domingo, 30 de setembro de 2012

ANDANDO NO ESPÍRITO


Como fazer para não deixar de andar no Espírito - “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde”... Mt.11,29-30

VIDA NO ESPÍRITO É ALGO QUE SE RENOVA A CADA MANHÃ. INFELIZMENTE, HOJE EXISTEM PESSOAS SOBRECARREGADAS E ATÉ MESMO DENTRO DA IGREJA. SOBRECARREGADAS POR: CIRCUNSTÂNCIAS, PROBLEMAS E ETC... DEUS QUER NOS LIBERAR DE TODA CARGA ATRAVÉS DESTA VIDA NO ESPÍRITO. (Gl.5,25-26)

COMO FAZER PARA NÃO DEIXAR DE ANDAR NO ESPÍRITO?

1) SENDO FERVOROSO NO ESPÍRITO – Rm 12:11 – SERVINDO AO SENHOR.
Ser fervoroso no Espírito é ser apaixonado pelo Senhor e o seu propósito.
• Infelizmente, hoje a Igreja tem perdido esta paixão.

2)  COMO A IGREJA TEM PERDIDO ESTA PAIXÃO?

A) Quando nós deixamos as coisas preciosas se tornarem coisas comuns.
·         Hoje em dia o diabo tem tirado o valor de tudo o que tem valor para Deus – Jo.10,10
·         O povo de Deus sempre foi conhecido pela sua alegria em toda história.
·         A igreja perdeu o fervor na humanização

B) Quando começamos a depender das coisas externas, de fora, e não do fluir verdadeiro de Deus – Jo.4,23-24
·         Para os filhos de Deus a base  de tudo tem que vir de DEUS, Ele é a única fonte dentro de nós
·         Somos o seu templo, e temos que viver como tal
·         A cada manhã temos que acordar cheios do Espírito

3) VIVEMOS EM UM MUNDO APÁTICO  Rm 12,1-2
·         A apatia vem sobre nós quando nós nos conformamos com a situação.
·         Temos que tomar muito cuidado com os nossos filhos

4) A IGREJA TEM PERDIDO A VISÃO DO PROPÓSITO DE DEUS, ELA PERDEU O ALVO.
·         Uma Igreja que vê o propósito de Deus com clareza é uma Igreja fervorosa – (Num.13 - 14)
·         Os que perdem o alvo morrem no deserto.
·         O alvo de Deus deve estar estampado em nós.
·         Hoje em dia a Igreja tem se voltado mais para a estrutura do que para as vidas.

5) PORQUE O FERVOR É TÃO IMPORTANTE?

Líderes, pastores, músicos, cada serviço deve ser  realizado com paixão a  Deus. Amor e paixão pelos irmãos – (Jo.13,34-35)
·         Não podemos fazer a obra de Deus sem paixão!
·         Deve ser uma  prioridade na minha vida o que eu amo. Temos que observar na vida dos discípulos o que é prioridade.
·         O que queima por dentro deve fazer diferença por fora
·         O que queima por dentro você sente o cheiro por fora, e o cheiro deve ser o cheiro de Cristo.
·         Eu sei o quanto custou o preço da minha vida para Jesus.
·         Eu não devo ficar preocupado em ser o melhor, mas em dar o melhor para Deus, o melhor para o Senhor da minha vida.
·         Ser apaixonado por tudo aquilo que Deus ama.

COMO RESTAURAR A PAIXÃO PELO MOVER?

1) OLHANDO PARA JESUS – É IMPOSSÍVEL ALGUÉM OLHAR  PARA JESUS E NÃO FICAR APAIXONADO POR ELE . – Ef 5,14/ Hb 12,2/ 2Cor 3,18
·         Nós contemplamos o Senhor Jesus, contemplando o verbo = a palavra.
·         Contemplar Jesus é contemplar a palavra de Deus.
·         Podemos contemplar Jesus olhando para os nosso irmãos – Mt 18,20

2) PODEMOS RESTAURAR A PAIXÃO RETORNANDO AO PRIMEIRO AMOR.
·         Deve ser uma prioridade – Ap. 2,4
·         Voltar ao primeiro amor fala de valores que se perderam
·         Temos que resgatar os valores perdidos
·         Primeiro amor é comunhão com Deus

