terça-feira, 28 de maio de 2013

FAMÍLIA X BÍBLIA - LIÇÃO 04 – A FAMÍLIA SOB ATAQUE.



“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio.” (Ef 6,11).

“1. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. 2. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. 3. Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos. 4. Nada de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez disto, ações de graças. 5. Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento - verdadeiros idólatras! - terá herança no Reino de Cristo e de Deus. 6. E ninguém vos seduza com vãos discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de Deus sobre os rebeldes”. (Ef 5,1-6).

      I.        INTRODUÇÃO.
Sabemos que Satanás tem mobilizado os sistemas deste mundo para desestruturar a vida familiar. No entanto, a Igreja de Cristo, como “sal” e “luz” da terra, deve confrontar, por intermédio da Palavra de Deus, os ataques do Maligno. Não podemos nos esquecer que estamos lutando contra principados e potestades – “Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.” (Ef 6,12). Se desejarmos uma vida familiar vitoriosa, precisamos viver em total dependência do Senhor. Carecemos da armadura de Deus para que possamos enfrentar as lutas e desafios do nosso tempo.

    II.        OS ATAQUES DO INIMIGO.

1.    Ataque ás crianças.
Atualmente, em muitas escolas, tanto da rede publica como privada, o ensino materialista está sendo valorizado e repassado de modo continuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem totalmente influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a serem transmitidos nas salas de aula, são fundamentados na filosofia evolucionista. Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do homem, e de tudo que existe no universo. Os pais não podem negligenciar a educação de seus filhos, e devem levá-los aos pés do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo uma educação religiosa de qualidade às crianças.
2.    Ataque à disciplina no lar.
Em nossos dias existem questionamentos relacionados à aplicação da disciplina aos filhos. Mas, segundo a Palavra de Deus, aplicada com a sabedoria, a disciplina livra a criança da morte – “13. Não poupes ao menino a correção: se tu o castigares com a vara, ele não morrerá, castigando-o com a vara, salvarás sua vida da morada dos mortos.” (Pr 23,13-14). Disciplina é toda ação instrutiva e discipuladora, pois a palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra discipular. De fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem educada, bem discipulada. Que os pais eduquem seus filhos no temor e na admoestação do Senhor e que os filhos honrem e obedeça aos pais conforme ordena a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo, a forma correta de proceder em toda a sua existência.

3.    Falsos ensinos.
Há, em nossos dias, diversas novas teologias que agridem diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, “as portas do inferno” valem-se da teologia para atacar a Igreja e conseqüentemente às famílias. Satanás tem investido e disseminado muitos ensino deturpados, que utilizam-se até de partes das Escrituras, utilizadas sem a devida e correta interpretação, para confundir e afastar do Senhor as famílias, que tem sede de salvação, do caminho, da verdade, e da vida, que é o próprio Jesus Cristo – “Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14,6). Inspirados por teologias liberais, há famílias que não mais vêem a Bíblia como inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Todavia, a Bíblia é e continuará sendo a única regra de fé e prática  do cristão. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia limita-se a conter a Palavra de Deus. Leia com atenção – “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.” (2Tm 3,16). É indispensável, que as famílias cristãs estudem e obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras. Nossas famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias antibíblicas que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar brecha alguma ao adversário. Quer na Igreja , quer em casa, vigiemos e oremos.

   III.        ATITUDES MUNDANAS PARA DESTRUIR A FAMILIA.

1.    O abandono aos filhos.
Não é incomum vermos em nossa sociedade pais que abandonam seus filhos, não raro, esses ainda bebês. Essa é uma forma monstruosa de desrespeito para com a vida. Como pais, precisamos entender que os filhos são heranças do Senhor para que nós possamos cuidar, educar e conduzir ao Senhor. Como pais, somos responsáveis por vestir nossos filhos alimentá-los, proporcionar-lhes uma educação de qualidade, inclusive para que estejam prontos para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, mas acima de tudo, é igualmente nossa obrigação transmitir a fé que uma vez nos foi dada, para que as próximas gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos exemplo para este mundo, zelando por nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.

