quinta-feira, 30 de abril de 2015

OS 10 MANDAMENTOS - SANTIFICARÁS O SÁBADO



O QUARTO MANDAMENTO– SANTIFICARÁS O SÁBADO

E então lhes disse: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado”. (Mc 2,27)

O quarto mandamento envolve o aspecto espiritual e social, diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e ao mesmo tempo com o próximo

LEITURAS BÍBLICAS

Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.” (Ex 20,8-11).

“Disse ainda o Senhor a Moisés: "Diga aos israelitas que guardem os meus sábados. Isso será um sinal entre mim e vocês, geração após geração, a fim de que saibam que eu sou o Senhor, que os santifica. "Guardem o sábado, pois para vocês é santo. Aquele que o profanar terá que ser executado; quem fizer algum trabalho nesse dia será eliminado do meio do seu povo. Em seis dias qualquer trabalho poderá ser feito, mas o sétimo dia é o sábado, o dia de descanso, consagrado ao Senhor. Quem fizer algum trabalho no sábado terá que ser executado.
Os israelitas terão que guardar o sábado, eles e os seus descendentes, como uma aliança perpétua. Isso será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas, pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, e no sétimo dia ele não trabalhou e descansou".
(Ex 31,12-17).

I.              INTRODUÇÃO.

As controvérsias deste mandamento giram em torno da sua interpretação. Temos aqui a relação trabalho-repouso e ao mesmo tempo o relacionamento de Deus com Israel. A necessidade de um dia de repouso após seis jornadas de trabalho é universal, mas o sábado é mais bem compreendido quando se conhece o propósito pelo qual ele foi dado.

II.            O SÁBADO DA CRIAÇÃO.

1.    O shabat.
Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2,2-3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei, o substantivo shabbat “sábado”, não aparece aqui, na criação. Surge pela primeira vez no evento do maná (Ex 16,22-23). A Septuaginta emprega a palavra sabbaton, “sábado, semana”, a mesma usada no Novo Testamento grego.

2.    Deus concluiu a criação no dia sétimo.

Deus completou a sua obra da criação no sétimo dia. Deus “descansou” ou seja, cessou, é o significado do verbo hebraico usado aqui, shabat, “cessar, desistir, descansar” (Gn 8,22; Jó32,1; Ex 16,41). Esse descanso é sinônimo de cessar de criar, e indica a obra concluída. Não se trata de ociosidade, pois Deus não para e nem se cansa (Is 40,28; Jo 5,17).

3.    A benção de Deus sobre o sétimo dia.

Ele abençoou e santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, na dispensação da inocência, mas isso foi interrompido por causa do pecado. Agostinho (santo da Igreja Católica) de Hipona lembra que não ouve tarde no sétimo, e afirma que Deus o santificou para que esse dia permanecesse para sempre (Confissões, Livro XIII, 36). O sábado da criação aponta para o descanso de Deus ao mundo inteiro no fim dos tempos: “Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus”; (Hb 4,9).

III.           O SÁBADO INSTITUCIONAL.

1.    Desde criação.
É o sábado para descanso de todos os povos. É uma questão moral que Deus estabeleceu para a raça humana ao comemorar a criação. Tornou modelo e uma forma natural para toda a raça humana. É a ordem natural das coisas: os campos precisam de repouso, as maquinas necessitam parar para a manutenção e assim por diante (Lv 25,4). O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso (Hb 4,8).

2.    Não era mandamento.
O sétimo dia da criação não era mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de toda a natureza. O repouso noturno de cada dia não somente para comemorar a obra da criação mas para que, nesse dia, todos cessem o trabalho e assim descansem física e mentalmente para oferecer o seu culto de adoração a Deus.

3.    Os patriarcas não guardaram o sábado.
O livro de Genesis não menciona os patriarcas ( Título que descreve o chefe ou fundador de uma família  ou tribo do Israel antigo. Três são os principais patriarcas de Israel: Abraão, Isaque e Jacó (Hb 7,4; At 7,8-9). Também se aplica aos 12 filhos de Jacó e ao rei Davi, devido à linhagem messiânica. Esses personagens remontam à era patriarcal da história de Israel.) Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado. Segundo Justino, o Martir, Abraão e seus descendentes até o Sinai agradaram a Deus sem o sábado (Diálogo com Trifão 19,5). Irineu de Lião diz que Abraão, sem circuncisão e sem observância do sábado, ‘acreditou em Deus e lhe foi imputado a justiça e foi chamado amigo de Deus’” (Contra Heresias, Livro IV, 16.2).

