sábado, 29 de junho de 2013

LITURGIA DIARIA - DOMINGO - 30/06/2013



DIA 30 DE JUNHO - DOMINGO

SÃO PEDRO E SÃO PAULO
(VERMELHO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE)

Antífona da entrada: Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.
Oração do dia
Senhor nosso Deus, concedei-nos os auxílios necessários à salvação pela intercessão dos apóstolos são Pedro e são Paulo, pelos quais destes à vossa Igreja os primeiros benefícios da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Leitura dos Atos dos Apóstolos 12,1-11)
12 1 Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar.
2 Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João.
3 Vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro. Eram então os dias dos pães sem fermento.
4 Mandou prendê-lo e lançou-o no cárcere, entregando-o à guarda de quatro grupos, de quatro soldados cada um, com a intenção de apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.
5 Pedro estava assim encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem cessar por ele a Deus.
6 Ora, quando Herodes estava para o apresentar, naquela mesma noite dormia Pedro entre dois soldados, ligado com duas cadeias. Os guardas, à porta, vigiavam o cárcere.
7 De repente, apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado de Pedro, o anjo despertou-o: “Levanta-te depressa”, disse ele. Caíram-lhe as cadeias das mãos.
8 O anjo ordenou: “Cinge-te e calça as tuas sandálias”. Ele assim o fez. O anjo acrescentou: “Cobre-te com a tua capa e segue-me”.
9 Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do anjo. Julgava estar sonhando.
10 Passaram o primeiro e o segundo postos da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito, o anjo desapareceu.
11 Então Pedro tornou a si e disse: “Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 34
De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

Bendirei o Senhor Deus em todo tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.

O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Leitura (2 Timóteo 4,6-8. 17-18)
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
4 6 Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.
7 Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
8 Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.
17 Contudo, o Senhor me assistiu e me deu forças, para que, por meu intermédio, a boa mensagem fosse plenamente anunciada e chegasse aos ouvidos de todos os pagãos. E fui salvo das fauces do leão.
18 O Senhor me salvará de todo mal e me preservará para o seu Reino celestial. A ele a glória por toda a eternidade!

Palavra do Senhor
Evangelho (Mateus 16,13-19)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir a minha igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la (MT16,18)

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 16 13 chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?”
14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”.
15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?”
16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
FÉ E MISSÃO

A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.

Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.

Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.

Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

FAMÍLIA X BÍBLIA - LIÇÃO 08 - EDUCAÇÃO CRISTÃ, RESPONSABILIDADE DOS PAIS.



“Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar.” Pr 22,6.

“1. Eis as ordenações, as leis e os preceitos que o Senhor, vosso Deus, me ordenou ensinar-vos, a fim de que os pratiqueis na terra aonde ides entrar para tomar posse dela. 2. Assim, temerás o Senhor, teu Deus, observando todos os dias de tua vida, tu, teu filho e o filho de teu filho, todas as leis e os mandamentos que te prescrevo, e teus dias serão prolongados. 3. Tu os ouvirás, pois, ó Israel, e cuidarás de cumpri-los, para que sejas feliz e te multipliques copiosamente na terra que mana leite e mel, como te prometeu o Senhor, o Deus de teus pais. 4. Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.” 6. Os mandamentos que hoje te dou serão gravados no teu coração. 7. Tu os inculcarás a teus filhos, e deles falarás, seja sentado em tua casa, seja andando pelo caminho, ao te deitares e ao te levantares. 8. Atá-los-ás à tua mão como sinal, e os levarás como uma faixa frontal diante dos teus olhos. 9. Tu os escreverás nos umbrais e nas portas de tua casa.” (Dt 6,1-9).

      I.        INTRODUÇÃO.
Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus, porém, confiou-nos essa tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos país estão terceirizando a educação  de seus filhos, e isso tem enfraquecido a família cristã. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que busquemos a sabedoria que somente Deus pode conceder-nos – “Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-á dada. (Tg 1,5); “A sabedoria, porém, que vem de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento.” (Tg 3,17). Ainda que contemos com a ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos pais.


