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quarta-feira, 22 de julho de 2015
A CIÊNCIA CONFIRMA! NÃO EXISTEM DÚVIDAS SOBRE QUEM É O HOMEM DO SUDÁRIO!
A tradição da Igreja e os resultados da pesquisa científica afirmam que, com altíssima probabilidade, o corpo cuja imagem foi impressa no tecido de Turim pertence a Jesus. De fato, o tecido mostra um homem adulto, de aproximadamente 40 anos, cerca de 1.80m, que mostra os sinais da flagelação e da crucificação, ao qual foi tributada uma sepultura honrosa.
A imagem que emerge do Santo Sudário é a de um cadáver martirizado, com a cabeça e a nuca feridas por um conjunto de objetos pontiagudos; os joelhos e o septo nasal escoriados e manchados de terra, como depois de uma queda; uma ampla ferida no lado, que foi aberta depois do falecimento; as munhecas e os pés atravessados por pregos; e as escápulas marcadas provavelmente por uma viga pesada.
A imagem que ficou estampada no tecido sindônico nos fala de um corpo que manifesta todos os sintomas do rigor mortis, a particular rigidez muscular que se dá após a morte: a cabeça está flexionada de forma forçada sobre o peito, sem que haja sinais de uma sustentação abaixo da nuca; e igualmente os membros superiores e inferiores têm uma posição nada natural. Em particular, a perfuração das munhecas e dos pés, a postura contraída do tórax e dos músculos das pernas, as escoriações deixadas por um grande suporte rígido sobre as costas mostram que o homem foi ajustiçado por meio da crucificação.
Antes de ser flagelado, ele foi desnudado e, de fato, sobre quase toda a superfície corporal, exceto no rosto, foram contadas 120 lesões paralelas, duas a duas, provocadas quase certamente por um chicote composto por um cabo ligado a duas tiras, ou longas tiras de coro que terminavam com dois pequenos pesos de chumbo. Neste caso, é preciso lembrar que ele recebeu 60 golpes.
A maior parte dos especialistas concorda em considerar que o homem do Sudário tinha 1.80m de altura. Os sinais de envelhecimento que se manifestam no seu rosto induzem a afirmar que ele tinha cerca de 40 anos. O septo nasal apresenta uma fratura e a parte direita do rosto está completamente intumescida. O sangue encontrado sobre o tecido, como demonstrou o cirurgião Pierluigi Baima Bollone, é humano, do grupo AB – o estatisticamente mais raro; na Europa, corresponde a 5% da população, enquanto entre os judeus a porcentagem é muito mais elevada – e contém uma grande quantidade de bilirrubina, algo típico em quem sofreu uma morte violenta. Na região do crânio, aparecem marcas de 20 feridas infligidas por objetos punçantes, iguais, dispostos na parte superior da cabeça, formando uma espécie de capacete.
As hemorragias dependem, em alguns casos, de feridas que o homem sofreu estando vivo, e de outras feitas após a sua morte. O exame de fluxo sanguíneo indica que o homem foi envolvido no tecido em um momento preciso – não mais que duas horas e meia depois de ter morrido. Na região das escápulas, as marcas aparecem aumentadas e ulceradas, como se ele tivesse transportado um grande objeto rígido – dado este que faz pensar no transporte do patibulum, a viga de madeira que pesava mais de 50kg e que era carregada pelo condenado até o lugar da execução; ela teria formado o braço horizontal da cruz e seria içada sobre um pau fincado na terra, chamado stipes.
Algumas anomalias – o transporte do patibulum, a utilização de pregos para as mãos e pés, a coroa de espinhos, o fato de que o corpo não tenha acabado em uma fossa comum –, além de tornar esta crucificação um caso muito particular, fazem pensar que se tratou de uma execução particularmente dura.
As lesões que aparecem são numericamente muito superiores às previsíveis em um condenado que deveria sofrer a execução capital. A flagelação mostra uma dura obstinação, um severo castigo. Segundo o costume romano, o número de chicotadas estava limitado pela proibição de matar o condenado, enquanto, entre os judeus, o número de chicotadas era limitado a 40, um número sagrado, como se lê em Deuteronômio 25, 3. Por isso, quando usavam o chicote com três extremos, os judeus só davam 39 chicotadas, para não expor-se ao perigo de ultrapassar este número limite.
Além disso, a imagem estampada no tecido demonstra que o corpo sofreu duas formas de violência não relacionadas com o costume romano: a presença das feridas puntiformes sobre o crânio e na nuca, além da ferida feita com uma arma punçante e afiada entre a quinta e a sexta costela.
Outra anomalia é que o ajustiçado não teve os ossos das pernas quebrados: o Deuteronômio proibia de deixar os cadáveres na cruz durante o pôr do sol, e a prática de fraturar as pernas (crurifragium) apressava a morte e permitia retirá-los antes do anoitecer.