IV.          O SÁBADO LEGAL.

1.    Significado.

É o sétimo dia da semana no calendário judaico, marcado para repouso, adoração. Foi introduzido no mundo pela lei; é o sábado legal dado aos israelitas no Sinai. Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia; é exclusividade de Israel (Ex 31,13.17). o sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17,11).

2.    O sábado do Decálogo.

A expressão “Lembra-te do dia do sábado, para santificá-lo” (Ex 20,8), remete a uma reminiscência histórica e, sem duvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece não ser referencia ao sábado da criação. Ele aparece na promulgação da lei (Ex 20,11), contudo, essa reminiscência não aparece em Deuteronômio (Dt 5,12-15). Trata-se, com certeza, do sábado que o povo não levou a sério no deserto (Ex 16,22-29).

3.    Propósito.
A instituição do sábado legal no Decálogo tinha um propósito duplo: social e espiritual. Cessar os trabalhos a cada seis dias de labor era dar descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia para adoração a Deus. É um memorial da libertação do Egito (Dt 5,15). Duas vezes é dito que o sábado é um sinal distintivo entre Deus e a nação de Israel (Ex 31,13.17).

V.            UM PRECEITO CERIMONIAL.

1.    O sacerdote do Templo.

O Senhor Jesus Cristo disse mais uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4). Veja ainda que Jesus se referia quando falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo 29,3; Levítico 22,10; 1Sm 21,6. Disse igualmente que “os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa” (Mt 12,5), ao passo que não existe concessão para preceitos morais.

2.    A circuncisão no sábado.

Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado (Jo 7,22-23 cf. Lv 12,3). Um mandamento moral é obrigatório por sua própria natureza.

VI.          O SENHOR DO SABADO.

1.    O sábado e a tradição dos anciãos.
Os quatros evangelhos registram os conflitos entre Jesus e os fariseus sobre a interpretação do sábado. A tradição dos anciãos criou 39 proibições concernentes ao sábado, más o senhor Jesus disse que é “licito fazer bem no sábado” (Mt 12,12). Isso Ele fez (Mc 3,1-5; Lc 13,10-13; 14,1-6; Jo 5,8-18; 9,6-7.16) e, por isso, nós devemos fazer o bem, não importa qual seja o dia da semana.

2.    Jesus é o Senhor do sábado (M 2,28).
O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição. Então, não há outro no universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de Deus. A expressão “o Filho do Homem”, no singular, é título messiânico, não é usual ou comum às outras pessoas. Está claro que Jesus se refria a Ele mesmo. Jesus disse que os seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício deles (Mc 2,27).

3.    Dia do culto cristão.

O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20,19.26). Nesse dia o Senhor Jesus ressuscitou entre os mortos (Mc 16,16). O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20,7; 1Cor 16,2; Ap 1,10). É o “sábado” cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2,16-17), foram revogados e anulados (2Cor 3,7-11; Hb 8,13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5,17-18), agora vivemos sobre a graça (Jo 1,17; Rm 6,14)

VII.         CONCLUSÃO.


A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31,31-33; Oz 2,11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8,8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina  de uma seita

MARCO ANTONIO LANA (TEÓLOGO)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

OS 10 MANDAMENTOS - NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO



TERCEIRO MANDAMENTO – NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO

"Não jurem falsamente pelo meu nome, profanando assim o nome do seu Deus. Eu sou o Senhor”. Lv 19,12


O terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e leviano, pois o voto é um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma solenidade excepcional e incomum.

LEITURA BÍBLICA

Êxodo 20,7; Mateus 5,33-37; 23,16-19.

"Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão”. Êx 20,7.

Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno". (Mt 5,33-37).

“Ai de vocês, guias cegos!, pois dizem: ‘Se alguém jurar pelo santuário, isto nada significa; mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, está obrigado por seu juramento’. Cegos insensatos! Que é mais importante: o ouro ou o santuário que santifica o ouro? Vocês também dizem: ‘Se alguém jurar pelo altar, isto nada significa; mas se alguém jurar pela oferta que está sobre ele, está obrigado por seu juramento’. Cegos! Que é mais importante: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? (Mt 23,16-19).