    II.        EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS.

1.    O que significa educar?
Segundo o Dicionário Howaiss “a palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança’, cuidar, instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais nos esquecer que a Igreja do Senhor tem uma função educadora. Como sal e luz deste mundo ela deve educar e instruir segundo a Palavra de Deus – “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. (Mt 28,19-20). Como cristãos precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois ela nos protege das sutilezas do Maligno.

2.    Educação Cristã.
Se quisermos uma sociedade melhor, mais justa e solidaria precisamos, como Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus. Para isso, é imprescindível investir na Educação Cristã , pois o seu principal objetivo é levar o cristão a conhecer mais a Deus – “Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a da aurora; ele virá a nós como a chuva, como a chuva da primavera que irriga a terra.” (Os 6,3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. Alias, ensinar é um dos deveres do pastor – “Porque o bispo tem o dever de ser irrepreensível, casado uma só vez, sóbrio, prudente, regrado no seu proceder, hospitaleiro, capaz de ensinar.” (1Tm 3,2); “Não convém a um servo do Senhor altercar; bem ao contrário, seja ele condescendente com todos, capaz de ensinar, paciente em suportar os males.” (2Tm 2,24).

3.    A educação nas escolas.
Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos a fé cristã, já fazem  parte do currículo de muitas escolas. Por isso, os pais não podem negligenciar a educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da igreja, ser instruídos para orientar seus filhos – “1. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3. para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor.” (Ef 6,1-4). Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis: milhares de adolescentes grávidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do número de caso de AIDS, etc.


   III.        A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO.

1.    No Antigo Testamento.
A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel – “Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, as quais coisas ordenou aos nossos pais que as ensinassem a seus filhos”. (Sl 78,5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam e temê-lo – “Guarda-te, pois, a ti mesmo: cuida de nunca esquecer o que viste com os teus olhos, e toma cuidado para que isso não saia jamais de teu coração, enquanto viveres; e ensina-o aos teus filhos, e aos filhos de teus filhos. Lembra-te do dia em que te apresentaste diante do Senhor teu Deus em Horeb, quando o Senhor me falou, dizendo: ajunta-me o povo, para que ouçam as minhas palavras, e aprendam a temer-me ao longo de toda a sua vida, e o ensinem aos seus filhos.” (Dt 4,9-10). No livro de Josué temos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão – “20. Josué levantou ali as doze pedras tomadas do Jordão. 21. E disse aos filhos de Israel: Quando vossos filhos perguntarem um dia a seus pais: que significam essas pedras? 22. Responder-lhes-eis nestes termos: Israel atravessou o Jordão a pé enxuto, 23. porque o Senhor, vosso Deus, secou diante de vós o leito do Jordão, até que passásseis, do mesmo modo que antes tinha feito ao mar Vermelho, o qual secou diante de nós até que passássemos. 24. Isto, para que todos os povos da terra saibam que a mão do Senhor é poderosa, e para que conserveis sempre o temor do Senhor, vosso Deus.” (Js 4,20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passa a pés secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua historia e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças. Testemunhando do poder de Deus as próximas gerações. É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tanto quanto nossas palavras.

2.    No Novo Testamento.
As sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da Lei. Mesmo havendo essas “escolas” a educação no lar era prioridade era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou dos ensinos da sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos – “21. Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno. 22. Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23. conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); 24. e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 39. Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré. 40. O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele. 41. Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42. Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.” (Lc 2,21-24.39-42). Em sua pré – adolescência, Jesus já sabia de cor a Torá, chegando a confundira os doutores do Templo – “46. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.” (Lc 2,46-47). No Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga, e se fortalecia no Templo. Temos também o exemplo do jovem obreiro Timóteo. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino – “5. Conservo a lembrança daquela tua fé tão sincera, que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe Eunice e que, não tenho a menor dúvida, habita em ti também. 6. Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos.” (2Tm 1,5-6). “14. Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. 15. E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. 16. Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. 17. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (2Tm 3,14-17).

