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sábado, 22 de fevereiro de 2014

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 11 – NÓS AMAMOS COMO DEUS NOS AMA?



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 11 – NÓS AMAMOS COMO DEUS NOS AMA?

“11. Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros.” (1Jo 4,11).

      I.        INTRODUÇÃO.

Num mundo marcado pelo egoismo, pela arrogância, pela avareza, pela crueldade, pelo certicismo e por tantos outros substantivos que retratam a realidade dos corações, a pessoa que não trabalha para si mesma, que não visa a lucros próprios, está se comportando de maneira singularmente estranha. O mundo espera que cada um olhe por si mesmo.

O comportamento cristão, diferente, que causa estranheza e perplexidade ao mundo, é motivado pelo amor de Deus, que nos impede, nos domina, supera nosso natural interesse próprio, e nos faz agir contrariamente à natureza.

No texto que estudaremos, João, de forma brilhante e inteligente, demonstra sistematicamente que toda atividade de Deus é atividade amorosa: porque Deus é amor, Ele nos amou em Cristo, continua a amar em nós e através de nós; por isso devemos amar uns aos outros.

    II.        AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO AMOR.

“7. Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (1Jo 4,7-8).

Nesse trecho, provavelmente, João estava combatendo mais uma heresia dos gnósticos, que ensinavam que a matéria é essencialmente má porque o mundo físico é produto do poder do mal. Por isso, negavam a encarnação de Cristo, assim não podiam alcançar a compreensão de que Deus é amor.

1.    Sua origem e natureza são divinas.
João faz duas afirmações contundentes:”o amor procede de Deus” e “Deus é amor”. Ao dizer isso, João não estava oferecendo uma definição de amor, mas apenas estabelecendo um fato. Se igualarmos o amor de Deus, cometeremos um erro e estaremos destruindo o conceito da personalidade de Deus.

Seria como afirmar que os raios do Sol são o próprio sol. Quando dizemos: “fulano é a bondade em pessoa”, não queremos dizer que a pessoa de quem falamos e a bondade sejam idênticas, e ninguém interpretaria nossas palavras nesse sentido. Da mesma forma, quando dizemos que Deus é amor, estamos afirmando que o amor é algo verdadeiro a respeito de Deus, mas não é Deus. O amor de Deus é um ato livre da Sua vontade, não uma emoção produzida Nele em virtude de uma situação.

Deus não só é amor, como também é a fonte e a origem do verdadeiro amor. A natureza do amor é ativa, benigna e criativa e, por isso, não pode permanecer imóvel. No amor há a necessidade de se dar àqueles que são objeto dele, o que no pensamento gnóstico era algo inconcebível.

2.    Sua dimensão é imensurável.

O amor é um atributo essencial de Deus e expressa algo que Deus é em Seu ser unitário, assim como justiça, santidade, fidelidade, etc. Aliás, outros atributos de Deus nos auxiliam no aprendizado a respeito do amor de Deus, como atributos. Exemplo: sendo Deus auto-existente, o Seu amor não pode ter fim; sendo Deus infinito, Seus amor não tem limites; sendo Deus soberano, Ele está completamente capacitado a assegurá-lo.

3.    Sua evidência é inquestionável.
O argumento usado é bastante simples e conclusivo: aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus. O amor é a manifestação da natureza daquele que dizemos ser nosso Pai, logo, se amamos, evidenciamos nossa filiação em Deus. Amar uns aos outros não nos torna filhos de Deus, mas mostra que o somos.

   III.        A MANIFESTAÇÃO DO AMOR.

“9. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. 10. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados. (1Jo 4,9-10).

Infelizmente, muitos imaginam Deus como um Ser distante, carrancudo, velhinho, apático, sombrio e vingativo – essa é uma visão errada de Deus.

“Já antes da vinda de Cristo ao mundo, as grandes nações filosóficas, Grécia, China e Índia, haviam completado suas filosofias e, depois delas, nada de significativo surgiu. Baseadas nessas filosofias, surgiram também muitas religiões, mas nenhuma delas se assemelha ao evangelho, pois a religião é a busca do homem a Deus, por isso há muitas religiões. Mas o evangelho é Deus buscando o homem, por isso, há um só evangelho” (E. Stanley Jones).