A marca de sangue mais vistosa entre todas corresponde à verificada na parte direita do tórax, provocada por uma ampla ferida de fora a fora, possivelmente causada por uma lança. O sangue se apresenta dividido em seus dois componentes, isto é, a parte do soro e a parte corpuscular (glóbulos vermelhos): a divisão, chamada de “dessoração”, se produz somente depois da morte – por isso, a ferida que provocou a rasgadura do tórax foi realizada quando o homem já estava morto. A ferida foi feita antes de que o corpo chegasse ao rigor mortis, ou seja, antes de que começasse o processo natural de decomposição (depois de 36-48 horas).
Do tipo de tecido de linho e de como o cadáver foi tratado, podemos deduzir que o homem recebeu uma sepultura – apesar de ter sido muito honrosa – sem a purificação ritual prevista pela lei judaica.
Ao contrário do que previam os costumes funerários dos judeus, mencionados no Talmude, o cadáver separado da cruz, nu, sem ser lavado nem barbeado, foi depositado sobre um longo tecido. No entanto, o homem do Sudário, de acordo com a cultura judaica, foi sepultado em um linho branco, inclusive de grande valor. O Sudário havia sido tecido, de fato, com uma técnica chamada de “espinha de peixe”, utilizada certamente já antes da era cristã, mas da qual restam poucos exemplares, sobretudo em linho. O tecido apresenta a torção em Z, muito rara e complexa, na qual as fibras são obrigadas a retorcer-se no sentido contrário ao que tomariam espontaneamente secando-se ao sol.
O sudário pode ter sido produzido em ambiente judaico, pois, nas análises, não foram encontrados traços de fibras de origem animal, em observância à lei mosaica (Dt 22, 11), que prescrevia a separação entre a lã e o linho. Em último caso, parece que foram encontrados vestígios de algodão, identificadas como Gossypium herbaceum, difundido no Oriente Médio na época de Cristo. Este tipo de tecido deveria ser muito apreciado e ritualmente puro, pois com ele, segundo os costumes do judaísmo antigo, eram confeccionadas as cortinas do templo de Jerusalém, além de ser utilizado pelo Sumo Sacerdote – presidente do Sinédrio, que era o conselho supremo que governava comunidade judaica – para envolver-se após ter sido submergido 5 vezes no banho ritual obrigatório, no dia em que se celebrava o rito da Expiação (Yom Kippur), a festa mais sagrada. É raro, portanto, que o corpo de um condenado a um suplício infame, do qual eram isentos os cidadãos romanos – e que era reservado aos traidores, aos desertores e mais frequentemente aos escravos –, fosse envolvido em um sudário extremamente caro, para que fosse tirado pouco tempo depois, ao invés de ser jogado diretamente em uma fossa comum ou ser largado como alimento para as feras.
O lugar em que o homem do Sudário foi sepultado ou no qual o lenço esteve exposto durante mais tempo pode ser identificado por dois elementos: o pólen que ficou preso no tecido e que pertence a várias espécies vegetais existentes apenas no Oriente Médio (mais exatamente, concentradas em uma área que cerca a região de Jerusalém); e os restos de terreno encontrados, que contêm aragonite, um mineral não muito abundante, mas difundido nas imediações de Jerusalém.
As análises sobre o tecido sindônico permitiram comprovar a presença tanto de pólen europeu (em quantidade menor) como de pólen de plantas de vivem na região de Constantinopla, na estepe de Anatólia e nas ribeiras do Mar Morto. Estudando os diversos traslados da tela sindônica, comprováveis nos testemunhos cristãos mais antigos, os especialistas em botânica encontraram correspondências com o trajeto do Sudário, que parte de Jerusalém, passando depois pela Palestina, Edessa, Constantinopla, Lirey, Chambery, até chegar a Turim, em 1578.
O especialista Max Frei, após ter recolhido amostras de plantas durante a época de florescimento nas regiões geográficas nas quais a Síndone pode ter estado, identificou pólen de 58 plantas diferentes sobre o misterioso tecido, do qual nenhuma era uma espécie anemófila, ou seja, transportada pelo vento: algumas delas crescem unicamente em um território do mundo, que é a área que cerca Jerusalém. Posteriormente, Uri Baruch, examinando os preparados de Frei, confirmou a presença de Gundelia tournefortii – à qual pertencem 50% do pólen encontrado no Sudário –, de Zygophyllum dumosum e de Cistus creticus, plantas que vivem e florescem juntas. Depois, a identificação de outras 4 espécies, além daquelas três, levou o professor de botânica Avinoam Danin a afirmar que a sepultura talvez tenha acontecido entre os meses de março e abril.
Este indício – a presença de flores – dá a entender que este cadáver foi depositado com honras não permitidas em absoluto para os condenados à morte, que, segundo a norma, deveriam permanecer durante 12 meses no espaço infamante de um pequeno sepulcro público antes de que os seus restos fossem entregues aos seus parentes.
Além disso, em algumas amostras tomadas na região dos pés, havia restos de terra: o homem havia, portanto, caminhado descalço durante um tempo. As mesmas marcas foram encontradas em correspondência com a ponta do nariz e com o joelho esquerdo, que aparece visivelmente entumescido, como se o homem tivesse caído ao chão, machucando violentamente também o rosto, sem a possibilidade de se proteger com as mãos (talvez por estar impedido pelo patibulum). O especialista em cristalografia Joseph A. Kohlbeck e o físico Ricardo Levi-Setti observaram que estas amostras de terra contêm aragonite (um tipo de carbono cálcico), mineral raro, mas presenta na composição do terreno de Jerusalém.
