sexta-feira, 27 de junho de 2014

FAMÍLIA, IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 12 – FILHOS BIBLICAMENTE EDUCADOS.



FAMÍLIA, IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 12 – FILHOS BIBLICAMENTE EDUCADOS.

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Ef 6,1-4).

A sociedade em que vivemos é influenciada pela mídia, falida moral e espiritualmente, viciada, impulsiva e sem  esperança, ou seja, um ambiente complicado para criar os filhos. Então, o que fazer para que os nossos filhos não sejam, tragados por esse mundo? Vamos olhar para a palavra de Deus, porque nela encontramos princípios eternos que vão nos direcionar como pai e mãe.

I – O PROPÓSITO DE DEUS.

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.” (Ef 6,1-3). Aqui temos algumas palavras aos filhos, e no versículo 4 do mesmo capitulo temos algumas palavras aos pais – “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” Vamos ver alguns conceitos que vão dar direção aos filhos: “Filhos obedeceis”. A primeira coisa aqui é obediência. Os filhos precisam entender que Deus quer que eles aprendam a viver debaixo da liderança e autoridade dos seus pais. O segundo conceito aqui é “honrar a teu pai e tua mãe – que é o primeiro mandamento com promessa.” Honrar é uma palavra que encontramos muitas e muitas vezes no Velho ou no Novo Testamento e a palavra significa “dar valor”. Dar valor aos  pais garante aos filhos uma recompensa: viver bem e por longos anos.

II – CADA UM FAZENDO A SUA PARTE.

Agora no versículo 4  – “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” Nós encontramos algumas exortações para os pais. Aqui temos três ordens: a primeira ordem é negativa. “Pais, não provoqueis vossos filhos a ira.” E como os pais costumam provocar a ira dos seus filhos? Fazendo mal uso da autoridade, dando ordens sem propósito e sem amor, descarregando nos filhos toda a raiva. Não ouvindo, não dialogando, sendo incoerente. Nunca admitindo estar errado, fazendo promessas  que não podem ser cumpridas e não respeitando o modo de ser do filho.

Em segundo lugar “criai-os na disciplina do Senhor.” A principal passagem da Bíblia sobre a questão da disciplina está em Hb 12,5.11 – “...e já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido. Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ele têm sido exercitados.” A palavra é muito clara sobre a disciplina. Às vezes é com a vara, mas da forma certa, na hora certa e com o espírito certo. E a Palavra de Deus diz que o pai vai mostrar seu amor através da disciplina. Mesmo que isso parece difícil – “Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ele têm sido exercitados.” (v 11) qual é o fruto? É ajudar a criança a receber direção do Senhor. A criança que aprende a submeter a sua vontade à vontade dos pais terá disposição e facilidade em um dia entregar sua vida para Cristo, livrando sua alma do inferno. E a admoestação? “Cria-los na admoestação do Senhor.” (v 5). Admoestação pode ser entendida por amar a Deus, ter temor e a obedecer aos seus estatutos. E como base nisso que os filhos precisam ser criados.

CONCLUINDO

Seu filho precisa de você. Ele precisa ouvir da sua boca como Deus tem sido bom, e como Ele tem abençoado a sua vida e a vida de sua família. Então, não negligencie as suas responsabilidades. Ensine seu filho a ter o temor, a obedecer a Palavra do Senhor e amá-lo de todo o seu coração, de toda sua alma e com toda sua força. E não esqueça de comunicar constantemente os conceitos de Deus. Pais, vocês estão no palco da vida e seus filhos estão na platéia. Diante de pequenos olhos diariamente vocês estão fazendo um show. E este show é a maneira que vocês se relacionam entre si e a maneira que vocês se relacionam com o seu Deus. O filho irá absorver e refletir na suas atitudes.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

FAMÍLIA, IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 11 – A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO.




FAMÍLIA, IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 11 – A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO.

“Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.” (Mt 5,23-24).

Deus tem algumas prioridades na vida dos seus filhos e nestes versículos nós encontramos uma delas. Observe o texto que Deus está mais preocupado com nossos relacionamentos do que com nossas ofertas. Eu acredito que qualquer exercício do nosso dom espiritual, qualquer serviço, qualquer trabalho, qualquer esforço feito em nome de Jesus Cristo, para o engrandecimento do Seu reino, é uma oferta. Deus quer a oferta, Deus quer o serviço, mas, em primeiro lugar, Ele quer um bom relacionamento com o irmão, e inclua-se aqui a esposa, o marido e os filhos.