Deus, sendo amor, nunca desistiu de Se repartir com as pessoas. Mesmo quando as pessoas desobedeceram a Deus e contraíram uma dívida impagável. Ele planejou enviar o Messias para pagar a dívida e restaurar o relacionamento. Essa foi a demonstração concreta e inquestionável do amor de Deus – “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.” (Jo 15,13).

Cristo, pela Sua expiação, removeu a barreira que impedia a comunhão com Deus. Esse amor é incondicional, espontâneo, busca o bem de outrem à custa do seu próprio bem e se sacrifica pelo outro. Nisso consiste o amor.

  IV.        A ATIVIDADE CONTINUA DO AMOR DE DEUS.

“11. Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. 12. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito.” (1Jo 4,11-12).

Um dos motivos de termos sidos criados à imagem e semelhança de Deus foi a capacidade de relacionamento. Deus desejava e deseja Se repartir com alguém e esse foi um dos alvos da criação. Mesmo quando entrou o pecado, como vimos anteriormente, Deus providenciou o meio para restaurar o relacionamento.

Portanto, a primeira razão pela qual devemos amar uns aos outros é porque Deus é amor e o amor procede Dele. A segunda razão não está baseada na verdade abstrata da natureza de Deus, mas no fato concreto de Deus enviar Seu Filho ao mundo para Se sacrificar por nós.

A atividade continua do amor de Deus apresenta três aspectos:

1.    Um aspecto íntimo e pessoal.

João trata desse aspecto pessoal ao usar a expressão – “...e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (1Jo 4,7). Podemos afirmar então que Deus não ama as populações, ama as pessoas. Deus não ama as massas, ama os seres humanos.

Que prazer e segurança saber que Deus nos ama individualmente, e que nada poderá nos separar do seu amor! – “38. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, 39. nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8,38-39).

2.    Um aspecto coletivo.
Não é um raro ouvirmos pessoas dizendo que não precisam de igreja para se relacionar com Deus. Isso é uma falácia do inimigo. A presença e o amor de Deus podem ser experimentados quando entramos em contato com pessoas que pertecem a Ele. Ed René Kvivtz, em seu livro Koinomia – manual para líderes de pequenos grupos, afirma que pessoas precisam de Deus, e pessoas precisam de pessoas.

O amor não pode ser uma especialidade de alguns poucos na igreja. Todos aqueles que individualmente foram objetivos do amor de Deus e agora pertencem a Ele devem agora amar o outro e não viver uma vida egocêntrica. Isso é parte do sacerdócio de cada cristão. A forma como João usa o verbo amar (agapão, no grego) indica uma atitude habitual e contínua de amar.

Jesus ensinou a grande necessidade de não discriminar as nossas amizades – “Se amais os que vos amam, que recompensa mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam.” (Lc 6,32). A nossa grande dificuldade está em amar aquele irmão que nos maltratou, que não nos cumprimentou, aquele que se entristece quando estamos alegres, o que nos ofendeu e não pediu perdão, o que pecou e, arrependido, precisa de perdão, ao invés de críticas. E quanto aos filhos, amar aquele filho obediente e dócil é fácil, mas e o rebelde?

Lembremo-nos de que essa era a nossa condição diante de Deus! – “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” (Rm 5,8).

3.    Um aspecto sobrenatural.

Notemos a afirmação, aparentemente fora de contexto, de que ninguém jamais viu a Deus. Será isto possível? A resposta de João seria enfática: Sim! É completamente possível amar alguém que não vimos, mas é impossível amar alguém que não conhecemos. Exemplo: uma mãe cega afaga, acaricia, se deleita, ama seu bebê com o mesmo amor que uma mãe com visão normal. Embora não tenha visto, experimentou-o, conheceu-o  através de diversas maneiras doces e intimas.

Da mesma forma, o mesmo Deus que Se revelou em Seu Filho, agora pode ser conhecido pela revelação de Jesus Cristo e pelo amor que os Seus filhos demonstram uns para com outros, pois esse amor é evidência da habitação de Deus nele. Pedro diz: “Este Jesus vós o amais, sem o terdes visto; credes nele, sem o verdes ainda, e isto é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa,” (1Pd 1,8).

    V.        CONCLUSÃO.

No cristianismo, há um conteúdo que o diferencia de tudo o mais, quer sejam religiões ou filosofias. É o próprio Deus ressurreto vivendo e manifestando Seu amor em seu povo e através dele.