2.    Desrespeito aos pais.
O ato de honrar os pais sempre foi apreciado por Deus. Quando Ele deu sua Lei aos filhos de Israel, antes de entrarem na Terra Prometida, dentre os mandamentos constava a ordem de honrar o pai e mãe, para que os filhos pudessem entrar em nova terra sabendo que entre suas responsabilidades para com Deus estava o respeito para com aqueles que, por meio de um ato de amor, lhe trouxeram a vida. Séculos depois, Jesus reafirmou esse mandamento – “honra teu pai e tua mãe.” (Mt 19,19ª); “honrarás pai e mãe.” (Lc 18,20e), e Paulo acrescentou que honrar pai e mãe foi o primeiro mandamento com promessa – “O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe,” (Ef 6,2). Infelizmente, não são raros os casos de filhos que não apenas desonram seus pais desobedecendo-lhes, mas também se esquecem deles na sua velhice, época em que mais precisam de ajuda. Que esse pensamento mundano jamais prospera entre servos de Deus.
3.    O secularismo.
Segundo o Dicionário Teológico o secularismo é a “doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas”.  Quando a família se seculariza os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniqüidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em toda a nossa maneira de viver – “15. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: 16. Sede santos, porque eu sou santo ( ver Lv 11,44)” (1Pd 1,15-16). Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal da terra” e “luz do mundo”“13. Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. 14. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha. (Mt 5,13-14). Como sal, precisamos ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos vêem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.

  IV.        O CUIDADO CONTRA A FILOSOFIA MUDANA E A PORNOGRAFIA.
Para a filosofia de vida mundana, não há limites para o homem desfrutar do prazer carnal. A internet, que tem sido usada como um grande meio de comunicação, facilitou também a propaganda e o estilo de vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir a esse desafio?
1.    Observar a palavra de Deus.
A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em seu caminho quando observar a Palavra de Deus – “9 Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra. 10 De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos. 11 Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti. (Sl 119,9-11). Como não há idade para o pecado, este principio aplica-se a qualquer cristão independente de sua faixa etária. É indissolúvel que o adolescente, o jovem, ou o adulto, conheçam profundamente a Palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar os ardis de Satanás – “10. Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. 11. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 12. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. 13. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 14. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 15. e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 16. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. 18. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. 19. E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20. do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever! (Ef 6,10-20).
2.    Templo do Espírito Santo.
Não é incomum sofrermos tentações em todas as esferas da vida, principalmente na sexual por causa da pornografia, tão comum em nossos dias. Porém, devemos nos lembrar de que nosso corpo é o templo do Espírito Santo e o objeto de glorificação ao Altíssimo – “18. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6,18-20). E devemos buscar a santificação para vencer desafios como a oferta de sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e desagrada a Deus – “Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor.” (Hb 12,14); “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito:” (1Pd 1,15).

3.    “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101,3).
“Coisa má” é tudo aquilo que, aos olhos de Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a santidade do corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser tutores dos seus filhos, orientando-os quanto ao que pode ser visto, ouvindo e assistido. Não podemos descuidar da educação dos nossos filhos. Zele por sua descendência.

    V.        CONCLUSÃO.
Alguns dos mais terríveis golpes contra a família são manipulados pelas autoridades publicas, ou seja, justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da constituição da família tradicional -  “Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal.” (Rm 13,4). Há uma onda do materialismo e do liberalismo social, ambos a serviço do Diabo, predominando nas políticas públicas. Todavia, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, “coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15), cerrará as fileiras de guardiã dos princípios éticos fundamentais da família. Assim não perecermos sob os ataques contra a família, mas glorificaremos a Deus.


sábado, 25 de maio de 2013

LITURGIA DA PALAVRA - DOMINGO - 26/05/2013



Oração do dia
Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da Verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Provérbios 8,22-31)
Leitura do livro dos Provérbios. 
8 22 O Senhor me criou, como primícia de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra. 
23 Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. 
24 Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. 
25 Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; 
26 antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. 
27 Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo, 
28 quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, 
29 quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, 
30 junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele, 
31 brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 8
Ó Senhor nosso Deus, como é grande
vosso nome por todo o universo!

