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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO - LIÇAO 17 – COMO FICAR CHEIO DO ESPIRITO.



Chegamos ao clímax sobre o Espírito Santo. É a plenitude do Espírito que faz diferença na vida do crente. O crente foi regenerado (capitulo 07), foi batizado no corpo de Cristo pelo Espírito (capitulo 08), foi habitado pelo Espírito, foi selado pelo Espírito e o Espírito é o penhor da sua redenção, mas, sem a plenitude do Espírito, o crente fica fraco, carnal e derrotado, e a vida cristã fica sem  gosto ou interesse. Ser cheio do Espírito é ser controlado e dominado pela presença e pelo poder do Espírito.

É bom frisar que o enchimento do Espírito é relacionado à experiência e à vida do crente. Em todos os outros ministérios do Espírito, Ele opera soberanamente – em tudo que faz Ele não espera pela cooperação do crente, nem pode o crente cooperar com Ele. Mas aqui, a plenitude  do Espírito depende do desejo do crente de querer ser cheio do Espírito.é a plenitude do Espírito que faz a diferença entre uma vida carnal e espiritual.

“Todos os cristãos devem ser cheios do Espírito. Qualquer coisa menos que isto é só parte do plano de Deus para nossa vida” (Billy Graham)

I.                  QUAIS AS BASES BÍBLICAS PARA A PLENITUDE DO ESPÍRITO?

1.      O batismo do Espírito X a plenitude do Espírito - Como notamos no capitulo 8, há um só batismo com o Espírito Santo, que acontece no momento da conversão da pessoa, mas o enchimento do Espírito é indispensável a todos os crentes para gozar uma vida abundante.

a.      Os coríntios foram batizados em Cristo e receberam o Espírito tornando-se Seu templo, mas eram crentes carnais – crianças em Cristo que ainda não podiam suportar alimento sólido (1Cor 12,13; 6,19; 3,1-3).
b.      Os Gálatas também foram batizados em Cristo. Eles se revestiram de Cristo  e Deus enviou aos seus corações o Espírito, mas apesar disso, eles estavam passando “para outro evangelho”, se “aperfeiçoando na carne” (Gl 3,27; 4,6; 1,6; 3,3).

Assim, apesar de serem batizados em Cristo e receberem o Espírito, Ele não podia cumprir completamente Sua obra na vida dos coríntios ou dos Gálatas. Faltou a plenitude do Espírito.

2.      Jesus promete esta plenitude do Espírito – Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10,10b). quantos crentes tem recebido a vida eterna pelo novo nascimento, mas são crentes doentes e fracos espiritualmente, porque não tem gozado a experiência da vida abundante! Jesus prometeu esta plenitude – “do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7,37-39; 4,14).
3.      Os primeiros discípulos eram cheios do Espírito – uma das grandes características dos crentes da Igreja Primitiva era serem cheios do Espírito Santo.

·        Pedro – “Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e vós, anciãos,” (At 4,8);
·        Igreja – “E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.” (At 4,31).
·        Diáconos – “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço.” (At 6,3)
·        Estevão – “O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia.” (At 6,5); “Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus,” (At 7,55).
·        Saulo/Paulo – “Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.” (At 9,17); “Todavia Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos nele.” (At 13,9).
·        Barnabé – “porque era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.” (At 11,24).

4.      Uma ordem de uma vida cheia do Espírito – “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.” (Ef 5,18) Deus sabe que não podemos servir a dois mestres. Quer que sejamos totalmente controlados pelo Seu Espírito – que somente o Espírito Santo reine em nossas vidas. Esta frase no grego está no imperativo, no tempo presente – como Phillips traduz: “seja constante o vosso enchimento do Espírito”. È bom frisar que a plenitude do Espírito não implica que nós temos mais do Espírito ao nosso dispor – mas, ao contrário, Ele possui mais de nós e tem controle completo de nós.

II.               O QUE FAZER PARA SER CHEIO DO ESPÍRITO?

Parece que, em síntese, as Escrituras mencionam quatro passos essenciais.