Assim como não podemos apanhar uma estrada e mostrá-la a alguém, mas podemos apontar para ela, nao podemos falar de maneira completa do amor de Deus, mas enquanto estendemos o nosso coração ao alto e brilhante amor de Deus, alguém que não O conhece poderá animar-se, e olhar para cima, e ter esperança.

A igreja deve agir, em amor, na plenitude do Espírito Santo, orientada, capacitada e ungida por Ele. Quando isso acontece, os perdidos são salvos, os solitários são abençoados, os tristes são consolados, os famintos são saciados.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 17 – DAVI, O FUGITIVO.



HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 17 – DAVI, O FUGITIVO.

À medida que Davi obtinha sucesso em todos os seus  empreendimentos, Saul começava a ficar com medo dele – “Saul, vendo-o tão engenhoso, teve medo dele”.“(1Sm 18,15). Preparou laços para derruba-lo”- “Vou dar-lhe Micol, pensava Saul, para que e–a“lhe seja uma armadilha, e ele caia na mão dos filisteus. Saul disse, pois, a Davi pela segunda vez: Agora vais tornar-te meu genro”. (1Sm 18,21) e por fim tentou mata-lo com ap”opria lança – “Saul, então, arremessou-lhe a lança, procur–n“o ceit-lo na parede; Davi desviou-se e a lança clamravar-se na parede. Davi esquivou-se e fugiu naquela mesma noite”. (1Sm 19,10).
Davi começou um dos períodos m”is difíceis de sua vida. Fez uma fuga desesperada do rei Saul e seu exercito. Como Davi se comportou nessa fuga? Que ele fez? Como ele sentiu? E quais foram suas falhas?

1.    SUA AMIZADE COM JÔNATAS.

“O homem cercado de muitos amigos tem neles su” desgraça, mas existe um amigo mais unido que um irmão”. (Pr 18,24).

Como nos vale muito um verdade”ro amigo na hora da angustia! Jônatas apegou-se a Davi com o amor muito grande – “Tendo Davi acabado de falar com Saul, a alm– “e Jônatas apegou-se à alma de Davi, e Jônatas começou a amá-lo como a si mesmo”. (1Sm 18,1). Ele era bem diferente de seu pa” Saul. Era um homem de nobre caráter, herdeiro do trono e vitorioso nas batalhas.

Veja as atitudes de Jônatas ara com Davi.

a)    “Tirou o seu manto, deu-o a Davi, bem como a s“a armadura, sua espada, seu arco e seu cinto”. (1Sm 18,4);
b)    “Jônatas falou bem de Davi ao s”u pai, e ajunt“u: Que o rei não faça mal algum ao seu servo Davi, pois que ele nunca te fez mal algum. Ao contrário, prestou-te grandes serviços”. (1Sm 19,4);
c)    “Então Jônatas falou: Por Javé,”Deus de Israel! Amanhã ou depois de amanhã sondarei meu pai. Se tudo for favorável a ti e eu não te avisar, então o Senhor me trate com todo o seu rigor! E se meu pai te quiser fazer mal, avisar-te-ei da mesma forma; deixar-te-ei então partir e poderás estar tranqüilo. Que o Senhor esteja contigo, como esteve com meu pai!” (1Sm 20,12-13);
d)    “Não temas, porque não te atingirá a mão de me“ pai. Tu reinarás sobre Israel, e eu serei o teu segundo; meu pai bem o sabe”. (1Sm 23,17).

Davi chorou pela morte de jôn”tas e fez uma lamentação. Reconheceu a Jônatas como irmão – “Compôs então Davi o seguinte cântico fúnebre sobre Saul e seu filho Jônatas, Jônatas, meu irmão, por tua causa meu coração me comprime! Tu me eras tão querido! Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres.” (2Sm 23,17).

2.    SUA BONDADE PARA COM SAUL.

a)    Davi mostrou seu bom caráter.

O próprio Saul reconheceu a bondade de Davi – “Acabando Davi de falar, Saul disse-lhe: É esta a tua voz, ó meu filho Davi? E pôs-se a chorar. Tu és mais justo do que eu, replicou ele; fizeste-me bem pelo mal que te fiz.” (1Sm 24,17-18).