Por meio da reconstrução da marca de duas moedas e de algumas inscrições encontradas sobre a tela do Santo Sudário, é possível formular a hipótese de que o homem foi sepultado entre os anos 29 e 30 d.C.
Depois de algumas análises levadas a cabo a partir de 1951, o Pe. Francis Filas afirmou ter identificado sobre a pálpebra direita do rosto sindônico marcas extremamente similares às existentes na cara de uma moeda, um dilepton lituus, que apresenta no verso o símbolo o “lituo” – ou seja, de uma espécie de cajado de pastor, presente em todas as moedas de Pilatos, cunhadas depois de 29 d.C. –, rodeado pela inscrição grega TIBEPIONƳ KAIƩAPOƩ: uma moeda que remonta, portanto, à época de Tibério.
Pierluigi Baima Bollone e Nello Balossino, por meio da elaboração da imagem bidimensional do arco superciliar esquerdo, mostraram, no entanto, a presença de sinais de remitiam provavelmente a um lepton simpulum, uma moeda de bronze que, além da reprodução no verso de uma copa ritual com a asa (simpulo), recolhe também a inscrição TIBEPIONƳ KAIƩAPOƩ LIS, que remonta ao ano XVI do imperador Tibério, que corresponde aos anos 29-30 d.C.
A presença de pequenas moedas, reflexo de um uso pagão que entrou no costume judaico, foi confirmada pelo achado de moedas nas cavidades orbitais de caveiras encontradas em Jericó, que remonta à época de Cristo, e em Boquet, no deserto de Judá, do início do século II A.C.
Ainda que a Igreja nunca tenha se pronunciado oficialmente e de forma definitiva sobre a identidade do homem representado no Sudário, ela incentiva a pesquisa científica sobre o tecido de Turim e todos os estudos realizados até agora convergem em uma resposta: o corpo misteriosamente estampado só pode ser, com uma probabilidade altíssima, o de Cristo, depois de ser tirado da cruz.
Tudo parece conduzir as investigações à Palestina do século I. Além disso, existe uma concordância substancial entre o relato dos evangelhos sobre a Paixão de Cristo e as informações extraídas do Sudário; tanto é assim, que algumas particularidades divergem da típica crucificação romana do século I.
- A cruel flagelação, exagerada, antes de uma crucificação (fala-se de 60 chicotadas). Jesus é flagelado no rosto e no corpo (Mt 27,26-30; Mc 15,15-19; Lc 23,16; Jo 19,1-3);
- A coroação de espinhos (não temos documentos que relatem um costume similar nas crucificações, nem entre os romanos, nem entre outros povos). Jesus foi revestido pelos soldados romanos com a coroa de espinhos e da capa púrpura para ser ridicularizado como rei dos judeus (Mt 27,29; Mc 15,17; Jo 19,2);
- O transporte do patibulum, o pau horizontal da cruz (nas crucificações, sobretudo nas massivas, costumavam preferir árvores ou cruzes ocasionais). Jesus transportou a sua própria cruz até o Gólgota (Mt 27,31-32; Mc 15,20-21; Lc 23,26; Jo 19,17).
- A suspensão na cruz com os pregos, ao invés das usuais cordas – uma particularidade que parece ser reservada a crucificações oficiais. No Evangelho de João, no episódio do apóstolo Tomé, diz-se que Jesus tinha os sinais da crucificação nas mãos, enquanto Lucas faz referência tanto às mãos quanto aos pés (Lc 24,39-40; Jo 20,25 e 20,27);
- A ausência de crurifragium, a fratura das pernas infligida para acelerar a morte. As pernas de Jesus não foram quebradas como as dos ladrões crucificados ao seu lado, porque ele morreu de forma insolitamente rápida, tanto que Pilatos se surpreendeu (Mc 15,44; Jo 19,32-33);
- A ferida no lado, feita depois da morte, um fato absolutamente raro. Jesus foi ferido com uma lança no lado, por um centurião, para confirmar que já estava morto. Da ferida saiu água misturada com sangue (Jo 19,34);
- A falta da unção, barba feita e vestes do cadáver, como era costume na época, e a sepultura precipitada. Jesus foi envolvido nu em um tecido e depositado em um sepulcro, logo depois de ser tirado da cruz, porque a noite se aproximava e era a vigília da Páscoa judaica, que coincidia, nesse ano, com o Shabbat, o dia de descanso da semana, no qual era proibido todo tipo de trabalho manual (Mt, 27,57-61; Mc, 15,42-47; Lc, 23,50-56; Jo 19,38-42);
- A envoltura do cadáver em um tecido precioso e a deposição em um túmulo próprio, ao invés de terminar em uma fossa comum. José de Arimateia, um rico membro do Sinédrio, obteve de Pilatos o corpo de Jesus, comprou o linho no qual ele foi envolvido e o sepultou num lugar que ele mesmo mandou escavar na rocha (Mt 27, 57-60; Mc 15, 42-46; Lc 23, 50-54; Jo 19, 38-41);
- O breve tempo de permanência no tecido. Jesus morreu tendo aproximadamente 37 anos, muito provavelmente na sexta-feira, 7 de abril do ano 30 d.C., por volta das 15h, depois de apenas 3 horas de agonia. Seu corpo permaneceu no túmulo desde as 18h, mais ou menos do mesmo dia, até as 6h do domingo, 9 de abril, quando Maria de Magdala, junto a outras mulheres, encontrou o sepulcro vazio (Mt 28,1-10; Mc 16,1-8; Lc 24,1-10; Jo 20,1-10).