3.    Na atualidade.
Na Igreja Católica é a Catequese e nas Igrejas Evangélicas é a Escola Dominical, ambas, são a maior e as mais acessíveis agencias de educação religiosas. Elas auxiliam todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas Escrituras. Porem, ambas não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens. A responsabilidade maior cabe aos pais. Alias a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua palavra – “1. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3. para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor.” (Ef 6,1-4).


  IV.        A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA.

1.    Os filhos são herança do Senhor.
Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois eles são “heranças do Senhor” e a nossa grande recompensa – “Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” (Sl 127,3); portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure ensiná-los e educá-los no temor do Senhor (Ef 6,1-4). Não seja negligente com a educação deles (Pr 22,6).

2.    O ensino da Palavra de Deus no lar.
Os pais são, por natureza, os primeiros professores dos filhos. A criança começa a conhecer a Deus primeiramente através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto domestico. Reserve ao menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos. Tais momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar desses minutos tão especiais.

3.    Leve seus filhos à igreja.
Lamentavelmente muitos pais vão à igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos, com amor, a ir a Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos à Casa de Deus, quando jovens darão valor a essa prática saudável – “13. Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. 14. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. 15. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará. 16. Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.” (Mc 10,13-16). A Educação Cristã começa no lar e é fortalecido na Igreja, notadamente na Catequese ou na Escola Dominical.

    V.        CONCLUSÃO.


“Educação é dever do Estado e direito do cidadão”, porém, a educação começa na família. Os pais recebem de Deus uma das mais nobres missões: educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblicos. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias.

sábado, 22 de junho de 2013

LITURGIA DA PALAVRA - DOMINGO - 23/06/2013



DIA 23 DE JUNHO - DOMINGO

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM 
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona da entrada: O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos (Sl 27,8s).

Oração do dia

Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Zacarias 12,10-11;13,1)

Leitura da profecia de Zacarias. 
12 10 Suscitarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de boa vontade e de prece, e eles voltarão os seus olhos para mim. Farão lamentações sobre aquele que traspassaram, como se fosse um filho único; chorá-lo-ão amargamente como se chora um primogênito! 
11 Naquele dia haverá um grande luto em Jerusalém, como o luto de Adadremon no vale de Magedo. 
12 A terra inteira celebrará esse luto, família por família; a família da casa de Davi à parte, 
13 1 Naquele dia jorrará uma fonte para a casa de Deus e para os habitantes de Jerusalém, que apagará os seus pecados e suas impurezas. 
Palavra do Senhor.


Salmo responsorial 63

A minha alma tem sede de vós,
como a terra sedenta, ó meu Deus!

Sois, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja.

Como terra sedenta e sem água,
venho, assim, contemplar-vos no templo,
para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
e por isso meus lábios vos louvam.


Leitura (Gálatas 3,26-29)

Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas. 
3 26 porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 
27 Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. 
28 Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. 
29 Ora, se sois de Cristo, então sois verdadeiramente a descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa. 
Palavra do Senhor.

Evangelho (Lucas 9,18-24)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
9 18 Jesus estava a rezar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: “Quem dizem que eu sou?” 
19 Responderam-lhe: “Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas”. 
20 Perguntou-lhes, então: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 
21 Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 
22 Ele acrescentou: “É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia”. 
23 Em seguida, dirigiu-se a todos: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. 
24 Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á”. 
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

ANUNCIANDO A PAIXÃO

A questão apresentada por Jesus aos discípulos, a respeito de sua identidade, situa-se num momento crucial de sua vida. Por um lado, as multidões não haviam compreendido bem o tipo de messianismo vivido pelo Mestre. Ele se apresentava como Messias-servo, ao passo que o povo esperava um Messias cheio de glória e majestade. Por outro lado, autoridades políticas, como Herodes, perguntavam-se: "Quem poderá ser este de quem ouço tais coisas?" O que se passava com os discípulos? Sua fé era consistente e estavam realmente preparados para subir com Jesus até Jerusalém? 
A questão apresentada aos discípulos visava explicitar-lhes a fé no Messias Jesus. A resposta de Pedro, embora verdadeira, carecia de reparos. O Messias estava destinado a sofrer nas mãos dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. A causa do sofrimento estaria relacionada com seu modo de viver. Longe de buscar glórias mundanas, Jesus colocava-se ao lado dos pobres e marginalizados, vivia uma experiência de Deus muito diferente da preconizada pela religiosidade da época, anunciava um Reino de igualdade e solidariedade, muito mais exigente do que, até então, se conhecia. Sua morte decorreria de sua opção de ser solidário e servidor. Daí o Pai decidir ressuscitá-lo. 
Quem quisesse segui-lo, deveria considerar atentamente este aspecto. Caso contrário, estaria nutrindo esperanças vãs.