Þ     Temor a Deus – Davi tinha muito respeito àquilo que Deus fazia. Ele reconhecia  que Deus ungira a Saul   só o próprio Deus poderia destruí-lo – 1Sm 24,5-6.
Þ     Respeito a autoridade -  “Então Davi saiu por sua vez e bradou atrás de“Saul: Ó rei, meu senhor! Saul voltou-se para ver, e Davi inclinou-se, prostrando-se até a terra”. (1Sm 24,9). Davi fez de tudo para reconciliar-se com Saul. Teve oportunidade de eliminar o seu inimigo,mas não fez. Argumentou (1Sm 24,14-15;26,18-19), e fez aliança com ele (1Sm 24,21-22).

b)    Mostrou sua prudência.

Davi não quis resolver o problema com as próprias mãos (1Sm 24,9-10), deixou com Senhor, o justo Juiz. Não havia um espírito de vingança ou malvadeza no seu oração. Por duas vezes o Senhor lhe entregou Saul (1Sm 26,12).

Þ     Em-Gedi – dentro de uma caverna, Davi cortou a orla do manto de Saul, mas não tirou sua vida (1Sm 2434).
Þ     Zile – Saul estava no seu acampamento, cercado pelos seus saldados (1Sm 26,5). Davi entrou e tomou sua lança e a brilha da água (1Sm 26,12), mas não lhe fez mal. Saul também reconheceu que Davi seria o novo rei de Israel (1Sm 24,20).

3.    SUAS FALHAS.

Uma coisa que a Bíblia não faz é esconder ou omitir as falhas dos homens de Deus. Davi cometeu falhas. Mesmo que tentemos justifica-las, devido às circunstancias , elas nos ensinam princípios bíblicos:

a)    Ele mentiu.

Þ     A Aquimelec, o sacerdote (1Sm 21,1-6) – para receber ajuda de alimento, Davi mentiu ao sacerdote. Esta mentira custou a vida do sacerdote e de toda a sua família (1Sm 22,18-19).
Þ     A Aquis, rei de Gate (1Sm 27,8-12) – Davi feria os inimigos de Israel, as dizia  a Aquis que feria os amigos de Israel. Mais tarde, ele não ode construir o templo, pois foi um homem que derramou muito sangue (1Cr 22,8).

b)    Ele fingiu-se de louco. (1Sm 21,10-15).

Para escapar das mãos do inimigo, Davi fez um verdadeiro teatro, fingindo-se de louco.

c)    Ele cometeu poligamia. (1Sm 25,42-43).

A poligamia não é aprovada por Deus (Mt 19,4-6; 1Tm 3,2). Todos os homens que a praticaram sofreram muito.

4.    SUAS EXPERIENCIAS EMOCIONAIS E ESPIRITUAIS.

Os salmos que Davi escreveu durante a fuga (Salmos: 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142) abrem-nos as cortinas para os bastidores de sua alma, mostrando-nos os seu sentimentos e condições espirituais.

a)    Sentimentos .

Þ     Temores – Sl 34,4;
Þ     Momentos de aflições – Sl 34,6.19);
Þ     Tribulação – Sl 34;
Þ     Opressão – Sl 56,1;
Þ     Esmorecimentodo Espírito.

b)    Condições espirituais.

Þ     Homem de oração – em quase todos estes salmos encontramos os verbos : buscar, clamar, orar, invocar, suplicar.
Þ     Homem que sabia louvar no meio das angustias –(Sl 34,1 e 54,6).
Þ     Homem de grande confiança em Deus (Sl 56,4,11).

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 10 – PROVAI OS ESPÍRITOS.



VIVENDO NO AMOR DE DEUS - LIÇÃO 10 – PROVAI OS ESPÍRITOS.

“Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo.” (1Jo 4,4).

      I.        INTRODUÇÃO.

Alguns de nós, talvez, já tenhamos ficado chateados quando fomos a uma loja aproveitar uma promoção especial e descobrimos que havia acabado. De maneira semelhante, é comum encontrarmos pessoas decepcionadas que, depois de algum pregador (católico ou evangélhico) lhe oferecer prósperidade, exerceram a fé, dando dinheiro a igreja ou ministério indiscriminadamente. Decepcionam-se porque, mais cedo ou mais tarde, a grande maioria descobre que não recebeu o prometido: o desemprego continua, a doença insiste em permanecer, o relacionamento familiar está deteriorado, etc. Que acontece?