segunda-feira, 20 de julho de 2015
A ARCA DE NOÉ
1NO TEMPO DE NOÉ.
a. O
mundo de ontem e a reação de Deus – Nos
dias de Noé, as pessoas eram muito más e os seus pensamentos eram ruins o tempo
todo. A terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência. O
Senhor estava triste e o seu coração estava cheio de dor, porque ele havia
feito as pessoas na terra - Gn 6,5-7.
b. O
plano de Deus – O
Senhor disse que iria banir da face da terra a humanidade que ele havia criado.
Isto incluía pessoas e criaturas na terra e nos ares. O Senhor fez isso porque
Ele estava triste. Somente uma pessoa achou graça diante dele, Noé – Gn 6,1-13
c.
Noé – Era filho de Lameque, que tinha 182
anos de idade quando Noé nasceu, e viveu mais 595 anos após, de acordo com a
genealogia Adão até Noé. Noé teve três filhos depois dos 500 anos de idade:
Jafé, Cam e Sem – Gn 5.
d. A
profecia do pai de Noé – Quando
Noé nasceu, seu pai disse que ele “Os
consolaria do penoso trabalho de suas mãos e da fadiga, causados pela terra que
o Senhor amaldiçoou” (Gn 5,29).
e. O
caráter de Noé – Noé
era um homem justo e integro entre as pessoas de seu tempo e andava com Deus – Gn 6,9.
2O PLANO DE DEUS PARA A ARCA.
a.
O que Deus disse a Noé? – Deus disse que iria destruir todas as
pessoas e a terra, porque estava cheia de violência. Ele disse a Noé para fazer
uma arca de madeira “gofer” (talvez
cipreste).
b.
Medidas da arca – a arca deveria medir 138 metros de
comprimento (450 pés), 23 metros de largura (75 pés) e 13,5 metros de altura
(45 pés).
c. O
projeto de Deus para a arca – três
pavimentos com compartimentos; uma porta na lateral; um telhado e uma janela de
45 cm na parte superior; Toda a arca tinha que ser revestida com betume, por
dentro e por fora – Gn 6,14-16.
d.
O uso da arca – Deus disse que traria um dilúvio sobre
a terra, para destruir tudo o que tivesse vida debaixo dos céus, mas
estabeleceu com Noé a sua aliança. Noé obedeceu a Deus – Gn 6,17-22.
Noé,
seus filhos e suas esposas, tinham que entrar na arca e levar sete casais de
cada espécie de animal puro, um casal de cada espécie de animal impuro e também
sete casais de aves a fim de preservá-las em nossa terra – Gn 7,2-3.
Eles
tinham que levar comida e deveriam armazená-la longe deles a dos animais. Os
animais vieram a Noé e entraram na arca – Gn
6,14-16.
3O DILUVIO.
a.
Idade de Noé – Noé tinha 500 anos de idade quando
seus filhos nasceram e tinham 600 quando o Senhor fechou a sua família na arca
– Gn 5,32; 7,6
b. O
dilúvio – Choveu 40
dias e 40 noites. Todas as fontes do grande abismo se romperam. As águas
inundaram a terra por 140 dias. Depois Deus enviou um vento e as águas
retrocederam – Gn 7,24.
c.
O tempo na arca – Noé estava na arca por mais de um ano.
Ele tinha 600 anos quando o dilúvio começou, e com 601, ele viu que a terra estava seca, mas ainda estava na arca
– Gn 8,13.
CRONOLOGIA
Gn 7,6 – Noé – 600 anos de idade: o dilúvio
começou.
Gn7,11 – 17º. Dia do 2º. Mês: As fontes se
romperam – Chuva.
Gn 8,4 – 17º.
Dia do 7º. Mês: repousa no Ararate.
Gn 8,5 – 1º. Dia do 10º. Mês: O topo da
montanha aparece.
Gn 8,6-12 – 40 dias mais tarde: pombas são
enviados a cada 7 dias
Gn 8,13 – 1º. Dia do 1 mês: Noé 601 anos de
idade.
Gn 8,14 – 27º. Dia do 2º. Mês: a terra está
seca!
Gn 8,20 – eles saíram; Noé constrói um altar
|
4.
A ARCA DE NOÉ NA BÍBLIA.
a.