Oração

Espírito do Messias solidário e servidor, não me deixes nutrir esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não corresponde à opção do Senhor Jesus.

terça-feira, 18 de junho de 2013

FAMÍLIA X BÍBLIA - LIÇÃO 07 – O DIVÓRCIO À LUZ DA BÍBLIA



“eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério.” (Mt 19,9).

“3. Os fariseus vieram perguntar-lhe para pô-lo à prova: É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer? 4. Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? 6. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu. 7. Disseram-lhe eles: Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la? 8. Jesus respondeu-lhes: É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim. 9. Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério. 10. Seus discípulos disseram-lhe: Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar! 11. Respondeu ele: Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. 12. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda.” (Mt 19,3-12).

      I.        INTRODUÇÃO.

Por ser algo traumático, o divórcio é sempre um assunto difícil ser tratado. Existem pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que, sob determinadas circunstancias são favoráveis, e há até os que buscam base na Sagrada Escrituras para admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? É o que estudaremos nesta lição.

    II.        O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO.

1.    A lei de Moisés e o divorcio.

O capítulo 24 do livro de Deuteronômio trata a respeito do divorcio. Como a pratica havia se tornado comum em Israel, o propósito da lei era regulamentar tal situação a fim de evitar os abusos e preservar a família. Nenhuma lei do Antigo Testamento incentiva alguém a divorciar-se, mas servia como base legal para a proibição de outros casamentos com a mulher divorciada. O o divorcio era e é um ato extremo – “Quando alguém, por aversão, repudia (a mulher) - diz o Senhor, Deus de Israel -, cobre de injustiça as suas vestes - diz o Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!” (Ml 2,16). Infelizmente, muitos que conhecem a Palavra do Senhor se divorciam por qualquer motivo.

O casamento é uma aliança de amor, inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado, sobretudo por motivos fúteis e más.

2.    A carta do divorcio.

Uma vez que recebia a carta do divorcio, tanto o homem quanto a mulher estavam livres para se casarem novamente. Todavia, segundo a lei, a mulher que fora repudiada, depois de viver com outro marido, não poderia retornar para o primeiro, pois tal atitude era considerada abominação ao Senhor – “não poderá o primeiro marido, que a repudiou, tomá-la de novo por mulher depois de ela se contaminar, porque isso é uma abominação aos olhos do Senhor e não deve comprometer com esse pecado a terra que te dá em herança o Senhor, teu Deus.” (Dt 24,4). Divorciar-se não era fácil, pois havia varias formalidades, e somente o homem podia pedir o divorcio. A mulher não tinha tal direito. A Leis de Moisés, apesar de não incentivar o divorcio, dispunha de vários mecanismos par torná-lo mais humano (Dt 24).

   III.        O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO.

1.    A pergunta dos fariseus.

Procurando incriminar Jesus, e imbuídos de idéia difundida pela escola do rabino Hilel (que defendia o direito de o homem dar carta de divórcio a mulher “por qualquer motivo”), os fariseus questionaram: “É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?” (Mt 19,3b). Respondendo aos acusadores, Jesus relembrou o “princípio” divino para o casamento, quando Deus fez o ser humano, “macho e fêmea”, “ambos uma só carne” (cf. Gn 2,24). Assim, o Mestre concluiu: “Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.” (Mt 19,6b). Essa é a doutrina originária a respeito da união entre um homem e uma mulher; ela reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o uma união indissolúvel.