Cremos que Deus pode fazer qualquer coisa, inclusive reservar para Si o direito de ser Deus e fazer todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade. Deus não faz propaganda enganosa, mas alguns pretensos líderes epirituais decidiram fazer “promoções” que Deus não está oferecendo.

Como distinguir as várias influências enganosas de nossos dias e desfrutar de uma genuina comunhão com o Deus amoroso?

    II.        ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DA MENSAGEM E DO EMISSÁRIO.

“1. Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. 2. Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo se encarnou é de Deus; 3. todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo.” (1Jo 4,1-3).

1.    A igenuidade é perigosa.
É bastante provável que o motivo da advertencia de João tenha sido alguns fenômenos sobrenaturais que estavam deixando inpressionados, e até mesmo fascinados, alguns de seus leitores mais simples. A solução era adotar um critério para avaliação aquilo que tinham ouvido, aquilo em que tinham sido doutrinados, nisso deveriam perseverar.

Hoje em dia não tem sido diferente. Muitos se deixam levar pelo “doce canto das sereias”, isto é, não estão firmados naquilo que aprenderam, caso realmente tenham aprendido.
Não podemos ter uma mentalidade simplória, como uma avestruz que engole tudo o que lhe parece interessante.

A.W.  Tozer, em teu livro A raiz dos justos, faz a seguinte observação a respeito dos cristãos que não têm mais capacidade de discernimento.

·         Por serem chamados para aceitar o invisível, passam a aceitar o incrível.
·         Se Deus faz millagres, tudo que é milagre deve ser de Deus.
·         Deus falou com alguns homens, logo todo homem que afirma ter tido uma revelação de Deus deve ser aceito como profeta.
·         Tudo que não pode ser explicado deve ser tido como divino.
Este silogismo prático pode ser tão nocivo quanto a própria incredulidade.

2.    Um louvor ao ceticismo.

A palavra usada no grego por João e traduzida pro provai significa submeter a um teste para comprovar a genuinidade. Era uma palavra muito usada para descrever o teste de fogo a que eram submetidas as moedas, para comprovar se eram genuínas, se eram falsas ou se continham escória.

Não é pecado duvidar de algumas coisas. Ao contrário, duvidar de algumas coisas é tão necessário quanto a fé, e isto para o bem-estar de nossa alma.

   III.        ATRAVÉS DA IDENTIFICAÇÃO DO EMISSOR.

“2. Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo se encarnou é de Deus; 3. todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo.” (1Jo 4,2-3).

Os país da igreja, especialemte Irineu, no Livro I de Contra Heresias, menciona Cerinto, um herético contemporâneo de João, que afirma que Jeuss não havia nascido de uma virgem, mas era um ser humano, filho de José e Maria. Cerinto dizia que, por ser Jesus mais justo, bondoso e sábio do que os outros homens, quando de Seu batismo, Cristo desceu sobre Ele e O capacitou a fazer milagres. Quando da crucificação de Jesus, Cristo “saiu” Dele, e entao foi só Jesus que morreu e ressuscitou.

Pelas evidencias da carta, João estava escrevendo contra uma heresia – gnosticismo – que negava que Jesus era o Filho ou o Cristo vindo em carne. Segundo essa heresia, se Jesus era Deus, Ele era apenas uma aparência. Ele parecia, mas não era verdadeiramente  homem.

Ao contrário, segundo escreveu João, uma vez que o ministério particular do Espírito é testemunhar de Cristo e glorificá-lo – “Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.” (Jo 16,14), o ensino de todos aqueles que negavam que Cristo veio realmente em carne e nunca a deixou  não deveria ser reconhecido como vindo de Deus.

Para discutir – como identificar, em nossos dias, se algo (ou alguém) procede de Deus ou do Maligno:

·         “Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!” (Mc 1,24).
·         “Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus!” (Mc 3,11).
·         “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 7,21).

  IV.        ATRAVÉS DO CARÁTER E PROCEDIMENTO DOS OUVINTES.

“4. Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo. 5. Eles são do mundo. É por isto que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve. 6. Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro.” (1Jo 4,4-6).