I – O QUE A PALAVRA DE DEUS FALA

Pedro perguntou a Jesus – “Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até [quantas vezes] pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete?” (Mt 18,21). E Jesus respondeu, conhecendo o coração de Pedro – “Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.” (Mt 18,22). Jesus mencionou essa multiplicação, mas o que ele esta ensinando aqui é que nós que fomos lavados pelo sangue de Jesus Cristo e recebemos o perdão de Deus  temos a qualificação necessária para oferecer perdão a um irmão que nos ofende. Cada vez que nós deixamos de perdoar, cada vez que nós resistimos em oferecer a graça de Deus a uma outra pessoa que nos feriu, criamos uma barreira, e nessa história quem não perdoa perde tanto quanto quem não é perdoado. A Bíblia fala em Mt 18,21-35 na parábola do servo impiedoso que quando não perdoamos somos entregues ais verdugos ou atormentadores.

Acontece que, as vezes, é difícil perdoar alguém que nos magoa profundamente. Mas quando Deus nos dá a ordem de perdoar alguém. Ele mesmo nos dá poder, capacidade, disposição e sabedoria para , de coração, perdoar aquela pessoa.

Refleti nessa palavra: “Se você tem algo contra alguém e vem semanalmente trazer sua oferta diante de Deus quero dizer que Ele não esta recebendo sua oferta. Deus não está preocupando com o seu serviço, porque o que Ele requer de você é um relacionamento concertado, um relacionamento restaurado com seu marido, esposa ou filhos. E você que esta servindo obcecadamente ao Senhor procurando de alguma forma receber o sorriso de Deus, saiba que a maneira correta de receber o carinho da benção na sua vida é através de um relacionamento concertado com aquela pessoa com quem você tem uma barreira”. (Jaime Kemp).

“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” (Hb 12,15). Agora eu gostaria de mudar esta palavra “graça” para a palavra “graxa”. Sabe o que é graxa? Graxa é aquele óleo grosso que o mecânico coloca no cambio do seu carro para que as marchas possam engrenar e funcionar livremente sem qualquer problema. Esta graxa lubrifica as engrenagens do motor do cambio e a graxa de Deus que é a graça de Deus, lubrificam os relacionamentos conjugais, os relacionamentos familiares. Então, como resolver os conflitos familiares? Dispensando a graça para os membros da família. Paulo nos diz, varias vezes, que somos despenseiro da graça de Deus. A graça e o perdão que nós recebemos quando entregamos a nossa vida a Deus, é que servirão como “graxa” para lubrificar os relacionamentos.

Agora eu faço uma pergunta: Você esta leve, desimpedido, espontâneo, para poder servir o Senhor de todo o coração? Sem qualquer amargura, sem qualquer ressentimento, sem qualquer coisa que possa criar alguma barreira entre você e outra pessoa? Será que você tem esta liberdade? Será que você não precisa um pouquinho da “graxa” de Deus, neste momento em algum relacionamento?

CONCLUINDO


Veja a passagem de Mt 18,35 – “Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.” Isto é a aplicação da historia que Jesus contou para Pedro. Porque Pedro teve um problema com seu irmão e pensou em perdoa-lo somente sete vezes. Jesus diz que o homem ou a mulher que não perdoa será entregue aos verdugos. Quem não perdoa sente a mão pesada de Deus, está debaixo de atormentadores, e aos poucos vai destruindo a sua vida. A minha oração é que você deixe a graça de Deus permear sua vida, seu relacionamento e para que você possa andar diante do Senhor, e diante do seu semelhante com relacionamentos concertados.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

FAMÍLIA, IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 10 – COMUNICAÇÃO FAMILIAR.



FAMÍLIA, IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 10 – COMUNICAÇÃO FAMILIAR.

“O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra há seu tempo quão boa é!” (Pr 15,23).