      I.        INTRODUÇÃO.

A dificuldade humana para dizer a verdade e cumprir com seus compromissos na antiguidade em motivos de juramentos terríveis em coisas efêmeras da vida. Deus é santo e exige santidade de seu povo. Assim, o relacionamento de todas as pessoas deve ser honesto e cada um deve falar a verdade. A lei estabelece limites, pois Deus está presente nos relacionamentos pessoais do seu povo.

    II.        O NOME DIVINO.

1.    O nome.
Nos tempos do Antigo Testamento, o nome era empregado não simplesmente para distinguir uma pessoa das outras, mas também para mostrar o caráter e a índole do individuo. Houve caso de mudanças de nomes em conseqüência de uma experiência com Deus como Abraão (Gn 17,5), Sara (Gn 17,15) e Jacó (Gn 32,28). O nome de Deus representa o próprio Deus, é inerente à sua natureza e revela suas obras e atributos. Não é um apelativo, nem simplesmente uma identificação pessoal ou uma distinção dos deuses das nações pagãs. A Bíblia revela vários nomes divinos que podemos classificar em dois grupos: genéricos e específicos.

2.    Nomes genéricos.
São três os nomes genéricos que o Antigo Testamento aplica alem do “Deus de Israel”. Na sua tradução do hebraico para a nossa língua só aparecem dois nomes: “Deus” e “Altíssimo”. O nome “Deus” em nossas Bíblias é tradução do hebraico El (Nm 23,8) ou Eloah (Dt 32,15), ou seu plural. Elohim (Gn 1,1). O outro nome genérico é ElYon, “Altíssimo” (Dt 32,8), ás vezes acompanhado de “El”, como em El-Elyon, “Deus Altissimo” (Gn 14,19.20).

3.    Nomes específicos.
São três os nomes específicos que o Antigo Testamento aplica somente para o Deus verdadeiro: Shadday, Andonay e Yhwh. El-Shadday, “Deus Todo-Poderoso”, é o nome que Deus usou ao revelar-se a Abraão (Gn 17,1; Êx 6,3). Andonay, “Senhor”, é um nome próprio e não um pronome de tratamento (Is 6,1). O outro nome é o tetragrama (as quatro consoantes do nome divino, YHWH, Yaweh, Javé ou Jeová). A versão Almeida Corrigida, nas edições de 1995 e 2009, emprega “SENHOR”, com todas as letras maiúsculas, onde consta o tetragrama no Antigo Testamento (Jz 6,22).

   III.        O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL.

1.    A pronúncia do nome divino.
O tetragrama é inefável no judaísmo desde o período interbíblico e permanece impronunciável pelos judeus ainda hoje. Isso para evitar a vulgarização do nome e assim não violar o terceiro mandamento. A escrita hebraica é consonantal; as vogais são sinais diacríticos (a palavra “diacrítico” vem do grego “diakretikos”, que significa “distinção ou o que distingue”. Na língua portuguesa, os sinais diacríticos  são os acentos gráficos usados para distinguir as pronuncias das vogais; o acento agudo, o circunflexo. O til, a cedilha, etc. Enquanto que na língua portuguesa esses sinais distinguem-se das leras ou das vogais, no hebraico eles são as próprias unidas às consoantes.) que os judeus criaram somente a partir do ano 500 d.C. Assim, a pronuncia exata das consoantes YHWH se perdeu no tempo. Os judeus religiosos pronunciam por reverencia Adonay cada vez que encontram o tetragrama no texto sagrado na leitura da sinagoga.

2.    Jeová ou Javé.
Na Idade Média especificamente no século XIV, foram inseridas no tetragrama as vogais de Adonay (o “y” é semi-consoante no alfabeto hebraico). O resultado é a pronuncia “YeHoWaH”. Isso para lembrar, na leitura, que esse nome inefável e, dessa forma, pronunciar “Adonai”. Esse enxerto no tetragrama resultou na forma “Jeová”, que não aparece no Antigo Testamento hebraicaico. Estudos acadêmicos confirmam o que a maioria dos expositores do Antigo Testamento vinham ensinando, que a pronuncia antiga do nome é Yaweh e na forma aportuguesada é lave ou Javé.