João muda o foco dos falsos profetas e sua mensagem para aqueles que ouvem. Aqueles que são de Deus possuem uma fé que envolve a pessoa de Deus e Suas promessas. Aqueles que verdadeiramente são de Deus descansam em perfeita segurança e não são levados por qualquer vento de doutrina – “Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.” (Ef 4,14). Carinhosamente João elogia seus leitores, reconhecendo que os falsos mestres não tiveram êxito em enganá-los. Eles estavam convictos de certas verdades que aprenderam.

Numa sociedade pós-moderna, marcada pelo relativismo, como permanecermos firmados na verdade?

1.    Chamados para ter convicções.

“4. Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo.” (1Jo 4,4)

Como cristãos, somos chamados para ter convicções. Deveríamos estar convictos sobre certas doutrinas da fé. Deveríamos estar convictos sobre aquilo que a Bíblia diz. E essas convicções são produzidas em nós pela palavra de Deus.

Em 2Tm 3,14-17 – “14. Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. 15. E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. 16. Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. 17. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.”, Paulo encoraja Timóteo e nós também para que nossas convicções estejam baseadas na palavra de Deus, a Bíblia. Ele encoraja Timóteo estava arraigada e alicerçada na Palavra. O Espírito Santo, ao falar através da Palavra, conferindo-lhe virtude, eficácia, majestade e autoridade, proporciona-nos o testemunho em torno do qual gira a nossa fé.

Não há nenhum modo de você e eu podermos ter uma relação viva, continua, pessoal, viável, crescente com Jesus Cristo à parte da Bíblia. O único Jesus que você e eu podemos realmente conhecer é o que Se revela à nós pela Palavra Dele. Nós temos que estar arraigados e fundamentados nela.

O próprio Senhor Jesus, orando por Seus discípulos, rogou ao Pai: “Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade.” (Jo 17,17).

Podemos dar graças a Deus, pois o Espírito que em nós habita ilumina a nossa mente para compreendermos a Palavra, para construirmos padrões sólidos de doutrina e, assim, vencermos todo falso ensino.

2.    Seguindo, não pela popularidade, mais pela verdade.
“5. Eles são do mundo. É por isto que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve. 6. Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro.” (1Jo 4,5-6).

João usa de sua autoridade apostólica ao afirmar: “Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos...”. Há uma correspondência entre a mensagem e o ouvinte. Reconhecemos o povo de Deus, porque ele ouve a palavra de Deus. Nos dias de João, os falsos profetas eram ouvidos por aqueles que não pertenciam a Deus, mas ao mundo. Como os falsos profetas também eram do mundo, sua mensagem era bem aceita, fazendo crescer sua popularidade.

Os primeiros são populares, por que suas palavras encontram eco no coração de todo mundo, e porque o entretenimento que oferecem diverte todo o mundo. É o que o mundo quer ouvir. Certamente, se o profeta Jeremias tivesse endossado essa filosofia, seus conterrâneos não lhe fariam ameaças de morte (Jr 11,19-23); sua própria família e amigos não conspirariam contra ele (Jr 12,6); não o teriam colocado no tronco (Jr 20,1-2).

Ouçamos a exortação de Paulo em Efésios 4,15 – “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.”.

    V.        CONCLUSÃO.
Richard Baxter, um puritano, dizia: “Antes e depois de você ter lido a Bíblia, ore fervorosamente a fim de que o Espírito, que a escreveu, explique-a para você  e o guia a verdade”. Assim, não estaremos suspeitos aos enganos e às propagandas enganosas do evangelismo de nossos dias e seus falsos profetas. Testes falsos só levam às falsas conclusões, assim como sinais de trânsito falsos levam ao destino errado.

Vamos abrir as janelas de nossa alma para que sopre nela o ar fresco da verdade, para que o Espírito torne clara nossa visão e aprofunde nossas convicções; para que, instruídos, reavivados, revigorados, quebrantados até arrependimento pela Palavra, sejamos elevados até a mais firme segurança: maior  é o que está em nós do que aquele que está no mundo.


Quanto aos falsos profetas de nossos dias, valham-lhes as palavras de Calvino: “Seria melhor que quebrassem o pescoço ao subir ao púlpito, se não se esforçam por serem  os primeiros a seguir a Deus”.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 16 – O PREPARO DE DAVI PARA O TRONO.



A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS - LIÇÃO 16 – O PREPARO DE DAVI PARA O TRONO.