Eu acredito que muitos problemas de falta de intimidade conjugais são porque não existe uma comunicação adequada. Muitos acabam levantando verdadeiras muralhas ao redor de si para não permitir que o outro conheça ou mesmo afete o mais intimo do seu coração. Quando na realidade essa não é a melhor maneira de se proteger do sofrimento. Todo relacionamento passa por momentos difíceis e a melhor forma de sair deles é através de uma boa comunicação. Vou falar sobre níveis de comunicação. Gostaria que você, esposa ou marido, avaliasse o seu relacionamento conjugal, o seu relacionamento com os seus filhos, e identificasse em que nível de comunicação você está. Posso seguir, pelo menos,  níveis de comunicação.

I – NIVEIS DE COMUNICAÇAÕ:

·         Nível superficial – neste nível nós usamos: “Como vai” ou “Será que hoje vai chover?”.
·         Nível de transmissão de informações – “O dia está chuvoso”. “Não esquece o guarda-chuva”, “Você ouviu a última sobre o Presidente?”.
·         Nível de verbalização de idéias e de julgamentos – neste nível já ocorre uma comunicação real. A pessoa já está disposta a correr o risco da comunicação. Há idéias e soluções próprias. Mas eu gostaria que você notasse que este nível é o nível intelectual.
·         Nível de verbalização e emoções – neste nível nós compartilhamos o que sentimos sobre os fatos, sobre as idéias, sobre os julgamentos. Sentimentos neste nível são relevados: “Fiquei realmente magoada com o que você disse”, nós já estamos abrindo o coração para o cônjuge.
·         Nível de revelação das necessidades pessoais e emocionais – é o nível mais profundo da comunicação de um casal, onde expressões como: “Preciso que você me abrace por alguns minutos” são confessadas.

Para ir até ao quinto nível de comunicação e intimidade verbal é preciso que nos sintamos seguros no relacionamento. E, nem todo casal se sente seguro. A Palavra de Deus diz que “No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo.” (1Jo 4,18). Porque o medo é o inimigo da comunicação. Nós temos medo de ser rejeitados, de ser mal interpretados. E então, nós deixamos de abrir o nosso coração e compartilhar numa maneira intima.

II – COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL

Estudos de comunicação provaram que as palavras são responsáveis por apenas sete por cento da comunicação total. Trinta e oito por cento da comunicação é feita pelo tom da voz e cinqüenta e cinco por cento mediante expressão faciais e movimentos do corpo. Agora,  vamos dizer que eu quero comunicar meu amor por minha esposa e então eu vou falar assim: “Querida, eu te amo!” (com o rosto franzido e com a voz brava?”). É claro que você não viu a minha expressão, mas a minha cara era uma cara feia, irritada e certamente ela não ficará convencida do meu amor por ela. Quando nós falamos alguma coisa para o cônjuge, mas o tom de voz, os gestos, a expressão são contrários àquilo que se fala cria-se uma confusão na comunicação. Por isso nós precisamos compreender que a comunicação não é apenas verbal, mas também não-verbal.


III – A COMUNICAÇÃO QUE DEUS QUER.

·         “Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar.” (Tg 1,19). Pronto para ouvir! Quantas vezes nós somos prontos para ouvir! Quantas vezes somos prontos para falar, expressar nossa opinião? Prontos a expressar nossa raiva, nossa irritação? Mas aqui Tiago está dizendo que um princípio bonito de comunicação é saber ouvir. E ainda, não apenas ouça com os ouvidos, mas com o coração.

·         “O coração do justo medita no que há de responder; mas a boca dos ímpios derrama coisas más.” (Pr 15,28). É preciso meditar, pensar bem antes de responder, uma vez que soltamos a palavra, não é possível voltar atrás.

·         “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4,15), Paulo nos diz para falar a verdade, mas em amor. É bom falarmos o que sentimos, mas não temos o direito de manipular a outra pessoa para que ela faça o que queremos. Existem muitas manipulações utilizadas dentro da família, observe alguns exemplos:
Þ     Chantagem emocional: “Se você não fizer que eu estou pedindo  eu me mato”.
Þ     Armadilha da culpa: “Como você pode fazer isto comigo depois de tudo  que fiz por você?”.
Þ     Revelação divina: “Deus me disse que você deve fazer o que eu estou lhe dizendo”.
Þ     Barganha: “Se você não fizer o que estou pedindo, não pagarei as contas”.
Þ     Suborno: “Faça o que estou dizendo e você não se arrependerá”.
Þ     Por força e por poder: “Cala a boca”.
Þ     Humilhação: “Se você não fizer o que estou mandando, vou falar alto para todos ouvirem”.
Þ     Doença: “Por favor, não me aborrece com isto, não percebe que estou doente”?
Þ     Ajuda do alem: “Tenho certeza, que sua mãe, que Deus a tenha, concordaria comigo”.
Þ     Ameaça de infidelidade: “Se você não fizer isto que eu estou mandando eu arranjo outra que o faz”.