3) DEIXE O ESPÍRITO SANTO ATIVAR OS SEUS DONS.
·         Muitos não aprendem a desenvolver os seus dons – Ef 4,8
·         Muitos enterraram os seus dons
·         Temos que ajudar cada discípulo a desenvolver os dons
·         Cada um tem um dom pelo menos – 1Pd 4,10
·         A partir do natural Deus dá o sobrenatural

4)  FAÇA TUDO, AINDA QUE SEJA POUCO, FAÇA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS
·         Identifique os dons
·         Santifique
·         Deus unge tudo isso
·         Submeta os seus dons ao corpo
·         Submeta os seus dons aos líderes
·         Submeta os seus dons a palavra de Deus

- Não agrada a Deus o enterrar os talentos – Mt 25,14-30
- A Igreja deve ser um lugar onde os dons precisam ser despertados

5) VIVA E ANDE PERTO DE GENTE APAIXONADA POR DEUS.
·         Jovens, olhem para pessoas apaixonadas por Deus
·         No trabalho, seja sócio de pessoas apaixonadas por Deus

6) NUNCA SE ESQUEÇA DE TUDO O QUE DEUS FEZ POR VOCÊ  

Porque ele é primordial na vida da Igreja, é uma prioridade.   
·         Um exemplo negativo – o povo de Israel – Nm 12 e 14
·         Sl 103 – Seja sempre grato ao Senhor por tudo, e nunca se esqueça do que Ele  já fez por você.

Marco Antonio Lana

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

DOUTRINA DA IGREJA - LIÇAO 04 – AS FIGURAS BIBLICAS DA IGREJA – 1



“... para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” – Jo 17,21

        I.    INTRODUÇAO.

É interessante estudar as varias figuras que descreve a Igreja de Cristo no Novo Testamento. “A Bíblia refere-se aos primeiros cristãos como família e templo de Deus, como rebanho e noiva de Cristo, como sal, como fermento, como pescadores, como um baluarte sustentador da verdade de Deus, e de muitas outras maneias”. (O Mundo do Novo Testamento).

Estudaremos nesta lição duas metáforas usadas para descrever a Igreja – a Igreja como Corpo de Cristo e a Igreja como noiva de Cristo.

      II.    A IGREJA COMO O CORPO DE CRISTO.

A metáfora mais comum no Novo Testamento para descrever a Igreja é o “corpo” é Paulo, nas cartas paulinas às igrejas de Roma, Corinto, Éfeso e Colossos, usa esta terminologia. Diferente das demais figuras para descrever a Igreja, esta, a do “corpo”, não tem base no Antigo Testamento.

1.    A unidade do Corpo de Cristo.

A Bíblia declara em Efésios 1,22-23 – “... e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.” – que Cristo é a cabeça da Igreja e a Igreja é o seu corpo. Isso significa a união de Cristo com seu povo e a unidade, um com os outros – “Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.” (1Cor 12,27).

“A relação entre a Igreja e Cristo é de fato muito intima; trata-se de uma espécie de união orgânica, pelo qual nos unimos a Ele completamente, no ser e no agir – “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.” (Cl 3,4). O fato dEle ser a cabeça implica que toda a nossa vida e nutrição emanam dEle. Nós vivemos dEle, por Ele, através dElee para Ele – “todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também.” (1Cor 8,6) (Bruce Milene).

1Cor 12,12-13 – “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” – mostra que “o corpo é um”, porque o Espírito é um e é Ele quem faz a união, que batiza num só corpo. O apóstolo Paulo estava preocupado com as divisões e partidos na Igreja em Corinto, com ciúmes e contendas e alguns irmãos dizendo: “... Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo.” (1Cor 1,12). Por isso ele escreveu: “e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer.” (1Cor 1,10b). Não pode haver divisão no corpo de Cristo.

Paulo também faz uma pergunta absurda aos cristãos em Corinto – “... será que Cristo está dividido?” (1Cor 1,13ª). Tem que haver união na Igreja! É imprescindível que todos os cristãos “... procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz.” (Ef 4,3).


2.    A diversidade dos membros.

O corpo humano está composto de muitos membros, cada um com uma função bem distinta e peculiar – “Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função.” (Rm 12,4). Na Igreja, também, “... há muitos membros, mas um só corpo.”  (1Cor 12,20), e todos possuem “...diferentes dons segundo a graça que nos foi dada,...” (Rm 12,6). Precisamos usar os dons que Deus nos tem dado para o bem do corpo de Cristo, a Igreja!