Jesus menciona Noé – Jesus disse a seus discípulos que o
céu e a terra passariam, mas que somente o Pai sabe quando. Nos dias de Noé, as
pessoas comiam, bebiam e casavam, até o dia em que Noé entrou na arca, e o
dilúvio veio e destruiu a todos. Assim acontecerá no dia em que o Filho do
homem for revelado. Muitas pessoas não estarão prontas quando Jesus vier para
julgar o mundo – (Mt 24,35-39; Lc
17,26-30).
b.
Noé um homem de fé – pela fé, Noé, sendo advertido por Deus
sobe coisas que nunca tinha visto (inundação), movido pelo terror, preparou uma
arca para salvar sua família. Pela fé, obedeceu a Deus. O mundo foi destruído e
Noé foi considerado justo por causa da sua fé – (Hb 11,7).
c.
Pedro escreve sobre Noé – Deus jamais vai tolerar o pecado. Deus
esperou pacientemente, enquanto Noé estava construindo a arca e pregando a
piedade. Pedro adverte sobre a proximidade do dia do julgamento dos ímpios.
Deus quer que todas as pessoas se arrependam para que não pereçam – (1Pd 3,20; 2Pd 2,1-5; 3,1-13).
d.
Como Noé reuniu todos os animais? – Deus trouxe os animais até Noé e eles
entraram na arca – (Gn 6,18; 7,8-9).
e.
Ele levou apenas dois animais e cada
espécie? – não, Noé
levou dois, d maioria dos tipos de animais limpos. Os animais limpos (que
podiam ser comidos ou sacrificados) incluíam: boi, ovelhas, cabras, pombos e
pombas. Em Levítico, os animais impuros: porcos, camelos, águias, abutres,
corvos, corujas e outros (Lv 11).
f.
Como todos os animais couberam na
arca? – não sabemos
quantos tipos havia nos dias de Noé. Com base no tamanho e na capacidade da
arca, que era superior a 520 caminhões de carga, provavelmente era grande o
suficiente para abrigar e manter mais de 50 mil animais e aves alem de
alimentos.
g.
Quantos cômodos tinham a arca? – devem ter tido mais de 500 grandes
compartimentos que mediam cerca de 3x3x4 metros, mais corredores. Se muitos dos
compartimentos que mediam 14 metros de altura, foram divididos em dois níveis,
pode ter havido quase 1000 cômodos ou baias. Alguns compartimentos eram para os
animais e outros eram para os alimentos.
h.
Fatos sobre Noé e a arca –
·
A
palavra “arca” significa “caixa”, no hebraico.
·
No
hebraico o tamanho da arca é expresso em uma unidade de medida chamada côvado.
Um côvado era, geralmente, a distancia entre a ponta de um dedo e o cotovelo de
um homem, mais ou menos 45 cm.
·
Noé
viveu mais 350 anos depois do começo do dilúvio, e morreu com 950 anos – (Gn
9,26-8-29).
·
Abraão,
Davi e Jesus, vieram da linhagem de Sem, filho de Noé (Gn 11,10-26; Mt 1; Lc 3,23-36).
i. Pensamentos interessantes sobre os animais
–
Algumas
pessoas acreditam que muitos animais podem ter hibernado enquanto estavam na arca, exigindo assim menos espaço, comida e cuidado.
Outros
acreditam que muitos dos animais eram crias, requerendo menos espaço e
alimentação.
Depois
que os animais saíram da arca, algumas pessoas acreditam que eles migraram
através de pontes de terra que ligavam aos continentes do mundo.
Depois
do dilúvio. Deus disse que os animais temeriam os seres humanos e a carne deles
poderia ser comida – (Gn 9,2-3).
j.
Onde a arca está hoje? –
Ninguém sabe ao certo. Talvez a arca
tenha sobrevivido nas montanhas do Ararate (antiga Uratu), mas a Bíblia não
fala de um lugar especifico onde a arca tenha pousado. A situação política na
região, alem do gelo e do clima das montanhas tem impedido muitas expedições.
Um menino pastor, em 1906, e piloto da segunda guerra mundial, afirmam ter
visto a arca. Dezenas de grupos tem procurado por ela, mas até agora nenhum
sinal alegado ganhou muita aceitação. A arca salvou Noé e a sua família da
completa destruição. Da mesma forma, Jesus é a salvação da alma dos cristãos.
k.
O arco-íris hoje – Ainda é um lembrete da promessa e da
felicidade de Deus a Noé, um homem que tinha fé e o obedecia.
5.
HISTÓRIAS PRIMITIVAS DO DILUVIO.
Histórias
de um dilúvio maciço eram conhecidas de muitas culturas antigas e dão apoio à
realidade do evento.
Lista dos reis sumérios.
Os
sumérios governaram a Mesopotâmia antes de Abraão. O fato de um dilúvio era to
arraigado em sua história, que eles incluíram na lista dois reis sumérios,
encontrada em tabletes de argila, que datam de cerca de 2100ª.C. em ruínas na Mesopotâmia.
Os
reis eram divididos em dois grupos: os que governaram antes do grande dilúvio e
os que após. A lista dos reis diz “Depois
do dilúvio haver varrido a terra..”.
O
período dos reinos (e a expectativa de vida) desses reis diminuiu drasticamente
depois do dilúvio, assim como a expectativa da vida das pessoas registradas na Bíblia.