Contemplando estes céus que plasmastes
e formastes com dedos de artista;
vendo a lua e estrelas brilhantes,
perguntamos: “Senhor, que é o homem,
para dele assim vos lembrardes
e o tratardes com tanto carinho?”

Pouco abaixo de Deus o fizestes,
coroado-o de glória e esplendor;
vós lhe destes poder sobre tudo,
vossas obras aos pés lhe pusestes.

As ovelhas, os bois, os rebanhos,
todo o gado e as feras da mata;
passarinhos e peixes dos mares,
todo ser que se move nas águas.
Leitura (Romanos 5,1-5)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
5 1 Justificados, pois, pela fé temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. 
2 Por ele é que tivemos acesso a essa graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus. 
3 Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, 
4 a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. 
5 E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 
Palavra do Senhor.
Evangelho (João 16,12-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito divino, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém (Ap 1,8).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João. 
16 12 Disse Jesus a seus discípulos: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. 
13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. 
14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. 
15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”. 
Palavra da Salvação.
João 16,12-15
Aleluia, aleluia, aleluia.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito divino, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém (Ap 1,8).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João. 
16 12 Disse Jesus a seus discípulos: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. 
13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. 
14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. 
15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”. 
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
BATIZADOS NA TRINDADE 
A Santíssima Trindade é a face de Deus que Jesus nos revelou. Deus é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A cada pessoa é atribuída uma ação característica. O Pai envia o Filho com uma missão salvífica, em relação à humanidade. O Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho para que esteja com os discípulos, em sua missão de testemunhar o Reino do Pai. O Filho tem sua existência totalmente enraizada no Pai. Seu alimento é fazer a vontade do Pai e realizar, com perfeição, a sua obra. O Espírito Santo revela aos discípulos o que ouviu de Jesus. Terminada sua missão terrena, o Filho voltou para junto do Pai, ao passo que o Espírito Santo continua a dinamizar, na história, a obra do Filho. 

Quando o cristão é batizado no nome da Trindade, o modo de ser de Deus lhe é apresentado como modelo de vida. A perfeita comunhão existente entre as pessoas da Trindade deve tornar-se o ideal de comunhão dos cristãos. Igualmente, a capacidade de agir de forma integrada, sem concorrências nem sobreposição de um sobre o outro. 
A diversidade não é empecilho para que aconteça a comunhão trinitária. As pessoas divinas não precisam abrir mão de suas individualidades para que a Trindade aconteça. A comunhão se faz a partir do diferente, na acolhida e no respeito pelo Outro. Este é o caminho que a comunidade cristã terá de tomar, se quiser deixar-se modelar pela Trindade. 

Oração

Senhor Jesus, que a contemplação da Trindade me predisponha para construir minha vida a partir deste modelo consumado de comunhão. 

terça-feira, 21 de maio de 2013

GÊNESIS - LIÇÃO 17 – JOSÉ – benévolo, quando exaltado.



“Podemos não ser responsáveis por todas as coisas que ocorrem conosco, mas somos responsáveis pela maneira como nos comportamos quando elas acontecem”. – Ralph Emerson.

A vida e o sucesso de José tem muito a ver com esta frase. Ao ser vendido pelos irmãos, injustiçado pela mulher de Putifar e esquecido pelo copeiro-chefe, tinha tudo para ser um homem revoltado, amargurado e ressentido, mas não permitiu que nada dessas coisas negativas e destrutivas pudessem afeta-lo. Não que ele fosse insensível ou de ferro, mas sabia, como homem que andava com Deus, que homens prósperos não permitem que as ações dos outros determinem as suas.
A beleza do sucesso de José está no fato dele beneficiar outras pessoas com o seu sucesso, como veremos a seguir.