É triste, mas tudo isso é mais comum do que parece. Fale sempre a verdade, mas fale com amor. Seja honesto consigo e com seu cônjuge.

·         “Honroso é para o homem o desviar-se de questões; mas todo insensato se entremete nelas.” (Pr 20,3). Muitos casais que não se contentam em apenas discutir, mas chegam a se agredir. Isto é inaceitável dentro do relacionamento conjugal. A palavra de Deus nos diz que quem tem sabedoria, desvia-se de contendas. Não responda com raiva! O grande sábio em Provérbios 15,1 nos diz – “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Pr 15,1). Use palavras brandas e respostas bondosas. E não use o silencio para frustrar seu parceiro. Principalmente as mulheres ficam furiosas quando o marido simplesmente não fala nada. Se você ficar quieto para fugir de uma contenda, explique isso a ela. Alem disso, é importante na comunicação saber escolher a hora para dialogar. Bem na hora do futebol, não é um bom momento para discutir a relação como seu marido. As vezes são duas horas da manha quando a esposa já está dormindo e o marido que falar. Essa não é a hora de conversar. Seja sábio, saiba a hora de falar e a hora de ficar calado.

CONCLUINDO


Para encerrar quero dizer que conflitos são naturais. A questão é saber resolver estes conflitos. E a maneira de resolver é através de uma comunicação aberta, humilde, com disposição para ouvir e resolver de acordo com os princípios da Palavra de Deus. Todos nós temos coerência, todos nós temos momentos de solidão. E, infelismente, muitas vezes as pessoas mais solitárias não são as pessoas solteiras, são as pessoas casadas. E realmente isto não é plano de Deus para o casamento. Invista no seu casamento. É o seu relacionamento mais precioso aqui na terra.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

FAMÍLIA. IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 09 – SUBMISSÃO – UMA BENÇÃO DE DEUS.


FAMÍLIA. IDEIA DE DEUS - LIÇÃO 09 – SUBMISSÃO – UMA BENÇÃO DE DEUS.

”Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, considerando a vossa vida casta, em temor. O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que és, para que permaneçam as coisas. Porque assim se adornavam antigamente também as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam submissas a seus maridos; como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, se fazeis o bem e não temeis nenhum espanto.” (1Pe 3,1-6).

Para começar vale lembrar as mulheres que não se preocupem com as responsabilidades do marido dentro do lar, porque o versículo 7 deste capítulo adverte-os para tratarem suas esposas com consideração e dignidade para que as orações deles  sejam ouvidas por Deus – “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1Pe 3,7). Deus é quem cobra seus direitos. Por isso nesse momento atente para o que Deus requer de você esposa. Eu vou usar uma personagem muito conhecida para ilustrar o papel da mulher na família, o nome dela é Sara, isso mesmo a esposa de Abraão.

I – O EXEMPLO DE SARA

Sara seguiu a liderança do seu marido, no começo de Gênesis 12, que Deus chegou para Abraão e falou que iria abençoa-lo, fazer dele uma benção. E que através dele todas as nações da terra seriam abençoadas. Depois falou para Abraão deixar sua terra, ir para uma outra que Deus iria mostrar. E Deus iria fazer dele uma grande nação. Então eu fico imaginando Abraão chegando em casa para dizer a Sara: 
“Querida, nós vamos mudar.”
“Ah!, é Abraão? E para onde a gente vai?”.
“Eu não sei.”
“E quanto tempo nós vamos ficar lá?”
“Hum, Sara, eu acho que não vamos voltar mais para a nossa terra.”
“E minha mãe? Minha irmã? E os outros membros de nossa família já concordaram com esta mudança”?
“Sara, eu não sei como lhe dizer isto, mas a sua mãe não vai conosco nem sua irmã. Deus falou que teríamos de ir só nós dois.”
Agora, se você ler Gn 12 não vai encontrar esta conversa, que eu estou imaginando. O que você vai ver é que quando Abraão saiu de sua terra ele levou consigo a sua mulher. Ela seguiu seu marido. Parte da benção do Senhor era o filho prometido e, é claro Sara era parte indispensável no plano de Deus, ela tinha que acompanhar o marido. E se ela estivesse batido o pé e dito:
- “Eu não vou!”,
realmente teria criado problemas muito sérios para Abraão. Mas ela seguiu a liderança dele.