1.      Confessar a Deus todos os nossos pecados e deixar que o sangue Cristo nos purifique - “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1,9).
2.      Desejar e buscar a plenitude do Espírito – “Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” (Jo 7,38). Há muitos crentes  que não tem sede, estão satisfeitos com sua fé, piedade e boas obras. Confiam na sua profissão de fé ou batismo com água e esquecem que devem crescer “à medida da estatura da plenitude de Cristo;” (Ef 4,13) e “Segui a paz com todos, e a santificação.” (Hb 12,14). Não há esperança para aqueles que não sentem necessidades espirituais párea santificação, vitória sobre o pecado e poder no serviço. Diariamente tem de buscar a plenitude do Espírito.
3.      Entregar por completo a vida a Deus – Deus quer nos encher com seu poder mas somente aquilo que é vazio pode ser cheio – “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12,1-2)
4.      Crer que Deus tem nos enchido com Seu Espírito – Uma vez cumpridos os três primeiros itens, temos que nos apropriar da benção que Deus já tem dado. É possível perder a plenitude do Espírito e ganhar de novo quando cumprimos as condições. Sempre é possível (como vimos no capitulo n.º 10) entristecer o Espírito. Depois da ordem de Ef 5,18 – “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.” – Paulo avisa os crentes em Éfeso da necessidade de se preparar para a luta contra as forças espirituais do mal (Ef 6,10-18).
  
III.           QUAIS OS PROPÓSITOS PARA SERMOS CHEIOS DO ESPÍRITO?

1.      Poder para uma vida santa – (Rm 7,15-19).

No capitulo 09 aprendemos que todos nós, como Paulo, temos uma luta interior entre nossa velha natureza e a nova – “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.” (Rm 7,18-19). Somente com o poder do Espírito podemos viver uma vida que glorifique a Deus.

2.      Poder para o serviço – (At 1,8; 4,4.8.31; 6,3).

Jesus prometeu o poder do Espírito justamente para capacitar-nos a servi-lO – “recebereis poder .... sereis minhas testemunhas”. Pedro ficava tão cheio do Espírito que, quando pregou no Dia de pentecostes, 3.000 pessoas se convertam. Depois disso, a Igreja toda ficou cheia do Espírito, e, “com intrepidez anunciavam a palavra”  - “Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e vós, anciãos. E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.” (At 4,8-31).

IV.             QUAIS AS MARCAS DO CRENTE CHEIO DO ESPÍRITO? (Ef 5,15-21).

1.      Vê prudentemente como anda – (v. 15).

“Andar” é uma palavra usada várias vezes nesta carta. “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,”(Ef 4,1); “Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração.” (Ef 4,17-18). Antes de existir o bafômetro, quando um policial queria saber  a quantidade de álcool que uma pessoa havia ingerido, com giz marcava  uma linha reta no chão e a pessoa tinha que andar sobre ela. Como você esta andando? Na linha reta, sem desviar á esquerda ou à direita? Isso, só é possível quando andamos cheios do Espírito.

2.      Redime o tempo – (v. 16).

Tempo pode ser perdido, mas nunca recuperado. Não pode ser acumulado, antes tem que ser gasto. Quando o tempo não é usado de maneira produtiva, é perdido para sempre. “Usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus.” (Ef, 5,16). O espírito tomando conta das nossas vidas nos ajuda nisso.

3.      Procura compreender a vontade do Senhor – (v. 17).

“Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.” (Ef 5,17). O crente cheio do Espírito quer sempre descobrir a vontade de Deus para a sua vida. Aonde  vai acha-la? “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl 119,105). Paulo nos exorta: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.” (Cl 3,16). Ser cheio do Espírito é ter um apetite da Palavra, porque através dela, vamos descobrir qual é a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12,2).




4.      Canta um novo cântico – (v. 19).

O cristão cheio do Espírito tem um cântico novo nos seus lábios que nem os anjos podem cantar. Fomos remidos – lavados no sangue do Cordeiro – como devemos cantar! Veja a variedade – salmos (escritura), hinos (doutrina) e cânticos espirituais (experiência cristã). Há lugar para todos os tipos de louvor, mas sempre com conteúdo  bíblico.

5.      Da sempre graças por tudo a Deus – (v. 20).

O crente cheio do Espírito é sempre um crente agraciado – “Em tudo dai graças.” (1Ts 5,18a). Você já notou que nas reuniões de oração na igreja há muitos pedidos, mas poucos agradecimentos?

6.      Sujeita-se aos outros – (v. 21).

A pessoa cheia de bebida alcoólica geralmente é briguenta, orgulhosa, barulhenta. Mas o crente cheio do Espírito é totalmente diferente – submisso a outros – “por temor a Cristo” (Ef 5,21).