I.              BENEFICIO GERAL – Gn 41,14-57.

O sonho que o Faraó teve com as sete vacas gordas e as sete vacas magras – Gn 41,1-4 – era, simplesmente um aviso de Deus que um tempo de fome estava para vir. A interpretação de José, inspirada por Deus, não somente abriu-lhe o caminho para ser Governador no Egito, com trouxe beneficio a todo mundo da época.

Os magos do Egito - "Chegada à manhã, o faraó com o espírito preocupado, mandou chamar todos os mágicos e sábios do Egito. Contou-lhes seus sonhos, mas nenhum deles soube explicá-los". (Gn 41,8) – no hebraico “escribas sagrados”, eram uma espécie de peritos em manusear os livros de assuntos “sagrados”. É provável que para tentar interpretar este sonho de Faraó tenham consultado literatura sobre sonhos, que era uma mescla de astrologia e ocultismo. A pratica de interpretação de sonhos era comum na época, haja vista o fato do que quando José interpreta o sonho do copeiro-chefe e do padeiro-chefe, ambos já tinham procurado interpretação com outros - "“ Tivemos um sonho, responderam; e não há ninguém para no-los interpretar.” “Porventura, não pertence a Deus, replicou José, a interpretação dos sonhos? Rogo-vos que mos conteis. ”" (Gn 40,8).

A graça de Deus era tão abundante sobre a vida de José que ele teve autoridade para aconselhar o Faraó sobre o que deveria fazer para enfrentar o tempo de fome – vv 33-36 – Faraó gostou do conselho – v 37 – e escolheu o próprio José para governar a sua casa – vv 38-40.

E o jovem governador, de apenas 30 anos de idade – “José tinha trinta anos quando se apresentou diante do faraó, o rei do Egito” – Gn 41,46a – usa o seu poder para beneficiar toda a terra do Egito e todo o mundo – Gn 41,53-57.

“41,1-36: Começa a ascensão de José. Além do seu discernimento para interpretar a ação de Deus, ele demonstra também o tino administrativo que salvará da fome o país. José é sábio: tem capacidade de discernir a ação de Deus e agir de acordo, pois a providência de Deus não dispensa o homem de analisar as situações e tomar atitudes adequadas.”  - Bíblia Pastoral.
“41,37-57: Por sua previdência e tino administrativo, José se torna vice-rei do Egito e, graças a ele, é contida a situação de fome do povo. Seus filhos Manassés e Efraim formarão duas tribos em Israel, que juntas formam a «Casa de José».” – Bíblia Pastoral.

II.            BENEFICIANDO OS IRMÃOS – Gn 42,1-45,28.

“Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam.” – Sl 18,30.

A fome inevitavelmente  atingiria os irmãos de José – os mesmos que o venderam. E onde havia comida? Somente no Egito. E quem era o Governador do Egito? O irmão José. Quem decidiria se eles poderiam ou não levar comida para casa? Ele mesmo – o irmão invejado e odiado.

1.    O primeiro encontro com os irmãos  - Gn 42,6-17.

A principio, José não se dá conhecer a seus irmãos , parece evita-los e chega até mesmo trata-los com aspereza - "José reconheceu-os imediatamente, mas, comportando-se com eles como um estrangeiro, disse-lhes com rudeza: “Donde vindes?” “Da terra de Canaã, responderam eles, para comprar víveres.”" (Gn 42,7). Tudo indicava que um coração vingativo era o que dominava José. Mas nosso personagem não é assim - "E José afastou-se deles para chorar. Voltou em seguida e falou-lhes; e escolheu Simeão, ao qual mandou prender na presença deles". (Gn 42,24); há amor e misericórdia suficientes na vida desse Governador. E ao ver seus irmãos se prostrando diante dele, lembra-se imediatamente dos sonhos que tivera – Gn 42,6.9; 37,5-10.