3.    O significado.
  Esse nome vem do verbo hebraico hayah, “ser, estar”. O significado desse verbo em Êxodo 3,14, “EU SOU O QUE SOU”, indica que Deus é imutável e existe por si mesmo; é auto-existente, auto-suficiente e que causa todas as coisas. Deus se revela pelo seu nome. O terceiro mandamento é um resumo e ao mesmo tempo uma recapitulação daquilo que Deus  havia dito antes a Moisés (Êx 3,14; 6,3)

IV. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO.

1.    O terceiro mandamento - (Êx 20,7; Dt 5,11)
O termo hebraico Iashaw, “em vão, inutilmente, à toa”, indica algo sem valor, irreal no aspecto material e moral. A septuaginta emprega a expressão grega epmataia, “impensadamente”. O substantivo Shaw (pronuncia-se “chav”) significa “vaidade, vacuidade”. Corresponde usar o nome de Deus de forma superficial, em conversas triviais, e faltar com a verdade em seu nome, como ao pronunciar um juramento falso (Lv 19,12) ou fazer um voto e não o cumprir (Ec 5,4).

2.    Juramento e perjúrio.
O juramento é o ato de fazer uma afirmação ou promessa solene tomando por testemunha algum objeto tido por sagrado; o perjúrio é o falso juramento. As palavras do Senhor Jesus, “ouviste que foi dito aos antigos” (Mt 5,33), não se referem ao Antigo Testamento, mas aos antigos ensinos dos rabinos, às suas interpretações peculiares das passagens da lei que falam sobre o tema (Êx 20,7; Lv 19,12; Dt 6,13). Isso fica claro, pois as palavras seguintes, “Não perjurarás, mas cumpriras teus juramentos ao Senhor”, não aparecem em nenhum Lugar no Antigo Testamento.

3.    Modalidades de juramentos.
As autoridades israelitas escalonavam o juramento em diversas modalidades: pelo céu, pela terra, por Jerusalém (Mt 5,34-36), pelo Templo e pelo ouro do Templo; pelo altar e pela oferta que está sobre o altar e assim por diante (Mt 23,16-22). Segundo essa linha de pensamento, os juramentos se classificavam em obrigatórios e não obrigatórios. Jurar pelo Templo não seria válido; mas, se alguém jurasse pelo ouro do Templo, estava obrigado a cumpri-lo. Tais crenças e práticas eram condenadas nas Escrituras Sagradas. Tudo isso era forma de ocultar o pecado.

   IV.        O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?

1.    Objetivo do terceiro mandamento.

A finalidade é por um freio na mentira, restringir os juramentos e assim evitar a profanação do nome divino (Lv 19,12). O Senhor Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso a santificar o nome divino (Mt 6,9). Ninguém deve usar o nome de Deus nas conversas triviais do dia a dia, pois isso é misturar o sagrado com o comum (Lv 10,10). O Senhor Jesus condenou duramente essas perversões farisaicas, práticas que precisavam ser corrigidas ou mesmo substituídas. Este mandamento foi restaurado sob a graça e adaptado a ela na nova dispensação, manifesto na linguagem do cristão: “sim, sim, não, não” (Mt 5,37).

2.    A proibição absoluta.
Há os que entendem que a expressão “de maneira nenhuma” (Mt5,34) é uma proibição de toda e qualquer forma de juramento. Entre os que defendem essa interpretação estão os amish e os quakers, que nos Estados Unidos se recusam jurar nos tribunais de justiça. Eles acreditam que o Senhor Jesus não fez declaração sob juramento diante do Sinédrio (Mt 26,63-64). De igual modo, o apóstolo  Paulo evitava fazer juramentos em afirmações solenes (Rm 9,1; 1Cor 1,23).

