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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

LIVRO DE JOSUÉ




Josué
Autor: Incerto (Josué)
Data: Cerca de 1400—1375 a.C.
Autor
O autor do Livro de Josué não pode ser determinado pelas Escrituras. O uso do pronome “nós” e “nos” (como em 5,6) sustenta a teoria de que o autor deve ter sido testemunha de alguns acontecimentos que ocorreram durante este período. Js 24,26 sugere que o autor de pelo menos grandes seções foi o próprio Josué.
Outras passagens, entretanto, não poderiam ter sido escrita por Josué. Sua morte é registrada no capítulo final (24,29-32). Vários outros acontecimentos que ocorreram após a sua morte são mencionados: A conquista de Hebrom por Calebe (14,6-15); a vitória de Otniel (15,13-17); e a migração para Dã (19,47). Passagens paralelas em Jz 1.10-16 e Jz 18 confirmam que esses acontecimentos ocorreram apos a morte de Josué.
É mais provável que o livro tenha sido composto em sua forma final por um escriba ou editor posterior, mas foi baseado em documentos escritos por Josué.
Data
O Livro de Js cobre cerca de vinte anos da história de Israel sob a liderança de Josué, assistente e sucessor de Moisés.
A data comumente aceita da morte de Josué é por volta de 1375 aC. Portanto, o livro engloba a história de Israel entre 1400 aC e 1375 Ac e é provável que tenha sido compilado pouco tempo depois.
Contexto Histórico
O livro começa nas vésperas da entrada de Israel em Canaã. Politicamente, Canaã se dividia em várias cidades-estados, cada uma com seu governo autocrático e todas hostis umas com as outras. Moralmente, as pessoas eram depravadas; a anarquia e a brutalidade eram comuns. A religião Cananéia enfatizava a fertilidade e o sexo, adoração da serpente e o sacrifício de crianças. O cenário estava estabelecido e a terra propícia para a conquista.
Em contrapartida, o povo de Israel estava sem pátria havia mais de quatrocentos anos (Gn 15,13). Eles tinham vivido em servidão aos Faraós egípcios e depois ficaram perambulando sem rumo no deserto por mais de quarenta anos. Entretanto, embora imperfeitamente, continuavam fiéis ao único e verdadeiro Deus e se apegavam à promessa que ele tinha feito ao antepassado deles, Abraão. Séculos antes, Deus havia prometido transformar Abraão e seus descendentes em uma grande nação e dar-lhes Canaã como pátria sob a condição de que eles continuassem fiéis e obedientes a ele (Gn 17). Agora, eles estavam prestes a vivenciar o cumprimento dessa promessa.
Conteúdo
O Livro de Josué é o sexto do AT e o primeiro de um grupo de livros chamado os Profetas Anteriores. Coletivamente, esses livros traçam o desenvolvimento do Reino de Deus na Terra Prometida até o cativeiro da Babilônia— Um período de cerca de novecentos anos. Josué narra o período da entrada de Israel em Canaã através da conquista, divisão e estabelecimento da Terra Prometida.
Cristo Revelado
Cristo é revelado no Livro de Js de três maneiras; por revelação direta, por modelos e por aspectos iluminantes de sua natureza.
Em 5.13-15, o Deus Triúno apareceu a Josué como o “príncipe do exercito do SENHOR” . Através de sua aparição, Josué teve certeza de que o próprio Deus era o responsável. Era tarefa de Josué, bem como nossa, seguir os planos do príncipe, além de conhecer o príncipe.
Um modelo é um símbolo, uma lição objetiva. Pode-se encontrar tipos em uma pessoa, em um ritual religioso e mesmo em um acontecimento histórico. O próprio Josué era um modelo de Cristo. Se nome, que significa ”Jeová é Salvação”, é um equivalente hebraico do grego “Jesus”. Josué guiou os israelitas até a possessão de sua herança prometida, bem como cristo nos leva à possessão da vida eterna.