CONCLUINDO

É bom terminar este sobre a Doutrina do Espírito Santo com este capítulo pedindo o enchimento total do Espírito. Deus exige que andemos mais perto do Senhor, confessando e abandonando todo o pecado, colocando Cristo em primeiro lugar  em nossa vida e deixando que o Espírito assuma o controle total. “Deixem-se encher pelo Espírito” (Ef. 5,18) sempre, porque esta ordem é para ser renovada cada dia. Quero terminar com as palavras de Billy Graham: “Eu tenho certeza que não é opcional ficar cheio do Espírito, mas é uma necessidade. É indispensável  a uma vida abundante ou a um serviço que deve ter êxito. Uma vida cheia do Espírito não é normal; é a vida normal do cristão ... é destinada a todos, todos  a precisam, e todos a podem ter. É por isto que a Escritura nos ordena: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas [enchei-vos do Espírito]. (Ef 5,18).

Marco Antonio Lana

domingo, 26 de agosto de 2012

DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO - LIÇÃO 16 – COMO RECONHECER SEU DOM .

 


I.                  A QUEM SE DESTINAM OS DONS?


A partir do novo nascimento, o crente passa a Ter o Espírito Santo habitando em seu corpo – “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” (Rm 8,9-11). Segundo o ensinamento de Paulo, o Espírito manifesta ou torna claro “a cada um” a experiência dos dons espirituais para algo que lhe é útil – “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum.” (1Cor 12,7). Isto significa que todos os crentes devem exercer um ou mais dons para o serviço da igreja.

II.               QUAL É A NECESSIDADE DE CONHECER SEU DOM?

A partir do momento que passamos a integrar o Corpo de Cristo (1Cor 12,12-31), precisamos tomar conhecimento de duas necessidades básicas, que veremos a seguir:

  1. Identificar o que sou no corpo (mão, pé, boca...) e a partir deste entendimento saber o que devo fazer para sua edificação. Já imaginou se nossa mente não soubesse que função dar a mão, ou a qualquer outro membro de nosso corpo?
  2. Verificar se estou exercendo adequadamente meus dons no corpo. Paulo nos ensina que Jesus é a cabeça da Igreja, e Ele dá orientação a cada membro do corpo, para que este possa funcionar de forma natural e coerente. Quando um membro deixa de exercer adequadamente sua função, todo corpo sofre. É só observar uma pessoa que está com dor de dente (uma parte tão pequena do corpo). Certamente esta pessoa sofre com isto.

Deus deseja que sua Igreja se desenvolva de forma sadia, e para isto o crente deve não somente saber qual o seu dever, mas exercê-lo.

III.           QUAIS AS DIFICULDADES PARA COMPREENDER O DOM?


Existem alguns obstáculos que nos impedem de identificar o dom que o Senhor nos tem concedido.

  1. A falta de comunhão com o Senhor, que prejudica o conhecimento e a prática das Escrituras.
  2. A falta de visão dos objetivos que Deus tem para a igreja local. O 2.º Testamento mostra que a comunidade cristã deve ser composta de crentes que sejam capazes de dar e receber (Ef 4,1-16). A falta de compreensão deste desejo do Senhor impede que identifiquemos os melhores os melhores dons , e conseqüentemente deixemos de suprir as carências de nossa comunidade. Não existe a idéia de competição, mas de cooperação e independência.
  3. A falta de conhecimento sobre os dons espirituais apresentados nas Escrituras: como eles foram usados pelos primeiros crentes, quais os seus objetivos e quais as implicações  de conceitos, errados sobre eles.
  4. A falta de uma verdadeira experiência com o Senhor. Lembramos que caso você ainda não saiba qual é o seu dom, é importante analisar se realmente já experimentou a salvação. Se você tem dúvidas, e gostaria de mais orientação, sugiro que procure alguém que demonstre uma verdadeira experiência com Deus para ajudá-lo.


IV.             QUAIS OS PASSOS PARA CONHECER SEU DOM?

Deus oferece recursos para que identifiquemos os dons espirituais.

Certamente o convívio dinâmico com o Espírito do Senhor nos ajuda a reconhecer os dons que Ele nos dá. Deus deseja andar conosco, transformar nossos comportamentos errados, revelar a Sua vontade quanto ao exercício de desenvolvimento de nossa capacidade para servi-lO.

Não podemos ignorar que o Espírito Santo usará a própria palavra de Deus para realizar as transformações na nossa conduta. Quando Jesus usa a figura da videira em Jo 15, ele afirma que sua palavra é o agente que limpa o nosso ser. As Escrituras são recursos mais eficazes para compreendermos o caminho que temos de seguir para formação dos valores da nossa natureza. Ela é “lâmpada” eficaz para iluminar os nossos pés e “luz” ideal para clarear nosso caminho – “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl 119,105).