3.    A proibição relativa.
Outros afirmam que a proibição de Jesus se restringe aos juramentos triviais, e por essa razão o Senhor Jesus foi específico: “de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, {...} nem pela terra, {...} nem por Jerusalém, {...}nem jurará pela sua cabeça (Mt 5,34-36). Outro argumento é que homens de Deus no Antigo Testamento faziam juramento em situação solene e o próprio Deus jurou por si mesmo (Gn 24,3; 50,6.25; Hb 6,13.16). consideram, ainda, como juramento a resposta de Jesus e as declarações solene de Paulo (Mt 26,63-64; Rm 9,1; 1Cor 1,23). Essas últimas passagens bíblicas não parecem conclusivas em si mesmas; entretanto, a proibição relativa nos parece mais coerente. Mesmo assim, devemos evitar o juramento e substituir o termo por voto solene em cerimônias de casamento.

VI. CONCLUSÃO

A linguagem do cristão deve ser sim, sim ou não, não. Não há necessidade de jurar, pois o testemunho, como crente em Jesus, fala por si mesmo. Se alguém precisa jurar para que se acredite em suas palavras, tal pessoa precisa fazer uma revisão de sua vida espiritual. Por essa razão, devemos viver o que pregamos e pregar o que vivemos.

Marco Antonio Lana (Teólogo)

quinta-feira, 16 de abril de 2015

OS 10 MANDAMENTOS - NÃO FARÁS IMAGENS DE ESCULTURAS



SEGUNDO MANDAMENTO – NÃO FARÁS IMAGENS DE ESCULTURAS

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1Cor 10,14)
O segundo mandamento proíbe a idolatria, adoração de ídolo, imagem de um deus ou qualquer objeto de culto.

“Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos.” (Ex 20,4-6);

No dia em que o Senhor lhes falou do meio do fogo em Horebe, vocês não viram forma alguma. Portanto, tenham muito cuidado, para que não se corrompam e não façam para si um ídolo, uma imagem de qualquer forma semelhante a homem ou mulher, ou a qualquer animal da terra ou a qualquer ave que voa no céu, ou a qualquer criatura que se move rente ao chão ou a qualquer peixe que vive nas águas debaixo da terra. E para que, ao erguerem os olhos ao céu e virem o sol, a lua e as estrelas, todos os corpos celestes, vocês não se desviem e se prostrem diante deles, e prestem culto àquilo que o Senhor, o seu Deus, distribuiu a todos os povos debaixo do céu. (Dt 4,15-19).

I.              INTRODUÇÃO.

O primeiro mandamento estabelece a adoração somente a Deus e a mais ninguém. A ordem do segundo mandamento é para adorar a Deus diretamente, sem mediação de qualquer objeto. A idolatria é o primeiro dos três pecados capitais na tradição judaica. “a idolatria, a impureza e o derramamento de sangue”. Os cristãos devem se abster da contaminação dos ídolos – Pelo contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue.” (At 15,20).

II.            PROIBIÇÃO À IDOLATRIA.

1.    Ídolo e imagem.

O termo hebraico empregado aqui para a “imagem de escultura”“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” (Ex 20,4); “8  Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Dt 5,8) – é péssel, usado no Antigo Testamento para designar os deuses – “Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura, e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses.” (Is 42,17), como Aserá, a divindade dos cananeus – “Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa de que o SENHOR dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre;”. (2 Rs 21,7). Esses ídolos eram esculpidos em pedra, madeira ou metal – “NÃO fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o SENHOR vosso Deus.” (Lv 26,1); “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” (Is 45,20); “Contra ti, porém, o SENHOR deu ordem que não haja mais linhagem do teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.” (Na 1,14). A Septuaginta traduz péssel pela palavra grega eidolon, “ídolo”, a mesma usada no Novo Testamento – Portanto, meus amados, fugi da idolatria.” (1Cor 10,14); “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.” (1Jo 5,21). O ídolo é um objeto de culto visto pelos idólatras como tendo poderes sobrenaturais e a imagem é a representação do ídolo.

2.    Idolatria.

O termo “idolatria” vem de eidolon, “ídolo” e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração”, idolatria é a forma pagã de adoração a ídolos, de adorar e servir a outros deuses ou a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. É prática incompatível com a fé judaico-cristã, pois nega o senhorio e a sabedoria de Deus. Moisés e os profetas viam na idolatria a destruição de toda base religiosa e ética dos israelitas, além de negar a revelação – “Guardai-vos e não vos esqueçais da aliança do SENHOR vosso Deus, que tem feito convosco, e não façais para vós escultura alguma, imagem de alguma coisa que o SENHOR vosso Deus vos proibiu. Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso. Quando, pois, gerardes filhos, e filhos de filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos corromperdes, e fizerdes alguma escultura, semelhança de alguma coisa, e fizerdes o que é mau aos olhos do SENHOR teu Deus, para o provocar à ira;” (Dt 4,23-25).