O cordão de fio de escarlata na janela de Raabe (2,18.21) ilustra a obra de redenção de Cristo na cruz. O Pano cor de sangue pendurado na janela salvou Raabe e sua família da morte. Assim, Cristo também derramou seu sangue e foi pendurado na cruz para nos salvar da morte.
Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada em Josué é o da promessa cumprida. No final de sua vida, Josué testemunhou: “nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus” (23,14). Deus, em sua graça e fidelidade, sustentou e preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o à Terra Prometida. Ele fará o mesmo por nós através de Cristo, que é a Promessa.
O Espírito Santo em Ação
Uma tendência constante da obra do ES flui através do Livro de Js. Inicialmente, sua presença surge em 1.5, quando Deus conhecendo a esmagadora tarefa de comandar a nação de Israel, forneceu a Josué a promessa de seu Espírito sempre presente.
O trabalho do Espírito Santo era o mesmo antes de agora: ele atrai as pessoas a um relacionamento de salvação com Cristo e realiza os propósitos do Pai. Seu objetivo em Josué, bem como no AT, era a salvação de Israel, pois, foi através dessa nação que Deus escolheu salvar o mundo (Is 63,7-9)
Várias características sobre a maneira como o Espírito opera podem ser vistas em Josué. A obra do Espírito Santo é contínua: “Não te deixarei nem te desampararei” (1,5). O Espírito Santo está comprometido a realizar a tarefa, independentemente de quanto tempo demore. Sua presença contínua é necessária para o sucesso do plano de Deus na vida dos homens. A obra do Espírito Santo é mútua: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (1,7). Foi dito: “Sem ele, não podemos; sem nos ele não quer”. A cooperação com o Espírito Santo é essencial à vitória. Ele nos habilita a cumprir nosso chamado e a completar a tarefa ao nosso alcance. A obra do Espírito Santo é sobrenatural. A queda de Jericó foi obtida mediante a destruição milagrosa de seus muros (6,20). A vitória foi alcançada em Gibeão, quando o Espírito deteve o sol (10,12-13). Nenhuma obra de Deus, seja a libertação da servidão ou possessão da bênção, é realizada sem ajuda do Espírito.
Esboço de Josué
I. Preparação da herança 1.1-5.15
Mediante a escolha do líder do exército 1.1-18
1) Josué ouve o chamado 1.1-9
2) Josué dá o mandamento 1.10-15
3) Josué recebe estímulo 1.16-18
Mediante o preparo do exército para a batalha 2.1-5.15
1) Procurando a moral do inimigo 2.1-24
2) Posicionando o povo para a batalha 3.1-5.1
3) Fortalecendo as tropas para a guerra 5.2-12
4) Convencendo um líder a servir 5.13-15
II. Possuindo a herança 6.1-12.24
O território central 6.1-8.35
1) A obediência traz a conquista – Jericó 6.1-27
2) O pecado traz a derrota – Acã 7.1-26
3) O arrependimento traz a vitória – Ai 8.1-29
4) A lei traz a bênção – Monte Ebal e monte Gerizim 8.30-35
O território do Sul 9.1-10.43
1) O engano traz o cativeiro – Gibeonitas 9.1-27
2) Os milagres trazem a liberação – Amorreus 10.1-43
O território do Norte 11.1-15
Revisando os territórios conquistados 11.16—12.24
1) Os territórios 11.16-23
2) Os reis 12.1-24
III. Compartilhando a herança 13.1-22.34
Distribuindo a herança 13.1-21.45
1) Partes ainda não conquistadas 13.1-7
2) Partes para Ruben, Gade e Manassés 13.8-33
3) Dividindo as partes a oeste da Jordânia 14.1-5
4) Uma parte para Calebe 14.6-15
5) Uma parte para Judá 15.1-63
6) Uma parte para Efraim e Manassés 16.1-17.18
7) Partes para as tribos restantes 18.1-19.48
8) Uma parte para Josué 19.49-51
9) Cidades de refúgio e para os levitas 20.1-6.21.42
10) Epílogo 22.1-34
Discutindo o futuro 22.1-34
1) Uma benção para as tribos do Leste 22.1-9
2) Uma explicação para o altar 22.10-34
IV. O discurso final de Josué e sua morte 23.1—24.33
Josué aconselha os líderes 23.1-16
Josué desafia o povo 24.1-28
Josué morre 24.29-33