2.    O ensino de Jesus.

Os fariseus insistiram: “Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?” (Mt 19,7). Respondendo à insistente pergunta, Jesus explicou que Moisés permitiu da carta de repudio às mulheres: “É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres” (Mt 19,8). Uma mulher abandonada pelo marido ficaria exposta à miséria ou à prostituição para sobreviver. Com a carta de divorcio ela poderia casar-se novamente. Deus não é radical no trato com os problemas decorrente do pecado e com o ser humano. Ele se importava com as mulheres e sabia o quanto elas iriam sofrer com a dureza do coração do homem, e tornou o trato desse assunto mais digno para elas.

Segundo ensinou o Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de infidelidade conjugal.

Ao invés de satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divorcio “por qualquer motivo”, o Mestre disse: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.]” (Mt 19,9). Essa foi a única condição que Jesus entendeu ser suficiente para o divorcio.

3.    Permissão para novo casamento.

Pelo texto bíblico, está claro que Jesus permite o divorcio, com a possibilidade de haver novo casamento, somente por parte do cônjuge fiel, vitima de prostituição, ou infidelidade conjugal. Deus admite a separação do casal, não como regra, mas como exceção, em virtude de práticas insuportáveis relacionadas à sexualidade, que desfazem o pacto conjugal. Do contrário, um servo ou uma serva de Deus seria lesado duas vezes: pelo Diabo, que destrói casamento e, outra, pela comunidade local, que condenaria uma vitima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz parte do plano original de Deus – “O Senhor Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada. ’”. (Gn 2,18). Todavia, em Jesus o cristão tem forças para perdoar e fazer o possível para restaurar seu casamento. 

  IV.        ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO.

1.    Aos casais cristãos.

Paulo diz: “10. Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido. 11. E, se ela estiver separada, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com seu marido. Igualmente, o marido não repudie sua mulher. (1Cor 7,10-11). Esta passagem refere-se aos “casais cristãos”, os quais não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos prescritos na Palavra de Deus – “Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.]” (Mt 19,9); “Mas, se o pagão quer separar-se, que se separe; em tal caso, nem o irmão nem a irmã estão ligados. Deus vos chamou a viver em paz.” (1Cor 7,15). Se há desentendimentos o caminho não é o divorcio, mas a reconciliação acompanhada do perdão sincero ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.

2.    Quando um dos cônjuges não é cristão.

Paulo ensina que, se o cônjuge não cristão concorda em viver (dignamente) com o cristão, que este não o deixe – “12. Aos outros, digo eu, não o Senhor: se um irmão desposou uma mulher pagã (sem a fé) e esta consente em morar com ele, não a repudie. 13. Se uma mulher desposou um marido pagão e este consente em coabitar com ela, não repudie o marido. 14. Porque o marido que não tem a fé é santificado por sua mulher; assim como a mulher que não tem a fé é santificada pelo marido que recebeu a fé. Do contrário, os vossos filhos seriam impuros quando, na realidade, são santos.” (1Cor 7,12-14). O cristão agindo com sabedoria poderá inclusive ganhar o descrente para Jesus – “Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres,” (1Pd 3,1).

3.    O cônjuge fiel não está sujeito à servidão.

O apóstolo porem, ressalva: “Mas, se o pagão quer separar-se, que se separe; em tal caso, nem o irmão nem a irmã estão ligados. Deus vos chamou a viver em paz. Aliás, como sabes tu, ó mulher, se salvarás o teu marido? Ou como sabes tu, ó marido, se salvarás a tua mulher? (1Cor 7,15-16). Ou seja, o cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a viver até a morte sob a servidão de um ímpio. Nesse caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo com a vontade de Deus – “27. Estás casado? Não procures desligar-te. Não estás casado? Não procures mulher. 28. Mas, se queres casar-te, não pecas; assim como a jovem que se casa não peca. Todavia, padecerão a tribulação da carne; e eu quisera poupar-vos. A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas, se morrer o marido, ela fica livre e poderá casar-se com quem quiser, contanto que seja no Senhor.” (1Cor 7,27-28.39). entretanto, aguarde o tempo de Deus na sua vida.