3.    Semelhança ou figura.

A frase “Nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êx 20,4b; Dt 5,8b), à luz de Deuteronômio 4,12.15, proíbe adorar o próprio Deus verdadeiro por intermédio de qualquer objeto. A palavra hebraica para “semelhança” é temunah, “aparência, representação, manifestação, figura”. Sua ideia básica é de aparência externa, ou seja, uma imagem vista numa visão (Nm 12,8; Dt 4,12.16-18, Jô 4,16; Sl 17,15). Essa proibição inclui a representação de coisas materiais como homens e mulheres, pássaros e animais terrestres, peixes e corpos celestes – “Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher; Figura de algum animal que haja na terra; figura de alguma ave alada que voa pelos céus; Figura de algum animal que se arrasta sobre a terra; figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra; Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.” (Dt 4,16-19).

III.           AMEAÇAS E PROMESSAS.

1.    O Deus zeloso.

O adjetivo hebraico qanna “zeloso”, aparece apensa cinco vezes no Antigo Testamento e está associado ao nome divino el, “Deus”. O zelo de Jeová consiste no fato de ser Ele o único para Israel, e este não deveria partilhar o amor e a adoração com nenhuma divindade das nações. Esse direito de exclusividade era algo inusitado na época e único na história das religiões, pois os cultos pagãos antigos eram tolerantes em relação a outros deuses.

·         Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” (Ex 20,5; ver Êx 34,14; Dt 4,24; Dt 5,9; Dt 6,15)

2.    As ameaças.

A expressão “terceira e quarta geração” indicam qualquer número ou plenitude e não refere necessariamente à numeração matemática, pois se trata a máxima comum na literatura semítica.

·         “Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” (Ex 20,5; ver Dt 5,9; Am 1,3.6.11.13; 2,1.4.6; Pr 30,15.18.21.29).

O objetivo aqui é contrastar o castigo para “terceira e quarta geração” com o propósito de Deus de abençoar a milhares de geração.

3.    As promessas.

Salta à vista de qualquer leitor a diferença entre castigo e misericórdia de Deus chega a mil gerações sobre os que guardam os mandamentos divinos.

·         E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.” (Ex 20,6; ver Dt 5,10).

Muito cedo na nossa história, o nosso Deus revela que seu amor ultrapassa infinitamente o juízo.

IV.          O CULTO VERDADEIRO.

1.    Adoração.

O segundo mandamento proíbe fazer imagem de esculturas e também de se prostrar diante dela para adore-la – “não te encurvarás a elas, nem as servirás” (Ex 20,5; Dt 5,9). Adoração é serviço sagrado, culto ou reverencia a Deus por suas obras. É somente a Deus qe se deve adorar (Mt 4,10; Ap19,10; 22,8-9)

2.    Deus é espírito.

O Catecismo Maior de Westminster (1648) declara que “Deus é Espírito, em si e por si infinito em seu ser (Jo 4,24; Êx 3,14; Jó 11,7-9) O espírito é substancia imaterial e invisível, diferentemente da matéria. É também indestrutível, pois o “espírito não tem carne e nem ossos” (Lc 24,39). Além de a Bíblia afirmar que Deus é espírito, declara também de maneira direta que Ele é invisível (Cl 1,15; 1Tm 1,17). Assim, a espiritualidade que tem Deus como alvo é incompatível com as imagens dos ídolos.