sábado, 22 de dezembro de 2018

O SONO DA ALMA



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O que acontece depois da morte? 

Embora os detalhes não sejam muitos, na Bíblia nós encontramos a informação sobre o que realmente acontece depois da morte. Quem estiver em Cristo vai estar com o Senhor, mas os que morrem em seus pecados vão para um lugar de sofrimento, separados de Deus, enquanto aguardam o Juízo Final.

A Bíblia nos diz que a nossa existência não consiste apenas em nossos corpos físicos, mas também em nossas almas. A morte é a separação entre corpo e alma, e não o fim da nossa existência. Para os que acreditam em Jesus, para os salvos, estas quatro coisas acontecem após a morte:

1) Vão estar na presença de Cristo: Sabemos que Jesus está agora assentado à direita de Deus no céu. O apóstolo Paulo afirmou que partir significava estar com o Senhor (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.


Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.Filipenses 1,23-24) e que era melhor estar ausente do corpo e presente com o Senhor (“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (“Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. 2 Coríntios 5,6-9). Jesus também deu a entender que depois da morte quem crê nele vai estar imediatamente com ele (“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. Lucas 23,43).


2) Vão estar em um lugar de glória: Jesus chamou de “Paraíso” o lugar onde vamos habitar com ele (“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5,8) e Paulo, como vimos acima, disse que será “muito melhor” estar com Jesus do que aqui (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Filipenses 1,23).

3) Vão continuar aguardando a ressurreição: Mesmo depois da morte, vamos continuar aguardando a ressurreição, quando receberemos corpos gloriosos (“E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Romanos 8,23) (“Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. Filipenses 3,21).

4) Serão aperfeiçoados: Após a morte, os cristãos estão finalmente limpos de todo pecado e não mais vão pecar, passando a ser então perfeitos, nesse sentido (“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8,29) (“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.1 Tessalonicenses 5,23) (“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5,27).

Para os que não acreditam em Jesus:

Quem morre sem ter colocado fé em Jesus para perdão de seus pecados fica completa e eternamente separado de Deus e da sua graça e bênção. Segundo a Bíblia, o descrente entra em uma realidade dolorosa e cheia de sofrimento (Seol ou Hades – sepultura, cova inferno), enquanto aguarda o juízo final. Jesus fala sobre essa situação na parábola do homem rico e Lázaro, em Lucas 16,22-26 (E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.”. )

Na volta de Jesus e após o juízo final, o descrente (todo aquele cujo nome não se encontrar no Livro da Vida) será lançado no inferno, juntamente com a besta, o falso profeta, o diabo, a morte e o Hades (“E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Apocalipse 19,20) (“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. Apocalipse 20,10) (“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Apocalipse 20,14-15). Muitos grupos religiosos, como os Adventistas do Sétimo Dia e as Testemunhas –de - Jeová, acreditam que quando o homem morre, ele fica inconsciente, não percebendo o que se passa ao seu redor.Para nós evangélicos, tirando algumas implicações, essa problemática doutrinária não é tão relevante – sono da alma ou imortalidade. Agora, para os Adventistas e Testemunhas –de - Jeová, devido às suas doutrinas exóticas, isso é realmente uma problemática. Para os Adventistas seria a questão da doutrina do Juízo Investigativo*, sem sono da alma essa doutrina fica irreparavelmente quebrada. Para as Testemunhas –de - Jeová é a questão da doutrina do paraíso na Terra, afinal a onde seria o paraíso?

Porém, a Bíblia não ensina a doutrina do “Aniquilacionismo”, vulgarmente chamada de “Sono da Alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai imediatamente para a presença de Deus (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.Filipenses 1,23) mostra que a doutrina do sono da alma está equivocada. Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram em um estado de inexistência e que voltarão à consciência somente quando Cristo voltar e ressuscitá-los para a vida eterna 

 As Escrituras quando falam da morte como “dormir”, trata-se apenas de uma metáfora usada para indicar que a morte é apenas temporária para os cristãos, como é temporário o sono. Isso é visto claramente, por exemplo, quando Jesus fala a seus discípulos sobre a morte de Lázaro – “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jó 11,11).

Devemos notar que Jesus não diz aqui que alma de Lázaro adormeceu, nem qualquer texto bíblico de fato afirma que a alma de alguém está dormindo ou inconsciente (declaração necessária para provar a doutrina do sono da alma). Em vez disso Jesus diz apenas que Lázaro adormeceu. João prossegue, explicando: “Mas Jesus falara da sua morte; eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono.

“Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (“Jó 11,13-14). Os outros versículos que falam sobre dormir após a morte são igualmente metáforas que ensinam que a morte é temporária.