Deus, o criador do ser humano, formou o corpo como Ele quis, colocando cada membro onde achou melhor (“... colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.” 1Cor 12,18). Nenhum Membro é inferior ao outro – cada membro é importante para o bom para o funcionamento do corpo. É a mesma coisa com o “Corpo de Cristo”. Deus tem distribuído dons aos cristãos, não conforme nosso desejo, mas conforme sua vontade para o bem da Igreja, “...tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” (Ef 4,12).

No corpo humano cada membro precisa dos outros membros para que funcionem bem. Um não pode dizer a outro “Não tenho necessidade de ti” (1Cor 12,21).

É mesma coisa na Igreja. Todos os membros são necessários e devem contribuir para o crescimento do corpo. Deve haver uma interdependência entre eles, embora haja dons diferentes, “Deus assim formou o corpo... para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros.” (1Cor 12,24-25).

Os dons não são dados  aos cristão para seu proveito próprio, particular, e ninguém consegue crescer e chegar à maturidade isoladamente” (Bíblia de Estudo de Genebra). Quando “toda junta” e “cada parte” do corpo estão funcionando e cooperando bem, o corpo de Cristo vai ser edificado em amor (“o qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.” – (Ef 4,16)).

Na sua igreja, todos os membros estão usando teus dons dados por Deus, para o seu crescimento? Veja a ordem de Pedro – “... servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” – 1Pd 4,10.

    III.    A IGREJA COMO NOIVA DE CRISTO.

A palavra usada no Antigo Testamento para “noiva” significa “a mulher perfeita e completa”, uma mulher que chega à plena perfeição de maturidade e beleza no dia do seu casamento. Esta metáfora ou figura é bem conhecida no AT quando Deus fala de Israel como sua noiva (“Pois como o mancebo se casa com a donzela, assim teus filhos se casarão contigo; e, como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus” Is 62,5). Ezequiel descreve, numa linguagem muito vivida, Jerusalém como uma esposa infiel (“Então, passando eu por ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a minha aba, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei num pacto contigo, diz o Senhor Deus, e tu ficaste sendo minha.”) em contraste com a fidelidade de Deus.

No Novo Testamento João Batista declara que Jesus é o “noivo” e ele apenas o amigo do noivo (“Aquele que tem a noiva é o noivo; mas o amigo do noivo, que está presente e o ouve, regozija-se muito com a voz do noivo. Assim, pois, este meu gozo está completo. Jo 3,19). No livro do Apocalipse a Igreja é descrita como “a noiva, esposa do Cordeiro” (“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou.” Ap 19,7; “E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.” Ap 21,2).
1.    A pureza moral da noiva.

Paulo, escrevendo para a igreja de Corinto, uma igreja cheia de imoralidade e impureza, afirma “... Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura. 2Cor 11,2.

Em Ef 5,23-29, Paulo, usando a analogia de casamento, descreve a relação entre Cristo e sua noiva, a Igreja. A Bíblia sugere que o propósito da morte de Cristo com respeito a sua noiva è:

  1. Santificação – separação completa para Ele.
  2. Purificação – lavagem do pecado no seu sangue.
  3. Apresentação a Si mesmo na sua vida – (cf Mt 22,1-14). O desejo de Cristo é que sua noiva seja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porem santa e sem defeito – (Ef 5,27)”.

Paulo declara que “a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus (1Ts 4,3-5)”. Parece que hoje dia há pouquíssima diferença entre o comportamento de muitos crentes e dos incrédulos. Há jovens que praticam sexo antes do casamento, há cristãos que tem relações extraconjugais, cristãos que moram juntos sem se casar, exatamente como as pessoas que não conhecem a Cristo tem que ser “santa e sem defeito”.

Como “noiva” de Cristo, é preciso que os cristãos “vivam de maneira digna da vocação que receberam (Ef 4,1)e a Bíblia explica de maneira bem prática como devemos viver (Ef 4,25-5,4; Cl 3,5-17).

O desejo do Noivo é que sua noiva seja “sal da terra” e “luz do mundo”, vivendo de acordo com os princípios do Sermão da Montanha.