II – A QUESTAO DA SUBMISSÃO.

Se Sara não tivesse seguido a liderança do seu marido, ela não participaria da benção que Deus havia prometido. Em Gênesis 21,1-3, a Bíblia nos diz – “O Senhor visitou a Sara, como tinha dito, e lhe fez como havia prometido. Sara concebeu, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, de que Deus lhe falara; e, Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque.” No versículo um de 1Pe 3, nós temos – “Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos.” Não pense em submissão com a idéia de um marido com chicote na mão e a esposa tendo que limpar suas botas e fazendo tudo que ele mandar, e sofre em silencio e não ter opinião própria. Não é nada disso. A palavra submissão vem de duas palavras. A palavra sub que quer dizer debaixo  e a palavra missão. A família tem uma missão dada por Deus, o homem tem uma missão e a mulher submissa é a que está debaixo da missão  que Deus tem par o seu lar. Lembra de que quando Deus criou Eva? Ele tinha dado a missão a Adão de nomear todos os animais e cuidar do jardim, , mas Adão ficou muito triste quando percebeu que cada animal tinha sua parceira menos ele. Foi quando Deus criou a ajudadora. Deus viu que ele precisava de alguém capaz, alguém idônea –  “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.” (Gn 2,18). E Deus criou alguém capaz, Deus criou a mulher.

II – QUANDO O JULGO E DESIGUAL

E se o marido não for cristão? A palavra diz que a mulher não deve pregar para seu marido: “Sem palavra alguma” (1Pe 3,1). A mulher pode ganhar seu marido que ainda não obedece a Palavra por meio do seu procedimento. Olhando para 1Pe observamos que é preciso atender as necessidades do marido. Às vezes, nós achamos que ministério é o que nós fazemos na igreja. Mas uma mulher que tem um marido desobediente à Palavra é uma  mulher que tem um ministério dentro do seu lar. O seu primeiro ministério é ganhar este marido. Porque até o marido conhecer a Jesus como seu Salvador ele nunca vai amar a sua mulher como devia. Ele nunca vai colocar em prática os princípios da Palavra de Deus. Nós temos a promessa de Deus de que o marido será ganho através do procedimento da sua esposa “ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor” (1Pe 3,2). Não é para a mulher colocar uma mascara de espiritual e fingir que não tem problemas. É muito importante nós sermos transparentes diante de um mundo que precisa de Jesus. Mostrar que precisamos dEle justamente porque Ele morreu na cruz pelos nossos pecados.

CONCLUINDO

Note a fala – “Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos.” (1Pe 3,1). Na Bíblia nós reconhecemos que todas as palavras são importantes, então porque esta palavra “semelhante?” E para ver isto nós vamos a 1Pe 2,13 – “Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rei, como soberano.” – onde ele esta falando de submissão. Primeiramente ele esta falando da submissão às autoridades da terra, depois ele fala da submissão de Cristo. Interessante isto, ele fala que Cristo foi submisso ao plano do pai. Ele veio a esse mundo e morreu na cruz pelos nossos pecados. Ele foi obediente ao plano de Deus. Então a gente vê pelo exemplo de Cristo que submissão não significa inferioridade. Não tem uma diferença de valor entre o homem e a mulher aos olhos de Deus. De fato a Bíblia afirma que em Cristo não existe mais diferença. Que nEle nós somos iguais, homem e mulher. Todos nós somos um em Cristo – “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois [um em Cristo] Jesus.” (Gl 3,28). Deus tem um alvo muito importante para os nossos lares e este alvo é a unidade. Porque o mundo vai crer que Deus mandou Jesus quando a unidade existir entre os irmãos. E o mundo precisa ver lares unidos. É o maior testemunho que nós podemos dar para o mundo que precisa de Jesus.