Já os textos que indicam que os mortos não louvam a Deus, ou que a atividade consciente cessa depois da morte, devem ser entendidos da perspectiva da vida nesse mundo. De nossa perspectiva, uma vez que a pessoa esteja morta, ela não se envolve mais com atividades como essas. Mas o Salmo 115 apresenta a perspectiva bíblica plena sobre essa posição.

O texto diz: “Os mortos não louvam o Senhor (na congregação aqui na terra), nem os que descem à região do silêncio” (parêntese nosso). Prossegue, porém, no próximo versículo com um contraste indicando que aqueles que crêem em Deus bendirão o Senhor para sempre: “Nós, porém, bendiremos o Senhor, desde agora e para sempre.” (Salmos 115,17-18).

A Bíblia mostra que as almas dos cristãos vão imediatamente à presença de Deus e desfrutam da comunhão com Ele ali (“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5,8) (“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Filipenses 1,23) (“À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; Hebreus 12,23). Jesus não disse: “Hoje já não terás mais consciência de nada que esta acontecendo”, mas sim “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23,43).

Certamente o conceito de paraíso naquela época não era de existência inconsciente, mas sim de existência de grande bênção e de regozijo na presença de Deus. Paulo não disse: “Tenho o desejo de partir e ficar inconsciente por muito tempo”, mas sim “tenho o desejo de partis e estar com Cristo” (Filipenses 1,23) — e sem dúvida ele sabia que Cristo não era um Salvador inconsciente, adormecido, mas sim alguém que está vivo, ativo e reinando no céu.

Estar com Cristo era desfrutar a bênção da comunhão da sua presença, e é essa a razão por que partir e estar com ele era incomparavelmente melhor. Foi por isso que ele disse: “Preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5,8). Apocalipse 6,9-11 e Apocalipse 7,9-10 também mostram claramente as almas dos mortos que foram para o céu orando e adorando a Deus: “Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”.

E eles foram vistos “em pé, diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Apocalipse 7,9-10).

Todos esses versículos negam a doutrina do “aniquilacionismo” ou “sono da alma”, pois deixam claro que a alma do cristão experimenta comunhão consciente com Deus no céu imediatamente após a morte.

“O Homem é uma alma que faz uso de um corpo. A alma se mantém em atividade e ultrapassa o corpo”. (Santo Agostinho).

Em Fim a Pergunta é: “O que a Bíblia diz sobre o sono da alma?”

Resposta: O conceito do “sono da alma” não é uma doutrina bíblica. Quando a Bíblia diz que uma pessoa está “dormindo” em relação à morte (Lucas 8,52; 1 Coríntios 15,6), não significa um “sono” literal. Dormir é só uma forma de descrever a morte porque um corpo morto aparenta estar dormindo. 

A Bíblia nos diz que no momento que morremos, somos levados ao céu ou ao inferno, dependendo de se colocamos nossa fé em Cristo para a nossa salvação. Para os Cristãos, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 2 Coríntios 5,6-8; Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.Filipenses 1,23). 

Para os incrédulos, a morte significa punição eterna no inferno (“E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. Lucas 16,22-23). No momento que morremos, temos que encarar o julgamento de Deus (“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Hebreus 9,27). Até à ressurreição, no entanto, há um céu temporário chamado de “Paraíso” (“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. Lucas 23,43; Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. 2 Coríntios 12,4) e um inferno temporário chamado no grego de “Hades” (“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. Apocalipse 1,18; E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. 20,13-14).
De certa forma, o corpo de uma pessoa está “dormindo” enquanto sua alma está no Paraíso ou Hades. Esse corpo então é “acordado” e transformado em um corpo eterno que essa pessoa possuirá por toda a eternidade.

Esses corpos eternos são o que possuiremos por toda a eternidade, quer estejamos no céu ou no inferno.

Aqueles que estavam no Paraíso serão enviados ao novo céu e nova terra (“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Apocalipse 21,1). Aqueles que estavam no Hades serão lançados no lago de fogo (“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Apocalipse 20:11-15). Esses serão os dois destinos finais de todas as pessoas – baseado completamente em se aquela pessoa confiou apenas em Jesus Cristo para a salvação de seus pecados ou não.