Em conjunto com estes passos, a comunhão com o Espírito e a Palavra, temos que buscar com zelo a santidade, para que através da pureza, Deus use os vasos de barro para a sua própria glória.

Podemos, após este estágio da vida cristã, entender claramente quais são os melhores dons, aqueles que são relevantes para a edificação do Corpo de Cristo. A partir daí, e sem submissão ao Senhor, buscá-los através de oração e jejum.

CONCLUINDO

Paulo, escrevendo aos coríntios, disse que não queria que eles fossem ignorantes a respeito dos dons espirituais – “Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” (1Cor 12,1). Sabendo a quem são destinados os dons, como fazer para identificar quais nos foram dados pelo Senhor, e o que devemos fazer com eles, sirvamos adequadamente a Deus, para honra e glória de seu santo nome.

Marco Antonio Lana

sábado, 25 de agosto de 2012

LITURGIA DA PALAVRA

 
 
Leitura (Josué 24,1-2.15-18)
Leitura do livro de Josué.
24 1 Josué convocou a Siquém todas as tribos de Israel, seus anciãos, seus chefes, seus juízes e seus oficiais. Eles apresentaram-se diante de Deus, e Josué disse a todo o povo: “Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: outrora, vossos ancestrais, Taré, pai de Abraão e de Nacor, habitavam além do rio e serviam a deuses estrangeiros. Porém se vos desagrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses, a quem serviram os vossos pais além do rio, se aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porque, quanto a mim, eu e minha casa serviremos o Senhor”. O povo respondeu: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir outros deuses. O Senhor é o nosso Deus, ele que nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão; e que operou à nossa vista maravilhosos prodígios e guardou-nos ao longo de todo o caminho que percorremos, entre todos os povos pelos quais passamos. O Senhor expulsou diante de nós todas essas nações, assim como os amorreus que habitam na terra. Nós também, nós serviremos o Senhor, porque ele é o nosso Deus”.
Palavra do Senhor

Salmo 34

1 Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. 2 No Senhor se gloria a minha alma; ouçam-no os mansos e se alegrem. 3 Engrandeci ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome. 4 Busquei ao Senhor, e ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou. 5 Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos. 6 Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o livrou de todas as suas angústias. 7 O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. 8 Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia. 9 Temei ao Senhor, vós, seus santos, porque nada falta aos que o temem. 10 Os leõezinhos necessitam e sofrem fome, mas àqueles que buscam ao Senhor, bem algum lhes faltará. 11 Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor. 12 Quem é o homem que deseja a vida, e quer longos dias para ver o bem? 13 Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem dolosamente. 14 Aparta-te do mal, e faze o bem: busca a paz, e segue-a. 15 Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor. 16 A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles. 17 Os justos clama, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias. 18 Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. 19 Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra. 20 Ele lhe preserva todos os ossos; nem sequer um deles se quebra. 21 A malícia matará o ímpio, e os que odeiam o justo serão condenados. 22 O Senhor resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele se refugiam será condenado.
Leitura (Efésios 5,21-32)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.

5 21 Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo. 22 As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23 pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.24 Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26 para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja - 30 porque somos membros de seu corpo. 31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne.

Palavra do Senhor.

Evangelho (João 6,60-69)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida; as palavras que dizeis, bem que são de eterna vida (Jo 6,63.68).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 6 60 muitos dos discípulos de Jesus, ouvindo-o, disseram: “Isto é muito duro! Quem o pode admitir?” 61 Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: “Isso vos escandaliza? 62 Que será, quando virdes subir o Filho do Homem para onde ele estava antes? 63 O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida. 64. Mas há alguns entre vós que não crêem”. Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair. 65. Ele prosseguiu: “Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido”. 66. Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele. 67. Então Jesus perguntou aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?” 68. Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. 69. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!”
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
Após um debate com os judeus que se escandalizavam com as palavras de Jesus sobre o "pão descido do céu", são os próprios discípulos que murmuram por causa destas palavras. No prólogo do Evangelho, temos o anúncio de que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14). Agora Jesus associa a "carne" às suas palavras, que são Espírito e vida. A encarnação é grandiosa na revelação da carne unida perfeitamente ao Espírito de Deus, em Jesus. E é o Espírito que dá a vida que vem do Pai e leva ao Pai. O tema da incompreensão de Jesus por parte dos discípulos é uma constante nos Evangelhos. Agora, alguns abandonam Jesus. São os que esperam dele sinais de poder e mostram-se insensíveis aos seus sinais de amor e compaixão. Escandalizam-se com as palavras de Jesus ao se apresentar como enviado pelo Pai do céu para comunicar a vida eterna. Porém Pedro, em nome dos demais, confirma sua fé e perseverança: "Tu tens palavras de vida eterna". Ir a Jesus é viver o amor e a unidade em todas as situações de nossa vida, em comunhão com todos, principalmente com os mais fracos e excluídos, conscientes de que somos todos membros do corpo de Cristo (cf. segunda leitura). Na primeira leitura, temos a proclamação da fidelidade das tribos de Israel em servir o Senhor, sob o comando de Josué.