    V.        CONCLUSÃO.


O divórcio causa sérios inconvenientes à igreja local, às famílias e à sociedade. No projeto original de Deus. Não havia espaço para o divórcio. Precisamos tratar cada caso de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus. Não podemos fugir do que recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada. E não podemos nos esquecer de que a Igreja é também uma “comunidade terapêutica”.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

FAMÍLIA X BÍBLIA - LIÇÃO 06 – A INFIDELIDADE CONJUGAL.



“Quem comete adultério carece de senso, é por sua própria culpa que um homem assim procede.” (Pr 6,32).

“1. Meu filho, atende à minha sabedoria, presta atenção à minha razão, 2. a fim de conservares o sentido das coisas e guardares a ciência em teus lábios. 3. Porque os lábios da mulher alheia destilam o mel; seu paladar é mais oleoso que o azeite. 4. No fim, porém, é amarga como o absinto, aguda como a espada de dois gumes. 5. Seus pés se encaminham para a morte, seus passos atingem a região dos mortos.” (Pr 5,1-5).
“27. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28. Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração.” (Mt 5,27-28).

        I.            INTRODUÇÃO.
Vivemos num mundo carente de valores éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que não seguem os desígnios divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática socialmente aceitável. Porem, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com a Bíblia, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Lamentavelmente, muitos cristãos estão se deixando levar pelas atuais ciladas do Diabo, fazendo da infidelidade conjugal um habito. Nesta lição, refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias.

      II.            ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO.

1.       Conceito e origem da palavra.
A palavra adultério vem do latim adulterium, que significa “dormir em cama alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico, é a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto no novo Testamento:
“Não cometerás adultério.” (Ex 20,14; Dt 5,18);
“Pois os preceitos: Não cometerás adultério,...” (Rm 13,9);
“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem.” (Gl 5,19).
É um ato tão grave que no tempo da Lei Mosaica, a pena para o adultério era apedrejamento:
“Se um homem cometer adultério com uma mulher casada, com a mulher de seu próximo, o homem e a mulher adúltera serão punidos de morte.” (Lv 20,10);
“Se se encontrar um homem dormindo com uma mulher casada, todos os dois deverão morrer...” (Dt 22,22).

2.       É preciso vigiar.
A infidelidade conjugal é um processo maligno que tem inicio na mente. No começo, são apenas alguns pensamentos que surgem de “mansinho”. Se estes, porem, não forem combatidos, acabam por nos impregnar a alma e o coração, redundando em atos vergonhosos,. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos – “Não porei coisa más diante dos meus olhos...” (Sl 101,3); “Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.” (Fl 4,8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairemos nas astutas ciladas do Diabo – “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio.” (Ef 6,11). Jesus exortou-nos a respeito da vigilância e da oração – “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26,41). Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus – “Agora o teu reino não subsistirá. O Senhor escolheu para si um homem segundo o seu coração e o fará chefe de seu povo, porque não observaste as suas ordens.” (1Sm 13,14), não vigiou. Ele cometeu um adultério que o arrastou a hum homicídio (2Sm 11). Por isso, vigie.

3.       Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge.
Sem a presença de Deus, o casal torna-se vulnerável às investidas do Maligno. Todavia, a comunhão diária com Cristo, por intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do jejum, além de fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um bom relacionamento com o cônjuge. A presença divina auxilia-nos a suportar as crises.
Muitos, por falta de orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao ministério eclesiástico em detrimento da família. O resultado é que a esposa e os filhos deixam de receber atenção e carinho. É bom dedicar-se à obra de Deus. A família, porem, não pode ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do pastor – (1Tm 3,1-7.5,8; 1Cor 7,32-34).

