? Pode andar com arma na cintura?”“. No Antigo Testamento (AT) onde há muitos relatos de guerra. Se você espremer escorre sangue, porque no AT Deus se apresenta com o Deus da guerra. É o Deus que usa Israel também como uma força militar..

A passagem que está no livro de Êxodo 22,2-3.

“Se o ladrão, surpreendido de noite em flagrante delito de arrombamento, for ferido de morte, não haverá homicídio; mas se o sol já se tiver levantado, haverá homicídio. Ele fará a restituição: se não tiver nada, será vendido em compensação do seu roubo..”

Quer dizer que quando está tudo escuro (noite), e alguém invade a sua casa, colocando sua vida em risco, você usar de força até letal para proteger a sua casa e sua família, não será considerado pecado perante Deus.

Se isso acontece de dia e você percebe que o cara não está ali pra matar, ou coisa assim, mas está apenas roubando, e você mata essa pessoa, aí sim você é culpado de sangue.

A justificativa para esse texto é a autodefesa. Se você ou sua família corre risco de morte, defender-se não é um erro, mesmo que o agressor morra. Mas aqui fica claro que não foi morte intencional. Já que, no meio da noite, não foi possível identificar a intenção do ladrão.
Se for durante o dia, e o ladrão for morto propositalmente por conta de um bem material, então aquele que defendeu seu bem está errado aos olhos de Deus.

3 - Autodefesa é defendida pela Bíblia

Se durante um roubo, a vida é colocada em risco durante o processo “se uma arma está apontada para você, o cara está dentro da sua casa e você não sabe quais são as intenções dele […] o uso comedido de violência de forma proporcional, que pode chegar a uma violência letal é completamente permitido por Deus”, defende.

4 - Violência contra um agressor em casos de estupro

A ideia não é que a violência é permitida no AT só pra você se defender e defender sua casa, mas também defender aquele que está numa situação de vulnerabilidade.

Imagina uma pessoa sendo violentada sexualmente o que você faria? Você tem que, de alguma forma, segurar o cara, apagar o cara, dar um ‘mata-leão’ nele, dar uma pancada na cabeça dele.

Não há como proteger uma pessoa que está sendo atacada, sem ser de forma violenta. Você não vai dizer ‘moço, por favor, você poderia por obséquio retirar-se deste ato forçoso contra esta pessoa?’ Isso não existe..

Tem que tirar o cara de cima da pessoa; e o modo de fazer isso vai ser violento. Não é autodefesa, mas é defesa do outro.

Não é porque amamos a violência, nem porque queremos se vingar, mas porque queremos proteger.

5 - Toda grande ditadura começa com o desarmamento civil

Se alguém chega na sua casa pra matar sua família, você não entrega flores e canta ‘Imagine’ (música de John Lennon)”. Desarmar um povo, era um instrumento de domínio sobre ele. Toda grande ditadura se deu através do desarmamento civil. Foi o que Hitler fez na Alemanha, é o que a gente encontra na Venezuela.

O direito do armamento civil, nos Estados Unidos, não existe só por causa da defesa pessoal. Em termos políticos, existe também para que a população possa se defender do próprio governo. .
Um povo armado nunca vai ser dominado politicamente por um tirano. O armamento é uma defesa diante de potências nacionais que se levantam contra o indivíduo.

A palavra de Deus diz que a autodefesa é uma coisa boa. Defender o fraco é uma coisa maravilhosa. […] Jesus se armou e mandou se armar. E uma nação sem armas é uma nação que está debaixo da ira de Deus, que está sendo punida por Deus, e sujeita ao vilipêndio de líderes e dominações estrangeiras e cruéis contra o próprio povo.

6 - Estatuto do Desarmamento não resolveu

A Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, entrou em vigor no dia seguinte à sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A lei federal, ao que tudo indica, foi usada com o pretexto de ajudar a diminuir a taxa de homicídios no país. Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil.

Quase 10 anos depois, em 2012, esse número subiu 42,4 mil. Mesmo considerando o crescimento da população, o índice de violência permaneceu alto demais. Ou seja, o desarmamento foi realizado, mas os conflitos seguiram. Quer dizer que o problema não foi resolvido.

7 - Campanha do Desarmamento foi uma farsa?

Para o jornalista Reinado de Azevedo, sim. Ele questionou, no ano passado, o porquê de 14 unidades da federação não terem apresentado uma redução de homicídios. “Deveria deixar claro que a queda de 11% no número de homicídios entre 2004 e 2010 se deve, basicamente, a São Paulo e Rio”, disse.

O jornalista mostra através de dados da segurança pública, que o número de homicídios nos demais estados brasileiros, manteve o crescimento, independente da Campanha do Desarmamento.

Os números sobre a violência no Brasil servem justamente para desmistificar essa cascata cretina sobre a campanha do desarmamento.

Além disso, denúncias apuradas revelaram que, em algumas ocasiões, armas entregues por cidadãos nas campanhas de desarmamento, que deveriam ser destruídas, foram desviadas indo parar em mãos criminosas.

Em 2016, o Brasil alcançou a marca histórica de 62.517 homicídios, segundo informações do Ministério da Saúde. Isso equivale a 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios do mundo. O limite considerado como suportável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 homicídios por 100 mil habitantes.

Obs.: Como Teólogo Biblista esta é a minha visão a respeito do PORTE DE ARMA E A AUTODEFESA. 

Por: Marco Antonio Lana (Teólogo Biblista).