Marco Antonio Lana

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CORPO. ALMA E ESPIRITO


 


O homem em sua essência possui uma estrutura triúna, todos somos: espírito, alma e corpo. Em 1Ts 5.23 esta verdade é expressa de forma clara e inquestionável: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Há uma grande confusão a respeito de Espírito e Alma, muitos afirmam que se trata da mesma coisa; mas, ao lermos Hb 4.12 concluímos que são distintas entre si. Leia o texto: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.

Como servos de Deus precisamos conhecer alguns pontos fundamentais da fé, o objetivo deste estudo e mostrar de forma clara e inequívoca que possuímos uma dimensão tríplice: espírito, alma e corpo.

1- ESPÍRITO HUMANO

 
A nossa vida consiste em aprendermos a exercitar o nosso espírito humano recriado para contatar o Senhor e sermos por ele guiados. Tudo o que necessitamos para alcançarmos uma vida vitoriosa, plena e produtiva, já nos foi dado pelo Espírito Santo residem em nós.

E como o nosso desejo é crescer na presença de Deus, precisamos de revelação. Revelação é o conhecimento que é transmitido pelo Espírito Santo ao nosso espírito.

Há uma diferença considerável entre o conhecimento mental (intelectual) e o conhecimento espiritual. Observe como há tantos que estão nas igrejas, conhecem a Bíblia, mas, este conhecimento não os faz frutificar para a vida eterna. Isto ocorre, pois muitos conhecem a Bíblia apenas intelectualmente (a letra); desprovida da revelação.

Ao lermos as cartas de Paulo percebemos que a sua maior preocupação era a de que os crentes tivessem a revelação de Deus. A revelação transforma através da Palavra as pessoas e a fé se manifesta de forma espontânea, a unção de Deus é transbordante. Veja: Ef 1,17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” e “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”.  Fp 1,9

A revelação é ocorre primeiramente em nosso espírito. O Espírito Santo transmite uma verdade ao nosso espírito, e o nosso espírito para a nossa mente. A mente por si só não pode ter revelação de Deus; esta função é do nosso espírito. Muitos membros de igrejas estão vivendo apenas como homens naturais, não conseguem discernir as coisas do espírito, pois não sabem usar seu próprio espírito para discernir a verdade de Deus.

O Espírito Santo que habita em nós fala conosco. Se alguém nunca ouviu o Senhor no espírito, então provavelmente não se converteu, pois somos gerados pela Palavra de Deus, se Deus não falou, então não houve Palavra e, e o novo nascimento não ocorreu.

Mas, como posso perceber e ou ouvir o espírito?  Entendemos que o nosso espírito é muitas vezes chamado de coração na Bíblia. No texto, Paulo explica que o coração é o espírito, ou pelo menos é o meio pelo qual ele é percebido. Quando a Bíblia faz referência ao coração, aponta para algo íntimo, das profundezas de nosso ser (comunhão, intuição e consciência).

Em Rm 2,29 lemos: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”.
Veja mais sobre o espírito humano:

a) Deus é Espírito – Jo 4,24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

Entende-se que, para que possamos ter contato com a matéria precisamos ser matéria, da mesma forma, para que possamos ter contato com Deus que é Espírito, precisamos ser um espírito também. Não ouvimos a voz de Deus com os nosso ouvidos físicos e tão pouco o veremos com os olhos da carne. Mas, a Bíblia afirma que é possível conhecer a Deus e este contato é possível apenas através de nosso espírito.

b) Através do espírito, adquirimos conhecimento espiritual – 1Cor 2,14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.