Grupos atuais que defendem a doutrina do sono da alma são a Igreja Adventista do Sétimo Dia, as Testemunhas de Jeová, os Cristadelfianos e outros

Por: Marco Antônio Lana (Teólogo Bíblico)

sábado, 17 de novembro de 2018

Por que Israel teve que esperar o sétimo dia para rodear as muralhas de Jericó ?


Há algum tempo eu me peguei fazendo essa questão para mim mesmo. Por que Israel teve que esperar o sétimo dia para rodear as muralhas de Jericó? E por que rodeá-la 7 vezes?
Tá lá, em Josué 6:
Então disse o Senhor a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos. Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias. E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifres de carneiros adiante da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as buzinas. E será que, tocando-se prolongadamente a buzina de carneiro, ouvindo vós o seu sonido, todo o povo gritará com grande brado; e o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá por ele, cada um em frente. (Josué 6:2-5)
A Palavra é bem clara: “tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos”. Ou seja, foi Deus que deu aquela terra a Israel. As muralhas não caíram nem por causa das buzinas, nem dos gritos. E sim porque Deus derrubou.
Se Deus iria derrubá-la, então por que não derrubou logo? Por que esperar o sétimo dia? Por que, depois disso, rodeá-la 7 vezes?
Mas, sabe o que é bom? É que a Deus, você pode questionar. E sabe por que? Porque Ele te responde!
Quando se está na presença de Deus, não há uma dúvida sua que não fique sem resposta!
E com o tempo, Deus foi me fazendo entender tudo isso…
Se você ler Josué 6, verá que durante os 7 dias, Deus exigiu uma certa lógica, que deveria ser respeitada por todos ali:
Porém ao povo Josué tinha dado ordem, dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca até ao dia que eu vos diga: Gritai. Então gritareis. E fez a arca do Senhor rodear a cidade, contornando-a uma vez; e entraram no arraial, e ali passaram a noite. Depois Josué se levantou de madrugada, e os sacerdotes levaram a arca do Senhor. E os sete sacerdotes, que levavam as sete buzinas de chifres de carneiros, adiante da arca do Senhor, iam andando, e tocavam as buzinas, e os homens armados iam adiante deles e a retaguarda seguia atrás da arca do Senhor; os sacerdotes iam andando e tocando as buzinas. Assim rodearam outra vez a cidade no segundo dia e voltaram para o arraial; e assim fizeram seis dias. (Josué 6:10-14)
Só podia gritar quando Josué mandasse. Quando Josué não mandasse, tinha que haver silêncio. Tinha que fazer a arca rodear a cidade de Jericó uma vez, e depois entrar de novo no arraial: de madrugada (perder o sono? imagina…), Josué e os sacerdotes (apenas eles) levantavam, levavam a arca e as buzinas e rodeavam a cidade, tocando as buzinas. E repetir isso durante os 6 dias.
Um método engenhoso!
Agora, imagina só Josué tentando explicar tudo isso para o povo, para que o povo fizesse tudo isso certinho, sem erros. E ainda convencer o povo todo de Israel de que se eles fizessem isso direitinho, Deus derrubaria aquela muralha.
Imagina só isso?
Convencer todos os incrédulos no meio do povo, convencer até as crianças de que elas tinham que ficar ali, sem dar um ‘piu’… por 6 dias.
Imaginou?
Sabe o que Deus tava fazendo ali, com aquele povo?
Deus estava testando a fé daquele povo!
Pois o mais difícil ali não era ficar em silêncio, ou rodear a cidade de madrugada, ou carregar a arca. O mais difícil ali era ter e manter a fé necessária para continuar fazendo tudo aquilo e acreditar tudo aquilo tinha um propósito.
Bem, nem precisa dizer que Israel foi aprovada naquela prova, né?
E sucedeu que, ao sétimo dia, madrugaram ao subir da alva, e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; naquele dia somente rodearam a cidade sete vezes.
E sucedeu que, tocando os sacerdotes pela sétima vez as buzinas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos tem dado a cidade. […] Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande brado; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada um em frente de si, e tomaram a cidade. (Josué 6:15-16,20)
Em sete dias, aquele povo teve que fazer aquilo que eles nunca tinham feito no Egito: exercitar a sua fé.
Bem, assim Deus me fez entender o mistério dos 7 dias e das 7 voltas do muro de Jericó. E também me fez entender outros tantos mistérios da minha vida (e tenho certeza que são os mesmos da sua…).
As vezes, aquilo que parece ser tão simples de repente fica tão complicado. O que está perto parece ficar tão longe. E a luta parece ser tão árdua, e a prova parece não ter fim, e o inimigo se levanta pra tentar impedir nossa vitória…
É Deus testando a nossa fé… Pra ver se a nossa fé dura os “7 dias”.
Por que querer ser abençoado, todos querem. Mas aí Deus testa a fé, pra ver quem quer MESMO ser abençoado.
O segredo daquele povo foi PERSISTIR. Guardou a fé por 7 dias, e venceu.
Essa Graça não é do mais sábio, e nem do mais forte, mas é daquele que persiste e tem fé.
“Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.” (Hebreus 11:30)