    III.            AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE.

1.       Afastamento de Deus.
A Palavra de Deus diz que “Porque os lábios da mulher alheia destilam o mel; seu paladar é mais oleoso que o azeite.” (Pr 5,3). O pecado, a principio, pode ser até “prazeroso”, mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena; traz sofrimento e muita dor.
A imoralidade sexual e a infidelidade destroem a família. Todos no lar são afetados de alguma forma. Alguns minutos de prazer ilícitos podem levar um homem, ou uma mulher, para o inferno, para a perdição eterna – “nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus.” (1Cor 6,10). Deus é santo e não aceita o pecado. O adultério divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos divinas – “1. Não, não é a mão do Senhor que é incapaz de salvar, nem seu ouvido demasiado surdo para ouvir, 2. são vossos pecados que colocaram uma barreira entre vós e vosso Deus. Vossas faltas são o motivo pelo qual a Face se oculta para não vos ouvir,” (Is 59,1-2).

2.       Morte espiritual.
O adultério leva à morte espiritual, às vezes até a morte física. Quando nos afastarmos de Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as pessoas e destrói a alma – “O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói-se a si mesmo, quem assim procede.” (Pr 6,32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço pelo seu erro. Se o Senhor não ouve as orações daqueles que tratam mal nos cônjuges – “Do mesmo modo vós, ó maridos, comportai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco. Porquanto elas são herdeiras, com o mesmo direito que vós outros, da graça que dá a vida. Tratai-as com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações.” (1Pd 3,7), imagine como Ele reage à infidelidade conjugal – “Quando alguém, por aversão, repudia (a mulher) - diz o Senhor, Deus de Israel -, cobre de injustiça as suas vestes - diz o Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!” (Ml 2,16).

3.       Um lar despedaçado.
O adultério aflige toda a família. Os filhos, independentemente de sua idade, são sempre os maiores prejudicados. Em geral, ficam decepcionados com os pais e tendem a desconfiar sempre de todos. Alguns filhos acabam, alem de carregarem mágoas de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus relacionamentos são afetados. Por isso Deus abomina a infidelidade, a deslealdade – “Porventura não fez ele um só ser com carne e sopro de vida? E para que pende este ser único, senão para uma posteridade concedida por Deus? Tende, pois, cuidado de vós mesmos, e que ninguém seja infiel à esposa de sua juventude.” (Ml 2,15). O marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa amar o marido (Ef 5,22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim como o de Cristo pela Igreja. Tal amor é um antídoto contra a deslealdade.

    IV.            CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE.

1.       Fuja das tentações.
É preciso ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos a terem uma atitude de prudência e sensatez diante das tentações – “Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 10,16b;26,41ª). Ante o perigo, façamos como José. Ele preferiu fugir a pecar contra Deus. Temendo ao Senhor, rejeitou o pecado. E embora viesse a pagar um alto preço por sua fidelidade, foi honrado por Deus no devido tempo (Gn 39-41). Diante do pecado, fuja – “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza.” (1Ts 4,3).

2.       Honre o seu cônjuge.
Há maridos que se envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo de Deus, para que ninguém fosse “desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml 2,15). Envelhecer junto à mulher amada é um privilegio. Também há mulheres que, com o passar do tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia, porem, recomenda a esposa a reverenciar o marido – “... a mulher respeite o seu marido” (Ef 5,33). Os muitos a fazeres levam algumas mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu cônjuge, dando-lhe o apreço e o respeito necessário.

3.       Aprecie seu cônjuge.
Você aprecie seu cônjuge? Ter apreço significa vê-lo como algo valioso. A palavra de Deus nos diz que “Pois onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” (Lc 12,34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma jóia que você protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua vida. Há esposas e maridos que cuidam bem da casa, do carro, da conta bancaria, da igreja, mas não tem cuidado nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o  e alegrem-se juntos no Senhor. Não busque jamais bebe água de outra cisterna (Pr 5,1-23).

      V.            CONCLUSÃO.

Muitas famílias têm sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para  que tenhamos uma vida conjugal bem sucedida precisamos investir diariamente em nosso relacionamento. É necessário orar, vigiar e demonstrar afeto, apreço, investir no dialogo franco e não abrir Mao do respeito. Temos de conscientizar-nos de que família e o relacionamento conjugal são prioridades, uma família bem constituída é uma bênção para a obra de Deus.