2.    José dá-se a conhecer a seus irmãos – Gn 45,1-15.

"Então José, já não se podendo conter diante de todos os assistentes, exclamou: “Fazei sair todo o mundo.” Desse modo, ninguém ficou com ele, quando se deu a conhecer aos seus irmãos". (Gn 45,1).

Ele testou seus irmãos de todas as maneiras – Gn 42,9 – 44,34 – para ter certeza de que agora tinham um novo coração. E o choro compulsivo - "Pôs-se a chorar tão alto que os egípcios da casa do faraó o ouviram". (Gn 45,2) – revela que seu coração já não agüentava mais de tanta emoção!

"Mas agora não vos entristeçais, nem tenhais remorsos de me ter vendido para ser conduzido aqui. É para vos conservar a vida que Deus me enviou adiante de vós". (Gn 45,5). "Não sois vós, pois, que me haveis mandado para aqui, mas Deus mesmo. Ele tornou-me como o pai do faraó, chefe de toda a sua casa e governador de todo o Egito". (Gn 45,8).

3.    José encontra seu pai e abençoa toda a família – Gn 46,28-47,12.

"José mandou preparar o seu carro e montou para ir ao encontro de seu pai em Gessém. E, logo que o viu, jogou-se ao seu pescoço e chorou longo tempo em seus braços". (Gn 46,29)..


"José disse aos seus irmãos: “Vou avisar o faraó, dizendo: Meus irmãos e a família de meu pai que estavam em Canaã, vieram para junto de mim;" (Gn 46,31).

42,1-38: Os sonhos de José se concretizam: seus irmãos se prostram diante dele (cf. 37,5-11). José os trata com severidade para verificar o arrependimento deles, e os submete a uma série de provas. O que ele quer saber é se os irmãos se modificaram, e se são capazes de agir com verdadeira fraternidade. Simeão foi escolhido por ser o segundo filho, pois José fica sabendo que Rúben, o mais velho, não era culpado. Como José, Benjamim era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó: será que os irmãos odeiam Benjamim como odiavam a José? – Bíblia Pastoral

43,1-34: O teste de fraternidade a que José submete os irmãos começa a surtir efeito: Judá se responsabiliza por Benjamim. A boa acolhida de José causa espanto nos irmãos e prepara o ponto máximo do encontro. – Bíblia Pastoral.

44,1-34: Cf. nota em 42,1-38. Judá, que tinha sugerido vender José como escravo (Gn 37,26-27) e fizera o pai sofrer, agora está disposto a se tornar escravo para que seu irmão Benjamim, preferido do pai, possa voltar para casa. Dessa forma, Judá redime a falta que cometera no passado contra a fraternidade. – Bíblia Pastoral.

45,1-28: Até agora o tratamento entre José e os irmãos era de um senhor para com os servos. Ao ver que os irmãos se transformaram, José se declara: «Eu sou José, irmão de vocês». E o clima se torna fraterno. As palavras de José (vv. 3-8) mostram o ponto de vista da fé sobre os acontecimentos: Deus age através dos homens e das situações para realizar seu projeto de vida. Muitas vezes não compreendemos os acontecimentos e situações porque não somos capazes de descobrir o que Deus quer com eles. Caminhamos no escuro e precisamos acreditar que Deus vai realizando o seu projeto através da nossa própria incompreensão. Só no fim compreenderemos que Deus estava junto conosco durante todo o tempo, encaminhando nossa história para a liberdade e a vida. – Bíblia Pastoral

III.           BENEFICIANDO NOVAMENTE A FARAÓ – Gn 47,13-26.

A capacidade administrativa de José e todas as sas boas intenções fizeram com que pudesse ajudar o próprio faraó. A sua “política econômica” tinha com base o evitar que pessoas morressem de fome; e permitir que Faraó continuasse sendo proprietário das terras do Egito.