3.    Deus é imanente e transcendente.

A imanência é a forma de relacionamento de Deus com o mundo criado e principalmente com os seres humanos e sua história. O Salmo 139 é um exemplo clássico. A transcendência significa que Deus é um ser que não pertence à criação, não faz parte dela, transcende a toda matéria e a tudo que foi criado (Jo 17,5.24; Cl1,17; 1Tm 6,16). O exclusivismo da sua adoração é natural porque Deus é incomparável; ninguém há como Ele no universo (Rm 11,33-36)

V.            AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO

O Catolicismo exige que todos os Católicos "venerem" estátuas ou imagens de Cristo, Maria e outros:

"As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar a nossa fé no mistério de Cristo. Através do ícone de Cristo e das suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Através das santas imagens da santa mãe de Deus, dos anjos e dos santos, veneramos as pessoas nelas representadas." P. 335, #1192 Catecismo da Igreja Católica (1994)

Sem levar em conta o que as estátuas representam, uma coisa é certa - elas transgridem as instruções de Deus. Quando Deus deu os Dez Mandamentos, o segundo foi:

"Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra." Êxodo 20,4

Deus também ordenou:

"Nem levantarás coluna, a qual o Senhor teu Deus odeia." Deuteronômio 16,22

A Bíblia conclui que aqueles que fazem ou possuem estátuas estão corrompidos:

"Guardai, pois, cuidadosamente a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher." Deuteronômio 4,15-16

Deus declara novamente sua posição:

"Guardai-vos, não vos esqueçais da aliança do Senhor, vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma cousa que o Senhor, vosso Deus, vos proibiu." Deuteronômio 4,23

A Palavra de Deus também proíbe expressamente as pessoas de se curvar diante das imagens, o que é costume na Igreja Católica. Sempre que você vir o Papa ajoelhando-se em frente a Maria, você deveria pensar sobre estes versos da Escritura Sagrada:

"Não as adorarás nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso…"  Êxodo 20,5

No Novo Testamento o apóstolo Paulo explica porque Deus é tão categórico contra os ídolos:
"Que digo, pois? que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes digo que as cousas que eles sacrificam é a demônios que as sacrificam, e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios." 1 Coríntios 10,19-20

Atrás de cada ídolo há um demônio literal, e Deus não deseja associação alguma com demônios. Não é de admirar que Deus proíba o uso de ídolos:

"Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor, vosso Deus." Levítico 19,4

Deus odeia a idolatria:

"Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento,ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais." 1 Coríntios 5,11

"Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus." Efésios 5,5

Aqui Deus declara que os idólatras não entrarão no céu. Os próximos versos alertam:

"Ninguém vos engane com palavras vãs, porque por estas cousas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência." Efésios 5,6

Será que a Igreja Católica está enganando você com palavras vãs? Decida por você mesmo.

1.    Origem desta doutrina

O Catolicismo reconhece que esta doutrina não veio de Deus:

"Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos padres, e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra maneira apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos..." P. 327, #1161  Catecismo da Igreja Católica (1994)

Esta doutrina veio dos "santos padres" e da "tradição da Igreja Católica". Espera-se que você creia que estes santos padres foram "divinamente inspirados" para violar a Palavra de Deus? Você pode aceitar isto?

O salmista nos ensina ainda mais sobre este assunto:

"Os ídolos das nações são prata e ouro, obras das mãos dos homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem, pois não há alento de vida em sua boca. Como eles, se tornam os que os fazem, e todos os que neles confiam." Salmo 135,15-18  Catecismo da Igreja Católica (1994)

Em outras palavras, como um ídolo é surdo e mudo, também todos os que fabricam ídolos e neles confiam são débeis mentais.

Esta é uma admoestação poderosa de um Deus amoroso e compassivo.

VI.          CONCLUSÃO.

A Igreja Católica determina que os ídolos "despertam e alimentam" sua fé no "mistério de Cristo". Mas a Palavra de Deus proíbe o seu uso. A quem você vai obedecer?

"Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem poreis pedra com figuras na vossa terra, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o Senhor, vosso Deus."  Levítico 26,1

"Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens." Marcos 7,8

Devemos ter discernimento para distinguir ídolos de objetos meramente decorativos. Tudo aquilo que a pessoa ama mais que a Deus torna-se idólatra (Ef 5,5; Cl 3,5). A Bíblia não proíbe as artes, nem a escultura em si mesma e nem a pintura. Deus mesmo inspirou artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35,30-35). O rei Salomão mandou esculpir querubins na parede  e touros e leões para decorar o templo (1Rs 6,29; 7,29) e o palácio real (1Rs 10,19-20), mas nunca com o objetivo de que tis objetos fosse adorados.

Marco Antonio Lana (Teólogo)