O conhecimento importante que há em nossa vida cristã é adquirido espiritualmente. Há no meio cristão muitos usando a mente para entender as coisas que só é possível discerni-las espiritualmente, em conseqüência lêem a Bíblia e não a entendem e sobre conclusões erradas edificam a vida.

c) O nascer de novo é no espírito – Jo 3.6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.

O pecado de Adão produziu uma série de conseqüências que se estendeu a toda humanidade. Quando falamos da morte de Adão, não nos referimos à morte física, sim espiritual. O seu espírito morreu para o Eterno, esta morte se estendeu a todos os homens “naturais”. A morte espiritual não extinguiu o espírito, encontra-se morto, incapaz de estabelecer contato com o Criador. O Nascer de novo é o renascimento deste espírito para Deus.

d) Andar no espírito.

O Novo Testamento exorta-nos a andar no espírito e quando entendemos que aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Deus, numa união indissolúvel, necessitamos que o nosso espírito esteja vivo, pois é através dele que recebemos toda a direção que procede do Espírito de Deus. O nosso espírito é a parte do nosso ser que tem como função contatar a Deus.

A nossa vida consiste em sermos guiados pelo Espírito, se não consigo ouvir o que o Espírito Santo está dizendo, como serei guiado?

Deus habita em nós na pessoa do Espírito Santo, nos molda e nos guia a toda verdade; estas ações não são frutos de doutrinas teológicas, sim, revelação de Deus.

e) Somos espirituais – 1Cor 14,14 “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”.

Paulo afirma que: “se eu orar... então o meu espírito ora”. O apostolo mostra de forma clara que o “eu” e o “espírito” são a mesma coisa, concluímos que Paulo se via como um ser espiritual.

É evidente que não somos apenas espírito, somos também alma e corpo. Paulo ao escrever aos crentes de Roma afirma que é também matéria (corpo): Rm 7,18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne...”

A divisão que apresentamos tem como objetivo facilitar a compreensão. O homem é um ser constituído de três partes, a saber: espírito, alma e corpo.

O corpo que hoje possuímos é apenas a nossa morada terrestre, quando estivermos com o Senhor, nos céus, receberemos uma habitação celestial. Leia: 1Cor 5,1-2 “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial”.

2- ALMA

A palavra de Deus aponta-nos a alma como composta de três partes, são elas: a mente, a vontade e a emoção. Estas três faculdades constitui a personalidade humana. A alma é a sede da nossa personalidade, é o nosso “EU”. É por esse motivo que a Bíblia, em alguns textos, chama o homem de “alma”. A alma concentra as principais características do homem, tais como: amor, idéias, pensamentos, etc.

a) Função da Vontade:

Buscar - 1Cr 22,19 “Disponde, pois, agora o coração e a alma para buscardes ao SENHOR, vosso Deus”. Buscar é uma função da vontade e ela está na alma.

Recusar - Jó 6,7 “Aquilo que a minha alma recusava tocar”. Recusar é uma função da vontade.

Escolher - Jó 7,15 “pelo que a minha alma escolheria, antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura”. Escolher também é uma função da vontade.

À luz dos textos citados, concluímos que a vontade é uma das funções da alma.

A vontade é o instrumento para nossas decisões e indisposições. Sem a existência da vontade seriamos semelhantes a um robô. O pecar ou não pecador está relacionado à vontade.

b) Função da Emoção:

A emoção é extremamente importante, ela traz “cor” à vida humana, no entanto, jamais podemos nos deixar guiar por ela. As emoções se manifestam de muitas formas, entre elas: amor, ódio, alegria, tristeza, pesar, saudade, desejo, etc.
Alguns exemplos de emoções:

Amor – 1Sm 18,1 “...e Jônatas o amou como à sua própria alma”. (ver também: Ct 1,7 e Sl 42,1) O amor é algo que surge em nossas almas e isso confirma que dentro da alma existe uma função como a emoção.

Ódio – 2Sm 5,8 “Davi, naquele dia, mandou dizer: Todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece”. (ver também: Ez 36,5) Expressões como: menosprezo, aborrecimento, desprezo, etc. significam ódio e, vemos que procedem da alma.

Alegria – Is 61,10 “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus”. Sl 86,4 “Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma”. A alegria, segundo os textos citados é uma emoção da alma.

c) Função da Mente:

Os textos de Romanos e Provérbios sugerem que a alma necessita de conhecimento.