2.    A pureza doutrinaria da noiva.

A igreja, noiva de Cristo, tem que zelar pela sua pureza doutrinaria. Em 2Cor 11,3 – “Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo.”, Paulo expressa sua preocupação a respeito disso e, escrevendo ao jovem discípulo Timóteo, ele alerta que o “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, (1Tm 4,1-2)”. Parece que hoje estamos vivendo dias assim – tantas heresias são preparadas e aceitas pelas igrejas; tantos “tele-evangelistas” pregando suas próprias “teologias” em vez de proclamar a Palavra de Deus; a ênfase na Teologia da Prosperidade, etc. Parece que chegamos aos dias dos quais Paulo falou a Timóteo na ultima carta antes de seu martírio: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade. (2Tm 4,3-4ª)”.

Satanás, o pai das mentiras, está muito ativo, semeando muitas mentiras através de falsos profetas no seio da igreja.

Como “noiva de Cristo”, a Igreja tem que “crescer na graça e no conhecimento do Senhor (2Pd 3,18)”. Precisamos ler a Bíblia diariamente, estudá-la bem para que “não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro. (Ef 4,14)”. .

     IV.    CONCLUSAO.

Estas duas figuras da Igreja trazem grandes desafios. Primeiramente, a viver, como “corpo de Cristo”, de modo digno do Senhor que é a cabeça do corpo, submisso a Ele e em união uns com os ouros. Sempre devemos lembrar que todos os membros são importantes, não existe “membro” ou “dom” inferior ou superior e os dons foram dados por Deus, conforme Ele achou melhor para o crescimento da igreja. Então ninguém pode se vangloriar do seu dom de um irmão, mas deve haver uma interdependência entre todos na igreja.

Como “noiva de Cristo” somos desafiados a viver uma vida de pureza interior e exterior, produzindo o fruto do Espírito. Também devemos estudar a Palavra de Deus diariamente para que conheçamos bem as doutrinas bíblicas e zelar para que a nossa igreja pregue somente a sã doutrina.

O desejo duma noiva é que chegue logo o dia do casamento. Ela se prepara bem para aquele dia, a fim de que esteja bem bonita e sem defeito. O nosso desejo deve ser que o Noivo venha logo, mas, enquanto esperamos, temos que nos preparar para participar das “Bodas do Cordeiro”.

Marco Antonio Lana

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DOUTRINA DA IGREJA - LIÇÃO 03 – A NATUREZA DA IGREJA

 

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado.” 1Pd 2,9-10.

            I.      INTRODUÇÃO.

Em 1Pedro 2,9-10 o apóstolo vê a Igreja como grupo, como comunidade, dando uma descrição da “identidade corporativa” dos cristãos. Ele vê a Igreja como um corpo. As palavras usadas para descrever essa identidade foram usadas no AT para o povo de Israel (“Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra; e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex 19,5-6). Pedro mostra que a nação escolhida não mais será limitada aos descendentes físicos de Abraão. Judeus e gentios compartilham, por igual, da mesma família da fé, quando crêem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Esta lição nos ensina a cerca da natureza e privilegio da Igreja.

         II.      O QUE É IGREJA – 1Pd 2,9-10.

Vós, porém...” Nos versículos 1 a 8 Pedro estabelece um contraste entre aqueles que obedecem a Palavra e os que não a obedecem; entre os que aceitam e os que rejeitam a Cristo (1Pd 1,22; 2,8). Daí o motivo de ele começar o versículo 9 com uma conjunção adversativa – “porem”.

Cada descrição feita pelo autor revela uma face da natureza da igreja, respondendo a pergunta: O QUE É A IGREJA.

1.      Raça eleita (1Pd 2,9ª).

No grego é genos eklekton – “Povo escolhido”. A humanidade está dividida em varias raças, e muitas sentem orgulho pelos seus ancestrais e os feitos no presente. A Igreja deve sua existência ao fato de Deus a ter escolhido. Isso nos remete a Deuteronômio 7,7-8 – “O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo; mas, porque o Senhor vos amou, e porque quis guardar o juramento que fizera a vossos pais, foi que vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” – Todos os méritos da existência da Igreja devem ser dados ao Senhor que a elegeu.
2.      Sacerdócio real (1Pd 9b).

O sacerdote era alguém que ocupava uma posição honrosa e de responsabilidade, e que estava revestido de autoridade sobre outros. O sacerdote era representante do homem perante Deus. Tinha o especial privilégio e responsabilidade de aproximar-se de Deus, e de falar e agir em favor do povo.