Tendo Deus rejeitado Saul, escolheu e preparou para o trono Davi, filho de Jessé, o belemita. Ele era o mais novo entre oito irmãos, um jovem de belo aspecto, elegante, de grande força física, homem de guerra, prudente no falar. Valente, excelente musicista, poeta e homem segundo o coração de Deus – “Jessé mandou usca-lo e o fez entrar. Ora, ele era ruivo, de belos olhos e de gentil aspecto. Então disse o Senhor: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo.” (1Sm 16,12); “E tendo deposto a este, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” (At 13,22).

1.    DAVI, O PASTORZINHO, ESCOLHIDO (1Sm 16; Sl 23).

(Aprendendo a ter comunhão e confiança em Deus num lugar solitário)

Como foi que Deus achou Davi? “Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” (At 13,22)

a)    Deus não se baseou:

Þ     Na aparência externa (1Sm 16,7);
Þ     No status (1Sm 16,10-11) – A posição e destaque de uma pessoa não são os aspectos mais importantes par Deus (1Cor 1,26-29)
Þ     Na experiência – Davi era o mais moço e foi esquecido quando todos os seus irmãos desfilaram diante de Samuel (1Sm 16,11a).

b)    Deus baseou-se:

Þ     Na sua sensibilidade espiritual – “...homem segundo o meu coração...” (At 13,22) – Davi estava sintonizado ao coração de Deus. No trabalho de pastor de ovelha, ele entendeu o amor e cuidado de Deus, o verdadeiro pastor, por suas ovelhas. Inspirado nestas experiências, ele compôs um dos mais conhecidos cânticos de amor e confiança que temos – o Salmo 23. Davi aprendeu:

·         De onde vem o sustento (vs. 1-3);
·         Quem guia no meio dos perigos (v. 4);
·         Quem livra dos inimigos (vs. 5-6).

O seu relacionamento com Deus era: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” (Sl 23,1).

Þ     Na sua disposição para trabalhar  com fidelidade – “...que fará toda a minha vontade” (At 13,22).

Davi estava cuidando das ovelhas do pai (1 Sm 16,11b); passando noites frias no campo, com leões e ursos por perto. Ali ele desenvolveu coragem e confiança no Senhor, ao enfrentar os perigos. Sua responsabilidade é vista em não deixar as ovelhas sozinhas (1Sm 17,20.28).
Deus precisa de homens e mulheres para a sua obra, alguém que se coloque na brecha – “Tenho procurado entre eles alguém que construísse o muro e se detivesse sobre a brecha diante de mim, em favor da terra, a fim de prevenir a sua destruição, mas não encontrei ninguém”. (Ez 22,30).

2.    DAVI E O CONFRONTO COM O GIGANTE GOLIAS (1Sm 17).

(Aprendendo a lutar na frente da batalha)

a)    Golias, um inimigo assustador – (1Sm 17,11.24).

·         A sua altura era de 03 metros (seis cavados e um palmo) – “Saiu do acampamento dos filisteus um campeão chamado Golias, de Get, cujo talhe era de seis côvados e um palmo”. (1Sm 17,4);
·         A sua couraça pesava 70 kg (cinco mil circulo) – “Trazia na cabeça um capacete de bronze e no corpo uma couraça de escamas, cujo peso era de cinco mil ciclos de bronze”. (1Sm 17,5);
·         A ponta de sua lança pesava 06kg (seiscentos ciclos) – “O cabo de sua lança era como o cilindro de um tear, e sua ponta pesava seiscentos ciclos de ferro. Um escudeiro o precedia”. (1Sm 17,7);
·         Suas palavras eram ameaçadoras – “E ajuntou: Lanço hoje este desafio ao exército de Israel: daí-me um homem para lutarmos juntos!” (1Sm 17,10); “Vem, continuou ele, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!” (1Sm 17,44).

b)    Davi, uma pequena funda e uma grande confiança – (1Sm 17,45-47).

Davi já conhecia o poder de Deus – “O Senhor, acrescentou, que me salvou das garras do leão e do urso, salvar-me-á também das mãos desse filisteu. Vai, disse Saul a Davi; e que o Senhor esteja contigo!” (1Sm 17,37), e estava muito adestrado no uso de sua funda. O bom uso daquela pequena funda, com Deus, derrubou o gigante.
Podemos ter pequenos recursos em nossas mãos, mas se nos prepararmos para usa-lo bem, com a ajuda do Senhor, o inimigo será vencido!