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O QUE É IMORALIDADE SEXUAL NA BÍBLIA




Segundo a Bíblia, imoralidade sexual é toda a prática sexual fora do padrão estabelecido por Deus. O sexo foi criado por Deus para ser praticado entre um homem e uma mulher dentro do casamento, com amor e respeito (“Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.” - Gênesis 2,24). Tudo que desvia desse padrão é imoralidade sexual.

O sexo é uma ação muito íntima que pode ter efeitos muito fortes na vida do casal. Por isso, o ato sexual precisa ser feito dentro de um ambiente de segurança, compromisso e amor. A imoralidade sexual é toda prática sexual insegura.

Outro nome para imoralidade sexual é fornicação. A imoralidade sexual é pecado. Algumas formas de imoralidade sexual são: 

  • Adultério
  • Cobiçar alguém (isso inclui pornografia)
  • Prostituição
  •   Violentar 
  • Sexo antes ou fora do casamento
  • Homossexualismo
  • Incesto
  •  Bestialidade 

Imoralidade sexual não é brincadeira! As consequências para você e para as pessoas à sua volta podem ser muito graves:
  1.   Transtornos emocionais muito sérios
  2.  Doenças sexualmente transmissíveis
  3.  Perda da confiança das pessoas
  4.  Destruição de famílias
  5. Gravidez indesejada
  6.  Vícios
  7.  Sentimentos de culpa e abandono
  8. Perda de comunhão com Deus

Deus perdoa a imoralidade sexual?

Sim, Deus não só perdoa quem comete imoralidade sexual, mas também pode restaurar sua vida. Quando a pessoa se arrepende e decide seguir Jesus de todo o coração, Deus perdoa seu pecado, não importa o que é (“Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade.” - 1 João 1,9). Mesmo uma pessoa que já aceitou Jesus como seu salvador pode cair na imoralidade sexual, se não tomar cuidado. Mas Deus está sempre pronto a perdoar quando o crente toma consciência de seu pecado e se arrepende.

Isso não significa que podemos continuar praticando imoralidade sexual, pensando “depois peço desculpa e fica tudo bem”. Arrependimento é reconhecer seu pecado e decidir mudar, com a ajuda de Deus. Também não significa que todas as consequências negativas vão simplesmente desaparecer.

A mudança de comportamento pode ser difícil e levar tempo. Algumas pessoas têm recaídas de imoralidade sexual. Mas quando seu coração está voltado para Deus, Ele vai ajudar a vencer a imoralidade sexual.

Como evitar a imoralidade sexual?
  •   Fugindo – sim, a Bíblia recomenda fugir! A tentação da imoralidade sexual pode ser muito forte e perigosa; a melhor solução é correr da situação. (“Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo.” - 1 Coríntios 6,18)
  •  Resistindo – quando resistimos ao diabo, ele foge; Deus promete nos ajudar a resistir, mas você tem que decidir resistir. (“Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós.” Tiago 4,7; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” Romanos 12,2 ).
  • Focando em Deus – aprenda mais sobre Deus lendo a Bíblia e orando; a verdade de Deus liberta. (“conhecereis a verdade e a verdade vos livrará.” João 8,32)
  •  Casando – se você se sente muito tentado, pense seriamente no casamento (“Mas, se não podem guardar a continência, casem-se. É melhor casar do que abrasar-se.” - 1 Coríntios 7,9) – esse é o único contexto seguro e saudável para o ato sexual (mas tome cuidado, o casamento é um compromisso muito sério, que vai muito além da satisfação do desejo sexual).