Aqui ainda é acrescentado algo novo a este sacerdócio: é um sacerdócio real. É real porque serve ao Rei, e assim participa da sua natureza real. É real porque é serviço em prol do Reino de Deus. No livro do Apocalipse, os cristãos são apresentados como participantes da realeza de Cristo (Ap 1,6; 5,10; 20,4.6; 22,5; cf. 2Tm 2,12).

“Esses filhos do Rei não devem viver ocasionalmente nem exultar com a glória da sua honra. Antes, são vocacionados para o ministério pontificial (do latim, ponte “mediador”). A missão sacerdotal de Israel na velha aliança que Deus constituiu como nação foi a de servir de ponte entre o Todo-Poderoso e as nações do mundo – (“... e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa...” Ex 19,6). Hoje, todo os que participam do sacerdócio em virtude de sua adoção na família real de Deus devem servir mediante a intercessão (a ponte da oração), mediante a evangelização (a ponte da comunicação), mediante o serviço (a ponte da realização) e mediante a demonstração do amor de Deus na pratica” (Russell Shedd – Nos Passos de Jesus, Edições Vida Nova, pg 45-46.

3.      Nação santa (1Pd 2,9c).

A palavra nação refere-se a um grupo de pessoas, isto é, um conjunto de pessoas que pertencem a uma comunidade humana por falarem a mesma língua e compartilharem uma cultura e uma história comum. Aos Efésios, o apóstolo declarou que a Igreja tem “um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” – Ef 4,5-6. Sendo assim, a Igreja compartilha de muitas coisas em comum e, por isso, pode ser chamada de nação.

Essa nação é “santa” porque o Deus que a escolheu é Santo. A idéia bíblica de santidade de Deus é dupla. Primeiro, Ele é absolutamente distinto de todas as Suas criaturas e exaltado sobre elas em infinita majestade (“Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma na presença de Deus; porque Deus está no céu, e tu estás sobre a terra; portanto sejam poucas as tuas palavras.” Ecl 5,2); segundo, Ele não tem comunhão com o pecado (Jó 34,10; Hc 1,13; 1Jo 1,5).

Desde a muito o Senhor vem dizendo ao Seu povo que Sua vontade é que ele seja santo – separado (Lv 19,1-2; 2Cor 6,17-7,1; 1Ts 4,3; 1Pd 1,13-16).

4.      O povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pd 2,9d).

Quando é que algo nos pertence? Quando ganhamos, herdamos ou compramos este “algo”. Certo? Seguindo essa idéia, a Igreja é propriedade do Senhor  porque Ele a comprou; não com ouro ou prata, mas com seu precioso sangue (1Pd 1,18-19; 1Cor 6,19-20; 7,23; Gl 3,13; 4,5; Cl 1,13-14; Ap 5,9). “... aqueles que foram comprados da terra. - Ap 14,3, de maneira que eles se tornam propriedade de Deus, livres da escravidão do pecado e da morte, do mal e do sofrimento que importunou a sua existência terrena. O preço da compra é o sangue de Cristo” (George Ladd, Apocalipse, Introdução e Comentário, p.70).

O Senhor Jesus Cristo disse: “Pois também eu te digo que tu és Pedro (pedra), e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” – Mt 16,18). Portanto não pertencemos a nós mesmos.

5.      Povo de Deus pela misericórdia de Deus (1Pd 2,10)

Russell Shedd escreveu: “Nenhum pecador perdoado pode absolutamente imaginar que alguma virtude em si mesmo ou boas ações de sua parte poderiam explicar por que Deus o levantou do poço da iniqüidade para ser lavado e vestido como príncipe. De fato, a iniciativa de nossa salvação pertence inteiramente a Deus”. “No principio Deus...” – Gn 1,1; “Mas Deus...” – Ef 2,4. Toda a obra de salvação é sempre uma iniciativa de Deus.

“...Misericórdia” – “Receber” misericórdia é tradução melhor d que “alcançar” misericórdia. Os poetas de Israel não se cansavam de repetir que a misericórdia do Senhor dura para sempre (cf. Sl 136). O profeta Jeremias declarou que as misericórdias são a “causa de não sermos consumidos” – Lm 3,22-23. De Fato, é a misericórdia divina que confere aos homens amplas participação na salvação. Calvino escreveu: “Não há qualquer outra razão pela qual o Senhor conta o seu povo, exceto que Ele, tendo tido misericórdia d nós, nos adotou por sua graça”.