A época de Gilgamesh da Babilônia.
Esta
longa saga de um antigo rei babilônico, Gilgamesh, inclui a história de um dilúvio
maciço que tem varias similaridades com a história de Gênesis. A melhor cópia
mais antiga conhecida da epopeia foi encontrada em Nínive, numa serie de
tabletes de argila. O tablete 11 fala de um grande dilúvio e de um herói que instruído
a construir um navio para quais “todas
as coisas vivas” deveriam ser levadas. Ele usou pássaros para verificar se
a água havia retrocedido.
6.
A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ.
O sacrifício de Noé para
Deus.
Noé
sacrificou alguns de cada espécie de animal e aves limpos em um altar. Quando o
Senhor sentiu o cheiro agradável das ofertas queimadas prometeu nunca mais “amaldiçoar a terra”, por causa do
homem, apesar de o seu coração ser inclinado para o mal desde a infância – (Gn 8,20-22).
Deus abençoa Noé.
Deus
disse à Noé e seus filhos que:
·
Fossem
frutíferos, se multiplicassem e enchessem a terra.
·
Os
animais, pássaros e peixes teriam medo e receio deles.
·
Tudo
o que fosse vivo e se movesse serviria de alimento para eles.
·
Não
deveriam comer carne com o seu sangue.
·
Se
alguém matasse um homem, o seu sangue seria derramado pelo homem. Deus fez o
homem à sua imagem (Gn 9,1-7).
Aliança de Deus com Noé.
Deus
fez uma aliança com Noé e com cada ser vivo. Nunca mais tudo que tivesse vida
na terra seriam destruídos por um dilúvio.
Deus
colocou o arco-iris nas nuvens com um sinal da aliança entre ele e todos os
seres viventes para sempre, e por toas as gerações (Gn
9,8-17)
7.
OS TRÊS FILHOS DE NOÉ.
8.
MAPA DA TABELA DA NAÇOES (Gn 10).
Marco Antonio Lana (Teólogo)
quinta-feira, 16 de julho de 2015
PROFETAS E PROFECIAS - PROFETA ISAÍAS
“6 Buscai ao SENHOR
enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem
maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele;
torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. (Is 55,6-7)
I.
INTRODUÇÃO.
Lasor,
Hubbard e Bush, na introdução ao Antigo Testamento, dizem que Isaías é um livro
notável no cânon bíblico pelas seguintes razoes. Em tamanho, só é menor que
Salmos. Há mais de 400 citações de Isaías no Novo Testamento. “Mais impressionante que esses dados
estatísticos”, dizem referidos autores, “é o simples esplendor do livro. A imponência de sua linguagem dramática,
a amplitude de seus temas teológicos, o vigor de sua perspectiva história –
tudo isso combina para justificar o linguajar superlativo com que estudiosos,
pregadores e poetas descrevem seu legado de sessenta e seis capítulos que, sem
exagero, pode ser considerada a peça fundamental da literatura profética”
(Introdução ao Antigo Testamento. Willian S. Lasor, David A. Hubbard, Fredecic
W. Bush. Edições Vida Nova).
Isaías é leitura obrigatória para quem quer entender a mensagem no Antigo Testamento.
Venha ao estudo com o ávido desejo de quem procura um tesouro escondido. Em
suas paginas, que foram escritas no século 8º.a.C., há segredos que nos ajudam
a viver melhor no século atual.
II.
ENTREVISTANDO ISAÍAS.
1.
Qual o significado do seu nome? – O Senhor deu salvação?
2.
De onde você veio? – Vim de Judá, provavelmente de
Jerusalém.
3.
Qual a origem da sua família? – Está registrado na tradição judaica
que seu primo de Uzias ou sobrinho de Amazias. Essa é uma forte evidencia de
que fiz parte da família real.
4.
Em que época você viveu? – Vivi na época dos reis Uzias, Jotão,
Acaz e Ezequias (Is 1,1). Vale lembrar que estávamos sob o predomínio do
império assírio. Iniciei meu ministério no ao em que morreu o rei Uzias, 740
a.C.
Apesar
do primeiro versículo não mencionar, muito provavelmente, ainda estivesse vivo no reinado de Manasses (696-642 a.C.)
III.
QUEM ENTENDE UM LIVRO TAO GRANDE?
Isaías olhando o livro
de longe.
1.
Condenação – (Is 1,1-35,10).
Se
você folhear rapidamente os primeiros 35 capítulos de Isaias, atendo-se apenas
aos títulos em negrito, perceberá facilmente a repetição da expressão “profecia contra...” ou algo parecido.
Aumentando o zoom e lendo o texto, você terá a nítida impressão que Deus está
furioso, que o fogo da Sua ira está aceso e tem como alvo indivíduos, cidades,
povos, nações e impérios.