3.    DAVI NO PALÁCIO DO REI SAUL (1Sm 18-19).

(Aprendendo a conviver com sucesso sem perder a humildade e dependência divina)

a)    Sua música afugentava espíritos malignos  - (1Sm 16,23);
b)    Seu nome e vitória eram tema de musica popular – (1Sm 18,7;21,11);
c)    Tinha bom êxito em tudo que fazia – (1Sm 18,14);
d)    Era amado pelo povo  - (1Sm 18,16; 18,5).

O poder e a fama não lhe subiram à cabeça. Davi demonstrou humildade e maturidade (1Sm 18,18). Pois era consciente que seu sucesso vinha do Senhor (1Sm 16,18;18,14).

4.    DAVI, LIDER DE REFUGIADOS (1Sm 22,1-5).

(Aprendendo a liderar em circunstancias desfavoráveis).

Ajuntava-se a Davi todos os homens que estavam em aperto, endividados, amargurados de espírito. Era cerca de quatrocentos homens e ele tornou-se o LIDER do grupo.

a)    Buscando orientação do Senhor na hora das decisões:

Þ     O caso de Ceila (saqueada pelos filisteus) – “Disseram a Davi: Os filisteus estão atacando Ceila e pilhando as eiras”. (1Sm 23,1) – Davi consultou ao Senhor se deveria lutar contra os filisteus. A resposta foi positiva, ma os homens não estavam apoiando Davi (1Sm 23,3). E agora que fazer? Davi tornou a consultar o Senhor e novamente a resposta foi positiva.desta vez liderados apoiaram e voltaram vitoriosos.
Þ     O caso de Siceleg  (saqueada pelos amalequitas) – “Tendo Davi e seus homens chegado a Siceleg ao terceiro dia, com sua tropa, tinham os amalecitas feito uma incursão no Negeb e em Siceleg, ferindo e incendiando a cidade. Haviam tomado as mulheres e todos os que ali se achavam, desde o menor até o maior; não mataram ninguém, mas levaram todos cativos para a sua terra. Davi e seus homens, ao chegarem, encontraram a cidade incendiada, e suas mulheres, filhos e filhas levados cativos.” (1Sm 30,1-3) – Davi consultou ao Senhor –  “Davi consultou o Senhor: Devo perseguir essa gente? Alcançá-la-ei? Persegue-os, respondeu o Senhor; tu os alcançarás certamente e os vencerás.” (1Sm 30,8).

Há decisões difíceis de tomar, mas quando buscamos ao Senhor recebemos orientações – “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão.” – (Sl 32,8-9).

b)    Buscou provisões de alimentos para os liderados.  (1Sm 25,2-8).

Davi e seu bando protegiam fazendeiros e vilas na fronteiras, e recebiam alimento em roca – “No entanto, esses homens nos trataram sempre muito bem, e jamais nos fizeram mal algum, nem nos causaram prejuízo durante todo o tempo que estivemos com eles no campo. Pelo contrário, serviram-nos de defesa, dia e noite, durante todo o tempo em que estivemos com eles apascentando os rebanhos. Vê, pois, o que tens a fazer, porque nosso amo e toda a sua casa está ameaçada de ruína, e ele é um malvado com quem não se pode falar.” (1Sm 25,15-17). Um certo fazendeiro muito rico, chamado Nabal, não quis ajudar; Davi poderia ter morrido todos os homens daquela fazenda  - “Ora, Davi dissera: Em vão, pois, guardei tudo o que esse homem possuía no deserto, sem que lhe fosse tirada coisa alguma! E ele paga-me o bem com o malDeus trate com todo o seu rigor os inimigos de Davi! E que ele não me poupe, se de hoje até amanhã eu deixar vivo um só homem de tudo o que pertence a Nabal!” (1Sm 25,21-22), não fosse a sabedoria de Abigail naquele momento. Mas a vingança veio mesmo do Senhor – “Dez dias depois Nabal, ferido pelo Senhor, morreu”. (1Sm 25,38).

c)    Buscando refrigério no Senhor”na hora das pressões.  (1Sm 30,6).

“Davi afligiu-se em extremo, porque os seus queriam apedrejá-lo, estando todos amargurados por causa da perda de seus filhos e filhas. Mas Davi se reconfortou no Senhor, seu Deus.”. (1Sm 30,6).