     III.      A MISSAO DA IGREJA – 1Pd 2,9b.

Outras lições deste estudo vão tratar especificamente sobre este assunto. Todavia, quero apenas confirmar a famosa expressão: “Todo grande privilegio é seguido por uma enorme responsabilidade”. Ou nas palavras de Jesus: “... há quem muito se deu, muito se exigirá” – Lc 12,48. Então, na visão de Pedro, qual é a principal tarefa da Igreja?

“... a fim de proclamardes as virtudes...” – Proclamar é propagar, anunciar. A palavra tem a força adicional de declarar coisas desconhecidas (Chave Lingüística, p.557). Virtudes, no grego, é arete, que significa “excelência moral”, “os feitos maravilhosos de Deus”. “Seus atos poderosos”.

“...maravilhosa luz” – a palavra significa admirável, notável, aquilo que causa admiração e respeito, devido à sua grandiosidade, poder ou raridade , Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” – Jo,812. E Ele mesmo disse a seus discípulos: “vós sois a luz do mundo”  - Mt 5,14. Portanto, não podemos ser negligentes, preguiçosos ou relutantes em proclamar atributos tão louváveis. O Apóstolo Paulo não se envergonhou de anunciar o evangelho em Roma porque afirmou que ele é o poder, a salvação e a justiça de Deus para todo aquele crê (“Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé (Hab 2,4).” -  Rm 1,16-17).

       IV.      CONCLUSÃO.

A Igreja do Senhor Jesus Cristo precisa conhecer melhor a sua verdadeira identidade. Uma das coisas belíssimas que nos acontecem por pertencermos a Igreja é o reconhecimento de que somos escolhidos. Você não é deixado de fora, está dentro. O Senhor escolheu você também. Quando o anjo contou a Jose que o Espírito Santo era o responsável  pela gravidez de Maria, ele ordenou que fosse dado a criança o nome de Jesus  - versão grega de Josué no AT que significa “O SENHOR  é Salvador”. Esse nome tinha um significado especial, explicou o anjo porque Jesus “salvará seu povo dos pecados deles” Mt 1,21.

Marco Antonio L

sábado, 15 de setembro de 2012

O EVANGELHO




O Evangelho é um só.

Quando falamos em quatro Evangelhos, estamos nos referindo às quatro redações do mesmo Evangelho, feita por quatro Evangelistas diferentes e datas diversas.

É neste sentido que podemos dizer Evangelho de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João.

Os três primeiros são mais semelhantes entre si. Narram quase sempre os mesmos fatos.

Por isso, são chamados SINÓTICOS.

Os Evangelistas não pretendem escrever uma biografia de Jesus. Seu objetivo principal é provar que em Jesus, cumpriram-se todas as profecias a respeito do Messias. Por isso, a preocupação dos Evangelistas é mostrar a divindade de Jesus e a Sua missão divina. O conteúdo principal da pregação de Jesus é o “Reino de Deus”.



EVANGELHO - Boa Nova ou Boa Notícia.




Mateus: é representado pela figura de um Homem, porque começou a escrever seu Evangelho dando a genealogia de Jesus. Mateus é um nome hebraico que significa “dom de Deus”. Mateus era cobrador de impostos em Cafarnaum, por isso se intitulava “Mateus o publicano”. Era também chamado Levi. Foi convidado pessoalmente por Jesus para ser discípulo. O Evangelho de Mateus é dirigido aos judeus convertidos e quer mostrar que Jesus de Nazaré é o herdeiro das promessas feitas por Deus a Davi. Portanto, Jesus é o Messias anunciado pelos profetas.




Marcos: é representado pela figura de um Leão, porque começou a narração de seu Evangelho no deserto, onde mora a fera Era também chamado de João Marcos. Marcos era primo de Barnabé e discípulo de Pedro. Redigiu o Evangelho a partir das pregações de Pedro. Põe em evidência os milagres de Jesus, pois pretende mostrar a bondade do Senhor e a sua divindade. Seu Evangelho se dirige aos cristãos vindos do paganismo (gregos e romanos).