As brasas dos “Ais” estão espalhadas por todos os lugares. Em uma pesquisa na
versão Revisada e Atualizada, 23 “Ais”
foram apontados no livro de Isaías. Desses, apenas dos se encontram depois do
capitulo 35. Dentre os “Ais”, o
profeta denunciou Judá: “Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência
de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de
Israel, voltaram para trás.” (Is 1,4); o
perverso: “Ai do perverso! Mal lhe irá;
porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram.” (Is 3,11); os alcoólatras: “Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice; e continuam
até à noite, até que o vinho os esquente!” (Is 5,11); os que fazem inversão de
valores: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz,
e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is 5,20); os
que se acham: “21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos,
e prudentes diante de si mesmos!” (Is 5,21); os maus legisladores: “AI
dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão.” (Is 10,1).
Além dos “Ais”, há nessa primeira parte do livro
de Isaías, com já mencionados, as “profecias
contra”: Israel, o reino do Norte, cuja capital era Samaria (Is 9,8-10,4); a maldosa Assiria (a partir de Is 10,5); a famosa e
imponente Babilônia (Is 13 e 21,1-10); Assíria (Is 14,24-27); os filisteus
(Is 14,28-32); Moabe (Is 15-16);
Damasco e Efraim (Is 17) Etíope (Is 18); Egito (Is 19); Dumá (Is 21,11-12);
Arábia (Is 21,13-17); Jerusalém (22,1-14); Tiro (Is 23).
Nas profecias encontramos
mensagem de julgamento e de condenação tanto a grandes quanto a pequenos povos,
a magníficos e a desprezíveis reinos.
Povos e reinos podem até ser inconsequentes nas atrocidades que cometem,
mas se assentarão no banco dos réus, ouvirão a justa sentença e pagarão a pena
devida.
Todavia do meio desse
fogaréu de julgamento de Isaias 1 a 35, sopra a brisa do consolo, e raios de
esperança brilham sobre as sentenças.
Ainda no capitulo 2 está escrito que “E
acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do SENHOR no cume
dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as
nações.” (Is 2,2) e “...uma nação não levantará espada contra outra nação,
nem aprenderão mais a guerrear.” (Is 2,4b). Mateus 1,22-23 vai revelar que Isaías 7,14, que diz: “Tudo isto aconteceu
para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz;
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de
EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” (Mt 1,22-23), tem seu cumprimento final
na pessoa de Jesus Cristo. O capitulo 9,1-7 é extraordinariamente messiânico. É
um banho de presença para todos que vivem nas trevas! O capitulo 11 nos faz
viajar no tempo e desfrutar de uma alegria antecipada quando percebemos que há
um futuro glorioso construído pelo rebento do tronco de Jessé. O capitulo 12 é
recheado de ação de graças, e o 35 é o retrato de uma Sião próspera e fecunda,
santa e curada. Isso tudo revela a grandeza da bondade divina que, mesmo em
meio a justos julgamentos, nos apresenta a Sua graça.
2.
História – (36,1-39,8).
Na
época de Isaías, a superpotência mundial, temida por todos os reinos, era
Assíria. Seu principal imperador, Sargão II, morreu em 705 a.C. Então todos os
pequenos reinos que eram escravizados por ele tentaram se libertar por meio de
rebeliões. Mas Senaqueribe, filho de Sargão, não permitiu que a Assíria
perdesse seus vassalos. Por volta d ano 701 a.C., sufocou a maioria deles,
usando invasões eficientes em todas as nações rebeldes, inclusive na Palestina.
Um desses episódios está registrado nesse trecho de Isaías. A diferença é que
essa tentativa de oprimir Judá fracassou por intervenção do Senhor.
3.
Consolo - (Is 40,1-66,24).
Entre
os desertos de julgamentos, encontramos algumas áreas de consolo e refrigério.
Na peregrinação da leitura de Isaias 1 a 35, encontramos vários oásis. Os
capítulos 36 a 39 formam um intervalo histórico. A partir do capitulo 40, a
sensação é oposta ao que vimos na primeira parte. O oásis aqui ganha dimensões
continentais. Todavia, entre essa imensidão de consolo e frescor, há
pequenas ilhas nas quais prevalece o calor das divinas
repreensões e julgamentos.
O capitulo 40 começa dizendo “CONSOLAI,
consolai o meu povo, diz o vosso Deus.” (Is 40,1). Continua dizendo que as iniquidades de Jerusalém serão
perdoadas, que os caminhos tortuosos serão aplanados – “2 Falai
benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a sua milícia é acabada, que a
sua iniquidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do SENHOR, por
todos os seus pecados. 3 Voz do que
clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a
nosso Deus. 4 Todo o vale será exaltado,
e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará,
e o que é áspero se aplainará.” – (Is
402-4), que o Senhor Deus Se manifestará com poder para trazer o galardão e
garantir a recompensa – “Eis que o
Senhor DEUS virá com poder e seu braço dominará por ele; eis que o seu galardão
está com ele, e o seu salário diante da sua face.” – (Is 40,10). O autor diz
da majestade de Deus, que é extraordinária e encantadora; da grandeza do
Senhor, que faz com que todas as coisas diante Dele sejam reduzidas a nada - “Todas as nações são como nada perante
ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã” – (Is 40,17).