Deus quer que seus filhos sejam generosos, e José mostrou isso durante toda a sua vida. Nunca quis armazenar gananciosamente para si mesmo e sua família. Por isso, teve um final de vida abençoado.

47,13-26: A narrativa da política agrária de José foi escrita na corte de Salomão, e tinha dupla finalidade: educar os funcionários da corte e justificar a política do rei. Salomão adotou o sistema político-econômico do Egito, instituindo os trabalhos forçados e o imposto em dinheiro e gêneros. O autor procura justificar o sistema adotado por Salomão, mostrando que o sistema foi criado por um hebreu. – Bíblia Pastoral.

IV.          OS EFEITOS DA BENEVOLENCIA DE JOSÉ – Gn 47,27-50,26.

1.    Os últimos dias de Jacó.

Þ     "E, aproximando-se do seu termo os dias de Israel, chamou o seu filho José e disse-lhe: “Se achei graça diante de teus olhos, mete, rogo-te, tua mão debaixo de minha coxa e promete-me, com toda a bondade e fidelidade, que não me enterrarás no Egito". (Gn 47,29).
Þ     Jacó abençoou os filhos de José – Efraim e Manassés – Gn 48,11-20.
Þ     Jacó proferiu bênçãos  proféticas sobre seus filhos, e evidentemente, José não poderia ficar de fora – Gn 49,22-26.

2.    O sepultamento de Jacó.

"Gastaram nisso quarenta dias, que é o tempo necessário ao embalsamamento. Os egípcios choraram-no durante setenta dias". (Gn 50,3). "Chegando à eira de Atad, além do Jordão, fizeram uma grande e solene lamentação, e José celebrou, em honra de seu pai, um pranto de sete dias". (Gn 50,10).

3.    José demonstra mais amor para com seus irmãos.

"Não temais, pois: eu vos sustentarei a vós e os vossos filhos”. Estas palavras, que lhes foram direto ao coração, reconfortaram-nos". (Gn 50,21).

47,27-48,22: O texto é uma combinação de tradições para explicar várias coisas, projetando-as no passado para apresentá-las como disposições de Jacó: por que Manassés e Efraim, filhos de José, se tornaram antepassados de duas tribos? Por que essas tribos prosperaram? Por que a tribo de Efraim superou a tribo de Manassés? – Bíblia Pastoral

49,1-33: Estas previsões atribuídas a Jacó refletem evidentemente um período posterior, quando o povo de Israel já estava organizado em tribos dentro da terra de Canaã. Portanto, espelham uma situação depois do êxodo. De um lado, mostram as dificuldades que as tribos tiveram de enfrentar, quando instaladas em Canaã. Por exemplo: Issacar teve de lutar dentro do sistema de trabalhos forçados das cidades-estado cananéias. Dã precisou enfrentar exércitos montados. Gad deparou com uma estratégia guerrilheira. Efraim e Manassés (José) lutaram contra exércitos de elite que usavam arcos. De outro lado, o texto mostra a sorte de cada tribo, buscando explicações passadas, nem sempre muito claras: Rúben e Simeão desapareceram como tribo; Levi não possui nenhum território para si; Judá, aos poucos, foi ganhando importância, até que se tornou, com Davi, a tribo principal na época do reino unido; Zabulon foi trabalhar na marinha. Outras informações do texto são obscuras. – Bíblia pastoral.

50,1-26: O último capítulo retoma o ambiente familiar que predominou na história de José, mas sem o mesmo tom dramático. Depois de narrar o funeral de Jacó, retoma o tema teológico que conduziu toda a história de José (cf. nota em 45,1-28): Deus age dentro dos acontecimentos, e só aqueles que enxergam isso poderão transformar a relação escravo-patrão em relações de fraternidade. Dentro desse discernimento e clima, Deus formará um povo numeroso (v. 20) que, escravizado, será por fim libertado para organizar uma sociedade onde haja liberdade e vida. – Bíblia Pastoral.