Lucas: é representado pelo Touro, porque começa o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois. Lucas nasceu em Antioquia da Síria, de família pagã. Converteu-se por volta do ano 40. Estudou Medicina. Não foi discípulo de Jesus, mas de Paulo. Lucas escreveu o Evangelho como historiador. Talvez pelo ano 67 d.C. Dirige seu Evangelho aos cristãos de origem pagã (gregos e romanos). O objetivo de seus escritos é o fortalecimento na fé. É o evangelista que mais fala do nascimento e da infância de Jesus. Dá destaque especial a misericórdia de Deus


João: é representado pela Águia, por causa do elevado estilo de seu Evangelho, que fala da Divindade e do Mistério Altíssimo do Filho de Deus. É filho de Zebedeu e Salomé. Era pescador do Mar da Galiléia, por onde Jesus passou e o chamou para ser Apóstolo, juntamente com Tiago, seu irmão. João era chamado o “discípulo amado”. Começou a seguir Jesus quando tinha 19 anos e foi testemunha de toda a missão do Senhor.Fala da “vida eterna” como realidade já presente na terra, na Pessoa de Jesus. João escreve aos cristãos.


Marco Antonio Lana

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

LITURGIA DA PALAVRA

 
 
 
Leitura (Isaías 50,5-9)
Leitura do livro do profeta Isaías.

50 5 O Senhor Deus abriu-me o ouvido e eu não relutei, não me esquivei. 6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros. 7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado. 8 Aquele que me fará justiça aí está. Quem ousará atacar-me? Vamos medir-nos! Quem será meu adversário? Que se apresente! 9 O Senhor Deus vem em meu auxílio: quem ousaria condenar-me? Cairão em frangalhos como um manto velho; a traça os roerá.

Palavra do Senhor.

Sl 115

1 Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.
2 Por que perguntariam as nações: Onde está o seu Deus?
3 Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz.
4 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem.
5 Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;
6 têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram;
7 têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.
8 Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam.
9 Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.
10 Casa de Arão, confia no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.
11 Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.
12 O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão;
13 abençoará os que temem ao Senhor, tanto pequenos como grandes.
14 Aumente-vos o Senhor cada vez mais, a vós e a vossos filhos.
15 Sede vós benditos do Senhor, que fez os céus e a terra.
16 Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.
17 Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;
18 nós, porém, bendiremos ao Senhor, desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor.

Leitura (Tiago 2,14-18)
Leitura da carta de são Tiago.

2 14 De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?  15 Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,  16 e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?  17 Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.  18 Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.

Palavra do Senhor.
Evangelho (Marcos 8,27-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu de nada me glorio, a não ser da cruz de Cristo; vejo o mundo em cruz pregado e para o mundo em cruz me avisto (Gl 6,14).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Naquele tempo, 8 27 Jesus saiu com os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe, e pelo caminho perguntou-lhes: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28 Responderam-lhe os discípulos: “João Batista; outros, Elias; outros, um dos profetas”. 29 Então perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu Pedro: “Tu és o Cristo”. 30 E ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem nada a respeito dele. 31 E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto, mas ressuscitasse depois de três dias. 32 E falava-lhes abertamente dessas coisas. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo. 33 Mas, voltando-se ele, olhou para os seus discípulos e repreendeu a Pedro: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens”. 34 Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35 Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á”.

Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
TU ÉS O MESSIAS

A pessoa de Jesus não se enquadrava nas categorias da época e era interpretada de formas as mais variadas. Seu modo de ser austero e a maneira incisiva de sua pregação levavam alguns a confundi-lo com João Batista ou com Elias. Pensava-se que Jesus tivesse como que feito reviver em si estas figuras. A postura de Jesus era também identificada com as dos profetas do passado, cujas vidas pareciam servir-lhe de inspiração.
Jesus quis saber a opinião dos discípulos a seu respeito, por não estar bem seguro de como o consideravam. A resposta foi dada por Pedro, em nome do grupo, de maneira correta, e convenceu a Jesus. Ele, de fato, era o Messias.
Entretanto, o Mestre sentiu-se na obrigação de oferecer aos discípulos pistas para a correta compreensão de sua condição messiânica. Seu messianismo leva-lo-ia a confrontar-se com a rejeição das autoridades e com a morte violenta. Ele, no entanto, estava também destinado à ressurreição.
As expectativas em voga giravam em torno de um futuro Messias revestido de glória e poder. Os discípulos, pois, tiveram de fazer um esforço gigantesco para introduzir o sofrimento no messianismo do Mestre. Jamais se esperava um Messias sofredor, como Jesus se proclamava ser. Os discípulos viram-se, portanto, na obrigação de refazer seus esquemas.

Oração 
Senhor Jesus, faze-me compreender que escolheste o caminho da cruz e do sofrimento, para realizar a missão recebida do Pai.