Tamanha grandeza e incomparável poder não são apresentados para punir o
culpado, mas para fortalecer o fraco e renovar as forças de todos que Nele
esperam – “29 Dá força ao cansado, e
multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os
moços certamente cairão;31 Mas os que
esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão,
e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” – (Is 40,29-31). Os
capítulos subsequentes tratam da queda da Babilônia e da libertação de Israel.
Pressupõem o cativeiro babilônico e o final dele.
O que há de mais
extraordinário, todavia, é o que essa parte diz sobre o servo do Senhor.
Observe algumas passagens que falam a respeito dele: Isaías 42,1-7; 49,1-9; 52,13-53,12. O capitulo 61 pode também ser
relacionado nesse grupo. Esses textos se referem de acordo com a elucidação do
Novo Testamento, a Jesus de Nazaré. Isaías 42,1-4 é citado em Mateus 12,18-21,
como a razão do procedimento de Jesus de curar muitos enfermos e pedir sigilo.
O eunuco estava lendo o capitulo 53 no momento em que foi abordado por Filipe.
Quando perguntou a quem o profeta estava se referindo, Filipe, começando com
aquela passagem da Escritura, anunciou-lhe as Boas-Novas de Jesus (At,8,35). Explicou ao eunuco que o
servo do Senhor sofreria, seus passos deixariam pegadas de dor e sofrimento,
viria de forma singela – “Não clamará,
não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.” (Is 42,2); promulgaria
o direito – “A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com
verdade trará justiça”. (Is 42,3), mas pagaria um alto preço (Is 52,13-53,12), seria a luz para os
gentios – “Disse mais: Pouco é que sejas
o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os
preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha
salvação até à extremidade da terra.” (Is 49,6).
Há, nos últimos capítulos de Isaías,
um tom apocalíptico. O livro acaba de forma parecida com o Apocalipse. Ambos
falam de novos céus e nova terra – “Porque,
eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas
passadas, nem mais se recordarão.” (Is 65,17); “E VI um novo céu, e uma nova
terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe.” (Ap 21,1). Ambos dão um tom de consolo e de esperança. O olhar
para trás identifica lutas, sangue, fumaça e fogo. Mas se colocarmos nossos
olhos no horizonte, identificaremos esperança, oásis, gozo, bonança e paz. Em
meio e lutas diárias, esperamos ansiosamente novos céus e novas terras.
USO NO NOVO TESTAMENTO
|
·
Nascimento
virginal de Cristo – (Is 7,14; Mt
1,23; Lc 1,34).
·
Morte
e sofrimento de Jesus – ( Is
52,13-53,12; Mt 27,27-60)
·
Ser
humilde e sem atrativos – (Is 7,42-15;
53,2-3).
·
Ser
manso, não barulhento nem rude – (Is
40,11; 42,2-3).
·
Ser
justo em todas as suas ações – (Is
9,7; 11,5; 32,1).
·
Ser
bondoso para com os fracos e aflitos – (Is
61,1).
·
Ser
irado e vingativo para com os perversos impenitentes – (Is,11-4; 63,1-4).
·
Ser
apresentado por um precursor no deserto – (Is 40,3).
·
Ser
ungido para operar com o poder do Espírito Santo (Is 11,2-4; 61,11)
·
Realizar
muitos milagres, especialmente na Segunda Vinda – (Is 35,4-6).
|
IV.
O QUE ISAÍAS FALOU ONTEM? O QUE ELE
FALA PARA MIM HOJE?
ONTEM
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HOJE
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·
Desafios
para o povo de Israel
|
·
Desafios
para a nossa vida.
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·
Vivam
de modo a honrar a santidade do Senhor (Is 1.4;6,3)
|
·
Vivam
de forma santa. Lutem contra tudo que é capaz de desqualificar sua vida Dante
de Deus, pois essa é a vontade do Senhor (1Ts 4,3-8).
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·
O
Senhor é soberano sobre as nações e seus deuses (Is 40,19-20; 41,4-5).
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·
Não
ignorem a soberania divina,. Submetam seus planos ao Senhor e livrem-se de
toda má pretensão (Tg 4,13-17).
|
·
O
Senhor é quem livra do inimigo e do pecado (Is 41,9-10)
|
·
Com
as armas dadas pelo Senhor, lutem contra o inimigo e contra o pecado (Tg 4,7;
Cl 3,5-11).
|
·
O
Senhor preservará Seu remanescente fiel (Is 8,1-3; 37,30-32).
|
·
Não
temam, apenas confiem. Creiam na sua palavra, pois Ele a cumprirá (Tg 1,12).
|
·
O
servo do Senhor será o mestre que ensina com a vida (Is 50,4-7).
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·
Sejam
bem instruídos no caminho do Senhor para que a vida de vocês seja uma
mensagem, assim como a de Jesus foi e ainda é (Lc 6,40).
|
V.
CONCLUSÃO
O
livro de Isaías está repleto de
advertências. Nós precisamos delas. As advertências nos ajudam a não sair do
trilho ou a retornar a ele. Esse livro também está cheio de consolo. Nós
precisamos dele. O consolo nos ajuda a suportar o sol escaldante e as pedras no
caminho de nossa vida cristã.
Marco Antonio Lana (Teólogo)