Conhecimento - Rm 12,1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Pv 2,10 “Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma”. Conforme os textos, Conhecimento é uma função da mente, logo, a mente é uma função da alma.

Saber – Sl 139,14 “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem”. Saber é uma função da mente, e, portanto, também da alma.

Lembrar – Lm 3,20 “Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim”. O texto de Lamentações afirma claramente que a alma pode se lembrar. A Lembrança é uma das funções da mente. Podemos afirmar que a mente é uma função da alma.

A mente é a função mais importante da alma. Se a nossa mente for obscurecida, jamais chegaremos ao pleno conhecimento da Verdade. A renovação da mente nos possibilita experimentar e entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso espírito.

Os tópicos apresentados, com base na Bíblia, não deixam dúvidas quanto às funções da alma, são elas: mente, vontade e emoção.

A Palavra de Deus nos mostra que aqueles que andam segundo os padrões da alma (vontade, mente e emoções) são chamados de carnais. Carnal não é exatamente aquele que anda na prática do pecado; pois, os que andam no pecado possivelmente ainda não nasceram (1Jo 3,9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”).  Os cristãos que vivem segundo os padrões da alma tendem a seguir a função da alma que lhes é mais peculiar. Por exemplo:

a) Os emotivos usam as emoções como critério da vida espiritual. Se forem tomados por calafrios e fortes emoções conseguem fazer a Obra de Deus, mas, se as emoções acabam, também o ânimo se esvai.

b) Padrões da Mente, estes recusam as emoções; até criticam os emotivos como sendo carnais. O que não percebem é que andar segundo a mente também é da alma. Os que andam segundo o padrão da mente tendem a ser extremamente críticos e naturais na Obra. Geralmente, não aceitam o sobrenatural e quere colocar o Espírito Santo nos seus padrões de mente.

c) Empolgados pela Vontade (oba-oba) é a características de alguns crentes. Sempre dispostos a iniciar alguma atividade, porém, em pouco tempo o “fogo se apaga”, não são dotados de perseverança. E até afirmam: “Se não tenho vontade, não preciso orar, ler a Bíblia e jejuar, afinal, Deus não quer sacrifício”. Tem aparência de piedosos, mas se trata apenas de desculpas da carne para não servir a Deus.

Se o nosso andar é segundo a alma, invariavelmente cairemos em um dos três pontos expostos acima ou em todos eles. Lembre-se: “os que estão na carne não podem agradar a Deus”. Rm 8,8
Concluirmos que a nossa alma é ruim não é correto. O Erro é andarmos confiados em sua capacidade de pensar, entender e sentir. Os que andam segundo a alma não andam por fé.

Devemos transformá-la e este processo de transformação dura a vida inteira. Como transformar a alma? Renovando a mente!

A mente é a primeira função da alma, se a mudamos, os reflexos da transformação envolve toda a nossa vida. E a única forma de mudar a nossa mente e conformando-a com a Palavra de Deus. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12,2).

Sou eu mesmo quem me transformo na medida que me encho com a Palavra de Deus.

3- O CORPO

A Bíblia nos diz de forma clara que o nosso corpo é apenas a nossa casa terrestre. É o lugar onde moramos nesse mundo. A função básica do corpo é ter contato com o mundo físico.

Paulo escreve aos irmãos de Corinto e afirma:
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial;  se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.  Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida”. 2Cor 5,1-4

O nosso corpo não tem conserto e nem salvação. Precisamos receber um novo corpo.  No céu não teremos uma nova alma, mas, teremos um novo corpo. O nosso espírito foi regenerado e a nossa alma está sendo transforma e o nosso corpo será glorificado. Estes são os aspectos passado, presente e futuro da nossa salvação.

sábado, 18 de agosto de 2012

DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO - LIÇÃO 15 – OS DONS DE SINAIS.

 

 

15 – OS DONS DE SINAIS.

 

Tomemos como ilustração do que chamamos de sinal a imagem produzida pela primeira claridade da manha, que indica que está nascendo um novo dia. O crente que recebe a capacidade de Deus para exercer o dom de cura, milagres ou falar em outras línguas deve ter nestes exercícios o objetivo único de sinalizar o poder do Senhor por meio do feito a ser realizado, de que Aquele que é maior que a claridade está produzindo a luz.

 

Devemos admitir que o Senhor é soberano e pode capacitar Seus filhos para desenvolver os diversos dons apresentados nas escrituras. Entendamos que, em Sua sabedoria, ele pode também limitar ou ampliar esta capacitação em determinados locais, épocas e condições.