CONCLUSÃO OS ÚLTIMOS DIAS DE JOSÉ – Gn 50,22-26

A vida de José foi tão plena de recompensas que até seu pedido em relação a seus ossos foi atendido – "E José fez que os filhos de Israel jurassem: “Quando Deus vos visitar, disse ele, levareis daqui os meus ossos". (Gn 50,25). E é justamente este o destaque que o autor aos Hebreus faz da história de José - "Foi pela fé que José, quando estava para morrer, fez menção da partida dos filhos de Israel e dispôs a respeito dos seus despojos". (Hb 11,22).

José tinha fé que um dia seus descendentes partiriam do Egito para a terra prometida. Com o passar do tempo os seus ossos foram levados do Egito, quando os israelitas deixaram aquela terra sob a direção de Moisés - "Moisés levou consigo os ossos de José, porque este fizera os filhos de Israel jurarem: “Quando Deus vos visitar, levareis daqui os meus ossos convosco”". (Ex 13,19).


E foi enterrado em Siquém, depois do estabelecimento em Canaã - "Sepultaram também em Siquém os ossos de José que os israelitas tinham trazido do Egito; depuseram-nos na porção da terra que Jacó havia comprado aos filhos de Hemor, pai de Siquém, por cem peças de prata, e que se tornou propriedade dos filhos de José". (Js 24,32); "Comprou por cem moedas de prata aos filhos de Hemor, pai de Siquém, o pedaço de terra onde havia levantado sua tenda". (Gn 33,19).


FAMÍLIA X BÍBLIA - LIÇÃO 03 – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO




“Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,” (Ef 5,25)

“22. As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23. pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26. para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 31. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). 33. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido”. (Ef 5,22-28.31.33).

                                                                                                         I.        INTRODUÇÃO
Por ser uma instituição criada por Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso, precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as escrituras ensinam: “Vós todos considerai o matrimônio com respeito e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros.” (Hb 13,4). Tal verdade a respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.

                                                                  II.        A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1.    Um plano global.
Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou logo no principio que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2,24). É exatamente o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as pessoas, cristã ou não: que a humanidade cresça e, através da união legitima entre um homem e uma mulher, multiplique-se.

2.    Os indicadores da vontade de Deus.
Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los pra que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:

a)    A paz de Deus no coração.
Um dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções – “Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo” (Cl 3,15).

b)    O comportamento pessoal.
Se alguém não honra os pais, como honrará seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme doentio à ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina. Tal relacionamento não dará certo.

c)    Naturalidade.
Procurar “casas de profetas” para saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o relacionamento é da vontade de Deus, um sente amor pelo outro, sente falta do outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente. Alem disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que deus está de acordo com esta união.

d)    Os princípios de santidade.
Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da orientação divina. Portanto, se o namoro ou noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso – “18. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,18-20). O sexo antes e fora do casamento é pecado – “Não cometerás adultério.” (Ex 20,14); “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza;” (1Ts 4,3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.
                                                                      III.        O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1.    O dever primordial do casal.
O marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao contrario, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina. A Bíblia recomenda solenemente: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” (Ef 5,25). O amor á esposa, ordenado pelas escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como Cristo amou a Igreja”. Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo. Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por sua Igreja. É um amor sublime e sem igual.

2.    O amor gera união plena.
A união é o resultado do amor sincero. Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois constituirão uma só carne (Gn 2,24)” (Ef 5,31). Por isso, o apostolo Paulo ensina: “O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.” (1Cor 7,3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento, marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.

                                                                                       IV.        A FIDELIDADE CONJUGAL

1.    Fator indispensável à estabilidade no casamento.
Alem de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do matrimonio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a mulher – “15. Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! 16. Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gn 2,24). 17. Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. 18. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6,15-20).