Lembremo-nos que nossa fé, bem como a obediência e submissão ao Senhor, precisam acompanhar o crente que possui uma destas capacidades, mediante um viver de simplicidade, visando unicamente à glória de Deus.

I.                  DOM DE CURA –   (1Cor 12,9.28).

Entendemos através de estudo bíblico que este dom é exercido para restituir ou conceder  a saúde física, emocional ou espiritual de uma pessoa, pelo poder do Senhor.

Certamente o uso deste dom contribui para exaltar a grandeza de Deus. Uma prova desta graça foi a experiência do rei Ezequias, que recebeu a cura de uma doença mortal, e teve oportunidade de viver mais quinze anos.

Existem, porém, movimentos que centralizam toda a força de sua existência na ênfase de utilizar este dom. isto limita o plano de Deus para  a sua Igreja, que tem um âmbito muito mais abrangente, e em muitas situações da abertura a heresias e formação de novas seitas.

É importante lembrar:

1. que o crente a quem Deus concede o dom de curar deverá possui o discernimento do Senhor, para que, ao ter contato com um enfermo, tenha também a orientação divina para que ore para a realização da cura;
2. que o mérito  deste feito maravilhoso deve ser exclusivamente do senhor;
3. que o uso deste dom não serve para a exaltação de um crente ou de uma igreja, mas apenas como um dos recursos oferecidos por Deus para a edificação e suprimento do seu povo.

II.               DOM DE LINGUAS – (1Cor 12,10.28.30; 14,1-40).

Consideramos que este dom é a capacidade especial concedida por Deus para falar uma língua diferente da habitual. No 2.º Testamento podemos observar que existem duas formas da prática deste dom. no dia de Pentecostes, os crentes se expressaram em outras línguas, que eram idiomas falados por povos que estavam em Jerusalém párea a festa dos judeus. Já na cidade de Corinto, vemos que os crentes com este dom falavam em línguas estranhas, que nos parece que não eram conhecidas por nenhum povo ou tribo no mundo. Por esta razão, neste segundo caso, Paulo exorta para que houvesse um interprete.

No ensino do apostolo, ele classifica este dom como inferior a outros que contribuem para a edificação da Igreja – “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” (1Cor 12,28). Ensina também que seu uso deve ser acompanhado por um interprete, em um culto público, limitado a três pessoas – “Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete.” (1Cor 14,27).

Não encontramos nenhuma afirmação direta de que o dom de línguas seja um sinal do batismo no Espírito Santo. Paulo, escrevendo aos romanos – “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” (Rm 8,9-11) afirma que quem esta em Cristo é habitado pelo Espírito Santo. Aos efésios, ele disse aos que ouvem a palavra da verdade, o evangelho da salvação, em Cristo, que são selados com o Santo Espírito da promessa, até o resgate da sua propriedade – “no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa,  qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória.” (Ef 1,13-14). É o Santo Espírito do Senhor que capacita o salvo e lhe dá o privilégio de ser instrumento de Deus para promover maravilhas!


III.           DOM DE MILAGRES – (1Cor 12,10.28-29).

 

Esta também é uma capacidade especial dada pelo Senhor a alguns crentes, para realizar feitos sobrenaturais.

Observamos que nas histórias bíblicas, em varias oportunidades, crentes com uma profunda fé e submissão  ao Senhor foram instrumentos na realização de milagres.

 

Podemos ilustrar com alguns destes fatos como o de  Moisés, que usou uma vara para abrir o Mar Vermelho; Elias, que orou para cair chuva do céu, após um longo período de seca; Josué que orou para que o sol parasse; e a igreja primitiva, que  mediante um culto de oração, viu Pedro ser liberto da prisão.

 

Todos estes acontecimentos fugiram à ordem natural e, assim como observamos no dom de cura, serviram para a edificação e suprimento dos filhos de Deus.


CONCLUINDO


Concluímos esta deixando alguns questionamentos práticos para serem analisados.
  • Somos submissos e inteiramente confiantes no Senhor, para que Ele nos conceda poder para realizar sinais;
  • Temos considerado as determinações bíblicas que devem acompanhar exercícios dos dons de sinais? Ou vemos na nossa experiência algo superior ao ensino bíblico?
  • Reconhecemos que os dons de sinais, assim como os demais dons, visam exaltar o nome do Senhor? Reconhecemos, como João Batista, que Ele deve crescer e nós diminuirmos?
Marco Antonio Lana