2.    Cuidado com os falsos padrões.
O amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher os requisitos da Palavra de Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal – “13. Eis ainda outra maldade que cometeis: inundais de lágrimas, prantos e gemidos o altar do Senhor, porque o Senhor não dá atenção alguma a vossas ofertas e não se compraz no que lhe apresentais com vossas mãos. 14. E dizeis: Mas por quê?! É porque o Senhor foi testemunha entre ti e a esposa de tua juventude. Foste-lhe infiel, sendo ela a tua companheira e a esposa de tua aliança. 15. Porventura não fez ele um só ser com carne e sopro de vida? E para que pende este ser único, senão para uma posteridade concedida por Deus? Tende, pois, cuidado de vós mesmos, e que ninguém seja infiel à esposa de sua juventude. 16. Quando alguém, por aversão, repudia (a mulher) - diz o Senhor, Deus de Israel -, cobre de injustiça as suas vestes - diz o Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!” (Ml 2,13-16). Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos cônjuges. Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.

                                                                                                       V.        CONCLUSÃO.
Nosso desejo é que as igrejas promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus. Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira, demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas “configurações familiares” defendidas e apoiadas  pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia a sociedade será enferma.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

LITURGIA DA PALAVRA - DOMINGO - 19/05/2013




Oração do dia

Ó Deus, que, pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo e realizai agora, no coração dos fiéis, as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Atos 2,1-11)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
2 1 Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. 
2 De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 
3 Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 
4 Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 
5 Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. 
6 Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. 
7 Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: "Não são, porventura, galileus todos estes que falam? 
8 Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? 
9 Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, 
10 a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, 
11 judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!"
Palavra do Senhor.


Salmo responsorial 104

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!

Se tirais o seu respiro, elas perecem
e voltam para o pó de onde vieram.
Enviais o vosso espírito e renascem
e da terra toda a face renovais.

Que a glória do Senhor perdure sempre,
e alegre-se o Senhor em suas obras!
Hoje, seja-lhe agradável o meu canto,
pois o Senhor é a minha grande alegria!

Leitura (1 Coríntios 12,3-7.12-13)

Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
12 3 Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão sob a ação do Espírito Santo. 
4 Há diversidade de dons, mas um só Espírito. 
5 Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. 
6 Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. 
7 A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. 
12 Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. 
13 Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito.
Palavra do Senhor.

Evangelho (João 20,19-23)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador!

João 20,19-23
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco!" 
20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. 
21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós". 
22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo. 
23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

RECEBEI O ESPÍRITO SANTO

O dom do Espírito Santo foi um elemento fundamental na experiência missionária dos primeiros cristãos. Com a ascensão do Senhor, eles se viram às voltas com uma tarefa descomunal: levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo. A missão exigiria deles inculturar a mensagem, fazendo o Evangelho ser entendido por pessoas das mais variadas culturas. Deveriam ser capazes de enfrentar dificuldades, perseguições e, até mesmo a morte, por causa do nome de Jesus. Muitos problemas proviriam dos judeus, pois a ruptura com eles seria inevitável, dada a intransigência da liderança judaica para com a comunidade cristã que tomaria um rumo considerado inaceitável. Sem dúvida, não faltariam problemas dentro da própria comunidade, causados por partidarismos, falsas doutrinas e atitudes incompatíveis com a opção pelo Reino. 
Os discípulos eram demasiado fracos para, por si mesmos, levar a cabo uma empresa tão grande. Jesus, porém, concedeu-lhes o auxílio necessário ao comunicar-lhes o Espírito Santo. Fortalecidos pelo Espírito, eles não se intimidaram, antes, cumpriram, com denodo, o ministério da evangelização. 
O dom de Pentecostes renova-se, cada dia, na vida da Igreja. O Espírito, ontem como hoje, não permite que os cristãos cruzem os braços diante do mundo a ser evangelizado.

Oração
Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de evangelizador.